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Foto do escritorVerdades Vivas

Palavras de Edificação 04


(Revista bimestral editada entre 1980 e 1997)

 

ÍNDICE



 


UMA COISA


"Uma coisa pedi ao Senhor, e a buscarei: que possa morar na casa do Senhor todos os dias da minha vida, para contemplar a formosura do Senhor, e aprender no Seu templo" (Sl 27:4).


"Mas uma só [coisa] é necessária; e Maria escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada" (Lc 10:42).


"Mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus" (Fp 3:13-14).


Há aqui três fases de progresso espiritual a considerar:

  1. A busca de comunhão espiritual com o Senhor;

  2. O desejo de escutar e de meditar na Palavra do Senhor;

  3. A obediência à chamada celestial.

 

PONTO DE REFLEXÃO:

Não há outra forma de se desfrutar de uma experiência Cristã real e eficaz, senão trazendo Deus para todos os detalhes da vida diária.


 

O GLORIOSO CRIADOR


Deus Todo-Poderoso é Quem controla o universo! Quando certos cientistas ignoram Deus, é claro que não podem estar seguindo raciocínios sãos e lógicos. Um sistema de tal forma vasto, tão complexo, tão perfeitamente coordenado como é o nosso universo só pode ter sido concebido por um Arquiteto supremo, e não só isso mas também um Criador infinitamente poderoso, que mantém sob Seu poder toda esta Criação, fazendo-a funcionar perfeitamente.


Todos conhecemos as leis da gravidade e da inércia. Mas há uma infinidade de outras, perfeitas e necessárias. Todos os estudantes de astronomia conhecem as três leis do movimento planetário de Kepler. Há outras leis de movimento, assim como de calor, de som; e todas são PERFEITAS, nunca mudam e nunca falham.


Um sábio disse: "As estrelas… nas suas órbitas e na sua velocidade de movimento, no espaço, obedecem fielmente a um grande código de Leis". Os cientistas podem citar todas essas leis do universo. Podem calcular as datas exatas da chegada ao nosso sistema solar dos cometas, e de quando tornarão a voltar, sem falhar, porque as leis do universo são infalíveis.


O célebre Professor Einstein afirmou em "O mundo como o vejo": "O sentimento do cientista religioso assume a forma de uma admiração extasiada, diante da harmonia da lei natural, que revela uma inteligência de tal maneira superior, que em comparação com ela todo o pensamento e atuação sistemáticos dos seres humanos revelam-se completamente insignificantes".


Um simples olhar para o céu de noite é um espetáculo encantador; e esta glória, inerente aos céus, foi sumamente posta em destaque pela astronomia moderna. Por exemplo: vistas ao telescópio, as cores das estrelas distinguem-se mais vivamente. E de fato muitas estrelas brilham com uma cintilação bem maior do que a do diamante mais puro. As diferenças de cores das estrelas devem-se às diferenças de temperatura. Quanto mais quentes mais brancas; as menos quentes são alaranjadas ou vermelhas. E por meio do telescópio vêem-se estrelas verdes, amarelas, castanhas, rosadas e de outras cores. É um espetáculo inspirador!


Vejamos algumas das maravilhas dos céus: “Em certa constelação vê-se um esplêndido agrupamento de estrelas, como um enxame de abelhas resplandecentes; e próximo dela distingue-se uma nebulosa de um formoso azul claro. A estrela Beta Orion é como um sol prodigioso, pois tem uma luminosidade 13.000 vezes maior que a do nosso Sol… A estrela principal Canes Venatici, observada ao telescópio, mostra que na realidade consiste em dois sóis grandes, um amarelo a outro de um belo lilás."


Um escritor, descrevendo a nossa "Via Láctea" entusiasma-se e diz: "O nosso conhecimento das variadas estrelas, tanto das gigantes como das mais pequenas, de Sírio (a estrela mais brilhante dos céus) e de todas as outras de diferentes tamanhos, e o nosso conhecimento dos maravilhosos movimentos, variações e relações sistemáticas das estrelas fazem engrandecer e tornar mais profundo o mistério e a glória dos céus… Mas quando consideramos as tentativas intelectuais do homem para explicar a sua origem, ficamos convencidos da imperfeição e do artificial destes últimos."


Outro sábio disse: "É mais fácil acreditar que o maravilhoso poema de Milton "O Paraíso Perdido" foi composto, na sua ordem maravilhosa de sílabas métricas, por um macaco, ou que todas as sílabas foram juntas ao acaso, pela ação de um redemoinho, do que acreditar que o universo visível à nossa volta, baseado como é em leis matemáticas, unido por milhões de correspondências entre si, e cheio de indicações e de propósitos bem definidos, foi o produto de uma força ao acaso, sem inteligência"!


Não é admirável poder virar as costas às vãs filosofias, e pensamentos do homem, e descansar sobre este fato fundamental de que o Deus Eterno e Todo-Poderoso criou este vasto universo tal como ele é: uma amostra fantástica da Sua infinita sabedoria, e do Seu Poder sem limites? A imensidão do universo não é evidentemente um argumento contra a Criação. Demonstra antes a grandeza do Criador!


"Os céus manifestam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das Suas mãos" (Sl 19:1).


"Quando vejo os Teus céus, obra dos Teus dedos, a Lua e as estrelas que preparaste, que é o homem mortal para que Te lembres dele? E o filho do homem para que o visites?" (Sl 8:3-4).


"Tu só és Senhor, Tu fizeste o céu, o céu dos céus, e todo o seu exército; a Terra e tudo quanto nela há; os mares e tudo quanto neles há; e Tu os guardas em vida a todos; e o exército dos céus Te adora" (Ne 9:6).


"Digno és, Senhor, de receber glória, e honra, e poder; porque Tu criaste todas as coisas, e por Tua vontade são e foram criadas" (Ap 4:11).

 

PERGUNTA:

– Nasceu Jesus em 25 de Dezembro?

As Escrituras nada dizem quanto ao dia de nascimento de Jesus. No dia 25 de Dezembro era comemorada uma festa pagã em Roma. O imperador Constantino adotou definitivamente o Cristianismo como religião oficial, abolindo as festas pagãs. Mas depois, para contentar a multidão, transformou esse 25 de Dezembro numa festa "Cristã", afirmando-se que foi nesse dia que Jesus nasceu. Mas isso é pura fantasia.


Aliás, as Escrituras assinalam o dia apropriado para se adorar o Senhor Jesus; não é o dia do Seu nascimento, mas antes, da Sua ressurreição – “no primeiro dia da semana” – dia esse em que os crentes se ajuntam para "partir o pão" (At 20:7); e, "anunciar a morte do Senhor" (1 Co 11:26) e comem a ceia do Senhor. “Fazei isto em memória de Mim" (Lc 22:19). "Todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor, até que venha" (1 Co 11:26).


Como crentes no Senhor Jesus e filhos de Deus, a nossa sabedoria não consiste mais do que em "não ir além do que está escrito" (1 Co 4:6) (“não permitindo seus pensamentos irem além do que está escrito” – JND).

 

SOBRE O LIVRO DOS ATOS

Capítulos 24:1725:12

(continuação do número anterior)


"Ora, muitos anos depois, vim trazer à minha nação esmolas e ofertas. Nisto me acharam já santificado no templo, não em ajuntamentos, nem com alvoroços, uns certos judeus da Ásia. Os quais convinha que estivessem presentes perante ti, e me acusassem, se alguma coisa contra mim tivessem. Ou digam estes mesmos, se acharam em mim alguma iniquidade, quando compareci perante o conselho, a não ser estas palavras, que, estando entre eles, clamei: Hoje sou julgado por vós acerca da ressurreição dos mortos" (vs.17-21).


Diante do governador romano Félix, Paulo que já tinha afirmado a sua esperança em Deus de “haver ressurreição dos mortos, tanto dos justos como dos injustos” (At 24:15); e, que procurava "sempre ter uma consciência sem ofensa, tanto para com Deus, como para com os homens", terminou a sua defesa com o parágrafo que acabamos de ler.


"Então Félix, havendo ouvido estas coisas, lhes pôs dilação, dizendo: Havendo-me informado melhor deste caminho, quando o tribuno Lísias tiver descido então tomarei inteiro conhecimento dos vossos negócios. E mandou ao centurião que o guardassem na prisão, tratando-o com brandura, e que a ninguém dos seus proibisse servi-lo ou vir ter com ele" (vs.22-23).


Félix, como político sábio que era, pôs fim a audiência, pois, não ignorava o testemunho dos Cristãos, ou seja "o caminho", que é o próprio Senhor Jesus Cristo (Jo 14:6), e sabia também, conforme a carta que lhe escrevera o tribuno Lísias, que Paulo não era culpado. E afinal, quando é que esse tribuno Lísias desceu? Nunca, pois que Félix nunca o tinha chamado! Paulo apesar de estar preso tinha certa liberdade, pois podia ter contato com seus familiares. Assim que, o Senhor mudou o coração do governador para ter misericórdia de Paulo. "Como ribeiros de águas, assim é o coração do rei na mão do Senhor; a tudo quanto quer o inclina" (Pv 21:1).


"E alguns dias depois, vindo Félix com sua mulher Drusila, que era judia, mandou chamar Paulo, e ouviu-o acerca da fé em Cristo. E, tratando ele da justiça, e da temperança, e do juízo vindouro, Félix, espavorido, respondeu: Por agora vai-te, e em tendo oportunidade te chamarei. Esperando ao mesmo tempo que Paulo lhe desse dinheiro, para que o soltasse; pelo que também muitas vezes o mandava chamar, e falava com ele" (vs.24-26).


O Senhor Jesus, profetizando a vinda do Espírito Santo, disse: "E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do juízo" (Jo 16:8). Assim Paulo, dirigido pelo Espírito Santo, tocou a consciência de Félix. Um prisioneiro de Roma, mas servo do Senhor, dirigia-se desta maneira ao governador! E que pena! Parece que nem Félix nem sua mulher se arrependeram; pelo contrário até foi a cobiça do dinheiro que dominou o seu espírito.


"Mas, passados dois anos, Félix teve por sucessor a Pórcio Festo; e, querendo Félix comprazer aos judeus, deixou a Paulo preso" (v.27).


"Entrando pois Festo na província, subiu dali a três dias de Cesaréia à Jerusalém. E o sumo sacerdote e os principais dos judeus compareceram perante ele contra Paulo, e lhe rogaram, pedindo como favor contra ele que o fizesse vir a Jerusalém, armando ciladas para o matarem no caminho" (vs.1-3).


Sem o "arrependimento perante Deus e a fé em nosso Senhor Jesus Cristo" o homem religioso é uma fera. Os corações dos judeus estavam repletos de assassínio e engano.


"Mas Festo respondeu que Paulo estava guardado em Cesaréia, e que ele brevemente partiria para lá. Os que pois, disse, dentre vós têm poder, desçam comigo e, se neste varão houver algum crime, acusem-no. E, não se demorando entre eles mais de dez dias, desceu a Cesaréia; e no dia seguinte assentando-se no tribunal, mandou que trouxessem Paulo. E, chegando ele, o rodearam os judeus que haviam descido de Jerusalém, trazendo contra Paulo muitas e graves acusações, que não podiam provar" (vs.4-7).


Os judeus, além de abrigarem no seu coração assassínio, tinham lábios mentirosos.


"Mas ele, em sua defesa, disse: Eu não pequei em coisa alguma contra a lei dos judeus, nem contra o templo, nem contra César. Todavia Festo, querendo comprazer aos judeus, respondendo a Paulo, disse: Queres tu subir a Jerusalém, e ser lá perante mim julgado acerca destas coisas? Mas Paulo disse: Estou perante o tribunal de César, onde convém que seja julgado; não fiz agravo algum aos judeus, como tu muito bem sabes. Se fiz algum agravo, ou cometi alguma coisa digna de morte, não recuso morrer; mas, se nada há das coisas de que estes me acusam, ninguém me pode entregar a eles; apelo para César. Então Festo, tendo falado com o conselho, respondeu: Apelaste para César? Para César irás" (vs.8-12).


Pórcio Festo era do mesmo caráter de Félix, um político sem consciência, mais pronto a sacrificar o inocente do que a prejudicar as suas relações com os judeus, seus súditos. Paulo lhe disse francamente que, ele próprio sabia muito bem que nada tinha feito de mal. Finalmente, e conforme o seu direito de cidadão romano por nascimento, apelou para o próprio imperador, César; e Festo aceitou.


Que grande contraste entre o servo humilde do Senhor Jesus, e os homens de alta categoria deste mundo, que "está no maligno" (1 Jo 5:19).

(continuará, querendo Deus).

 

SOBRE O BATISMO


PERGUNTA:

– O batismo é um passo decisivo na vida de um Cristão? E, o crente está salvo se for batizado?


RESPOSTA:

O batismo na vida do Cristão é um passo decisivo, mas não tem nada a ver com a salvação da alma.


A salvação da alma depende única e exclusivamente do valor do precioso sangue de Cristo: "Cristo Jesus, ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no Seu sangue, para demonstrar a Sua justiça… para que Ele seja justo e justificador daquele que tem fé em Jesus" (Rm 3:24-26).


"Mas Deus prova o Seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores. Logo muito mais agora, sendo justificados pelo Seu sangue, seremos por Ele salvos da ira" (Rm 5:8-9). "Em quem temos a redenção pelo Seu sangue, a remissão das ofensas, segundo as riquezas da Sua graça" (Ef 1:7). "… reino do Filho do Seu amor, em quem temos a redenção pelo Seu sangue, a saber, a remissão dos pecados" (Cl 1:13-14). "… fostes resgatados… com o precioso sangue de Cristo" (1 Pd 1:18-19). "O sangue de Jesus Cristo, Seu Filho, nos purifica de todo o pecado" (1 Jo 1:7). "Àquele que nos ama, e em Seu sangue nos lavou dos nossos pecados, e nos fez reis e sacerdotes para Deus e Seu Pai; a Ele glória e poder para todo o sempre. Amém" (Ap 1:5-6).


Quanto ao batismo com água, leiamos algumas passagens: "Saiba pois com certeza toda a casa de Israel que a esse Jesus, a Quem vós crucificaste, Deus O fez Senhor e Cristo. E ouvindo eles isto, compungiram-se em seu coração, e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, varões irmãos? E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo; porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos, e a todos os que estão longe; a tantos quantos Deus nosso Senhor chamar. E com muitas outras palavras isto testificava, e os exortava, dizendo: Salvai-vos desta geração perversa. De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a Sua palavra; e naquele dia agregaram-se quase três mil almas" (At 2:36-41).


Foi um passo decisivo. O batismo com água dos judeus culpados da morte do seu Messias, Jesus Cristo, foi a única porta de saída da nação incrédula e homicida: "Salvai-vos", não dos vossos pecados perante Deus, mas "desta geração perversa". A nação foi castigada pelos romanos (no ano 70 d.C.). Esse aspecto do batismo com água não se aplica aos gentios. Não teríamos razão se disséssemos aos gentios: "Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo". Essas palavras de Pedro já se cumpriram e tinham a ver com a nação de Israel.


Leiamos agora a respeito do batismo dos gentios: "A este [Jesus] dão testemunho todos os profetas, de que todos os que n'Ele crêem receberão o perdão dos pecados pelo Seu nome. E, dizendo Pedro ainda estas palavras, caiu o Espírito Santo sobre todos os que ouviam a palavra. …Respondeu então Pedro: Pode alguém porventura recusar a água, para que não sejam batizados estes, que também receberam como nós o Espírito Santo? E mandou que fossem batizados em nome do Senhor" (At 10:43-48).


Os judeus tiveram que se afastar da sua nação culpada antes de receber o Espírito Santo. Mas os gentios, que não conheciam Deus, creram e logo receberam o Espírito Santo, sendo, então, batizados. Há aqui também algo de especial. Pedro falou e "mandou que fossem batizados".


Em ambos os casos, com judeus e com gentios convertidos, o batismo com água é o sinal de uma mudança de posição aqui na Terra da parte do crente e não uma porta de entrada para o céu. É a entrada na Esfera Cristã, uma mudança de posição na Terra.


Romanos 6:3-4 dá-nos o ensino Cristão, em relação a essa mudança de posição: "Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na Sua morte? De sorte que fomos sepultados com Ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo ressuscitou dos mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida". E, assim o batismo com água não só assinala uma mudança de posição na Terra, mas também uma mudança de atitude: "andemos em novidade de vida". Mas a vida não vem do batismo com água; a vida vem do "Autor da vida", de Cristo.


Outros que deram o passo decisivo foram os samaritanos (At 8:12), o etíope (At 8:35-39), Lídia (At 16:15), o carcereiro de Filipos (At 16:31-33), e muitos mais. Terminamos com uma passagem que frequentemente é mal compreendida: "quando a longanimidade de Deus esperava nos dias de Noé, enquanto se preparava a arca; na qual poucas (isto é, oito) almas se salvaram pela água: que também, como uma verdadeira figura, agora vos salva, batismo, não do despojamento da imundície da carne, mas da indagação de uma boa consciência para com Deus, pela ressurreição de Jesus Cristo" (1 Pe 3:20-21).


A família de Noé, protegida na arca, mudou de posição no mundo (não entrou no céu). Por meio do batismo com água, mudamos de posição na Terra; entramos numa posição nova, mas não nos lavamos das imundícies da carne com água, claro está, mas apenas "com o sangue precioso de Cristo" (1 Pd 1:18-19). E finalmente, a base sobre a qual repousa a boa consciência, é a ressurreição de Jesus Cristo (e não o batismo com água).

 

A INSTITUIÇÃO DO MATRIMÔNIO

(continuação do número anterior)


O LUGAR DA MULHER NO LAR


As mulheres Cristãs mais velhas “ensinem as mulheres novas a serem prudentes, a amarem seus maridos, a amarem seus filhos, a serem moderadas, castas, boas donas de casa, sujeitas a seus maridos, a fim de que a Palavra de Deus não seja blasfemada” (Tt 2:4-5).


O apóstolo Paulo tinha instruído Tito a ensinar os anciãos, as anciãs, e os jovens o que convinha fazer na vida, para que todos juntos pudessem mostrar a sua fé Cristã no dia a dia; mas, quando se tratava de ensinar as mulheres mais jovens, Tito deixaria isso às mulheres mais velhas. Tal maneira de atuar era necessária, para que Tito fosse guardado, do perigo sutil, de uma atenção indevida para com as jovens crentes. Na verdade, quanto prejuízo, entre os Cristãos, não tem resultado de aparentes boas intenções, de homens que tomam um interesse especial, no bem estar espiritual das jovens. Até a solicitude a respeito da salvação das jovens, está cheia de graves perigos para os servos do Senhor.


Há pois, uma função exclusiva das mulheres mais velhas (não é questão de ser muito mais velha, ou idosa, mas de ser "mais velha" em contraste com as que são mais jovens), é a de aconselhar as jovens, em como honrar a Deus na vida doméstica. A Palavra de Deus pode ser blasfemada se as mulheres Cristãs não cumprem com os seus deveres nos seus próprios lares.


O lugar apropriado, então, para as mulheres casadas é o lar, porque têm que ser "boas donas de casa" (Tt 2:4-5). Outra tradução há que diz: "diligentes no trabalho do lar" (Tt 2:4-5 – JND). E, contudo, as mulheres casadas, hoje em dia, até vão mais longe nos postos de trabalho que ocupam no mundo. É comum acontecer que as mulheres casadas continuem nos postos de trabalho que ocupavam quando eram solteiras, ou que voltem para eles pouco tempo depois de ter casado. Isto representa um perigo para sua vida Cristã, porque a sua maior responsabilidade deve ser a de serem cuidadosas [diligentes – JND] com o trabalho de casa, com os esposos e com os filhos, quando os tiverem.


O próprio apóstolo Paulo, escrevendo a Timóteo, disse que: as mulheres casadas tem que "governar a casa" e "não dar ocasião ao adversário de maldizer" (1 Tm 5:14). Ainda que, o esposo seja o cabeça da família, e, como tal, o responsável imediato pela condução do lar, contudo, há um lugar no qual a esposa é guia: é na condução do lar. Falamos já de esposos que descuidam de suas responsabilidades, diante de Deus, como cabeça da família, mas, por outro lado, sabemos de maridos que querem conduzir o trabalho das suas mulheres em casa, até os mínimos detalhes. Isto também não é correto.


Há dois perigos, característicos, para a esposa que trabalha fora de casa: primeiro é, o de inverterem os papéis no lar, e, a esposa pretender ou mesmo vir a tomar o lugar de chefia, e de responsabilidade que compete ao marido, que Deus destinou a este. O marido pode perder a noção das suas responsabilidades como chefe da casa; e a mulher, pelo fato de também ganhar dinheiro, pode vir a tomar rédeas de governo que não lhe competem, e que, não são uma ordem espiritual de acordo com Deus. O segundo risco que se corre é que, os ganhos adicionais que entram em casa, venham a elevar muito o nível de vida do casal, acima do que seria razoável, e depois, quando por algum motivo a mulher parar de trabalhar, há frequentemente discórdia, tristeza e frustração. Isto não se refere ao caso em que, a mulher tenha que trabalhar por verdadeira necessidade, quando os ganhos do marido sejam insuficientes.


Ainda, há outros perigos morais, nas relações públicas e sociais que a mulher estabelece fora do lar. Essas relações podem, no caso das mulheres que não vigiam espiritualmente, e que não têm uma vida de verdadeira comunhão com Deus, tornar-se motivo de tentação e de mundanismo, podendo cair em situações degradantes nos contatos com homens.


Os Cristãos acham-se por vezes em situações muito complicadas, donde não sabem como sair, porque não souberam ficar ou permanecer onde o Senhor os colocou. Abrão não estava preparado para a prova que encontrou no Egito em relação a sua esposa, pois chegou a cair na mentira (Gn 12:10-20). Mas, porque se encontrava ele no Egito? Deus o tinha chamado para viver em Canaã. É sempre bom orar: "não nos induzas à tentação" (Mt 6:13). Mas é necessário que não sejamos nós a procurá-la deliberadamente.

(continua querendo Deus)

 

PONTOS DE REFLEXÃO:

A fé não despreza o perigo, pois sabe o que somos. Por outro lado, a fé não tem medo do perigo, pois sabe o que Deus é.


 

AMOR VERDADEIRO


Podes dar sem amar. Não poderás amar, sem dar…!


Costuma-se dizer que: "o amor é cego", mas com toda a certeza, esse não é o amor de Cristo. Ele conhece tudo o que há em nós, toda a nossa conduta, as nossas fraquezas e necessidades. E, apesar disso, ama-nos. E, o poder desse amor, é que consegue sempre libertar-nos de tudo o que pode ser um obstáculo à nossa comunhão santa com o Pai e com o Filho.

"Com amor eterno te amei" (Jr 31:3).

 

ESTÁ VOCÊ DE ACORDO COM ESTAS AFIRMAÇÕES E ESTES VERSÍCULOS DA BÍBLIA?


1 - Jesus foi visto por muitos após ter ressuscitado dos mortos.

"Correram [as mulheres] a anunciá-lo aos seus discípulos. E, indo elas, eis que Jesus lhes sai ao encontro, dizendo: Eu vos saúdo. E elas, chegando, abraçaram os Seus pés, e O adoraram" (Mt 28:8-9).


"E Jesus, tendo ressuscitado na manhã do primeiro dia da semana, apareceu primeiramente a Maria Madalena, da qual tinha expulsado sete demônios. …E depois manifestou-Se noutra forma a dois deles, que iam de caminho para o campo" (Mc 16:9-12).


"Ressuscitou verdadeiramente o Senhor, e já apareceu a Simão. …E, falando ele destas coisas, o mesmo Jesus Se apresentou no meio deles, e disse-lhes: Paz seja convosco" (Lc 24:34-36).


"Chegou Jesus, e pôs-Se no meio, e disse-lhes: Paz seja convosco. E, dizendo isto, mostrou-lhes as Suas mãos e o lado. De sorte que os discípulos se alegraram, vendo o Senhor" (Jo 20:19-20).


2 – Jesus subiu ao céu.


"Ora o Senhor, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu, e assentou-Se à direita de Deus" (Mc 16:19).


"E aconteceu que, abençoando-os Ele, Se apartou deles e foi elevado ao céu" (Lc 24:51).


"E quando dizia isto, vendo-O eles, foi elevado às alturas, e uma nuvem O recebeu, ocultando-O a seus olhos" (At 1:9).


3 – O Senhor Jesus Cristo voltará.


"E, se Eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez e vos levarei para Mim mesmo, para que onde Eu estiver estejais vós também" (Jo 14:3).


"Assim também Cristo, oferecendo-Se uma vez, para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que O esperam para salvação" (Hb 9:28).


"Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com Ele nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor" (1 Ts 4:16-17).


"Guia-me pelo caminho eterno" (Sl 139:24).


São estas as características do "caminho eterno" e da "vereda dos justos que é como a luz da aurora que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito" (Pv 4:18).

"de vida para vida" (2 Co 2:16).

"de fé em fé" (Rm 1:17).

"de glória em glória" (2 Co 3:18).

"face a face" (1 Co 13:12).

"de força em força" (Sl 84:7).

"de dia em dia" (2 Co 4:16).

 

POR QUE HÁ TANTAS IGREJAS?


No número 1 desta revista, respondendo a duas perguntas de um leitor: "Porque há tantas igrejas e como se conhece uma verdadeira igreja?", citamos um bom número de passagens do Novo Testamento para demonstrar que "igreja só há uma, aquela que provém da existência do Filho de Deus, e que foi resgatada por Ele mesmo, que é o Seu Corpo, vitalmente unida a Ele – a sua Cabeça – como o corpo humano à sua própria cabeça, e que é a sua plenitude". E noutras passagens vimos que em cada cidade havia uma só igreja (e não muitas, independentes umas das outras, e cada qual com o seu título ou nome diferente).


Por exemplo, havia em Corinto uma igreja, ou assembleia, Cristã, fruto da pregação do Evangelho pelo apóstolo Paulo; mas ela já se achava em perigo de dividir em muitas outras igrejas. Por quê? Os crentes, sendo ainda “carnais” (1 Co 3:1), não tinham os olhos fixos em Cristo, a sua Cabeça, o seu Centro, o seu todo, mas manifestavam preferências pessoais por certos chefes e condutores espirituais, concebendo assim – como um embrião – partidos ou seitas no seio da única igreja cujo dono era Cristo, que a tinha comprado com o Seu sangue. Por isso Paulo, de entre os outros males que tinham brotado dentro dela, assinalou e repreendeu o do espírito sectário, dizendo-lhes: "…, irmãos meus, …há contendas entre vós. Quero dizer com isto, que cada um de vós diz: Eu sou de Paulo, e Eu de Apolos, e Eu de Cefas, e Eu de Cristo" (1 Co 1:11-12).


Nesse tempo, os Coríntios não nomearam Paulo, Apolo e Cefas como líderes, senão certos irmãos da sua própria assembleia. Mas Paulo, com amor, não mencionou os nomes dos que assim faziam separação, mas acrescentou: "E eu, irmãos, apliquei estas coisas, por semelhança, a mim e a Apolos, por amor de vós; para que em nós aprendais a não ir além do que está escrito, não vos ensoberbecendo a favor de um contra outro" (1 Co 4:6).


Os Coríntios eram muito carnais, como Paulo lhes disse francamente: "Porque ainda sois carnais: pois, havendo entre vós inveja, contendas e dissensões, não sois porventura carnais, e não andais segundo os homens?" (1 Co 3:3). Com tais sentimentos dominando os seus corações, haviam se esquecido de que Cristo era a Cabeça da Igreja, o Centro de tudo, e que não havia outro. Os piores eram os que se intitulavam: "Eu sou de Cristo", como se fossem os únicos membros do Seu Corpo, e como se os outros não fossem. Insistimos nesta grande verdade de que Cristo, a Cabeça, e todos os crentes no mundo inteiro constituem um só corpo.


Mas os Coríntios, evidentemente, carnais como eram, não iriam eles próprios julgar as suas preferências sectárias, porque na mesma carta mais adiante, Paulo avisou-os: "E até importa que haja entre vós heresias [seitas – JND], para que os que são sinceros [aprovados – JND] se manifestem entre vós" (1 Co 11:19).


Fica assim, bem claro que aqueles que são sectários, não têm a aprovação do Senhor. Que diremos então do estado atual do Cristianismo?


Chegando à pergunta: Como se identifica uma verdadeira igreja? Procuremos a resposta no Novo Testamento: "Porque onde estiverem dois ou três reunidos em Meu nome, aí, estou Eu no meio deles" (Mt 18:20). Evidentemente que, todos dentro do mundo Cristão dizem: nós nos reunimos em nome de Jesus, com certeza. Mas esse não é o significado da palavra do Senhor Jesus. Toda essa passagem, trata da autoridade exercida pela igreja em nome do Senhor Jesus Cristo. Pois bem: poderá o Senhor exercer a Sua autoridade no meio de tantos grupos de Cristãos professantes? Que negam o digno Nome do Senhor Jesus Cristo, identificando-se como querem com nomes de sistemas religiosos? Sejam nomes de suas próprias pátrias, ou de suas doutrinas especiais, ou de grandes chefes dos tempos passados? Não, “de maneira nenhuma” (Mc 10:15; Jo 6:37; Rm 3:4,6,9,31; e outros). Além disso, é impossível ao Espírito Santo reunir os membros do corpo de Cristo, se não for exclusivamente ao Seu digno Nome. Talvez o leitor nunca tenha pensado nisto, mas é tempo de todos nós considerarmos quais são os direitos soberanos de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.


Teremos nós, no Novo Testamento, ensinos para as atividades da igreja Cristã? Sim, certamente e até instruções suficientes para a adoração, o ministério da Palavra de Deus, a oração, o partir do pão, e muito mais. “E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações” (At 2:42).


Ao terminar esta resposta, temos que insistir no fato solene de que, a assembleia Cristã que não anda na santidade e na sã doutrina, perde o direito de ser reconhecida pelo Senhor como uma assembleia Cristã (Ap 2:5).

(J. H. Smith)

 

CRISTO NO MEIO


"O crucificaram, e com Ele outros dois, um de cada lado, e Jesus no meio" (Jo 19:18). Este foi o lugar que os homens Lhe deram. Crucificaram primeiro Cristo e depois os dois ladrões.


"E cerradas as portas onde os discípulos, com medo dos judeus, se tinham ajuntado, chegou Jesus, e pôs-Se no meio" (Jo 20:19). Este foi o lugar que o Senhor tomou, visivelmente, no meio dos Seus, em Jerusalém, para lhes falar de paz.


"Anunciarei Teu nome a Meus irmãos, cantar-Te-ei louvores no meio da congregação" (Hb 2:12). Trata-se de uma citação do Salmo 22:22; é a voz de Cristo ressuscitado. Ele anunciou o Nome do Pai: "Mas vai para Meus irmãos, e dize-lhes que Eu subo para Meu Pai e vosso Pai, Meu Deus e vosso Deus" (Jo 20:17).


"Porque onde estiverem dois ou três reunidos em Meu nome, aí, estou Eu no meio deles" (Mt 18:20). Aqui trata-se do lugar que o Senhor toma, mas agora invisivelmente, dando a Sua autoridade para atuar entre os que reconhecem apenas o Seu Nome.


"E eis que estava no meio do trono e dos quatro animais viventes e entre os anciãos um Cordeiro, …e tomou o livro da destra do que estava assentado no trono" (Ap 5:6-7). Este é o lugar supremo concedido ao Cordeiro, a Cristo, na glória, em meio a todos os poderes do céu.


 

OS TRÊS INIMIGOS


O crente no Senhor Jesus tem três inimigos: o mundo, a carne e o diabo. O mundo está de fora. A carne está dentro e o diabo faz uso do mundo (do qual aliás é o príncipe e o deus) para tentar a carne do crente; mas Aquele que está no crente é maior do que o que está no mundo. "Andai em Espírito e não cumprireis as concupiscências da carne" (Gl 5:16).


 
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