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Palavras de Edificação 13

(Revista bimestral editada entre 1980 e 1997)

 

ÍNDICE


 

PERDÃO


"Mas a vós, que ouvis, digo: Amai a vossos inimigos, fazei bem aos que vos aborrecem; Bendizei os que vos maldizem, e orai pelos que vos caluniam" (Lc 6:27-28).


Nunca guardes ressentimento no teu coração, seja qual for o mau trato que tenhas recebido do teu injuriador. Se lhe perdoares, serás muito mais feliz. Lembra-te das palavras da verdade: "sua glória é passar sobre a transgressão" (Pv 19:11). O Senhor Jesus disse aos Seus discípulos: "Quando estiverdes orando, perdoai,para que o vosso Pai,vos perdoe as vossas ofensas" (Mc 11:25). A atitude perdoadora traz a verdadeira felicidade, mas a mágoa acarreta o remorso.


"A Quem tenho eu no céu senão a Ti? e na Terra não há Quem eu deseje além de Ti" (Sl 73:25). Enquanto o salmista meditava sobre a porção que era sua no Senhor, e ao mesmo tempo anelava desfrutar da sua herança celestial, ele perdeu o seu interesse nas coisas terrenas, e não cobiçou mais aquilo que era meramente temporal e transitório.


 

SOBRE O LIVRO DOS ATOS DOS APÓSTOLOS

(continuação do número anterior)


"E, logo que chegamos a Roma, o centurião entregou os presos ao general dos exércitos; mas a Paulo se lhe permitiu morar sobre si à parte, com o soldado que o guardava. E aconteceu que, três dias depois, Paulo convocou os principais dos judeus, e, juntos eles, lhes disse: Varões irmãos, não havendo eu feito nada contra o povo, ou contra os ritos paternos, vim contudo preso desde Jerusalém, entregue nas mãos dos romanos; os quais havendo-me examinado, queriam soltar-me, por não haver em mim crime algum de morte. Mas, opondo-se os judeus, foi-me forçoso apelar para César, não tendo, contudo, de que acusar a minha nação. Por esta causa vos chamei, para vos ver e falar; porque pela esperança de Israel estou com esta cadeia" (At 28:16-20).


"A esperança de Israel" é o Senhor Jesus Cristo, o seu grande Messias; assim foi escrito a respeito d'Ele no Velho Testamento: "Ó Senhor, Esperança de Israel! todos aqueles que Te deixam serão envergonhados; os que se apartam de Mim serão escritos sobre a terra; porque abandonam o Senhor, a fonte das águas vivas" (Jr 17:13). O Senhor do Velho Testamento é Jesus do Novo. "Chamarás o Seu nome JESUS, porque Ele salvará o Seu povo dos seus pecados" (Mt 1:21). O povo de Quem? Israel, o povo do Senhor!


Desde a conversão de Saulo de Tarso, até à sua chegada a Roma, a sua pregação de Cristo, que é o Filho de Deus, foi contrariada pelos judeus, os quais procuraram, além disso, matá-lo. Qual foi a atitude dos judeus? regressados a Roma alguns anos depois do edito do imperador Cláudio, que os tinha lançado fora de Roma.


"Então eles lhe disseram: Nós não recebemos acerca de ti cartas algumas da Judéia, nem veio aqui algum dos irmãos, que nos anunciasse ou dissesse de ti mal algum. No entanto bem quiséramos ouvir de ti o que sentes; porque, quanto a esta seita, notório nos é que em toda a parte se fala contra ela. E, havendo-lhe eles assinalado um dia, muitos foram ter com ele à pousada, aos quais declarava com bom testemunho o reino de Deus, e procurava persuadi-los à fé de Jesus, tanto pela Lei de Moisés como pelos profetas, desde pela manhã até à tarde. E alguns criam no que se dizia; mas outros não criam" (At 28:21-24).


Quando o Senhor Jesus, já ressuscitado dentre os mortos, repreendeu a insensatez dos discípulos no caminho para “Emaús” (Lc 24:13), Ele "começando por Moisés, e por todos os profetas, explicava-lhes o que d'Ele se achava em todas as Escrituras" (Lc 24:27). E, Paulo, falou da mesma forma aos judeus em Roma, mas eles eram incrédulos, e só uma parte deles recebeu a palavra com fé.


"E, como ficaram entre si discordes, se despediram, dizendo Paulo esta palavra: Bem falou o Espírito Santo a nossos pais pelo profeta Isaías, dizendo: Vai a este povo, e dize: De ouvido ouvireis, e de maneira nenhuma entendereis; e, vendo, vereis, e de maneira nenhuma percebereis. Porquanto o coração deste povo está endurecido, e com os ouvidos ouviram pesadamente, e fecharam os olhos, para que nunca com os olhos vejam, nem com os ouvidos ouçam, nem do coração entendam, e se convertam e Eu os cure. Seja-vos pois notório que esta salvação de Deus é enviada aos gentios, e eles a ouvirão. E, havendo ele dito isto, partiram os judeus, tendo entre si grande contenda" (At 28:25-29).


Quando os pobres judeus ouviram que Deus ia abençoar os gentios em vez deles, não quiseram ouvir mais, e foram-se embora. Assim terminou a sua triste história de incredulidade, escrita no livro de Atos, e de uma oposição tenaz à graça de Deus.


"E Paulo ficou dois anos inteiros na sua própria habitação que alugara, e recebia todos quantos vinham vê-lo. Pregando o reino de Deus, e ensinando com toda a liberdade as coisas pertencentes ao Senhor Jesus Cristo, sem impedimento algum" (At 28:30-31).


Paulo estava impedido de se movimentar livremente, porém continuava pregando o reino de Deus, e o que dizia respeito ao Senhor Jesus Cristo, apesar da cadeia de César; e animava os crentes em Roma: "muitos dos irmãos no Senhor, tomando ânimo com as minhas prisões, ousam falar a Palavra mais confiadamente, sem temor" (Fp 1:14). Também tinha pena, visto que alguns pregavam "a Cristo por inveja e porfia" (Fp 1:15). Porém disse: "Mas que importa? contanto que Cristo seja anunciado de toda a maneira, ou com fingimento ou em verdade, nisto me regozijo, e me regozijarei ainda" (Fp 1:18).


Durante a sua prisão numa casa alugada, ele escreveu as seguintes epístolas: Efésios, Filipenses, Colossenses, Filemon e Hebreus (esta última é anônima, porém o seu conteúdo revela quem foi o autor). Quanto de bem resultou do encarceramento de Paulo para a Igreja do Senhor! De duas ou três passagens destas epístolas, deduzimos que Paulo foi libertado depois de ter aparecido a primeira vez perante Nero: "fiquei livre da boca do leão" (2 Tm 4:17). Leia ainda Filemon 1:22(1) e Hebreus 13:23(2).


Assim se cumpriu a palavra profética do Senhor Jesus: "este é para Mim um vaso escolhido, para levar o Meu Nome diante dos gentios, e dos reis e dos filhos de Israel. E Eu lhe mostrarei quanto deve padecer pelo Meu Nome" (At 9:15-16).

 

Pensamento:

A humildade diante do homem é pelo menos a melhor prova da restauração da alma para com Deus.

(J.N.Darby)


 

O INCRÍVEL FÍGADO HUMANO


Consideremos alguns fatos acerca do incrível fígado humano. É o maior órgão interno do corpo e pode pesar até quase cinco quilos.


A sua função é reconhecida como um dos mistérios mais maravilhosos do mundo científico. Mais de 500 funções do fígado têm sido catalogadas, e há constantemente novas descobertas. E um fenômeno quase inimaginável.


Tem-se dito que "esta glândula misteriosa é o laboratório central do corpo. As células do fígado elaboram uma vasta série de compostos químicos, variada e essencial para o funcionamento eficiente de todos os nossos órgãos. Alguns exemplos: os nossos rins, não poderiam dispor de excesso de azoto, se o fígado não o transformasse em uréia para a excreção. O fígado, armazena as vitaminas necessárias, para se dar a formação do sangue na medula óssea. O fígado, fabrica aminoácidos e incorpora-os na albumina, a qual regula o equilíbrio entre sal e água, sem o qual não poderíamos viver. E o fígado fabrica também a bílis, a qual ativa a função intestinal para que não sejamos envenenados pelos produtos da nossa própria digestão".


O fígado é o órgão mais fantasticamente complexo e eficiente do corpo humano. Entre outras funções, regula a consistência precisa da corrente sanguínea. “Este processo é feito, produzindo três substâncias diferentes, lançando-as no sangue nas proporções exatamente necessárias. Como o faz ninguém pode sequer conjecturar. Uma destas substâncias é o fibrinogênio, que precipita o coágulo quando o sangue se expõe ao ar. Esta substância é tão complexa que os cientistas não conseguiram produzi-la em laboratório. A segunda é a protrombina; mantém a espessura da corrente sanguínea, a fim de evitar hemorragias internas através das paredes das artérias, das veias e dos órgãos. A terceira é a heparina que contraria qualquer tendência das duas de espessar demasiado o sangue".


Em cada segundo, esta glândula incomparável faz maravilhas químicas quase inacreditável. O fígado transforma o seu abastecimento em reserva de glicogênio (amido animal), em glicose, alimento para os músculos, e o alimenta na corrente sanguínea. Quando os músculos queimam a glicose, produzem ácido láctico, o qual envenenaria o corpo se fosse acumulado de forma inalterada; porém o fígado transforma o ácido láctico outra vez em glicogênio, completando assim um ciclo saudável, do qual cada etapa é vital para a vida e para a saúde.


É o fígado que fabrica anticorpos que lutam contra vírus e bactérias invasores. Quando uma pessoa ingere em seu corpo venenos potencialmente letais como álcool, nicotina, drogas, etc., o fígado os desintoxica e os torna menos prejudiciais.


Que o fígado seja o produto final duma série de mutações realizadas ao acaso, é uma teoria tão irracional como seria afirmar que um avião a jato pode fabricar-se a si mesmo.


[Traduzido e impresso com permissão de:

“Why we Believe in Creation, not in Evolution”, 1963

("Porque cremos na Criação, e não na Evolução"),

por Fred John Meldau, páginas 233, 234, 339]


 

TIMÓTEO E MAURA


Durante a décima etapa das perseguições, levadas a cabo por mandato do imperador Diocleciano, milhares de Cristãos, sofreram martírio em todas as partes do império romano.


“Timóteo, um diácono da Mauritânia, e Maura sua esposa, não se uniram pelos laços do matrimônio há mais de três semanas, quando foram separados um do outro pela perseguição. Timóteo, sendo apreendido, como um Cristão, foi levado perante Arrianus, o governador de Thebais, que, sabendo que ele tinha a guarda das Sagradas Escrituras, ordenou-lhe que as entregasse para serem queimadas; ao que ele respondeu: "Se eu tivesse filhos, antes os entregaria para serem sacrificados, do que me separar da Palavra de Deus." O governador, muito indignado com esta resposta, ordenou que seus olhos fossem arrancados, com ferros em brasa, dizendo: "Os livros serão pelo menos inúteis para você, pois você não verá para lê-los." Sua paciência com a operação foi tão grande que o governador ficou mais exasperado; ele, portanto, para, se possível, superar sua fortaleza, ordenou que ele fosse pendurado pelos pés, com um peso amarrado no pescoço e uma mordaça na boca. Nesse estado, Maura, sua esposa, insistiu com ternura para que ele se retratasse; mas, quando a mordaça foi tirada de sua boca, em vez de consentir com as súplicas de sua esposa, ele culpou muito o amor equivocado dela e declarou sua resolução de morrer pela fé. A consequência foi que Maura resolveu imitar sua coragem e fidelidade e acompanhá-lo ou segui-lo até a glória. O governador, depois de tentar em vão alterar a sua resolução, ordenou que fosse torturada, a qual foi executada com grande severidade. Depois disso, Timóteo e Maura foram crucificados próximos um do outro em 304 d.C."

(Extraído e Traduzido de: “FOX'S BOOK OF MARTYRS”)

 

Pensamento:

"Assim, sabe o Senhor livrar da tentação os piedosos" (2 Pe 2:9).

Deus, tem mil chaves, para abrir mil portas, em resgate dos seus, ainda quando se apresenta um caso mais extremo. Porém, se procuramos interferir no Seu modo de agir, e perguntar-Lhe: "Como vais Tu fazer isto ou aquilo?", estamos errados. Não temos nada a ver com o assunto; há que deixar o Todo-Poderoso exercer a Sua própria função e manejar o seu próprio timão.


 

SOBRE O EVANGELHO DE MATEUS

(continuação do número anterior)


"E Jesus, vendo em torno de Si uma grande multidão, ordenou que passassem para a banda d'além" (v.18). O Senhor não estava abandonando o Seu posto de trabalho – longe esteja tal idéia! – pois Ele acabava de expulsar demônios e de curar enfermos (vs.16-17). Havia trabalho à Sua espera na outra margem do lago. A narração continua no verso 23 e seguintes. Enquanto isso, dois homens expressam o desejo de seguirem a Jesus:


"E, aproximando-se d'Ele um escriba, disse: Mestre, aonde quer que fores, eu Te seguirei. E disse Jesus: As raposas têm covis, e as aves dos céus têm ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça" (vs.19-20). Esse escriba, sem se aperceber da situação, ofereceu-se como seguidor de Jesus, pensando talvez que teria um bom posto no reino do Messias, porém o Senhor lhe deu a conhecer o custo disso, pois o "Filho do Homem" (o Seu título em humilhação e em exaltação. Aqui claramente em humilhação e mencionado pela primeira vez neste evangelho), tinha menos comodidade que as aves dos céus nos seus ninhos, ou que os animais nos seus covis.


"E outro de Seus discípulos Lhe disse: Senhor, permite-me que primeiramente vá sepultar meu pai. Jesus, porém, disse-lhe: Segue-Me, e deixa aos mortos sepultar os seus mortos" (v.21-22). O significado da palavra do Senhor é muito claro. A chamada do Senhor é suprema: "Segue-Me". Mas o discípulo (pois, este sim, era um discípulo, não um judeu carnal como aquele escriba), queria antepor as solicitações familiares ao mandamento do Senhor, o qual lhe disse que os pecadores, sem vida espiritual, podiam sepultar os seus familiares também sem vida espiritual, mas que o Seu discípulo tinha o privilégio, e, a responsabilidade de O seguir antes de tudo.


"E, entrando Ele no barco, Seus discípulos O seguiram; e eis que no mar se levantou uma tempestade, tão grande que o barco era coberto pelas ondas; Ele, porém, estava dormindo. E os Seus discípulos, aproximando-se O despertaram, dizendo: Senhor, salva-nos, que perecemos. E Ele disse-lhes: Porque temeis, homens de pouca fé? Então, levantando-Se, repreendeu os ventos e o mar, e seguiu-se uma grande bonança. E aqueles homens se maravilharam, dizendo: Que Homem é este, que até os ventos e o mar lhe obedecem?” (vs.23-27).


No livro de Jó lemos que Satanás pôde exercer um certo poder sobrenatural, mas este permitido por Deus, e até mesmo levantar "um grande vento" (Jó 1:12-19). Entrando Jesus no barco com os Seus discípulos, logo "levantou-se um grande temporal de vento" (Mc 4:37), provavelmente obra do "príncipe das potestades do ar" (Ef 2:2), Satanás; porque ele queria destruir Jesus. Porém, a sua tentativa só resultou na manifestação do poder d'Aquele que era muito mais forte que Satanás: Jesus, o Senhor, repreendeu os ventos e o mar, e fez-se grande bonança. Os discípulos maravilharam-se; em seu coração, não estavam, no entanto, preparados para O reconhecerem como "Deus conosco" (Mt 1:23).

Logo que desembarcou na margem oposta do lago, encontrou outro caso de necessidade: "saíram-Lhe ao encontro dois endemoninhados, vindos dos sepulcros; tão ferozes eram que ninguém podia passar por aquele caminho. E eis que clamaram, dizendo: Que temos nós Contigo, Jesus Filho de Deus? Vieste aqui atormentar-nos antes de tempo?" (vs.28-29). "Veio (Jesus) para o que era Seu, e os Seus (os judeus) não O receberam" (Jo 1:11); mas os demônios, sim, O reconheceram (Mc 1:23-26). Esses demônios eram espíritos desobedientes a quem Deus não podia perdoar; eles sabiam que haviam de ser castigados, mas sabiam também que o tempo não tinha ainda chegado (Mt 8:29). De forma que, ao invés de se arrependerem (como se isso fosse possível), prosseguiam com as suas más obras, apoderando-se de dois seres humanos.


"E andava pastando distante deles uma grande manada de porcos. E os demônios rogaram-lhe, dizendo: Se nos expulsas, permite-nos que entremos naquela manada de porcos. E Ele lhes disse: Ide. E, saindo eles, se introduziram na manada de porcos; e eis que toda aquela manada de porcos se precipitou no mar por um despenhadeiro, e morreram nas águas" (vs.30-32). Parece que agrada aos demônios incorporarem-se em corpos físicos; aqueles, pressentiram que Jesus ia expulsá-los dos homens afligidos, e pediram permissão para entrar nos porcos, "eram quase dois mil" (Mc 5:13); que pensamento degradado!


"Os porqueiros fugiram, e, chegando à cidade, divulgaram tudo o que acontecera aos endemoninhados. E eis que toda aquela cidade saiu ao encontro de Jesus, e, vendo-O, rogaram-Lhe que Se retirasse dos seus termos" (vs.33-34). Podiam suportar a presença dos demônios, mas não a santa presença do Filho de Deus. Por que? Porque tinham perdido dois mil porcos; mas, que faziam eles criando porcos, quando a lei de Moisés proibia aos israelitas de comer carne suína (Lv 11:4, 7-8)?


E, o que é feito do homem libertado dos demônios? Marcos conta-nos que "o que tivera a legião" estava "assentado, vestido e em perfeito juízo" (Mc 5:15). Logo, Jesus o mandou evangelizar na sua casa, entre os seus parentes, e ao povo ao seu redor (Mc 5:19-20).

(continua, querendo Deus)

 

Extrato:

O Cristo ressuscitado é a demonstração da redenção consumada; e, se a redenção é um fato cumprido, então, a paz do crente, é uma realidade perfeitamente fundamentada.


 

CONTRASTES ENTRE ISRAEL E A IGREJA

(continuação do número 11)


As Bênçãos

As bênçãos características do israelita eram terrenas. Há muitas passagens que as descrevem. Por exemplo: "E apareceu o Senhor a Abrão, e disse: À tua semente darei esta terra (de Canaã)" (Gn 12:5,7). Jacó e os seus doze filhos eram a "semente" de Abrão, chamados "os filhos de Israel". "Disse mais o Senhor a Moisés: Vai, sobe daqui, tu e o povo que fizeste subir da terra do Egito, à terra que jurei a Abraão, a Isaque, e a Jacó, dizendo: À tua semente a darei" (Êx 33:1).


"E será que, se ouvires a voz do Senhor teu Deus, tendo cuidado de guardar todos os Seus mandamentos que eu te ordeno hoje, o Senhor teu Deus te exaltará sobre todas as nações da Terra. E todas estas bênçãos virão sobre ti e te alcançarão, quando ouvires a voz do Senhor teu Deus: Bendito serás tu na cidade, e bendito serás no campo. Bendito o fruto do teu ventre, e o fruto da tua terra, e o fruto dos teus animais, e a criação das tuas vacas, e os rebanhos das tuas ovelhas. Bendito o teu cesto, e a tua amassadeira. Bendito serás ao entrares, e bendito serás ao saíres" (Dt 28:1-6). Porém, os filhos de Israel não obedeceram aos mandamentos do Senhor; por isso perderam as Suas bênçãos e a terra de Canaã (ou seja a Palestina). As dez tribos foram espalhadas pelas nações (2 Rs 17), e ninguém sabe onde se encontram hoje em dia. As outras tribos, Judá e Benjamim, foram depois levadas cativas para a Babilônia. Um remanescente regressou a Jerusalém. Os seus descendentes crucificaram o seu Messias, Jesus. Em seguida, os romanos destruíram Jerusalém (ano 70 dC), e, os sobreviventes judeus foram espalhados; e, até hoje, existem em todas as partes do mundo. Hoje em dia, há dois ou três milhões(3) na Palestina, e a nação se chama Israel. Materialmente, estão fazendo grandes progressos, mas, no entanto, são incrédulos, sem arrependimento; por isso serão castigados mais do que nunca nos dias da grande tribulação que há de vir. (Mt 24:21-22). Então alguns deles – o remanescente – se arrependerão e receberão o seu grande Messias, Jesus Cristo, quando Ele vier (Zc 12:10-14; Mt 24:30; Mt 26:64).


Em contraste com tudo isto, as bênçãos da Igreja são muito diferentes e mais elevadas: abençoada "com todas as bênçãos espirituais, nos lugares celestiais em Cristo; como também nos elegeu n'Ele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante d'Ele em caridade; e nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para Si mesmo, segundo o beneplácito da Sua vontade, para louvor e glória da Sua graça, pela qual nos fez agradáveis a Si, no Amado. Em Quem temos a redenção pelo Seu sangue, a remissão das ofensas, segundo as riquezas da Sua graça" (Ef 1:3-7).


Que contraste tão marcante! Os crentes em Cristo Jesus, pecadores salvos pela graça infinita de Deus, e, completamente limpos pelo sangue precioso de Cristo, são abençoados, não com os frutos de uma parte da terra de Canaã, mas com todas as bênçãos espirituais. Existem muitas, e os crentes são abençoados com todas. Além disso, são todas de alta categoria. Falando reverentemente, o próprio Deus Pai não poderia ter concebido bênçãos mais altas, mais sublimes e mais dignas da Sua Pessoa do que estas. Basta meditar nesta passagem em Efésios, para poder compreender e apreciar quais são as bênçãos celestiais derramadas sobre aqueles que são feitos filhos de Deus por meio do Senhor Jesus.


Aqui na Terra, Deus promete-nos a nós, os crentes, apenas três coisas: comida para manter a nossa vida; vestimento para cobrir o corpo; e perseguição pois estamos num mundo oposto a Cristo, o nosso Salvador e Senhor. Ele está em cima no céu; aí está o nosso lugar; e aí está a nossa herança: abençoados "com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo" (Ef 1:3).

(continua, querendo Deus)

 

A INSTITUIÇÃO DO MATRIMÔNIO

(continuação do número anterior)


Dando o Exemplo

Não é preciso que as crianças cheguem a uma idade avançada, para serem aptas a discernir a verdadeira sinceridade, ou a falta dela nos adultos. Elas talvez não expressem as suas reações; no entanto, são influenciadas por aquilo que observam. Por isso, é muito importante, que os pais percebam que seus filhos estão observando-os, na sua pessoa, e na sua forma de agir. Devem ter muito cuidado, para não caírem em lapsos de um andar defeituoso, pois, os olhinhos e os ouvidinhos, vêem, e ouvem muita coisa. Eles discernirão se a profissão Cristã dos seus pais, é posta em prática no ato de sua vida. O seu futuro pode depender, mais daquilo que seus pais façam, do que daquilo que eles lhe aconselham. Claro, há que instruí-los nos "caminhos retos …do Senhor" (Sl 119:1), mas é a verdade posta em prática nas ações, que dá ênfase ao ensino.


De que serviria instruir as crianças, de que "os olhos do Senhor estão em todo o lugar, contemplando os maus e os bons" (Pv 15:3), e de que Deus os vê quando enganam os seus companheiros de jogo, se eles vissem os seus pais enganando o vizinho? Dessa forma, seria inútil, dizer às crianças que Deus ouve as mentiras, se eles vêem nos seus pais a prática do engano. Apesar de tudo isso, o fracasso dos pais não é desculpa aceitável para que os filhos pequem.


O apóstolo Paulo foi um instrumento usado pelo Senhor para a salvação de muitas pessoas, e escreveu aos Coríntios: "eu pelo evangelho vos gerei em Jesus Cristo" – (1 Co 4:15). Eles eram os seus filhos amados, e como a filhos os admoestou por carta (v.14). Porém, enviou-lhes Timóteo, para os admoestar nos seus caminhos em Cristo (v.17). Era um pai amoroso, ensinando os seus filhos, por palavra e por exemplo, como deviam andar.


Timóteo também era filho na fé de Paulo, o qual tinha cuidado zeloso pelo bem estar espiritual de Timóteo; escrevia-lhe intimamente e falava afetuosamente dele aos outros irmãos. Deu-lhe palavras de "edificação, exortação e consolação" (1 Co 14:3), porém fez também referência à sua vida: "Tu, porém, tens seguido a minha doutrina, modo de viver, intenção, fé, longanimidade, caridade (amor – ARA), paciência" (2 Tm 3:10). A doutrina (ou seja ensinamento) de Paulo era importante, e o é hoje, porque expõe toda a verdade característica do Cristianismo; porém, Paulo lembrou ao seu filho amado e colaborador, que a sua conduta, ou modo de viver era a veracidade, a retidão, a integridade. A sua intenção (propósito) foi igualmente edificante, pois tinha por alvo viver neste mundo para glória de Deus, e para conhecer mais e mais de Cristo que tinha cativado todo o seu ser. Ele possuía essa fé que dependia de Deus constantemente, e em qualquer circunstância. Vemos, muitos exemplos, da sua largueza de ânimo nos Atos e nas epístolas; amava aos coríntios, ainda que, quanto mais os amava menos eles o amavam. Quanto à paciência, ele podia dizer-lhes: "Os sinais do meu apostolado foram manifestados entre vós com toda a paciência" (2 Co 12:12), a qual, no entanto, não restringia a sua autoridade apostólica.


Que os pais Cristãos, meditem nos seus caminhos, e imitem o exemplo de Paulo para com seus filhos na fé. Os pais ocupam uma posição de certa forma semelhante, pois devem ser como guias espirituais para os seus filhos.


Não há nenhum lugar em que tenhamos que exercer mais cuidado de não comprazer à carne, nem permitir lapsos na conduta Cristã, do que o lar. Alguém disse: "Se me queres conhecer, vem e vive comigo". É no ambiente caseiro que, o nosso íntimo verdadeiro, se manifesta abertamente. Que os pais se possam aperceber, da grande importância de viver como verdadeiros Cristãos, diante dos seus filhos! A forma como se fazem as pequenas coisas da vida tem um grande peso.

(continua, querendo Deus)


 

A RAPOSA


Todos vocês sabem algo acerca da raposa, animal esperto, manhoso e astuto que rouba as galinhas de noite. Sabem também que se esconde e dorme durante o dia em grutas ou covas na terra. Tem um nariz pontiagudo, muito sagaz para farejar e orelhas também pontiagudas e inclinadas para a frente para perceber cada pequeno som.


Vamos ver mais lições que podemos aprender das Escrituras em relação a este animal.


1. "Apanhai-me as raposas, as raposinhas, que fazem mal às vinhas, porque as nossas vinhas estão em flor" (Ct 2:15). Se vocês tiverem alguma vez cultivado uma vide com muito cuidado, esperarão desfrutar do seu fruto. Que diriam ao descobrir numa manhã que as "raposinhas" tinham feito mal à vinha?


Quando Jesus, o Messias, veio para o Seu próprio povo terreno, os judeus, Ele procurava fruto e não achou nenhum. Esse, o Seu antigo povo, foi comparado a uma videira (Sl 80:8)(4). Da mesma forma Ele busca fruto agora, do Seu povo celestial, que é a Igreja. "Nisto é glorificado Meu Pai, que deis muito fruto; e assim sereis Meus discípulos" (Jo 15:8). Crês em Jesus como teu Salvador pessoal? Queres ser Seu discípulo e apresentar-Lhe fruto? Porém perguntarás: "O que é o fruto?" Na epístola aos Gálatas 5:22-23, achamos esta perfeita definição: "o fruto do Espírito é: caridade {ou amor}, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança"; estas virtudes podem achar-se no meio dos deveres mais simples da vida quotidiana, se tudo for feito de coração, como se fosse para o Senhor. Mas, se não são feitos assim, antes com indiferença e dizendo sempre: "Não quero fazer isto", então não há fruto para apresentar a Deus. "As raposinhas" por vontade própria, ou por indolência, fizeram mal às vinhas. altam as uvas em flor. Assim, vigiemos em oração: "Apanhai-me as raposinhas, que fazem mal às vinhas".


2. Jesus disse, "Ide, e dizei àquela raposa", em resposta aos fariseus que o advertiram: "Sai, e retira-Te daqui, porque Herodes quer matar-Te". Logo em seguida, dirigindo-se à cidade escolhida de Deus, disse: "Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas, e apedrejas os que te são enviados! Quantas vezes quis Eu ajuntar os teus filhos, como a galinha os seus pintos debaixo das asas, e não quiseste?" (Lc 13:31-34).


Uma "raposa" vem só para matar e destruir. Herodes, "aquela raposa", (uma figura de Satanás), quisera destruir a Jesus – o bendito Jesus – O qual anelava recolher o Seu povo para Si mesmo, como a galinha ajunta “os seus pintos debaixo das asas”.


Ora, que pensaria você de um pinto que não quisesse refugiar-se debaixo das asas da mãe galinha, mas antes ficar onde a raposa o podia devorar? Igualmente néscio é qualquer criança ou adulto que recusa vir a Jesus, preferindo permanecer entre os incrédulos, exposto à ira de Satanás. Jesus teve que dizer ao Seu povo terreno: "não quiseste". E ainda tem que dizer aos que O rejeitam : "Eu quis, …mas vós não quisestes".


3. "E disse Jesus: As raposas têm covis, e as aves do céu têm ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça" (Mt 8:20). Pensem nisto! Aquele que criou todas as coisas, que deu aos coelhos fendas nas rochas, às aves os seus ninhos e ainda às cruéis raposas covis em que se escondem, não teve onde reclinar a cabeça.


“Ele veio morrer”. Não houve lugar para Ele aqui embaixo, onde não encontrou nenhum fruto na Sua própria vinha, onde o Seu povo não quis ser ajuntado em um. Não, pois o Seu lar, o Seu lugar de descanso, estava no céu – na casa do Pai – mas teve que morrer, para que outros estivessem com Ele. Que vocês O recebam, sejam ajuntados por Ele, apresentando-Lhe fruto e esperando a Sua vinda para levá-los à casa do Pai! (E.G.B.).


 

EXORTAÇÃO AOS RECÉM-CONVERTIDOS


Habitai com o Senhor de todo o vosso coração. Dependei d'Ele. Depois de havermos crido, é-nos dado um período de grande gozo, no princípio da nossa vida Cristã; mas Deus, que conhece o nosso coração, sabe que corremos o perigo de depender mais do nosso gozo do que de Cristo. Nosso objetivo deve ser Ele e não o gozo. É verdade que, depois da conversão, o pecado não domina mais sobre nós, mas a carne está em nós, e, assim, estará até ao fim. Ela está sempre na brecha e experimentareis que, se não estiverdes alerta, se a vida divina não estiver cultivada no vosso coração, se não tiverdes o vosso olhar em Cristo, e não vos alimentardes d'Ele, o pecado começará de novo a germinar e a criar raízes. Neste caso, há que destruí-las à medida que apareçam; a velha natureza nunca pode produzir bons frutos; é a nova natureza, que apresenta bom fruto diante de Deus; apesar da carne estar em vós, não vos ocupeis com ela; ocupai-vos somente com Cristo. Que Cristo seja a vossa vida!

À medida que fordes crescendo no Seu conhecimento, também crescerá em vós um gozo, ainda mais precioso que aquele da vossa conversão. Eu conheci Cristo, há mais ou menos trinta ou quarenta anos, e posso dizer que tenho dez mil vezes mais gozo agora do que no princípio. É espetacular ver como a água se precipita em cataratas com o seu ruído imponente; porém, aquela que corre pela planície é mais profunda, cheia de calma e útil para fertilizar a terra.


Habitai todos com o Senhor de todo o vosso coração. Um coração descuidado, é um desastre para o Cristão. Quando nos ocupamos em coisas fora de Cristo, perdemos a fonte de toda a energia: Quando o coração está cheio de Cristo, não há lugar nem desejo para as vaidades do mundo. Se Cristo habita no vosso coração, é pela fé; e, não perguntareis a alguém como tão frequentemente se ouve: Que mal há em fazer isto ou aquilo? Mas antes perguntareis melhor: O que estou fazendo, faço-o para Cristo, e pode Ele aprovar-me? Não deixeis que o mundo intervenha nas vossas vidas, nem que cative os vossos pensamentos. Dirijo-me especialmente a vós, os jovens recém-convertidos. Nós que já somos convertidos, temos mais experiência daquilo que o mundo é e do pouco que vale. Pela frente apresenta-nos todos os seus atrativos e esforça-se por nos atrair a si. Os sorrisos do mundo são enganosos, no entanto ele os sorri. Faz muitas promessas que não pode cumprir, no entanto as faz. O fato é que o vosso coração é demasiado grande para o mundo; este não os pode encher. Por outro lado são demasiado pequenos para Cristo; mas Aquele que encheu os céus, os encherá até fazê-los transbordar.

Habitai com o Senhor de todo o vosso coração. Ele sabe quão errante é o vosso coração, e quão prontamente substituiria Cristo, por qualquer outra coisa. Estando perto de Deus, aprendereis a conhecer melhor a vós mesmos, debaixo da influência da Sua graça; de outra forma o teríeis que aprender amargamente com o diabo, se vos deixardes vencer pelas suas tentações.


Porém, Deus é fiel, e se vos tendes afastado d'Ele, se outras coisas se têm intrometido, formando uma zona insensível ao redor do vosso coração; se finalmente quereis voltar, Deus vos diz: "Qual é o obstáculo?" É necessário que vos exerciteis nisso, para que sejais completamente libertos. Lembrai-vos, que Cristo vos comprou, ao preço do Seu próprio sangue, a fim de que vos chegueis a Ele, e não ao mundo.


Não deixeis que o diabo se interponha entre vós e a graça de Deus. Se devido a negligência da vossa parte vos tendes afastado de Deus, vinde de novo a Ele, e confiai no Seu amor. Não duvideis do Seu gozo em receber-vos de novo. Aborrecei o pecado que vos arrastou, mas não injurieis o amor de Deus por falta de confiança nesse amor. Que bom se perdesseis toda a confiança em vós mesmos! Mas não duvideis nem da Sua obra, nem do Seu amor. Ele vos tem amado, Ele vos amará até ao fim. Falai constantemente, falai muito, com Jesus. Não vos sintais satisfeitos, a não ser que sejais capazes de andar com Ele e conversar com Ele como o fazei com o vosso melhor amigo. Não vos conformeis com relações superficiais com Aquele que vos amou e que vos lavou dos vossos pecados com o Seu sangue.

(J.N.Darby)


 

"CONFIRMADOS NA PRESENTE VERDADE" (2 Pe 1:12)

(continuação do número 09)


Substituição

Na Palavra de Deus a substituição relaciona-se com os convertidos, ou seja, os que formam a família da fé, nunca com os incrédulos.


A propiciação é para todo o mundo (1 Jo 2:2)(5). Quer dizer, Cristo cumpriu as exigências da natureza santa de Deus, e levou o juízo total do pecado na cruz, de forma que Deus pode, em justiça, perdoar a qualquer pobre pecador que aceite a mensagem da Sua graça. Mas, a Palavra de Deus, nunca diz que Cristo levou os pecados de todo o mundo. A Escritura diz: "Ele levou sobre Si o pecado de muitos" (Is 53:12); e esta passagem é confirmada por Hebreus 9:28.


Pedro diz (falando aos crentes): "levando Ele mesmo em Seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro" (1 Pe 2:24). Ele foi o nosso substituto.


Quão bendita a verdade divina que todo o crente, diante de Deus, está judicialmente perdoado! "E jamais Me lembrarei de seus pecados e de suas iniquidades" (Hb 10:17). "Filhinhos, escrevo-vos, porque pelo Seu nome vos são perdoados os pecados" (1 Jo 2:12). Louvemo-Lo pela Sua graça infinita!

 

O PECADO PARA MORTE


Basta examinar, cuidadosamente, o texto das Escrituras, para ver o que significa o "pecado para morte". Está descrito assim: "Se alguém vir pecar seu irmão pecado que não é para morte, orará, e Deus dará a vida àqueles que não pecarem para morte. Há pecado para morte, e por esse não digo que ore" (1 Jo 5:16).


A questão aqui é a do pecado cometido por um crente. "Se alguém vir pecar seu irmão". E, já que é um crente de quem se trata, o texto não pode aludir à morte eterna; na realidade aqui trata-se da morte física. Assim, Ananias e Safira, cometeram um pecado para a morte (At 5). Tal era o caráter do seu pecado, que Deus interveio, e os apartou da cena terrestre; misericordioso castigo para eles, e solene aviso para os demais! Porém, embora tenham pecado para morte, a sua posição eterna de redimidos "com o precioso sangue de Cristo" (1 Pe 1:19) não foi alterada, pois eram verdadeiros crentes. A sua morte, foi o resultado da intervenção disciplinar de Deus na igreja neste mundo. O apóstolo, escrevendo aos coríntios, alude a outras coisas semelhantes. Com respeito aos abusos da Ceia do Senhor, disse: "o que come e bebe indignamente, come e bebe para sua própria condenação, não discernindo o corpo do Senhor. Por causa disto, há entre vós muitos fracos e doentes, e muitos que dormem" (1 Co 11:29-30); ou seja, pela intervenção da disciplina de Deus, muitos haviam morrido.


As explicações precedentes, ensinam, como não é possível saber de antemão, o que constitui o "pecado para morte", porque só o Senhor o julga. Na realidade, o mesmo ato não implica sempre o mesmo grau de pecado, se as circunstâncias diferirem; não há dúvida, que muitos têm sido os Ananias e Safiras (At 5:1-11) desde aquele dia. Como temos ensinado, esse pecado é o de um crente, e refere-se à morte física, e não à morte eterna. (E.D.)

 

Pensamento:

"Tendo desejo de partir, e estar com Cristo, porque isto é ainda muito melhor" (Fp 1:23).

Uma anciã jazia no seu leito de morte, e as amigas, que rodeavam sua cama, estavam chorando; mas ela não chorava. Olhando-as, disse-lhes com calma, "Vou-me embora". Em seguida, olhando para o céu, disse, "já estou indo", e logo esteve com o Senhor.


Como é diferente o fim do ateu notório que gritou, "Fique comigo, pois não posso suportar estar só! Mande vir aqui ao menos uma criança, pois é um inferno estar só". Deveras solitária é a alma que, sem Cristo, há de enfrentar a morte e a eternidade!


 

1 Fm 1:22 – “E juntamente prepara-me também pousada, porque espero que pelas vossas orações vos hei de ser concedido".

2 Hb 13:23 – “Sabei que está solto o irmão Timóteo, com o qual (se vier depressa) vos verei”.

3 Fonte: World Bank – População em 2019 – 9.053 milhões

4 Sl 80:8 – “Trouxeste uma vinha do Egito: lançaste fora as nações e a plantaste”.

5 1 Jo 2:2 – “E ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo”.

 

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