
(Revista bimestral editada entre 1980 e 1997)
ÍNDICE
PALAVRAS DOCES COMO O MEL
"Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras". (1 Ts 4:18)
Há quatro palavras, especialmente em 1 Ts 4:16 que deviam ser-nos doces como o mel. A primeira delas é a palavra "mesmo". Jesus virá pessoalmente pelo Seu povo. Não mandará um redemoinho buscar-nos nem um carro de fogo, como no caso de Elias. Nem mesmo enviará os Seus santos anjos, como acontecerá mais tarde para Israel, o Seu povo terrenal. Não, mas Ele mesmo virá como o noivo para Sua noiva.
"Primeiro" (1 Ts 4:16) é outra dessas doces palavras. Os que morreram confiando no Senhor Jesus sairão de seus túmulos antes dos iníquos. O seu enterro poderá ter sido o de um indigente, mas terão uma ressurreição de soberano.
"Juntamente" (1 Ts 4:17) é a próxima palavra inspiradora. Os mortos em Cristo e nós os que estivermos vivos, seremos arrebatados juntamente, a encontrar o Senhor nos ares; um dia não sem divisões nem contendas.
"Sempre" (1 Ts 4:17) é talvez a mais doce de todas. Que triste seria se esta bendita reunião terminasse e tivéssemos de novo que nos separar do Senhor e uns dos outros! Mas a nossa segurança é que nos encontraremos naquele Dia para não mais nos separarmos.
"Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor" (1 Ts 4:16-17).
PENSAMENTO:
Se quisermos refletir Cristo, temos que olhar para Ele continuamente. Se quisermos imitá-Lo, temos que nos alimentar d'Ele; temos que ter a Cristo morando nos nossos corações pela fé. Se Ele está arraigado em nossos corações, sem dúvida será visto nas nossas vidas.
OVELHAS
"O Senhor é o meu Pastor; nada me faltarás" (Sl 23:1).
As ovelhas são animais que confiam instintivamente em seu pastor, conhecendo que ele já sabe onde irá apascentá-las no dia seguinte. Talvez torne ao mesmo pasto ou talvez vá a outro. Elas não se inquietam. Sempre foi um bom guia, e amanhã não irá deixar de o ser, pois que ele pensa no bem estar do seu rebanho. O Senhor é o nosso bom Pastor: "E, quando tira fora as Suas ovelhas, vai adiante delas, e as ovelhas O seguem" (Jo 10:4).
"Deitar-me faz em verdes pastos" (v.2).
As ovelhas madrugam. Às três ou às quatro horas da manhã o pastor guia-as de pastagem em pastagem de forma a alimentá-las com a erva mais rica e mais saborosa antes do meio dia. E então, se possível, conduz o rebanho a um lugar onde haja árvores e sombras, e o faz descansar. E ali as ovelhas repousam contentes.
A ovelha que rumina, engorda.
Igualmente o Cristão que medita na Palavra de Deus dá alimento rico à sua alma. "Achando-se as Tuas palavras, logo as comi, e a Tua Palavra foi para mim o gozo e alegria do meu coração" (Jr 15:16).
O nosso bom Pastor quer que meditemos nos delicados pastos que encontramos na Palavra de Deus, o nosso alimento espiritual. O salmista exclamou: "Oh! Quanto amo a Tua lei! É a minha meditação em todo o dia!" (Sl 119:97).
"Guia-me mansamente a águas tranquilas" (v.2).
A ovelha só bebe em lugares de águas tranquilas. Ainda que tenha sede não beberá em águas agitadas. O pastor deverá conduzi-las a um local de água calma.
As águas agitadas e sujas deste mundo de maldade não são próprias para os remidos do Senhor. Só n'Ele acharemos águas refrescantes, puras e tranquilas. "Quem crê em Mim nunca terá sede" (Jo 6:35).
"Refrigera a minha alma; guia-me pelas veredas da justiça por amor do Seu Nome" (v.3).
Diz-se que na Palestina cada ovelha mantém durante o dia, na ordem do rebanho, o mesmo lugar que escolheu na madrugada. Mas uma vez no dia cada ovelha deixa o seu lugar e se aproxima do pastor. Então este com a sua mão acaricia-lhe o focinho, as orelhas a fala-lhe carinhosamente. Enquanto isso a ovelha roça as pernas do pastor e, se este estiver sentado, lambe-lhe o rosto. Momentos após este encontro com o pastor ela volta ao seu lugar.
Como é doce à alma do crente ter comunhão intima com o seu Senhor, o bom Pastor! Ou de madrugada ou ao meio do dia, ou no trabalho ou no descanso, ele pode falar com o Senhor Jesus.
"Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque Tu estás comigo; a Tua vara e o Teu cajado me consolam" (v.4).
Há na Palestina um vale da sombra da morte. Tem um comprimento de 7 km, com paredes altas de 500 metros e apenas 3 ou 4 metros de largura no fundo. E perigoso atravessar esse desfiladeiro obscuro porque o fundo está cruzado por valas de 2 ou 3 metros de profundidade cavadas pela ação das águas. Se cair algum animal o atento pastor colhe-o com o seu cajado e levanta-o.
Há lobos por todo o desfiladeiro a espreita de caça. Mas o pastor sabe usar a sua vara como arma. Por isso as ovelhas não temem mal algum no vale da sombra da morte, porque o seu pastor está com elas para protegê-las do perigo.
Este mundo é esse vale da sombra da morte, pelo qual os remidos do Senhor, o seu grande Pastor, têm que andar; mas não temeremos mal algum porque Ele está conosco. Ele disse-nos: "eis que Eu estou convosco todos os dias... Não te deixarei, nem te desampararei" (Mt 28:20; Hb 13:5).
"Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos" (v.5).
Diz-se que nas pastagens da Palestina, em cada Primavera brotam várias plantas venenosas que são fatais para os animais ruminantes. O pastor vai adiante olhando em redor; e ao ver uma planta maligna arranca-a pela raiz. Põe-na sob um monte de pedras, e no dia seguinte quando ela já secou, queima-a. E é assim que as ovelhas podem pastar em segurança, porque esses seus inimigos, as plantas venenosas, já não as atormentam.
Nosso Senhor Jesus Cristo sempre nos prepara uma esplêndida mesa; fornece-nos o melhor manjar, que é a Sua santa Palavra, melhor do que o "maná" (Jo 6:58) que deu aos filhos de Israel.
Estamos sempre rodeados de inimigos; o próprio diabo e as suas hostes de demônios, homens dissolutos e maus e outros. E fazendo uma comparação com as plantas venenosas da Palestina, hoje em dia há muitíssimos livros cheios de veneno mortal para a alma do homem. Há que tirá-los de casa. Que fizeram os recém convertidos dos primeiros tempos? "Muitos dos que seguiam artes mágicas trouxeram os seus livros e os queimaram na presença de todos" (At 19:19).
"unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda" (v.5).
Ao entrar no redil à noite, cada ovelha tem que passar pela porta. Ali o pastor a examina. Se houver alguma ferida ou algo que precise da sua atenção, depois de fazer uma limpeza, toma azeite e unta a parte afetada. Logo após oferece à ovelha uma taça transbordante de água fresca. E aí ela se refresca.
Tendo assim atendido a todo o seu rebanho, e deixando todas as ovelhas em repouso, o pastor enrola-se no seu manto de lã, encosta-se à porta do redil, com a sua vara ao lado; nunca abandona o rebanho. De dia e de noite cuida dele.
"Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na casa do SENHOR por longos dias" (v.6).
Jesus é o bom Pastor que deu a Sua vida por nós; e é o Príncipe dos pastores que dará "a incorruptível coroa de glória" aos fiéis quando Ele vier (Jo 10:11; Hb 13:20; 1 Pd 5:4).
"Não deixará vacilar o teu pé; aquele que te guarda não tosquenejará. Eis que não tosquenejará nem dormirá o guarda de Israel" (que é igualmente guarda dos Seus seja em que momento for) (Sl 121:3-4).
TRANSCRIÇÃO:
Um homem que sofria de insônia perguntou a um amigo como ele conseguia dormir bem todas as noites.
Será que você se põe a contar ovelhas?
Não – respondeu-lhe o amigo – mas falo antes com o Pastor.
PONTO DE REFLEXÃO:
A característica principal do pecado de Adão, foi ter pecado contra Deus; e de Caim, foi ter pecado contra o seu próximo. Estas duas formas constituem a intenção de todos os pecados.
SOBRE O LIVRO DOS ATOS
Capítulo 22:12-29
"E um certo Ananias, varão piedoso conforme a lei, que tinha bom testemunho de todos os judeus que ali moravam, vindo ter comigo e apresentando-se, disse-me: Saulo, irmão, recobra a vista. E naquela mesma hora o vi. E ele disse: O Deus de nossos pais de antemão te designou para que conheças a Sua vontade, e vejas aquele Justo, e ouças a voz da Sua boca. Porque hás de ser Sua testemunha para com todos os homens do que tens visto e ouvido. E, agora por que te deténs? Levanta-te, e batiza-te, e lava os teus pecados, invocando o nome do Senhor" (vs.12-16).
Paulo, contando aos judeus irados a história da sua conversão mediante a aparição do Senhor Jesus, fez menção de Ananias, um varão piedoso com bom testemunho entre os judeus de Damasco, e disse-lhes como Ananias lhe confirmara a ordem divina de evangelizar "a todos os homens", dada pelo próprio Senhor Jesus Cristo (At 26:15-18).
Paulo acrescentou também como Ananias o exortara: "Por que te deténs? Levanta-te e batiza-te e lava os teus pecados, invocando o Nome do Senhor" (At 22:16). Considerando essa circunstância, não temos nela uma fórmula universal de batismo Cristão, senão um caso excepcional.
Saulo de Tarso era conhecido como um inimigo implacável de Cristo, um perseguidor feroz do povo Cristão. Era então necessário que o seu arrependimento e mudança de posição e de atitude neste mundo fossem tornados públicos. Como seria isso levado a efeito? No caso de Saulo de Tarso, pelo batismo com água: ele lavou-se dos seus pecados diante dos homens (não perante Deus, pois foram-lhe perdoados todos os seus pecados quando o Senhor Jesus sofreu por eles na cruz). O ato de batizar-se e de confessar assim publicamente o Nome de Jesus Cristo era uma renúncia definitiva da sua carreira de oposição tenaz e violenta contra Cristo e o Seu povo. Dessa maneira decisiva ele lavou-se dos seus pecados.
O batismo na água jamais lavou nem lava pessoa alguma da impureza dos seus pecados diante de Deus. Nunca! "Sem derramamento de sangue não há remissão" (Hb 9:22). Somos "resgatados… com o precioso sangue de Cristo" (1 Pd 1:18-19), e não com água. "O sangue de Jesus Cristo, Seu Filho, nos purifica de todo o pecado" (1 Jo 1:7), não apenas de alguns deles, mas de todos!
"E aconteceu que, tornando eu para Jerusalém, quando orava no templo, fui arrebatado para fora de mim. E vi aquele que me dizia: Dá-te pressa e sai apressadamente de Jerusalém, porque não receberão o teu testemunho acerca de Mim. E eu disse: Senhor, eles bem sabem que eu lançava na prisão e açoitava nas sinagogas os que criam em Ti. E, quando o sangue de Estevão, Tua testemunha, se derramava, também eu estava presente, e consentia na sua morte, e guardava os vestidos dos que o matavam" (vs.17-20).
Paulo, tinha ainda vivo na sua memória tudo quanto fizera no seu zelo religioso, quantos Cristãos tinha encarcerado e consentido na sua morte, inclusive a de Estevão (At 7:51-60). Arrependera-se profundamente de tudo isso. E eis que se recordou de que – sendo arrebatado fora de si – o Senhor Jesus o mandou sair de Jerusalém, porquanto os judeus não receberiam o seu testemunho d'Ele. Porque estava então Paulo de novo em Jerusalém? Porque não obedeceu aos avisos do Espírito Santo.
"E disse-me: Vai, porque hei de enviar-te aos gentios de longe. E ouviram-no até esta palavra e levantaram a voz, dizendo: Tira da Terra um tal homem, porque não convém que viva!" (vs.21-22).
Os judeus orgulhosos e zelosos da sua religião não podiam suportar o fato de que o seu Deus também fosse anunciado como o Deus Salvador dos gentios.
"Não agradam a Deus, e são contrários a todos os homens. E nos impedem de pregar aos gentios as palavras da salvação, a fim de encherem sempre a medida de seus pecados; mas a ira de Deus caiu sobre eles até ao fim" (1 Ts 2:15-16).
"E, clamando eles, e arrojando de si os vestidos, e lançando pó para o ar, o tribuno mandou que o examinassem com açoites, para saber por que causa assim clamavam contra ele. E, quando o estavam atando com correias, disse Paulo ao centurião que ali estava: É-vos lícito açoitar um romano, sem ser condenado? E, ouvindo isto, o centurião foi e anunciou ao tribuno, dizendo: Vê o que vais fazer, porque este homem é romano. E, vindo o tribuno, disse-lhe: Dize-me, és tu romano? E ele disse: Sim. E respondeu o tribuno: Eu com grande soma de dinheiro alcancei este direito de cidadão. Paulo disse: Mas eu sou-o de nascimento. E logo dele se apartaram os que o haviam de examinar; e até o tribuno teve temor, quando soube que era romano, visto que o tinha ligado" (vs.23-29).
Com a crueldade característica de um militar, o tribuno mandou açoitar a Paulo, mas este aproveitou a sua cidadania romana para perguntar ao centurião se era lícito esse procedimento, sendo que Paulo era romano. Chegando-se logo o tribuno, interrogou a Paulo e descobriu que este era de uma maior dignidade do que ele, visto que era cidadão romano de nascimento, enquanto que o militar, talvez algum mercenário anteriormente, pagara com grande preço para alcançar essa cidadania. Diz-se que Tarso, onde Paulo nasceu, era uma cidade que ajudara os romanos nas suas conquistas, e por isso o Imperador outorgara a todas as famílias de Tarso da Cilícia, uma província longe da Itália, a cidadania romana.
Que bom saber que o nosso Deus tudo sabe e aproveita para cumprir os Seus propósitos! Foi por um "decreto da parte de César Augusto, para que todo o mundo se alistasse" (Lc 2:1) que José e Maria foram a Belém, porque a Escritura tinha dito profeticamente que Cristo nasceria em Belém (Mq 5:2; Mt 2:4-6). Foi pois também um decreto de um imperador romano que fez com que Paulo nascesse cidadão romano, uma circunstância da qual o Senhor Se aproveitou em benefício do Seu fiel servo Paulo.
(continua, querendo Deus).
A INSTITUIÇÃO DO MATRIMÔNIO
VIDA CRISTÃ PRÁTICA
Quando jovens recém casados estabelecem um novo lar, convém-lhes dar consideração séria à vida Cristã prática que devem levar, isto é: à economia doméstica, ao custo da casa, móveis, roupa, alimentos, remédios, livros, presentes, transportes, etc. Não agrada a Deus e não mantém a felicidade do lar, gastar até o último centavo dos nossos recursos, ou, pior ainda, contrair dívidas (Pv 22:26-27).
Hoje em dia é muito forte a tendência de se adotar um nível de vida mais elevado do que o que corresponde ao vencimento do jovem esposo, esquecendo-se de que, na maioria dos casos, os seus próprios pais começaram a vida conjugal muito singelamente, vivendo dentro dos seus recursos. "É grande ganho a piedade com contentamento" (1 Tm 6:6). Não é o nível de vida que constitui o bem estar e a prosperidade dos esposos Cristãos, mas sim a piedade com contentamento.
Alguns dos Cristãos mais felizes são aqueles que têm poucos bens neste mundo, mas desfrutam de Cristo e das coisas de Deus e continuam com gozo e contentamento.
Ainda do ponto de vista meramente natural, é uma experiência agradável para os jovens trabalhar juntos arrumando, por exemplo uma velha casa, reparando ou pintando uns móveis usados, preparando um jardim, etc.
"A ninguém devais coisa alguma" (Rm 13:8). Para os jovens casados, uma das cargas mais pesadas de suportar é a de contrair dívidas. Hoje em dia facilita-se tanto o pagamento a prazo com pequena ou nenhuma entrada inicial, e tanto insistem os vendedores com os jovens esposos, que se arriscam a submergirem-se em dívidas sem se darem conta. E é deste modo que o salário pode vir a ficar sobrecarregado até anos futuros. Já ouvimos falar de um casal que comprou tanta coisa a prestações que a soma dos juros excedia a do próprio vencimento!
"A ninguém devais coisa alguma" (Rm 13:8). Não sabemos nunca o que nos trará o dia de amanhã. Sobrecarregarmo-nos com obrigações que só poderemos pagar com trabalho estável e com determinado nível de ordenado, é como se ríssemos do futuro. "O que toma emprestado é servo do que empresta" (Pv 22:7).
Há ainda outra consideração também: se ficarmos doentes ou nos incapacitarmos e não pudermos pagar as nossas dívidas, os credores ficariam lesados. Seria isso algo de acordo com um bom testemunho Cristão que honre ao Senhor? "A ninguém devais coisa alguma" (Rm 13:8).
Em resumo, procuremos sinceramente viver dentro dos meios que o Senhor nos deu, perseverando nisso com ação de graças e contentamento, mantendo uma boa consciência e tendo o desejo de uma boa conduta em tudo.
(adaptado de P.W.)
PONTO DE REFLEXÃO:
O temor do Senhor pode tornar o crente mais débil e humilde num Cristão capaz de vencer o temor do homens.
PONTO DE REFLEXÃO:
O único caminho de segurança é andar em leal obediência a Cristo.
CITAÇÃO:
Faça com que os seus meninos se interessem pelos pobres, pelos necessitados, enfermos e pelos aflitos; será a forma de não andaram descontentes nas suas casas.
A MULHER
A influência de uma mulher virtuosa é incalculável. Uma mulher modesta é a bênção e a maior ajuda para o homem. A mãe tem uma importância muito maior na educação das crianças do que o pai, porque sempre está mais tempo com os filhos do que o marido, ainda que seja a ele que esteja consignada a posição de chefe de família, ocupando o posto de autoridade e governo. E é por isso que deve procurar estar em casa o maior tempo possível para dar valor e confiança à sua família.
Uma mulher Cristã virtuosa, vivendo de acordo com os ensinos das Sagradas Escrituras, impõe a influência mais doce e nobre que há. Onde os lares são abençoados dessa maneira e onde as mulheres de uma nação são verdadeiramente femininas e modestas, então aí poderemos esperar ver melhores resultados em tudo.
À luz da profecia de nosso Senhor Jesus Cristo de que os últimos dias serão semelhantes aos do tempo de Ló (Lc 17:28), não esperamos ver menos do que a queda de todas as restrições morais e das boas normas sociais, com um terrível movimento entre as mulheres; e o mesmo entre os homens. Se abandonam a posição em que Deus colocou a um e a outra, então se verá a corrupção completa de toda a Terra e o inevitável justo julgamento de Deus.
Hoje em dia toleram-se coisas que há alguns anos teriam horrorizado o mundo.
"Não vos conformeis com este mundo" (Rm 12:2) é um claro mandamento celestial. E outro, igualmente claro, é este: "que do mesmo modo as mulheres se ataviem em traje honesto, com pudor e modéstia, não com tranças, ou com ouro, ou pérolas, ou vestidos preciosos" (1 Tm 2:9).
PONTO DE REFLEXÃO:
Não há maior fortaleza para o coração do que a confiança posta em Deus.
A IGREJA DE DEUS E A SUA RESPONSABILIDADE
A responsabilidade de qualquer criatura é simplesmente esta: aprender a fazer a vontade de Deus. Ele colocou toda a criatura inteligente sob um parentesco Consigo mesmo. Nossa responsabilidade deriva deste parentesco. Os nossos filhos têm obrigações e deveres bastante diferentes dos estranhos que vivam conosco. Uma mesma pessoa pode estar em várias posições. Um homem pode ser ao mesmo tempo marido, pai, patrão, etc., mas cada relação tem as suas próprias responsabilidades.
Pois bem, o Cristão, nas suas responsabilidades com Deus, deve ter presente quais as relações que tem que expressar e de honrar. A Palavra de Deus será a sua única norma. Cada verdadeiro Cristão é um “filho de Deus” (Gl 3:26; Jo 1:12-13), “nascido de Deus” (1 Pd 1:23; 1 Jo 5:1). A responsabilidade de um filho de Deus é andar "dignamente para com Deus" (1 Ts 2:12).
Pois então vamos averiguar qual é a responsabilidade da Igreja. Cada Cristão, além de ser um filho de Deus, é um membro da Igreja de Deus (1 Co 12:18). E a Igreja está para Cristo tal como Eva esteve para Adão, o primeiro homem (Ef 5:30). Mas no caso do primeiro homem, Adão, e de sua esposa, a unidade que formavam foi "uma carne" (Gn 2:24); "Mas o que se ajunta com o Senhor é um mesmo espírito" (1 Co 6:17). Em 1 Coríntios 12:12 lemos o seguinte: "Porque, assim como o corpo é um, e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, são um só corpo assim é Cristo também". Que palavras maravilhosas! Especialmente quando consideradas em conexão com o versículo 27 do mesmo capitulo: “Ora vós (os Cristãos) sois o corpo de Cristo, e Seus membros em particular.” E em Efésios 1:22-23 e em Colossenses 1:18 lemos que a Igreja é o Seu Corpo. Assim, por estas Escrituras entendemos que o nosso corpo ilustra a unidade da Igreja: “um corpo” mas “muitos membros”; e em segundo lugar; que Cristo é “cabeça da Igreja… sobre todas as coisas”.
Em Efésios 5:23 lemos: "Porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a Cabeça da Igreja"; e no versículo 24: "De sorte que, assim como a Igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seus maridos". Vemos assim o parentesco da Igreja e a responsabilidade que daí deriva. Que coisa mais bendita do que o lugar desfrutado pela Igreja no seu íntimo vínculo com Cristo! Basta ler das glórias de Cristo e do lugar supremo que Ele ocupa (Ef 1), para poder apreciar o significado maravilhoso desta doxologia: "A Esse glória na Igreja, por Jesus Cristo, em todas as gerações, para todo o sempre. Amém" (Ef 3:21).
Pois bem, no capítulo 4:1-3 lemos da responsabilidade de cada Cristão, como membro do corpo de Cristo, baseando-se para sempre nesse parentesco bendito e maravilhoso com o Homem na glória: "Rogo-vos, pois, eu, o preso do Senhor, que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, procurando guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz".
SOBRE O EVANGELHO SEGUNDO MATEUS
Capítulo 1
Mateus foi inspirado por Deus para apresentar Jesus vindo ao povo de Israel como o Messias prometido, o Cristo: Deus e Homem numa só Pessoa. "Jesus Cristo, filho de Davi, filho d'Abraão" (v.1). A primeira frase do Novo Testamento estabelece que Jesus era herdeiro legítimo do "trono de Davi, seu pai" (Lc 1:32) e que era descendente de Abraão, o pai da nação israelita.
Há uma coisa singular na genealogia de Cristo (vs.1-16): quatro mulheres são mencionadas, e não são ascendentes de renome ou fama tal como, por exemplo, Sara ou Rebeca ou Raquel; são pessoas mais humildes: "Tamar", que fornicou (Gn 38:13-29); "Raabe", que era uma rameira (Js 2:1-21; 6:17, 22-25); "Rute", que era moabita, um povo que nunca poderia entrar na congregação de Jeová (Dt 23:3) e "Batseba", mulher casada que teve relações ilícitas com o rei Davi (2 Sm 11:1-4).
Assim, em vez de uma história gloriosa das mulheres tão respeitadas em Israel, Deus deu-nos um relato pouco brilhante dessas quatro, com as quais pecaram quatro antepassados de Cristo, segundo a carne, pois "Judá" prostituiu com "Tamar"; "Salmom" pecou quando tomou a "Raabe" a rameira, uma cananita; "Boaz", desobedeceu à lei de Moisés quando casou com "Rute" (Rt 4), pois não era lícito tomar por mulher uma moabita; e "Davi" cometeu adultério com "Bateseba", e matou-lhe o marido, Urias. Que história tão vergonhosa!
Então porque começa o Novo Testamento de nosso Senhor Jesus Cristo de tal forma? Nenhum historiador teria incluído tais incidentes na sua narração. Porque foram então contados? Porque o amor de Deus quis que todos soubessem que era somente pela Sua graça soberana que Ele pôde enviar o Seu Filho amado em forma humana como o Messias de Israel, e como Salvador também para os gentios. "Onde o pecado abundou, superabundou a graça" (Rm 5:20).
E aqui estão dois milagres!
Primeiro – O da criação: "No princípio criou Deus os céus e a Terra" (Gn 1:1). "Pela palavra do Senhor foram feitos os céus, e todo o exército deles pelo espírito [sopro – JND] da Sua boca" (Sl 33:6).
Segundo – O da encarnação: "Ora o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Estando Maria, Sua mãe, desposada com José, antes de se ajuntarem, achou-se ter concebido do Espírito Santo" (Mt 1:18).
"O Verbo", Aquele que criou todas as coisas, "Se fez carne, e habitou entre nós" (Jo 1:1-3,14).
"O Verbo", ao dizer uma só palavra, pôde criar o Universo; mas para redimir o homem caído no pecado e escravo de Satanás, teria que padecer a morte! Maravilha das maravilhas!
O anjo Gabriel anunciara a Maria que seria a virgem mãe do Messias: "a virtude do Altíssimo te cobrirá com a Sua sombra; pelo que também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus" (Lc 1:35).
Parece que ela, crendo, embora talvez tímida, não disse nada a José, mas foi visitar a Isabel sua prima. "E Maria ficou com ela quase três meses, e depois voltou para sua casa" (Lc 1:56).
Então José se deu conta de que ela estava grávida, mas não quis denunciá-la (como era costume entre os judeus), apenas intentando deixá-la secretamente. E foi então que o "anjo do Senhor" fez uma interrupção no pensamento de José aparecendo-lhe em sonhos exatamente no momento em que José pensava deixá-la, dizendo, "o que nela está gerado é do Espírito Santo; e dará à luz um Filho e chamarás o Seu nome JESUS; porque Ele salvará o Seu povo dos seus pecados" (Mt 1:20-21).
O Seu "povo" era Israel; então Ele era Jeová, o Deus e o Messias de Israel.
Esse evento sublime havia sido predito pelo profeta Isaías sete séculos antes: "Eis que uma (não houve jamais outra) virgem conceberá, e dará à luz um Filho" (Is 7:14), mas a profecia assinalou que Aquele Ser que nasceu neste mundo era Deus: "e será o Seu nome EMANUEL” – “Deus conosco". Da bendita Trindade, o Filho dignou-Se vir até nós:
– no nosso mundo;
– na nossa natureza humana (à parte o pecado), e;
– nas circunstâncias da nossa vida. "Esta é uma palavra fiel, e digna de toda a aceitação, que Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores; dos quais eu sou o principal" (1 Tm 1:15).
Bendito seja o seu Santo Nome Jesus
(continuará, querendo Deus)
DEMASIADO POUCO A SÓS COM DEUS
"E aconteceu que, indo eles de caminho, entrou numa aldeia; e certa mulher, por nome Marta, O recebeu em sua casa; e tinha esta uma irmã chamada Maria, a qual, assentando-se também aos pés de Jesus, ouvia a Sua Palavra. Marta, porém, andava distraída em muitos serviços, e, aproximando-se, disse: Senhor, não se Te dá de que minha irmã me deixe servir só? Dize-lhe pois que me ajude. E, respondendo Jesus, disse-lhe: Marta, Marta, estás ansiosa e afadigada com muitas coisas. Mas uma só é necessária; e Maria escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada" (Lc 10:38-42).
Sim, meus irmãos, estamos demasiado pouco a sós com Deus; e estou persuadido de que este é um dos traços mais tristes da nossa vida Cristã. Isso de trabalhar, trabalhar, trabalhar – pode ser serviço bem intencionado, semelhante ao de Marta; mas onde estão as mais devotas Marias, que encontram o caminho mais curto e seguro até ao coração de Jesus, cessando as suas tarefas voluntárias para se sentarem humildemente aos pés de Cristo, permitindo-Lhe assim levar a cabo a Sua bendita obra dentro delas? Se aproveitássemos mais a fundo o exemplo de Maria, talvez se reduzisse consideravelmente a quantidade de trabalho aparentemente efetuada, mas ressaltaria incomparavelmente a sua qualidade. Que ganho seria se, em lugar de cem quilos obtivéssemos unicamente um só quilo, contanto que os cem quilos fossem de chumbo e o quilo fosse só de ouro puro!
(extraído de "Palavras de Fé, Esperança e Amor). J.D.
PONTO DE REFLEXÃO:
Uma coisa é experimentar a tranquilidade da consciência ao vir a Jesus; mas outra é tomar o Seu “jugo” e aprender d'Ele (Mt 11:28-30).
NÃO POSSO CANTAR ISSO
Emília e Joana estavam frequentemente juntas compartilhando alegrias e tristezas; eram não só vizinhas mas primas irmãs. E ambas gostavam muito de cantar aos domingos.
Mas, lamentavelmente não prestavam muita atenção à letra dos hinos que cantavam, mas só se deleitavam nas melodias.
Foi então que se deu uma grande mudança: Emília recebeu o Senhor Jesus como seu Salvador. Isso tornou-a mais feliz do que nunca, e os temas das suas conversas passaram a ser em torno do seu bom Redentor que lhe ganhara o coração. Isso fez com que Joana se sentisse um tanto incomodada, especialmente quando cantavam juntas. Doía-lhe o coração ao ver o profundo gozo de sua prima Emília.
Um dia esta exclamou: – Olha, aqui está um hino tão bonito; vamos cantá-lo juntas. E com verdadeiro prazer Emília começou: "Sou feliz, sou bem feliz com Jesus!"
Mas Joana mantinha-se calada. Depois de ouvir duas ou três estrofes, as lágrimas começaram-lhe a rolar pelas faces.
– Emília, eu não posso cantar isso com verdade, e não quero cantar mentiras a Deus.
– Bem – disse-lhe Emília – então vamos dizer isso ao Senhor.
E ambas se ajoelharam em silêncio por uns minutos; então Emília deu graças a Deus por ter salvo a sua alma pelo precioso sangue de Cristo. Seguiu-se novo silêncio desta vez interrompido pela voz tremente de Joana a confessar que era uma pecadora perdida diante de Deus e a declarar que recebia o Senhor Jesus como seu Salvador pessoal.
Levantam-se então as duas primas – e agora irmãs em Cristo também – abraçando-se com lágrimas de gozo.
– Cantaremos agora juntas o nosso hino? – perguntou Emília.
– Sim, sem dúvida – respondeu-lhe Joana.
E unidas as suas vozes elevaram-se nesse lindo cântico:
Sou feliz, sou bem feliz com Jesus!
Permite-me, meu Amigo, que te pergunte: És feliz com Jesus? Foram já perdoados os teus terríveis pecados com o sangue precioso de Cristo?
"Vinde então, e argui-Me, diz o Senhor: ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve: ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a branca lã" (Is 1:18).
PONTO DE REFLEXÃO:
Deus amou; Deus deu. Nós cremos; nós temos.
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