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Foto do escritorVerdades Vivas

Palavras de Edificação 12

(Revista bimestral edit(continua, querendo Dada entre 1980 e 1997)

 

ÍNDICE


 

UMA CARTA PATERNA


Um pai escreveu à sua filha; "Eu desejaria que tu dissesses mil vezes a ti mesma: 'Eu não sou minha; sou do Senhor'. Uma honra infinita, e uma grandeza incomparável de posição se incluem nesta relação. Oh! Que eu saiba estimá-la no seu justo valor.


Sou do Senhor, para ter o benefício da Sua sabedoria e conselho infalível.

Sou do Senhor, para ser preservado e defendido pelo Seu terno cuidado, neste mundo cheio de armadilhas, laços e coisas sedutoras, e espíritos malignos.

Sou do Senhor, para escutar a Sua voz, e entesourar os Seus ditos divinos.

Sou do Senhor, para a obra que Ele me tem destinado, pela designação da Sua providência e para desempenhá-la com toda a diligência, humildade e alegria.

Sou do Senhor, não somente para viver, mas também para morrer por Ele.

Isto é o que, com todo o meu coração, posso desejar para ti. Que tu, quer vivas quer morras, sejas do Senhor".


 

ENOQUE


O que caracterizava Enoque "antes de ser transladado"? "Alcançou testemunho de que agradara a Deus" (Hb 11:5). Que quer dizer isso? Que ele estava consciente na sua própria alma, de que fazia o que era agradável a Deus. Não desejamos nós todos isso? Perguntemos a nós mesmos: agrada-Se Deus com os meus passos e conduta diária? É de muito valor o testemunho que Enoque alcançou diante de Deus.

(R.F.Kingscote – 1811-1888)


 

A VINDA DO SENHOR

(continuação do número anterior)


Terá Lugar Antes da Grande Tribulação

Hoje em dia, há mestres cujos ensinos são errôneos. Um que se considera "doutor", afirmava crer que a Igreja seria arrebatada ao encontro do Senhor, nas nuvens, antes que o anticristo se manifestasse, e os juízos do Apocalipse fossem derramados sobre a Terra; porém, agora mudou de pensamento, e crê, e prega que a Igreja será deixada na Terra até "o último momento da tribulação".


Para dar apoio à sua idéia, cita a seguinte passagem de forma incompleta (com palavras suas intercaladas entre parêntesis): "Irmãos, rogamo-vos, pela VINDA de nosso Senhor Jesus Cristo, e pela nossa REUNIÃO com Ele, (o arrebatamento)… Ninguém de maneira alguma vos engane; porque (aquele dia) NÃO SERÁ ASSIM sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição" (2 Ts 2:1-3).


O primeiro parêntesis (o arrebatamento), é interpretação correta, pois a vinda do Senhor Jesus, segundo João 14:1-3 e 1 Tessalonicenses 4:13-18, é para recolher e arrebatar da Terra todos "os que são de Cristo, na Sua vinda" (1 Co 15:23).


O segundo parêntesis (aquele dia), é interpretação incorreta, pois, segundo este homem, refere-se ao arrebatamento do verso 1, o primeiro parêntesis introduzido dentro da citação. Porém "aquele dia", na Bíblia, não se refere ao arrebatamento do verso 1, mas ao "dia do Senhor" (ARA) do verso 2, que o "doutor" eliminou da sua citação da Palavra de Deus!


Leiamos agora a passagem completa, para que não sejamos enganados: "Ora, irmãos, rogamo-vos, pela vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, e pela nossa reunião com Ele, que não vos movais facilmente do vosso entendimento, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola, como de nós, como se o DIA DE CRISTO (DIA DO SENHOR – ARA) estivesse já perto. Ninguém de maneira alguma vos engane; porque não será assim sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição; o qual se opõe, e se levanta contra tudo o que se chama Deus, ou se adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus" (2 Ts 2:1-4).


Talvez tenha confundido "a vinda do Senhor" (um evento que será consumado "num abrir e fechar de olhos"1 Co 15:52), com "o dia do Senhor" (2 Ts 2:2 – ARA), que começará com os juízos profeticamente anunciados no Velho Testamento, e também anunciados no Apocalipse, eventos que terão lugar progressivamente, durante alguns anos, antes do estabelecimento do reino milenar de Cristo, "o Filho do Homem" (Jo 12:34). "O dia do Senhor" (2 Ts 2:2 – ARA), é mencionado pelo menos 25 vezes no Velho Testamento, e muitas outras passagens aludem a ele. Para discernir qual será o seu caráter, é suficiente citar duas passagens: "Uivai, porque o dia do Senhor está perto; vem do Todo-Poderoso como assolação. Pelo que todas as mãos se debilitarão, e o coração de todos os homens se desanimará. E assombrar-se-ãoEis que o dia do Senhor vem, horrendo, com furor e ira ardente, para pôr a Terra em assolação, e destruir os pecadores dela" (Is 13:6-9).


"Ah! Aquele dia! Porque o dia do Senhor está perto, e virá como uma assolação do Todo-PoderosoDiante d'Ele tremerá a Terra, abalar-se-ão os céus; o Sol e a Lua se enegrecerão, e as estrelas retirarão o seu resplendor. E o Senhor levanta a Sua voz diante do Seu exército, porque muitíssimos são os Seus arraiais; porque poderoso é, executando a Sua palavra; porque o dia do Senhor é grande e mui terrível, e quem o poderá sofrer?" (Jl 1:15; 2:10-11).


Porém, a bem-aventurança, da vinda do Senhor para os Seus, está expressa nesta passagem do Novo Testamento: "aguardando (não o dia do Senhor, mas) a bem-aventurada esperança" (Tt 2:13), que se harmoniza com 1 Tessalonicenses 1:9-10: "e como dos ídolos vos convertestes a Deus, para servir o Deus vivo e verdadeiro. E esperar dos céus a Seu Filho, a Quem ressuscitou dos mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira futura".


Assim, a vinda do Senhor Jesus para recolher os Seus, é a bendita esperança do crente, e molda o seu comportamento neste mundo de maldade, enquanto O espera, para ser como uma noiva à espera de seu esposo celestial.


Porém, os que, pelos seus ensinos errôneos, adiam a “vinda do Senhor” (1 Ts 4:15), até depois da manifestação do "filho da perdição" (2 Ts 2:3), o “anticristo” (1 Jo 4:3), e até depois da “grande tribulação” (Ap 7:14), tiram do crente a sua “bem-aventurada esperança” (Tt 2:13) e em troca apresentam-lhe uma perspectiva sem esperança e cheia de infortúnio.


Em 1 Tessalonicenses, o apóstolo Paulo falou-lhes da sua ", …caridade, …e esperança" (1 Ts 1:3). Porém, em 2 Tessalonicenses, falou somente da sua ", e …caridade" (2 Ts 1:3), não da sua esperança. Os novos crentes, nessa assembléia, passavam por dura “perseguição” (2 Ts 1:4).


O inimigo das suas almas, o diabo, pôs na mente de alguém procurar enganá-los, dizendo que o "o dia do Senhor" (2 Ts 2:2 – ARA), já tinha chegado. Então, em vez de, estarem alegres com a perspectiva viva da “vinda do Senhor Jesus” (1 Ts 4:15), encheram-se de dúvidas e de medo. Talvez, fosse a maquinação de um espírito maligno, por uma comunicação verbal, ou ainda, por uma carta com a assinatura falsificada do próprio Paulo.


Porém, longe de terem que passar pela grande tribulação, eles estariam com o Senhor no céu "quando Se manifestar o Senhor Jesus desde o céu, …quando vier para ser glorificado nos Seus santos" (2 Ts 1:6-10).


Confirmando a doutrina do Novo Testamento, temos tipos muito marcados no Velho Testamento. Por exemplo, "Enoque" (Gn 5:21-24) é uma figura da Igreja arrebatada ao céu. Enoque não morreu. Foi levado ao céu sem morrer. A Igreja (corpo celestial) será arrebatada ao céu, pois os mortos em Cristo ressuscitarão, e nós os que ficarmos, os que ficarmos vivos, seremos transformados e juntamente seremos arrebatados ao céu sem morrer. "Pela fé foi trasladado para não ver a morte" (Hb 11:5). Assim, Enoque, tinha uma esperança celestial. É a figura ou figura, da Igreja.


Por outro lado, "Noé" (Gn 6:8) teve que passar pelo dilúvio com a sua família. Eles foram preservados do juízo esmagador das águas que submergiram o mundo, e entraram num mundo purificado pelo juízo divino. Eles constituem uma figura do remanescente judeu (povo terreno), que se converterá depois do arrebatamento da Igreja, não havendo ouvido, e, consequentemente, não terão rejeitado o evangelho da graça de Deus. Porém, ouvirão, e crerão no evangelho do reino, as novas de que Cristo, o seu grande Messias, havia de voltar.


Assim como, Enoque é a figura da Igreja arrebatada, antes que se iniciem os eventos proféticos na Terra, Noé é a figura dos judeus crentes, que passarão pela grande tribulação: "Haverá então grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tão pouco há de haver" (Mt 24:21).


Outra confirmação da doutrina apostólica, apresenta-se na história de “José” (Gn 37:2) no Egito: Ele é a figura mais destacado do Senhor Jesus Cristo. Foi o filho muito amado do seu pai. Foi rejeitado, e vendido pelos seus irmãos. Foi entregue aos gentios, falsamente acusado e encarcerado. Pela providência divina, 13 anos depois, ele foi tirado do calabouço, e exaltado à destra de Faraó do Egito (Gn 41:46). José é a figura de Cristo morto, ressuscitado e glorificado à destra de Deus. Logo, Faraó lhe deu uma princesa por esposa, e companheira: "Asenate" (Gn 41:45), uma mulher escolhida entre os gentios. Ela é a figura da Igreja escolhida pelo Pai, e dada a Cristo durante a época em que os seus irmãos, os judeus que o crucificaram, ainda não O reconheceram. Chegarão os sete anos de fome (Gn 41:17-32), que correspondem figurativamente ao tempo da grande tribulação que há de vir. José tratou, muito sábia e fielmente, com os seus irmãos (Gn 45:1-5). Arrependeram-se, e, logo José se revelou a eles, e os perdoou. Assim vem o dia, depois do arrebatamento da Igreja, quando Ele vai humilhar os judeus, e logo em seguida perdoá-los.


Em resumo, os redimidos do Senhor desta dispensação da graça de Deus, a Igreja, subirão ao encontro do Senhor para estar com Ele; doutra forma, como poderiam acompanhá-Lo quando Ele sair do céu, acompanhado pelos seus redimidos para julgar o mundo e estabelecer o Seu reino? "Não sabeis vós que os santos hão de julgar o mundo?Não sabeis vós que havemos de julgar os anjos?" (1 Co 6:2-3)

 

Pensamento:

O que alimenta o "EU" – honras, talentos, erudição, riquezas, importância, e qualquer outra coisa que deleite o homem animal – faz com que Cristo, seja menos precioso, e menos nós iremos desfrutar do Seu amor. Bendigamos a Deus por tudo o que suprime o EU.


 

A MENTE DO HOMEM


É preciso distinguir entre "a mente" – a habilidade mental do homem – e o "cérebro" – o órgão físico onde se situa o funcionamento da mente. "É evidente que não há ninguém que tenha jamais visto uma mente. Um cirurgião fazendo uma incisão no cérebro, pode ver nervos e vasos sanguíneos; mas para saber o que se passa no cérebro tem que perguntar ao paciente. …Só por meio da linguagem podemos obter qualquer tipo de imagem direta do funcionamento da mente";[Fonte: A Evolução da Mente – (The Evolution of Mind; Junho, 1957, "Scientific American')].


A natureza física do cérebro:

O cérebro humano pesa em média 1.500 gramas. “É uma massa de substância gelatinosa rosa acinzenta, composta de cerda de dez a quinze bilhões de células nervosas”.

O cérebrum, considerado independentemente do cérebro, é a parte principal da massa encefálica. Divide-se em duas partes; cada uma tem muitas circunvoluções; aproximadamente 65% da superfície do cérebro está enterrada nas dobras das fissuras que formam as circunvoluções; foi assim que o Criador, fazendo uso de circunvoluções maciças, aumentou para o triplo a eficiência do cérebro. Este, com a sua envoltura de "matéria cinzenta", ou seja (o córtex cerebral), que tem apenas 25,4 mm de espessura, tendo porém 2.580 centímetros quadrados de superfície, é o centro "do conhecimento, da memória, da imaginação e da razão".


"Nem sequer começamos a compreender o significado funcional do desenho tão intrincado e complexo em extremo dos vários tipos de neurônios (ou células nervosas), nas suas respectivas colocações e interligações em meia dúzia de lâminas da estrutura fina e muito densa do córtex cerebral, Cada um dos dez milhões de neurônios tem ligações com, talvez, outros cem neurônios, e estes com ainda outros cem! A profusão de interligações entre as células da matéria cinzenta está para além de toda a imaginação. Enfim, é tão rica em conteúdo que se pode considerar o córtex inteiro com uma grande unidade de atividade integrada. Agora, se insistimos em chamar ao cérebro uma máquina, então temos que concluir que é infinitamente mais intrincada que a máquina mais complexa fabricada pelo homem: o computador eletrônico.


"Os dez a quinze bilhões de células nervosas neste córtex cerebral, constituem o centro de operações. Cada um dos órgãos dos sentidos, no corpo, apresenta a informação da sua atividade à regiões específicas e bem definidas de operações. As regiões para os olhos estão situadas na parte de trás do cérebro, para os ouvidos na parte inferior de cada lado do cérebro, etc.


“Todas as mensagens enviadas ao cérebro são decifradas e classificadas; as decisões são feitas e as ordens são transmitidas aos receptores apropriados do corpo. O cérebro leva e cabo estas operações com tanta eficiência, que nossa imaginação fica perplexa. Sem nenhuma supervisão, as microscópicas células cerebrais – em números da ordem de cinco ou seis vezes o total dos habitantes do mundo inteiro – funcionam na perfeição, seja qual for a informação enviada pelas células – tal como "à comida está na mesa", ou "fogo", ou "fuja!", ou apresentando a imagem dum forno, ou duma paisagem magnífica, ou duma radiação de luz duma estrela longínqua, ou da luz vermelha dum semáforo de tráfego”. (A fisiologia da imaginação)


“Cada um dos dez bilhões de neurônios é uma unidade viva e independente. Recebe impulsos das outras células por meio de dendrites fibrosas que brotam, em intrincadas ramificações, do seu corpo central; transmite impulsos a outras células por uma única fibra delgada – o axônio, que possui uma profusão de ramificações que estabelecem o contato com numerosas células receptoras, por meio dos seus dendrites. …As ligações entre as células são estabelecidas por meio de Sinapses – junções especializadas. …Nessas sinapses, a célula transmissora secreta substâncias químicas muito específicas, cuja reação rapidíssima transporta o sinal duma célula para outra. Este processo importantíssimo produz-se, na sua totalidade, numa escala infinitamente pequena. O neurônio funciona com a potência de aproximadamente um milésimo de milionésimo de Watt!”


Para compreender melhor quão superior é o cérebro humano, apresenta-se esta comparação: "Para fazer uma central telefônica com 10.000 linhas, são precisos 500 toneladas de equipamentos. São precisos 62.000 horas-homem de trabalho para instalar a central. É preciso instalar 128 quilômetros de cabos e soldar as suas 2.600.000 conexões".


O cérebro humano, com certeza, faz infinitamente mais do que qualquer central telefônica, a qual somente transmite mensagens, porém não pode dar ordens, não pode raciocinar, falar, imaginar ou sentir.

[Adaptado e traduzido com permissão de:

“Why we Believe in Creation, not in Evolution”,

("Porque cremos na criação e não na evolução"),

por Fred John Meldau, páginas 238-240]


 

JUÍZO DISCRIMINATIVO


Tanto as nações como os indivíduos, são considerados responsáveis quanto àquilo que professam ser; assim, as nações que se professam ser cristãs, serão julgadas não somente à luz da criação, nem tão pouco pela lei mosaica, mas pela plena luz da cristandade que elas professam crer – pela verdade total contida entre as capas do bendito Livro que possuem, e no qual se gloriam. Os pagãos serão julgados no campo da criação; o judeu no campo da lei; o Cristão nominal no campo da revelação Cristã.

Agora, este fato tão solene torna a posição de todas as nações chamadas cristãs muito solene. Deus certamente lidará com elas, de acordo com aquilo que professam. É inútil dizer que não entendem o que professam ser; para que, pois, professar o que não entendem nem crêem? O fato é que professam entender e crer: e por este fato serão julgadas.

(C.H.Mackintosh)


 

DEUS É QUEM CONGREGA


Deus reuniu antigamente o Seu povo. "E os dispersos de Judá congregará desde os quatro confins da Terra" (Is 11:12). "O cetro não se arredará de Judá, nem o legislador dentre seus pés, até que venha Siló; e a Ele se congregarão os povos" (Gn 49:10); "Siló", fala profeticamente de Cristo.


Agora, no Novo Testamento, lemos que o Senhor está, todavia, reunindo os Seus ao redor de Si. "Porque onde estiverem dois ou três reunidos em Meu Nome, aí, estou Eu no meio deles" (Mt 18:20). Há um só Nome para ter a salvação: "Em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro Nome há (além do Nome de Jesus), dado entre os homens pelo qual devamos ser salvos" (At 4:12). Sendo assim, há um só Nome em que poderemos ser congregados, ou reunidos: “o Nome do Senhor Jesus”.


O Espírito Santo não pode dirigir os pecadores a nenhum outro nome, a não ser somente ao Nome do Senhor Jesus Cristo, para a salvação. Tão pouco pode dirigir os crentes que são "membros" do "corpo de Cristo" (1 Co 12:27), a identificarem-se com outro nome qualquer, a não ser somente com o Nome do Senhor Jesus Cristo, o centro divino de reunião. Os nomes e títulos das denominações e das seitas não unem, mas separam. Deus tem um único centro de reunião, este é o Nome do Seu amado Filho, o Senhor Jesus Cristo.

(Adaptação de um texto)

 

Pensamento:

Uma "boa consciência" capacita-nos a andar diante de Deus; e uma "fé não fingida" a andar com Deus (1 Tm 1:5).


Pensamento:

O Cristão não está arruinado se viver no mundo, mas se o mundo viver nele.


 

SOBRE O EVANGELHO DE MATEUS

(continuação do número anterior)


"E descendo Ele do monte, seguiu-O uma grande multidão. E, eis que veio um leproso, e O adorou, dizendo: Senhor, se quiseres, podes tornar-me limpo. E Jesus, estendendo a mão, tocou-o dizendo: Quero; sê limpo. E logo ficou purificado da lepra. Disse-lhe então Jesus: Olha não o digas a alguém, mas vai, mostra-te ao Sacerdote, e apresenta a oferta que Moisés determinou, para lhes servir de testemunho" (vs.1-4). "Seguiu-O uma grande multidão", porém, não nos diz que criam n'Ele ou O adoravam. Só um pobre leproso, sentindo profundamente a sua necessidade, veio adorar a Jesus; e não somente isso, mas, expressou a sua confiança, no Seu poder de limpá-lo da sua enfermidade incurável: "Senhor, se quiseres, podes tornar-me limpo". Porém, havia uma dúvida: "Será possível (podia perguntar-se) que Ele tenha misericórdia de um homem tão asqueroso como eu?" Logo, se dissipou a incógnita; Jesus disse-lhe em seguida: "Quero; sê limpo".


Este homem, é representado pelo pecador preso na lepra do pecado, e sem esperança de cura, senão pela intervenção do Senhor Jesus, o bom Salvador, que morreu para expiar os seus pecados, e torná-lo limpo de uma única vez, diante do Deus três vezes santo.


O leproso, é também uma figura da nação de Israel, cuja única esperança é Cristo, o seu Messias, O qual desprezaram. Virá o dia em que, a nação se arrependerá do seu grave pecado, e receberá o Redentor: "Sobre a casa de Davi, e sobre os habitantes de Jerusalém, derramarei o espírito de graça e de súplicas; e olharão para Mim, a Quem traspassaram" (Zc 12:10).


"E, entrando Jesus em Capernaum (Cafarnaum – ARA), chegou junto d'Ele um centurião, rogando-Lhe, e dizendo: Senhor, o meu criado jaz em casa paralítico, e violentamente atormentado. E Jesus lhe disse: Eu irei, e lhe darei saúde. E o centurião, respondendo, disse: Senhor, não sou digno que entres debaixo do meu telhado, mas dize somente uma palavra, e o meu criado sarará; pois também eu sou homem sob autoridade, e tenho soldados às minhas ordens; e digo a este: Vai, e ele vai; e a outro: Vem, e ele vem; e ao meu criado: Faze isto, e ele o faz. E maravilhou-Se Jesus, ouvindo isto, e disse aos que O seguiam: Em verdade vos digo que nem mesmo em Israel encontrei tanta fé. Mas eu vos digo que muitos virão do Oriente e do Ocidente, e assentar-se-ão à mesa com Abraão, e Isaque, e Jacó, no reino dos céus; e os filhos do reino serão lançados nas trevas exteriores: ali haverá pranto e ranger de dentes. Então disse Jesus ao centurião: Vai, e como crestes te seja feito. E naquela mesma hora o seu criado sarou" (vs.5-13).

O coração de Jesus, foi consolado, pela fé deste centurião romano, um dos gentios que não tinha direito às bênçãos propostas aos judeus, mas menosprezado por estes. O Senhor, conforme a Sua bondade que se estendeu mais além dos confins de Israel ("José …seus ramos correm sobre o muro" - Gn 49:22), maravilhou-Se da fé do centurião, e curou o seu criado a vários quilômetros de distância dali.


Tipicamente, o centurião prefigura os gentios enxertados no lugar de Israel, na "oliveira" da promessa (Rm 11:17).


"E Jesus, entrando em casa de Pedro, viu a sogra deste jazendo com febre. E tocou-le na mão, e a febre a deixou: e levantou-se, e serviu-os" (vs.14-15).


É interessante notar, a propósito, que Pedro tinha uma esposa. O suposto primeiro papa (ainda que nunca o tivesse sido), era um homem casado, e não teve por missão servir ao Senhor entre os gentios, mas entre os judeus (Gl 2:7-9 e 1 Pd 1:1).


A sogra de Pedro estava "com febre". Muitas vezes, os filhos de Deus, também estão "com febre". Os seus espíritos estão excitados por muitas coisas, e não estão nas condições tranquilas que exige a comunhão doce e sossegada com o seu Senhor; por isso precisam do seu toque calmante e sanador. "Marta" estava com essa febre, quando "andava distraída em muitos serviços", e perdeu a benção da qual Maria desfrutava. (Lc 10:39-42).


"E, chegada a tarde, trouxeram-Lhe muitos endemoninhados e Ele com a Sua palavra expulsou deles os espíritos, e curou todos os que estavam enfermos; Para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta Isaías, que diz: Ele tomou sobre Si as nossas enfermidades, e levou as nossas doenças" (vs.16-17).


Quando o Sol se pôs, e os homens já haviam deixado de trabalhar, Jesus continuava bendizendo a pobre humanidade. Com a Sua palavra poderosa, expulsou muitos demônios, curou a todos os enfermos: cumpriu-se assim a profecia de Isaías, que diz: "Ele tomou sobre Si as nossas enfermidades" (Is 53:4). Assim, Ele Se reafirmou como: o Sanador de Israel. No entanto, hoje em dia, nesta dispensação da graça de Deus, a saúde da alma é uma coisa imprescindível: "Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma? ou que dará o homem em recompensa da sua alma?" (Mt 16:26)


Porém no mundo atual, faz-se muito movimento propagandístico, anunciando enganadores que pretendem usar dons de cura, mas vemos que mesmo Paulo, o apóstolo dos gentios e ministro da Igreja, não curou Timóteo, seu filho espiritual e companheiro de milícia, mas receitou-lhe um remédio (1 Tm 5:23); deixou “Trófimo doente em Mileto” (2 Tm 4:20). Teve "Lucas, o médico amado", por companheiro (Cl 4:14).

(continua, querendo Deus)

 

Pensamento:

Não há qualquer poder espiritual sem que haja afeto pelo Senhor Jesus.


 

ANDANDO HUMILHADO


Convém que, cada um de nós tenha em conta que, se não somos guardados a cada momento pela graça de Deus, somos capazes de qualquer coisa. Dentro de nós, acham-se os elementos necessários a qualquer magnitude ou caráter de maldade. E, quando ouvimos alguém dizer: "Eu jamais faria isso", estamos certos de que, ele não conhece o seu próprio coração. E, não somente isso, mas que está em perigo iminente de cair em algum pecado grave. É bom andar humilhado perante o nosso Deus, desconfiando de nós mesmos, e apoiando-nos somente n'Ele. Este é o verdadeiro segredo da segurança moral em todo o tempo.


 

A EXPIAÇÃO


A palavra "expiação" em hebraico significa literalmente "cobertura" e refere-se a ocultar a culpa da vista de Deus.


A expiação, refere-se então à cruz, onde o pagamento completo pelo pecado foi feito pela obra sacrificial e redentora de Cristo.


A santidade da natureza de Deus, reclama o juízo do pecado. O amor de Deus, providenciou o sacrifício. Todas as santas exigências de Deus como "Luz" (1 Jo 1:5), foram satisfeitas na cruz, de modo que, Deus pode mostrar-Se na plenitude da graça; por isso, as riquezas da Sua graça são tornadas notórias agora, na benção presente de todo aquele que tenha crido no Evangelho.


Esta plenitude de benção, é dada a conhecer pelo Espírito, mediante os apóstolos, nas Epístolas neotestamentárias. É Cristo falando do céu (Hb 12:25).


O conhecimento, de tudo isto, é pela fé na Palavra de Deus. O desfrutar destas bênçãos, é o resultado de andar no caminho de obediência à Palavra; e assim, o Espírito Santo, sem impedimento, pode encher os nossos corações com o amor precioso de Cristo, e as nossas mentes, com o fruto da Sua obra expiatória, que glorificou Deus ao tirar os nossos pecados.

 

Nota do Revisor – “A palavra “expiação” ocorre apenas uma vez no Novo Testamento em Hebreus 2:17: “para expiar os pecados do povo” – “Concise Bible” – George Morrish

Ver também: (Sl 40:6; Is 53:10)


 

SOBRE O LIVRO DOS ATOS DOS APÓSTOLOS

(continuação do número anterior)


"E, havendo escapado, então souberam que a ilha se chamava Melita (Malta). E os bárbaros usaram conosco de não pouca humanidade; porque, acendendo uma grande fogueira, nos recolheram a todos por causa da chuva que caía, e por causa do frio. E, havendo Paulo ajuntado uma quantidade de vides, e pondo-as no fogo, uma víbora, fugindo do calor, lhe acometeu a mão. E os bárbaros, vendo-lhe a bicha pendurada na mão, diziam uns aos outros: Certamente este homem é homicida, visto como, escapando do mar, a Justiça não o deixa viver. Mas, sacudindo ele a bicha no fogo, não padeceu nenhum mal. E eles esperavam que viesse a inchar ou a cair morto de repente; mas tendo esperado já muito, e vendo que nenhum incômodo lhe sobrevinha, mudando de parecer, diziam que era um deus" (vs.1-6).


O Senhor Jesus, dos céus, revelou ao apóstolo Paulo (e a nenhum outro) as verdades celestiais características da Igreja, a fim de que ele, mediante os seus ensinos inspirados, verbais e escritos, as comunicasse aos Cristãos daquela época, e até à vinda do Senhor para arrebatar a Igreja ao céu, pondo fim a esta dispensação da graça de Deus. O diabo sempre procurava matar Paulo: em Jerusalém, os judeus o atacaram (At 21:30-31); na viagem para Roma, os soldados procuraram matá-lo (At 27:42-43); e na ilha de Malta, uma víbora (figura do diabo) o acometeu. Porém o Senhor sempre protegia o Seu servo, conforme a Sua promessa fiel (At 23:11). E, enquanto Paulo não sofreu nenhum mal, o Senhor aproveitou o incidente, para que os bárbaros pudessem ver o poder de Deus manifestado em Paulo. Imediatamente, em vez de ser uma vítima da serpente, foi muito respeitado por todos.


"E ali, próximo daquele mesmo lugar, havia umas herdades que pertenciam ao principal da ilha, por nome Públio, o qual nos recebeu e hospedou benignamente por três dias. E aconteceu estar de cama enfermo de febres e disenteria o pai de Públio, que Paulo foi ver, e, havendo orado, pôs as mãos sobre ele, e o curou. Feito, pois, isto, vieram também ter com ele os demais que na ilha tinham enfermidades, e sararam. Os quais nos distinguiram também com muitas honras; e, havendo de navegar, nos proveram das coisas necessárias" (vs.7-10).


Paulo, depois de ter orado, usou o seu dom de curas, para curar o pai de Públio, e outros tantos enfermos, dando assim crédito às boas-novas de Deus, que anunciava por toda a parte. Embora não esteja escrito que Paulo pregou o evangelho em Malta (ou ainda, durante a viagem marítima), podemos estar certos de que ele não ficou calado.


"E três meses depois partimos num navio de Alexandria que invernara na ilha, o qual tinha por insígnia Castor e Pólux. E, chegando a Siracusa, ficamos ali três dias. Donde, indo costeando, viemos a Régio; e soprando, um dia depois, um vento do Sul, chegamos no segundo dia a Putéolos (Putéoli). Onde, achando alguns irmãos, nos rogaram que por sete dias ficássemos com eles; e depois nos dirigimos a Roma. E de lá, ouvindo dos irmãos novas de nós, nos saíram ao encontro à praça de Ápio e às Três Vendas, e Paulo, vendo-os, deu graças a Deus, e tomou ânimo. E, logo que chegamos a Roma, o centurião entregou os presos ao general dos exércitos; mas a Paulo se lhe permitiu morar sobre si à parte, com o soldado que o guardava" (vs.11-16).


Terminou, a viagem marítima, quando chegaram a Putéoli. Ao desembarcar, Paulo e o seus companheiros, encontraram um grupo de irmãos em Cristo. Ele rogaram aos viajantes que ficassem com ele uma semana. Que maravilha! Parece que o centurião atendeu ao seu desejo, embora o seu dever fosse de levar os presos, sem demora desnecessária, à jurisdição do imperador (Pv 21:1).


Já fazia algum tempo desde que, Paulo, havia escrito a sua epístola aos irmãos em Roma. Agora, ao ver alguns deles, "tomou ânimo". Que grande consolação!

(continua, querendo Deus)


 

O SEGREDO DO PODER


Não há nada que dê à alma tão maravilhoso poder sobre os inimigos, como um andar santo e obediente.


Cada passo que damos, em verdadeira obediência a Cristo, é uma vitória ganha sobre os inimigos de nossa alma: o mundo, a carne e Satanás; e, cada nova vitória proporciona um poder renovado para o próximo conflito. Assim, vamos edificando-nos na nossa santíssima fé. Por outro lado, cada batalha perdida, somente serve para nos debilitar, enquanto que dá poder aos nossos inimigos para nos voltarem a atacar.


Vemos pois, que o homem cujo coração está verdadeiramente consagrado ao Senhor, terá poder para ensinar, e poder para adorar. Ele gozará mais do favor de Deus, e da luz do Seu rosto, porque Ele honrará aos que O honrarem e, como consequência, disporá de mais poder contra os ataque dos inimigos. Este é o verdadeiro segredo do poder.


 

O OCULTISMO


O dicionário define a palavra "oculto" nestes termos "para além dos limites dos conhecimentos vulgares; o misterioso; escondido ou oculto da vista; pertencendo a certas supostas ciências, tais como a magia, a astrologia, e outras artes e práticas fazendo uso da adivinhação, do encantamento, das fórmulas mágicas, etc.".1


O primeiro mandamento da lei de Deus, diz: "Não terás outros deuses diante de Mim" (Êx 20:3). Então, o buscar experiências sobrenaturais de qualquer outra fonte, é idolatria. "Entre ti se não achará quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; nem encantador de encantamentos, nem quem consulte um espírito adivinhante, nem mágico, nem quem consulte os mortos: Pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao Senhor; e por estas abominações o Senhor teu Deus as lança fora de diante d'Ele" (Dt 18:10-12).


A feiticeira era castigada com a morte: "A feiticeira não deixarás viver" (Êx 22:18). "Quando pois algum homem ou mulher em si tiver um espírito adivinho, ou for encantador, certamente morrerão: com pedras se apedrejarão; o seu sangue é sobre eles" (Lv 20:27). E os que fazem horóscopos deviam prestar atenção à advertência que lhes faz o Senhor, e meditar na sua sorte calamitosa: "Cansaste-te na multidão dos teus conselhos; levantem-se pois agora os agoureiros dos céus, os que contemplavam os astros, os prognosticadores das luas novas, e salvem-te do que há de vir sobre ti. Eis que serão como a pragana, o fogo os queimará; não poderão salvar a sua vida do poder da labareda; ela não será um braseiro, para se aquentarem, nem fogo para se assentarem junto dele" (Is 47:13-14).

 

1 – Que está encoberto ou escondido; Que não se manifesta ou se revela; recôndito, secreto; Que não foi devassado ou explorado; Que está envolto em mistério; sobrenatural; Diz-se de conhecimentos vedados ao vulgo, como a astrologia, a cabala, a magia etc.; (Definição Filosófica) Diz-se das causas que não podem ser conhecidas em si mesmas, mas somente por seus efeitos. (Fonte: www.michaelis.uol.com.br – Dicionário Brasileira da Língua Portuguesa – Michaelis)


 

A INSTITUIÇÃO DO MATRIMÔNIO

(continuação do número anterior)


Novas Responsabilidades

Pais Cristãos, recebam um novo alento! Encomendem os vossos pequeninos ao Senhor com fé; protejam a eles das más influências; encham as suas mentes receptivas com a sabedoria da Palavra de Deus; instruam a eles acerca da vaidade, e do caráter passageiro de tudo o que é deste mundo, e façam que se lembrem das glórias celestiais, que esperam todos os que põem a sua confiança no Senhor Jesus.


Repetimos a nossa admoestação, no que diz respeito aos muitos livros e revistas que estão à venda nas livrarias comerciais, os quais oferecem conselhos para a educação das crianças. Na sua maioria, estes livros e revistas, não só ensinam coisas errôneas, mas também prejudiciais. Procedem dos ensinos incrédulos da época, que dizem que uma criança não possui natureza má, mas que é inerentemente boa, e só o ambiente é mau. Esta é uma mentira descarada que teve a sua origem com "o pai da mentira" (Jo 8:44), o diabo.


Segundo este "conselho dos ímpios" (Sl 1:1), uma criança precisa, de somente um pouco, de instrução, mas nada de correção, ou de disciplina. O método moderno, é deixar que a criança se desenvolva sem ser controlada, e chamar toda a sua maldade, por outro nome diminutivo ou dissimulado. Ela há de seguir sua própria inclinação natural, sem restrição. Inventou-se um nome eufemístico para isto – "personalidade própria" – porém, chamem-lhe como quiserem, é uma das principais causas de toda delinquência juvenil neste mundo. Através da "personalidade própria", Satanás está lançando o cimento para os dias de desordem total, que em breve virão.


Pais Cristãos, não sejam confundidos pelo, assim chamado, método psicológico para a educação das crianças. É muito melhor, aproveitar a sabedoria que vem do alto, que se acha neste inestimável tesouro, a Palavra de Deus; e, se problemas forem apresentados que não se sabem solucionar, têm um recurso inesgotável onde se pode encontrar a sabedoria perfeita – em Deus mesmo; "Se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus" (Tg 1:5).


Tenham a certeza de que Deus sabe melhor como se deve criar as crianças. A Sua Palavra diz: "O que retém a sua vara aborrece a seu filho, mas o que o ama a seu tempo o castiga" (Pv 13:24). Desejaríamos nós ser privados do castigo do nosso divino Pai? Quereríamos que nos deixasse à nossa própria inclinação? Não, pois nós mesmos somos castigados às vezes, e por que? "Porque o Senhor corrige o que ama" (Hb 12:6). Outro versículo diz: "Castiga a teu filho enquanto há esperança, mas para o matar não alçarás a tua alma" (Pv 19:18). O uso da vara (ramo delgado, comprido, limpo de folhas e liso) é uma das recomendações da Bíblia que se tem deixado de lado. Há crentes que a usam com muito bons resultados.


Porém, não se deve usar da vara com ira, nem com brutalidade, mas com o temor de Deus, e verdadeiro amor para com a criança. A disciplina é uma solene responsabilidade que não podemos deixar de aplicar, senão traremos prejuízo para a criança e desonra para o Senhor. Qualquer forma áspera, e insensível de aplicar a disciplina, pode desanimar as crianças, de modo que, é preciso exercê-la com um coração vivamente desejoso do seu bem.


Podemos aprender algumas lições importantes em como disciplinar as crianças, ao considerar como o nosso Pai, Todo-sabedoria e Todo-amor, nos disciplina. Lemos que os nossos pais "nos corrigiam como bem lhes parecia" (Hb 12:10), porém, a eles poderia ter faltado sabedoria; não é assim, porém, com o nosso Pai celestial, que nos castiga "para nosso proveito, para sermos participantes da Sua santidade". Por isso a disciplina deve fazer-se para o bem da criança, com sabedoria e com oração, com o fim de glorificar a Deus. A irreflexão e a dureza na disciplina, devem ser evitadas cuidadosamente. A criança deve sentir que os pais não gostam de castigá-lo, e que se o fazem, é feito com amor; com o fim de o educarem convenientemente.


Conta-se que um pai sábio, que dava um passeio com o filho, observou uma velha árvore torcida. Deteve-se, chamou a atenção do seu filho para a árvore defeituosa, e sugeriu ao seu pequeno filho que, entre os dois, tentassem endireitar a árvore. O filho já tinha idade suficiente para saber que isso não se podia fazer, e disse a seu pai que já era muito tarde para fazê-lo. Isso deu, ao pai, uma oportunidade admirável para lhe explicar que era necessário corrigir os filhos enquanto eram pequenos, e que essa era a razão pela qual ele mesmo algumas vezes o corrigia, porque, não queria que ele crescesse como essa árvore torcida.


É verdade que, os filhos, devem obedecer aos seus pais sem fazer perguntas, porém, não é sábio que os pais exerçam a sua autoridade arbitrariamente, sem razão, ou explicação. A criança percebe imediatamente se a disciplina, foi feita com peso e consideração, ou se foi injusta.


Um pai pode, ter a ocasião de, proibir a criança de fazer algo, ou de ir a alguma parte; mas não seria muito mais eficiente incorporar o temor a Deus na admoestação? Não seria melhor dar-lhe um versículo apropriado das Escrituras como base da sua admoestação?


Paulo, escrevendo aos Tessalonicenses, disse: "Assim como bem sabeis de que modo vos exortávamos e consolávamos, a cada um de vós, como o pai a seus filhos" (1 Ts 2:11). Paulo mostrou um coração paterno para com os santos, e a sua declaração mostra a atitude que um pai deve revelar ao corrigir os seus filhos. O modo paterno de Paulo com aqueles crentes era de exortá-los ou animá-los, aplicando a palavra de Deus à sua conduta; ele também os consolava, e como poderia fazê-lo sem falar do "Deus de toda a consolação" (2 Co 1:3)? Como um apóstolo, ele podia incumbir-lhes, e testificar, de quais deviam ser os seus caminhos, para a glória de Deus. Leia a sua exortação: "Finalmente irmãos, vos rogamos e exortamos no Senhor Jesus, que assim como recebestes de nós, de que maneira convém andar e agradar a Deus, assim andai, para que abundeis cada vez mais" (1 Ts 4:1).


Se os pais lessem as epístolas de Paulo, aprenderiam como ele, qual pai, admoestava e instruía os santos. Queira Deus conceder, aos pais jovens, mais do Seu Espírito, na disciplina de seus filhos. Paulo, também, desempenhava o dever duma mãe carinhosa, para com aqueles santos: "Antes fomos brandos entre vós, como a ama que cria seus filhos" (1 Ts 2:7). Quem pode ter a ternura da mãe, senão uma mãe? Sem dúvida, Paulo tinha, na sua medida, um tal afeto para com aqueles queridos Cristãos.


Não há pais que, tendo criado os filhos, reconhecem que fracassaram no desempenho da sua responsabilidade paterna? E, não confessam todos que o seu fracasso foi, em grande parte, devido à falta de atenção a estes princípios divinos, expostos nas Sagradas Escrituras? Por isso, é importante que os pais jovens esquadrinhem a Palavra de Deus, para receberem a sabedoria que vem do alto, para que possam resguardar os seus queridos filhos, das temíveis influências que há no mundo. O pensamento do mundo corrompe mais e mais; vêem-se por toda parte os traços característicos do mundo antediluviano, e de Sodoma, tal como o Senhor mesmo predisse que sucederia (Lc 17:16-30).


Queira Deus comover os corações do seu povo, para que se dêem conta da gravidade dos tempos que vivemos, e dos perigos que acercam os nossos filhos.


 

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