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Palavras de Edificação 21

(Revista bimestral publicada originalmente em Maio/Junho 1989)

 

ÍNDICE


 

PRINCÍPIOS DIVINOS SOBRE O VESTIR


"Então foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus; e coseram folhas de figueira, e fizeram para si aventais". "E fez o Senhor Deus a Adão e a sua mulher túnicas de peles, e os vestiu" (Gn 3:7, 21).


Os pensamentos e caminhos de Deus estão muito acima de nossos pensamentos. A primeira coisa que Adão e Eva fizeram após caírem em pecado, foi cobrir sua vergonhosa nudez com folhas de figueira, e se esconder de Deus. Mas as folhas de figueira não cobriram suficientemente, e então eles também se esconderam de Deus. A nudez na inocência não era vergonhosa, mas após haverem praticado pecado no corpo, tornou-se vergonhoso andarem despidos. O desejo de Adão e Eva de estarem cobertos era bom, mas os meios que usaram para fazê-lo não foram adequados. Foi Deus que, pela morte de outro, não somente cobriu a nudez de ambos, mas também os fez novamente agradáveis à Sua presença, porém agora de uma nova maneira: vestidos com peles.


Esta vestimenta de peles foi confeccionada (por outro, e não por eles) de algo inteiramente fora deles próprios. Pela palavra "vestidos", não somente aprendemos que sua nudez foi com plenamente coberta, como também que eles foram feitos apresentáveis a Deus outra vez, em uma nova e melhor aparência; numa aparência tão bela e aceitável aos olhos de Deus quanto a da origem das vestimentas com que foram vestidos. Foi Deus quem lhes deu novas vestes; esta é a figura do dom de Deus: Seu Filho unigênito para aqueles que O aceitam e são assim vestidos com a justiça de Deus em Cristo. Que grande contraste existe entre a beleza e glória que Cristo nos dá, e aquilo que nossa habilidade procura produzir para tentar esconder nossos pecados e nos fazer agradáveis a Deus.


Aprendemos portanto, nestes dois versículos sobre vestimentas, dois grandes princípios quanto ao vestir-se. Primeiro, que as roupas são para cobrir os nossos corpos nus, e depois, que as vestes nos são dadas por Deus para o propósito de exibirmos algo mais apresentável do que a nossa carne.


Quando nos vestimos de acordo com os preceitos de Deus, cumprimos ambos os princípios. Muitas pessoas hoje, não ultrapassam a primeira intenção do vestir-se, e buscam somente cobrir a sua nudez. Outras se vestem, ainda, de uma maneira tal, que realçam ainda mais a sua nudez, querendo negar, pelo seu proceder, o estado caído em que se encontra o homem (Rm 1:25-26).


Busquemos, em 1 Coríntios 11:3, 7-9, a ordem divina de autoridade, a fim de sabermos para quem devemos nos vestir. "Mas quero que saibais que Cristo é a cabeça de todo o varão, e o varão a cabeça da mulher; e Deus a cabeça de Cristo. …O varão pois não deve cobrir a cabeça, porque é a imagem e glória de Deus, mas a mulher é a glória do varão. Porque o varão não provém da mulher, mas a mulher do varão. Porque também o varão não foi criado por causa da mulher, mas a mulher por causa do varão". "A cabeça de Cristo é Deus". Quão perfeitamente o Senhor Jesus mostrou esta sujeição a Seu Pai enquanto estava na Terra! Como homem, Ele sempre honrou a autoridade de Seu Pai (a cabeça). Suas próprias palavras são: "Porque Eu desci do céu, não para fazer a Minha vontade, mas a vontade d'Aquele que Me enviou" (Jo 6:38); e, "Na verdade, na verdade vos digo que o Filho por Si mesmo não pode fazer coisa alguma, se o não vir fazer o Pai; porque tudo quanto Ele faz, o Filho o faz igualmente" (Jo 5:19).


Deus exaltou a Cristo "acima de todo o principado, e poder, e potestade, e domínio, e de todo o nome que se nomeia, não só neste século, mas também no vindouro; e sujeitou todas as coisas a Seus pés, e sobre todas as coisas O constituiu como cabeça da igreja, que é o Seu corpo, a plenitude d'Aquele que cumpre tudo em todos" (Ef 1:21-23). Adão, o primeiro homem, foi a cabeça da primeira criação, mas caiu em pecado. Cristo, o segundo Homem, redimiu a todos os que estavam caídos pelo pecado; e, é agora a cabeça sobre todos. "Cristo é a cabeça de todo o varão" pois o varão é "a imagem e glória de Deus" (Cristo). O homem deve mostrar que Cristo é a cabeça; deve mostrar a glória de Cristo em seu comportamento e modo de vestir. Cristo é digno de ser representado e glorificado na Terra pelo homem, razão pela qual os homens oram e profetizam com a cabeça descoberta. Sua cabeça deve ser vista e deve predominar em relação às das mulheres.


Os homens devem ser cuidadosos para não usarem, em seu próprio benefício, o lugar de proeminência que Deus lhes deu. É para glorificar e manifestar a Cristo, que lhes foi dado este lugar, e creio que o contrário a isto, o fato de ser a tendência geral dos homens, provoca entre as mulheres o movimento de libertação. As mulheres vêem os homens recebendo para si, injustamente, muitas das vantagens, e sentem-se ultrajadas. A solução não é dar aos homens e mulheres a mesma posição, como tem sido frequentemente sugerido, mas o homem deve, isto sim, dar a Cristo o Seu lugar de direito, assim como a mulher deve dar ao homem o seu devido lugar.

O remédio para isto encontramos em Filipenses 2:5-8: "De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus. Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus. Mas aniquilou-Se a Si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-Se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-Se a Si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz". Ele honrou a Seu Pai, e não buscou a Sua própria glória (Jo 8:49-50).

"O varão (é) a cabeça da mulher" pois "a mulher é a glória do varão". O lugar apropriado à mulher é de sujeição ao homem, e é a ele que ela deve render sua própria glória. (1 Co 14:34; 1 Tm 2:11; Ef 5:22-24).


Para a mulher, honrar a Deus é: vestir-se e agir de tal maneira, que demonstre o seu reconhecimento da autoridade do homem. A tendência no mundo é exatamente oposta a isto: as mulheres procuram vestir-se e agir de modo a se exibir; e, atrair a atenção dos homens sobre si. Mas a esposa que obedece à ordem divina, traja-se e conduz-se de modo a destacar seu marido como o proeminente entre os dois. O marido, da mesma maneira, deve glorificar a Cristo que é a cabeça. A mulher que cobre a sua cabeça quando ora ou profetiza (fala para ou por Deus), mostra que é sujeita a seu marido, assim como ele e a igreja são sujeitos a Cristo. A mulher que se recusa a cobrir a sua cabeça, deve ser privada de sua glória, pois os seus cabelos longos são a sua glória. A sua glória pois, não estando sujeita à ordem de Deus, deve ser-lhe tirada. Desta maneira, a falsa igreja em Apocalipse 17 e 18 será despida de sua glória, por causa de sua insubordinação a Cristo.

Os princípios, contidos nos textos já mencionados, deveriam ser suficientes para nos guiar na maneira de nos vestirmos. Mas, há ainda, outras passagens mais explícitas que podem nos ajudar, como 1 Timóteo 2:8-10: "Quero pois que os homens orem em todo o lugar, levantando mãos santas, sem ira nem contenda. Que do mesmo modo as mulheres se ataviem em traje honesto, com pudor e modéstia, não com tranças, ou com ouro, ou pérolas ou vestidos preciosos, mas (como convém a mulheres que fazem profissão de servir a Deus) com boas obras".


Vemos aqui mais uma vez, que Deus quer que seja o homem aquele que age e fala. As mulheres são o inverso disto, e devem mostrar em seu comportamento, e modo de vestir, que estão rendendo toda sua glória aos homens. Vestido de cores ou estilo perturbador, bem como penteados sofisticados, ou jóias caras e pomposas, tendem a fazer notada aquela que as usa. Estas coisas, enfraquecem as mãos piedosas erguidas em oração. Mesmo nos homens, estas coisas, não retratam apropriadamente a Cristo, visto que oferecemos sacrifícios espirituais a Deus.


Os anjos notam em nós a ausência dos adornos convenientes (1 Co 11:10). Não desejaríamos ser a causa de queda de anjos de seu estado de sujeição, nem iríamos querer ser um tropeço para os nossos irmãos.


Pedro nos diz que devemos nos adornar. É falsa a ideia, de que devamos ser negligentes, ou descuidados quanto aos nossos modos e vestimentas, ou até mesmo rejeitar qualquer tipo de adorno. Isto seria uma desonra para Cristo. "Semelhantemente, vós, mulheres sede sujeitas aos vossos próprios maridos; para que também, se alguns não obedecem à palavra, pelo porte de suas mulheres sejam ganhos sem palavra; considerando a vossa vida casta, em temor. O enfeite delas não seja o exterior, no frisado dos cabelos, no uso de jóias de ouro, na compostura de vestidos; mas o homem encoberto no coração; no incorruptível trajo de um espírito manso e quieto, que é precioso diante de Deus" (1 Pe 3:1-4). Aqui aprendemos a adornar primeiramente o homem interior – o coração. O aspecto exterior é corruptível e passará, mas o interior é de grande valor à vista de Deus. Quando o coração, (o homem interior) é correto, a aparência exterior também o será. (Lc 6:45).


Tais ornamentos podem ser usados, até mesmo, para ganhar almas para Cristo. Palavras apenas, podem ser contestadas, mas uma vida piedosa, vivida para Cristo, jamais! Neste aspecto, talvez a mulher tenha mais oportunidades de anunciar a Cristo do que os homens.


Vejamos agora alguns outros pensamentos no Antigo Testamento. Lembremo-nos de que estes versículos foram leis escritas a Israel, mas nós, que estamos sob a graça, podemos obter deles alguns princípios que nos são muito instrutivos.


"Não te vestirás de diversos estofos de lã e linho juntamente" (Dt 22:11). Deus não tolera misturas, motivos mesclados, ou ainda a tentativa de agradar à carne e a Deus. A lã e o linho têm origens diferentes. A lã vem de animais, e o linho de plantas. Tanto uma como a outra eram permitidas para um israelita, desde que usadas separadamente, pois a carne (o homem) ainda estava sendo provada. Só devemos usar roupas que agradem ao Senhor, e nem ao menos uma que tenha misturada em si a vontade carnal.

No versículo 5 do mesmo capítulo de Deuteronômio, encontramos outra distinção importante nas vestimentas: a mulher não deveria usar roupas de homem, nem o homem vestir as de mulher. Hoje, o mundo tem se esforçado grandemente para exterminar esta diferença exterior entre os sexos. Isto não provém de Deus, pois Ele mesmo faz diferença. Em 1 Timóteo 2:12-14, lemos: "Não permito, porém, que a mulher ensine, nem use de autoridade sobre o marido, mas que esteja em silêncio. Porque primeiro foi formado Adão, depois Eva. E Adão, não foi enganado, mas a mulher, sendo enganada, caiu em transgressão". Quando a mulher age em insubordinação à ordem de Deus, usurpando a autoridade do homem, elas estão moralmente usando aquilo que pertence aos homens. Frequentemente sua maneira de vestir mostra que elas gostariam de ser consideradas iguais aos homens. A situação inversa também acontece com o homem; ele se veste, muitas vezes, com roupas de mulher; fazem da mulher o objeto de seus olhos e coração lascivo, em vez de reconhecerem que Cristo, sua cabeça, é o único que pode encher e satisfazer plenamente seu coração (Rm 1:26-27). No entanto, o homem quere, ainda assim, manter o seu lugar de autoridade. Eles não querem ser privados de suas vestes, mas, como por conveniência, vestem roupas de mulher (moralmente falando), ao se sujeitarem a elas quando suas almas lascivas assim o desejam. Deste modo, buscam ocupar tanto o lugar de homenm, como o de mulher. Mas Deus nos diz em Sua Palavra, que o homem não deve nem ao menos vestir roupa de mulher (Dt 22:5).


Temos, bons versículos, no livro de Números, que deixarão mais claro este assunto: "Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes que nas bordas dos seus vestidos façam franjas, pelas suas gerações: e nas franjas das bordas porão um cordão de azul. E nas franjas vos estará, para que os vejais, e vos lembreis de todos os mandamentos do Senhor, e os façais: e não seguireis após o vosso coração, nem após os vossos olhos, após os quais andais adulterando. Para que vos lembreis de todos os meus mandamentos, e os façais, e santos sejais a vosso Deus" (Nm 15:38-40). Este cordão de azul, devia ser visto nas bordas de seus vestidos. Azul é a cor celestial, e nós somos o povo celestial. Não devemos pensar "nas coisas terrenas" pois "a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o Seu eficaz poder de sujeitar também a Si todas as coisas" (Fp 3:19-21). Nossas roupas não devem ter um feitio tal, que nos exponha e venha a atrair os olhos e coração dos que nos vêem. Pelo contrário, as pessoas devem ver, pela maneira de nos vestirmos, pelo corte ou modelo de roupa que usamos, que somos homens e mulheres celestiais. Isto é especialmente importante para os jovens, quando se encontram para recreação ou comunhão. A cobiça da carne, predomina mais intensamente durante os anos da adolescência.


Em Lucas 8:43-48, o Senhor nos deu um lindo exemplo de ter o cordão de azul nas bordas de Seus vestidos: "E uma mulher, que tinha um fluxo de sangue, havia doze anos, e gastara com os médicos todos os seus haveres, e por nenhum pudera ser curada. Chegando por detrás d'Ele, tocou na orla do Seu vestido, e logo estancou o fluxo do seu sangue" (v. 43 e 44). Um pequeno toque de fé na Pessoa celestial do Senhor Jesus, curou o fluxo de sangue da mulher; cura que nenhum outro podia lhe proporcionar. Os resultados do pecado em seu corpo, não podiam ser estancados por ninguém além do Filho do Homem, e tampouco nós podemos ser curados, a não ser pela própria Pessoa do Senhor Jesus Cristo. A orla dos vestidos de Cristo não provocou a carne no homem, antes estancou-a.


Tal como Eva, que tentou esconder a sua condição de pecadora com folhas de figueira e entre as árvores do jardim, esta mulher tentou esconder-se entre a multidão, mas ainda assim recebendo os benefícios da cura. Mas Cristo soube que de Si havia saído virtude. Ela não podia receber a cura e esconder os segredos da sua condição. Aquele que podia curar, evidentemente conhecia o seu problema. Ela teve que ser levada e entender isto e, após haver confessado tudo, o Senhor deu-lhe paz.


Assim, o Senhor Jesus mostrou, perfeitamente, como fazer cessar as manifestações do pecado que emergem do coração humano. Pelo nosso vestir, e pela nossa conduta, devemos mostrar que Jesus, o Homem celestial, curou-nos também de nossos pecados. Se fossemos mais como Cristo, as nossas vestes e conduta nunca seriam um motivo de provocação à carne nas pessoas. Mas também devemos evitar o outro extremo, como os fariseus que alargavam "as suas franjas (dos seus vestidos); …o fim de serem vistos dos homens" (Mt 23:5). Isto era mais para mostrar aparência de piedade, e foi além do que Moisés havia ordenado. Não lhes foi dito que fizessem largas franjas, mas que fizessem as suas orlas com cordões de azul. O seu extremismo apenas manifestou sua ignorância no assunto. Vemos também nisto, que eles mudaram a finalidade proposta por Deus de exibir a glória celestial, para um motivo terreno: satisfação própria.

Possamos tomar a Cristo como o exemplo, e que estas coisas sejam uma realidade prática em nossas vidas.


D.C.Buchanan

 

ARREPENDIMENTO E CONVERSÃO


Arrependimento envolve o julgamento moral de nosso ser sobre a ação da Palavra de Deus, pelo poder do Espírito Santo. É a descoberta de nossa total pecaminosidade, culpa e ruína; nossa pobreza desesperadora e o fato de estarmos perdidos. Arrependimento é expresso nas palavras de Isaías: "Ai de mim! Estou perdido!" (Is 6:5 – ARA), e nas comoventes palavras de Pedro "Senhor, ausenta-te de mim, que sou um homem pecador" (Lc 5:8).


O arrependimento é uma necessidade permanente para o pecador, e quanto mais profundo for, melhor. É o arado revolvendo a alma e trabalhando no solo duro. O arado não é a semente, mas quanto mais profundo for o sulco, mais fortes serão as suas raízes. Que deleite nos traz uma obra verdadeira e profunda de arrependimento numa alma.


Tememos, porém, que haja muito pouco disto no que é hoje (1989) chamado de "movimento de reavivamento". Os homens têm tanta ansiedade de simplificar o evangelho e fazer a salvação parecer simples, que falham em mostrar à consciência do pecador, os direitos e demandas da justiça de Deus.


Sem dúvida alguma, a salvação é tão gratuita quanto a graça de Deus a pode fazer. Além disto, tudo vem de Deus, do começo ao fim. Deus é sua fonte, Cristo o seu canal e o Espírito Santo o poder para a sua realização e para desfrutá-la.

Tudo isto é, bendito seja Deus, verdadeiro. Mas, não devemos nos esquecer de que, o homem é um ser responsável – um pecador culpado – chamado imperativamente a arrepender-se e a voltar-se a Deus. Não é que o arrependimento tenha em si mesmo alguma virtude salvadora, senão, também, poderíamos dizer que o desespero de um homem que está morrendo afogado poderia salvá-lo, ou ainda que alguém pudesse fazer uma fortuna com títulos de falência escritos contra si. Salvação é totalmente pela graça; salvação é obra de Deus, em cada um de seus estágios e em cada aspecto. Nunca é demais enfatizar isto; mas, ao mesmo tempo, devemos nos lembrar; o bendito Senhor e Seus apóstolos constantemente exortavam os homens, judeus e gentios, à solene obrigação do arrependimento.


Sem dúvida alguma, há uma vasta quantidade de má doutrina sobre este assunto; muito legalismo e obscuridade, pelos quais o bendito evangelho da graça de Deus é obscurecido. A alma é introduzida a apoiar-se em suas próprias descobertas, em vez de basear-se na obra consumada de Cristo, e de estar ocupada com um certo processo de cujo resultado depende seu direito de vir ao Senhor Jesus. Resumindo: o arrependimento é visto como um tipo de boas obras, em vez de ser a dolorosa descoberta de que todas as nossas obras são más a nossa natureza incorrigível.


Mas devemos ser cuidadosos de como guardamos a Verdade de Deus, e se, por um lado, repudiamos totalmente o falso ensino da cristandade, sobre o tão importante assunto do arrependimento, não devemos cair no outro extremo, negar a premente necessidade que todos têm que se arrepender.


Tomemos, por exemplo, dois homens que estão em um barco salva-vidas, após um naufrágio em alto mar. Um, foi resgatado após duas horas, de terrível luta contra as ondas e a mais profunda agonia pelo medo da morte. O outro, foi recolhido das águas logo após o naufrágio, poucos minutos depois da colisão, e mal teve tempo de sentir-se em perigo. Os dois estão no barco salva-vidas. Ambos estão igualmente salvos. Eles estão sãos e salvos no barco salva-vidas e isto não depende da intensidade dos sofrimentos e agonias que sofreram, mas simplesmente do fato de estarem no barco salva-vidas.


Sem dúvida alguma, o primeiro terá uma compreensão maior do valor do salva-vidas, mas isto é um assunto de suas experiências e sentimentos, e não uma questão de salvação. Não existem dois casos iguais de conversão. Alguns passam por uma experiência profunda antes de se converterem, tornando-se mais estáveis e consistentes em sua vida Cristã. Mas somos salvos por Cristo e não pela nossa experiência.


Estamos seguros de que é necessário, para o dia em que vivemos, e para que o homem se torne totalmente livre de tudo o que este mundo iníquo tem para oferecer, é uma total e completa consagração a Cristo, de inteiro coração – um rompimento total com o mundo em cada um de seus aspectos – um descanso perfeito e satisfação de coração em Deus. Se não houver isto, será em vão buscar progresso verdadeiro na vida Cristã.


 

UMA CARTA A PAIS CRISTÃOS


Há algum tempo eu estava na casa de um amigo, quando ele pediu a seu filhinho que fechasse a porta. A resposta foi:

  • "Eu não quero!"

  • "Então o pobre papai terá que fechar ele mesmo a porta".

  • "Não me importo; eu já disse que não quero fechá-la!"

E eu vi, o "pobre papai", se levantar e fechar a porta. Sem controle aos seis anos; um delinquente aos dezesseis?


Devo confessar, que de imediato, pareceu-me que a criança deveria receber uns quinze minutos de disciplina, mas uma reflexão mais aprofundada fez-me ver que era, na realidade, o pai quem precisava de disciplina.


Um dos mais perigosos sinais dos tempos; é o deterioramento da vida familiar, causando um crescente desrespeito das crianças para com os pais e outras autoridades. Em 2 Timóteo 3, o apóstolo Paulo, descrevendo os últimos dias, nos apresenta com clareza a época atual.


Quanto mais eu vivo, mais posso testemunhar das alegrias e tristezas, sucessos e fracassos desta vida; e cada vez mais fico convencido que o problema do lar é o maior que existe hoje. O lar é o centro de tudo. Seja ele de pessoas humildes ou ricas, o lar é aquilo que, mais do que qualquer coisa neste mundo, proporciona as maiores possibilidades de alegria ou tristeza. A ruína de muitas vidas tem seu início na vida familiar, enquanto que a mais doce figura que podemos presenciar neste mundo é a de uma família, onde todos andam juntos em seu caminho para o céu. Da porta de nosso lar, nós saímos para entrar no mundo civil, social e moral. O que nós somos em casa será o que seremos na assembleia e em todos os aspectos da vida.


Quando o próprio Deus estava para fundar uma nação, Ele fez da vida no lar um fator decisivo. Ao escolher Abraão é dito a respeito dele: "Porque Eu o tenho conhecido, que ele há de ordenar a seus filhos e a sua casa depois dele" (Gn 18:19). Aqui encontramos duas idéias fundamentais para um lar bem sucedido – autoridade e exemplo – sem as quais não podemos ter um lar, assembleia ou nação feliz. A nação ideal de Deus começa no lar, com o pai, o cabeça do lar, ordenando a seus filhos e a sua casa após si, "para que guardem o caminho do Senhor, para obrarem com justiça e juízo" (Gn 18:19).


A anarquia não nasceu nas ruas das grandes cidades. A questão da obediência à lei é iniciada na infância. A criança que não obedece a seu pai e à sua mãe, provavelmente não irá obedecer às leis sociais, civis ou divinas. Quando Deus falou, "Filhos, sede obedientes a vossos pais" (Ef 6:1), revelou onde a obediência tem origem.


A um pai e uma mãe que criaram seis filhos Cristãos, sem ter uma ovelha negra entre eles, foi perguntado como haviam feito isso. Com um sorriso o pai respondeu: "Com oração e uma varinha". Nunca houve dois instrumentos melhores do que estes. Isto não significa encorajar a punição brutal das crianças, mas quando muita oração e alguma autoridade são colocadas em prática, as crianças permanecem obedientes e piedosas. "Instrui ao menino no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele" (Pv 22:6). No que diz respeito à autoridade, nós como pais, devemos exercitá-la em uma atitude Cristã de amor. Temos visto crianças fugirem de suas casas devido à aplicação severa e brutal da autoridade paterna. Nossos atos disciplinares, devem ser temperados com grandes doses de amor e compreensão, exatamente como nosso Deus Pai tem feito conosco, "porque o Senhor corrige o que ama,Deus vos trata como filhos; porque, que filho há a quem o Pai não corrija?" (Hb 12:6-11).


Autoridade em si não é suficiente. Como foi dito acima, um exemplo piedoso também é necessário. Estamos nós, como pais, exibindo nossa obediência para com as autoridades às quais devemos nos sujeitar – não apenas à Palavra de Deus – mas às autoridades civis que Ele colocou acima de nós? Que tipo de exemplo estamos deixando para nossos filhos?


Nossa época requer, mais do que nunca, oração, a fim de buscarmos o entendimento e recebermos a ajuda necessária para podermos guiar nossos filhos como servos do amor de Deus. Um dia, em breve, devemos prestar contas a Deus, de nosso zelo para com as crianças que Ele deixou aos nossos cuidados.

A propósito, uma história verdadeira me vem à mente, a qual tocou meu coração. Era um lindo dia de calor, certo pai levou sua filhinha para um pequeno passeio pelas colinas. Assim que ele se deitou sob a sombra de uma árvore, sua filhinha saiu correndo em busca de flores, trazendo-as a ele e dizendo, com seu limitado vocabulário, "Bonitas, bonitas!" Logo o pai adormeceu e a criança se afastou.


Quando ele despertou, seu primeiro pensamento foi: "Onde está Nancy?" Ele a chamou, gritando com toda força, mas tudo o que ouvia era sua própria voz ecoando de volta. Então ele olhou por sobre um penhasco próximo e, sobre as pedras e arbustos abaixo, pôde ver o corpo de sua amada Nancy. Desde então ele se acusou de ser o assassino de sua filha, pois, enquanto dormia, ela caiu no precipício.


Quantos pais estão agora dormindo? enquanto seus filhos andam sobre perigosos penhascos, caindo em indiferença e pecado! Quantos pais, consciente ou inconscientemente, encorajam seus filhos a desrespeitarem as autoridades e a Palavra de Deus? Já é hora de guiarmos nossos filhos no caminho em que devem andar. Que dia trágico será se acordarmos de nossa indiferença espiritual, para constatar que, enquanto dormíamos, nossos filhos se afastaram!

(Christian Truth – Jan/80)

 

NOSSO QUARTO: O CAMPO DE BATALHA DA FÉ


Davi foi preparado para o serviço público na escola secreta de Deus. Deus irá sempre trabalhar em segredo com a alma que Ele quer que O sirva em público. No deserto, Davi aprendeu os recursos que a fé possui em Deus; ele matou o leão e o urso.


Nossos fracassos acontecem, invariavelmente, por causa de não havermos estado em segredo com o Deus vivo. Este é um ponto primário e essencial. Consideramos a comunhão com Deus o nosso mais elevado privilégio? Nossa força está em andarmos na companhia do Deus vivo! Davi já havia passado por provações e havia, portanto, provado o Deus em quem ele confiava. No deserto houve um acordo entre sua alma e Deus. Ah! Meu Deus! Onde é que os santos aprendem realmente a obter vitória? Eu creio que é onde olho algum possa ver-nos, salvo os olhos de Deus. A sincera recusa de si próprio, o tomar a cruz em segredo, o saber o caminho no retiro de nosso quarto, livrar-se de imaginações e tudo o que exalte o "eu" em oposição ao conhecimento de Deus; estas são nossas realizações mais elevadas.

O quarto é o nosso grande campo de batalha da fé. Deixe que o inimigo seja confrontado e derrotado ali. Quem tem muito a tratar com Deus em segredo, não poderá usar armas carnais; e isso deveria mostrar-nos a importância de nos apresentarmos diante da presença do Deus vivo, em tudo o que fizermos, preparados para detectar e mortificar todas as pretensões da carne. É verdadeiramente triste ver um santo tentando lutar em nome do Senhor, mas vestido com as armas do mundo. "Disse mais Davi: O Senhor me livrou da mão do leão, e da do urso; Ele me livrará da mão deste filisteu." (v.37). Ele sabia que, para Deus, um era tão fácil quanto o outro. Quando estamos em comunhão com Deus, não recuamos diante da dificuldade, pois o que é a dificuldade para Ele? A fé mede toda dificuldade pelo poder de Deus, e então a montanha fica sendo como uma planície. Com muita frequência, pensamos que as pequenas coisas não dependem da onipotência de Deus, e que delas nós mesmos podemos cuidar. É ai que falhamos! Temos visto, santos devotos e zelosos, falharem em coisas aparentemente insignificantes. A causa é que eles não pensaram em pedir ajuda a Deus, pela fé, em todos os seus caminhos. Abraão pôde deixar a sua família e a casa de seu pai, e sair em obediência ao mandado de Deus, sem saber para onde ir, mas no momento que encontrou uma dificuldade, se apoiou em seu próprio juízo e desceu ao Egito. E o que aconteceu ali? (Gn 12). Ele sempre caía em coisas relativamente pequenas. A fé discerne nossa própria fraqueza, tão claramente, que parece que nada menos que o poder de Deus, pode nos habilitar a vencer qualquer obstáculo. Desse modo, a fé nunca faz pouco caso do perigo, pois sabe o que nós somos. Assim também, por outro lado, a fé nunca se intimida diante do perigo por saber o que Deus é.

 

NOSSA GRANDE NECESSIDADE


Você nunca crescerá, você nunca fará progresso, você nunca se desenvolverá como Cristão, se negligenciar sua Bíblia. Com o coração decidido, una-se a Deus e deixe que uma evidência de sua união seja que, de agora em diante, você nunca mais permitirá que passe um dia sem se ocupar, por algum tempo, em ler sua Bíblia. E ao abri-la, eleve seus olhos a Ele que a escreveu, e peça a Deus para revelar Sua mente e vontade a você, por meio da Sua Palavra. Peça graça, para andar em obediência à Sua vontade. Não há outro caminho para bênção.


 

UM CORPO


Deus fez com que a igreja se formasse de judeus, samaritanos, gentios e discípulos de João Batista, mas em um só corpo; sem distinção alguma de raças em sua perfeita unidade. Sua corporação era inteiramente de pessoas arrependidas, salvas, seladas pelo Espírito Santo, todos membros por igual de um só corpo.

Esta verdade preciosa foi compreendida na pergunta que o Senhor Jesus fez a Saulo de Tarso: "Saulo, Saulo, por que Me persegues?" (At 9:4). Ao perseguir os Cristãos, Saulo estava perseguindo ao próprio Senhor Jesus Cristo, a Cabeça do corpo. Mas Saulo era vaso escolhido e, pouco a pouco, inspirado pelo Espírito Santo, ia escrevendo suas epístolas às igrejas. Em algumas delas temos o ensinamento ou doutrina a respeito da Igreja como o corpo de Cristo.


Uma vez renascidos de Deus, ao crermos no evangelho, somos selados pelo Espírito Santo; já não somos judeus, gentios, etc. Em Colossenses 3:11 diz: "Onde não há grego, nem judeu, …bárbaro, cita, servo ou livre; mas Cristo é tudo em todos". Toda distinção de classe e nacionalidade também desaparece: "Cristo é tudo". Todos os crentes são agregados em um só corpo: "Pois todos nós fomos batizados em um Espírito formando um corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres, e todos temos bebido de um Espírito" (1Co 12:13). "Assim nós, que somos muitos, somos um só corpo em Cristo" (Rm 12:5). "Cabeça da Igreja, que é o Seu corpo" (Ef 1:22-23). "Há um só corpo e um só Espírito" (Ef 4:4). "Ele é a Cabeça do corpo da Igreja" (Cl 1:18).

(Extraído de "La Verdadera Iglesia" – J.H.Smith)

 

SINAIS DOS TEMPOS


A presente situação mundial (1989), está chamando a atenção de todos os seres humanos. Como disse um comentarista, "Este mundo velho está prestes a explodir!"


Ao considerarmos o terrível poder destrutivo das armas, atualmente*, desenvolvidas e prontas para serem usadas, este mundo tem, sem dúvida, o que temer, pois pela primeira vez na história da humanidade, esta geração tem a capacidade de se auto-destruir.


Por que, então, tem havido tão grande expectativa entre os Cristãos? É porque vemos o palco sendo preparado, para os eventos que terão lugar imediatamente após o arrebatamento dos redimidos. O glorioso dia, no qual Ele virá nos ares para levar os Seus, para estarem Consigo mesmo, não pode estar distante! (1 Ts 4).


Um dos mais excitantes estudos das Escrituras, é o da segunda vinda de Cristo. Entre as doutrinas da Bíblia, este é o tópico do qual mais se tem escrito. De fato, há duas vezes mais versículos sobre a segunda vinda, do que sobre a salvação, e oito vezes mais sobre a volta do Messias do que sobre Seu nascimento. Um, em cada 25 versículos do Novo Testamento, se refere à vinda de Cristo, e 23 dos 27 livros do Novo Testamento também a ela se referem.


As Escrituras não nos dizem – e ninguém está autorizado a dizer – quando exatamente isto acontecerá, mas não há nada que necessite ser cumprido antes de Sua volta. Para Sua noiva, a Igreja, Ele pode vir a qualquer momento. Mas as Escrituras, nos dão uma série significativa de acontecimentos, que ocorrerão logo após o arrebatamento.


No Palco: Rússia*!

Um dramático sinal que entra em cena é a Rússia. Nunca na história do mundo, uma nação ergueu-se tão alto, em tão pouco tempo. Há cerca de trinta anos atrás, a Rússia era uma nação arrasada; seu poder humano estava reduzido, suas cidades em ruínas, e suas indústrias destruídas. Apesar disso, hoje a Rússia é uma das maiores potências, política e militarmente, de toda a história, tendo estendido sua influência na forma de comunismo a mais da metade da população mundial.

(*Este artigo foi escrito na década de 80,

quando a Rússia era uma potência mundial)


O Dr. Henry Kissinger advertiu a OTAN Organização do Tratado do Atlântico Norte (aliança militar dos países ocidentais, liderada pelos EUA): "Nunca na história uma nação obteve superioridade em todas as categorias significativas de armamento, sem procurar tirar disto benefício até um certo ponto, na política exterior". De acordo com Ezequiel 38 e 39, uma grande invasão militar descerá sobre Israel, vinda do Norte, e a destruiria, se não fosse a intervenção de Deus em favor do Seu povo terreno (Mt 24:22). Estudiosos da Bíblia, baseados em considerações geográficas e em certas sugestões da própria profecia, concordam que esta nação não poderia ser outra senão a Rússia. Como esta invasão só ocorrerá depois do arrebatamento, o domínio da Rússia em nossa geração, é certamente outra evidência de que o fim dos séculos está se aproximando.


O Surgimento dos Poderes Asiáticos

Um outro fascinante sinal peculiar de nossa geração, que já se encontra no palco, é o surgimento das nações Asiáticas. Em Apocalipse capítulo 9 e 16 nos ensinam que um dos acontecimentos dos dias de tribulação, será a invasão das nações ocidentais, por um grande exército vindo do oriente. Nossa geração tem presenciado essas nações orientais emergirem como potências militares, que poderiam agora, facilmente, mobilizar o vasto “exércitode duzentos milhões”, mencionado em Apocalipse 9:16.


Surge o Governador Mundial

As Escrituras nos ensinam que; uma das características do fim dos séculos, será o surgimento de um ditador mundial. Na visão dos quatro impérios mundiais, descrita em Daniel 7, uma confederação de 10 nações, na área geográfica do antigo império Romano, emergirá no fim dos tempos (Dn 7:7-8; 24-25). O chifre pequeno, citado em Daniel 7:8, será o governador absoluto dessa confederação.


A formação do Mercado Comum Europeu, com a associação econômica da maioria das nações européias, ilustra quão rapidamente as divisões e animosidade de séculos podem ser esquecidas, e novas alianças formadas.


O sonho de um governador mundial tem sempre estado entre os homens, mas pela primeira vez em toda a história da humanidade, nossa geração tem visto nações reunidas em uma forma de governo mundial. Embora, administrativamente fraca em sua forma atual, a Organização das Nações Unidas (ONU), está condicionando as mentes dos homens, a aceitarem, a idéia de que um governo mundial unido, é o único caminho para a paz.

As Escrituras nos ensinam que no tempo do fim, as nações do mundo estarão em dois pólos principais. De um lado, o Oriente Médio, e a área originalmente abrangida pelo antigo império romano, incluindo o sul da Europa, norte da África, Grã-Bretanha e, provavelmente, Estados Unidos. Do outro lado estará a Rússia, o Oriente e possivelmente os outros países do mundo. É notável que já tenhamos um alinhamento de nações semelhante a isto.


Oriente Médio em Foco

É realmente significativo que o Oriente Médio tenha assumido, uma vez mais, um lugar de proeminência nos negócios mundiais da atualidade, pois isto é um ponto chave da revelação bíblica. Sua tremenda riqueza em jazidas de petróleo e depósitos de minerais é um rico prêmio para a potência que o controlar. Além disso, os que controlam o Oriente Médio controlam as linhas navais entre Europa, África e Ásia – o sangue vital das nações industriais do ocidente. E é isto o que torna essa área tão desejada pela Rússia.


Israel: O Palco Central

Um dos mais dramáticos de todos os sinais é a pequena nação de Israel, formada e reconhecida como um Estado com soberania política desde 1948. Rodeada pelo grande número dos que buscam aniquilá-la, ainda assim, a nação de Israel tem prosperado. Nossa geração tem testemunhado um grande retorno dos israelitas à terra prometida desde o tempo de Moisés.


A formação da nação de Israel, é de suma importância em relação com o mundo profético. Um dos eventos proeminentes, que terá lugar logo após o arrebatamento da igreja, é um acordo entre Israel e as nações gentias da área do Mediterrâneo, no qual é prometida a proteção de Israel.


Tal acordo, teria sido impossível há uma geração atrás, quando não havia nenhuma nação na Terra Prometida, para representar Israel. A retomada, por Israel, da antiga Jerusalém, com o lugar do seu templo, prepara o caminho para o templo judeu a ser construído ali.


Segundo Daniel 9:27, Mateus 24:15, 2 Tessalonicenses 2:4 e Apocalipse 13:14-15, os sacrifícios no templo cessarão por três anos e meio, antes da vinda do Messias para trazer o Seu Reino. Para que os sacrifícios parem, eles primeiramente devem recomeçar, uma vez que não são oferecidos desde o ano 70 d.C. Assim, temos outro sinal da preparação para o cumprimento da profecia.


Abandono da Fé

Uma das mais notáveis provas do fim dos tempos é o estado da Igreja, que poderia ser comparado com os estágios já citados. Mornidão, indiferença e mundanismo, caracterizam muito da cristandade de hoje; cada um faz o que é reto aos seus próprios olhos, nunca se importando com o que as Escrituras ensinam.

O apóstolo Paulo escreve; que, nos últimos dias haveria um abandono da fé, e muitos dariam “ouvidos a espíritos enganadores” (1 Tm 4:1). Nunca apareceram tantos cultos como em nossos dias. E então, em 2 Timóteo 3, o apóstolo nos esboça o horrível quadro moral da Igreja professante nos últimos dias. Não estamos passando por isso, amados?

Embora haja muita conversa sobre a segunda vinda de Cristo em nossos dias, é claramente compreensível que poucos realmente creiam que Cristo virá, em um sentido literal, para julgar o mundo e trazer o Seu Reino de justiça. A palavra para o crente renascido é: guarde o que você tem, guarde a Sua Palavra e não negue o Seu nome (Ap 3:8-11). Pode parecer pouco, mas em tempos de declínio universal, quando há muita pretensão e muitos caindo em raciocínios humanos, guardar a Sua Palavra e não negar o Seu nome é, de fato, tudo!


O Perigo

Nenhuma outra geração tem tido tal número de sinais que claramente apontam para a conclusão de que o fim dos séculos está para ocorrer. Temos todo o direito de crer que a vinda do Senhor pode ser a qualquer momento, mas devemos estar certos, amados, de não nos tornarmos arrebatados pelo arrebatamento, a ponto de esquecermos do que deveríamos estar fazendo diligentemente enquanto ansiosamente esperamos Sua maravilhosa volta.

J. Kilcup

 



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