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Foto do escritorVerdades Vivas

Palavras de Edificação 16

(Revista bimestral editada entre 1980 e 1997)

 

ÍNDICE


 

AS ORAÇÕES RESPONDIDAS


"Esperei com paciência no Senhor, e Ele Se inclinou para mim, e ouviu meu clamor" (Sl 40:1).


Quando oramos, não devemos nos esquecer, de que, nossas orações hão de ser respondidas. Algumas, são respondidas, exatamente como desejamos; outras de uma forma diferente do que tínhamos desejado – de uma forma melhor! Algumas, por uma mudança em nós mesmos; outras por uma mudança noutras pessoas. Algumas, são respondidas, ao recebermos mais força para suportar as provas; e outras pelo fim das provas. Algumas imediatamente; outras nos anos vindouros; e algumas esperam o seu cumprimento na eternidade.

 

Pensamento:

"Se esperamos em Deus, não há nenhum perigo, mas se nos arriscamos precipitadamente, Ele nos deixará colher as consequências."


 

A REDENÇÃO


A redenção significa que somos resgatados por um preço, da nossa situação de escravidão, e postos em liberdade. O verdadeiro conhecimento da redenção faz-nos desfrutar uma paz perfeita, em dependência constante do Redentor.


Israel foi redimido do Egito quando atravessou o Mar Vermelho; e logo cantou. Da mesma forma nós "nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo" (Rm 5:11). Esperando a “redenção do nosso corpo” (Rm 8:23). Esta se realizará quando o Senhor vier buscar-nos e revestir os mortos e os vivos com corpos glorificados (1 Co 15:51-54; Fp 3:21). É assim que esperamos "a redenção da possessão de Deus" (tudo quanto Cristo terá adquirido por meio da Sua grande obra redentora – Ef 1:14), quando a nova geração gozar da bem-aventurança do resgate (Rm 8:19-22).

Os incrédulos não serão redimidos, mas terão que se curvar e confessar a Cristo como Senhor, antes de serem lançados nas trevas exteriores (Is 45:23; Rm 14:11; Fp 2:10; Mt 22:13).

 

Pensamento:

"O encanto do pecado desaparece no momento em que é cometido”.

(J.G.Bellet)


 

SOBRE A PRIMEIRA EPÍSTOLA AOS CORÍNTIOS

(continuação do número anterior)


"Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus. Porque está escrito: Destruirei a sabedoria dos sábios, e aniquilarei a inteligência dos inteligentes. Onde está o sábio? Onde está o escriba? Onde está o inquiridor deste século? Porventura não tornou Deus louca a sabedoria deste mundo? Visto como na sabedoria de Deus o mundo não conheceu a Deus pela Sua sabedoria, aprouve a Deus salvar os crentes, pela loucura da pregação" (vs.18-21).


O pecador perdido que abre os seus olhos para a luz, e, se arrepende dos seus pecados, apega-se à cruz como a sua única esperança de salvação do inferno, e depressa descobre que é o "poder de Deus", do Deus Onipotente. O sábio, na sua própria opinião, não se sente culpado de nada; ouve de Cristo crucificado numa cruz por amor dos pecadores, e diz: "é loucura"; porém acaba por se perder. O Deus vivo e verdadeiro, disse da sabedoria deste mundo: "é loucura". Não serve. Ela pode deleitar o homem até à sua morte, e então o que? "Depois o juízo"! O sábio não pensa nisso. Mas agradou a Deus salvar os que crêem por meio daquilo a que os sábios chamam: "a loucura". A essência, o tema do que se prega (não o ato de pregar), é dizer: Cristo crucificado, e recebê-Lo pela fé, é o que nos salva.


"Porque os judeus pedem sinal, e os gregos buscam sabedoria; mas nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus, e loucura para os gregos. Mas para os que são chamados, tanto judeus com gregos, lhes pregamos a Cristo, poder de Deus, e sabedoria de Deus" (vs. 22-24).


Quantas vezes os judeus tentaram o Senhor Jesus, pedindo-Lhe sinais, ou seja, obras milagrosas! Como eram incrédulos, Ele "Lhesdisse: Uma geração má e adúltera pede um sinal, porém não se lhe dará outro sinal senão o do profeta Jonas". E qual foi o significado do dito sinal, de Jonas lançado vivo na terra depois de ter estado "três dias e três noites no ventre da baleia"? (Mt 12:39-40). Cristo ressuscitado dentre os mortos!


No que diz respeito aos gregos (não os bárbaros, gente sem educação, tão pouco os citas, ou seja, os incultos, mas sim gente muito inteligente que se orgulhava da sua sabedoria), temos um exemplo do seu caráter e da sua reação ao evangelho de Cristo em Atos 17:18-32, passagem da qual citamos aqui apenas uma parte: "E alguns dos filósofos epicureus e estóicos contendiam com ele (Paulo); e uns diziam: Que quer dizer este paroleiro? E outros: Parece que é pregador de deuses estranhos; porque lhes anunciava a Jesus e a ressurreição".Imediatamente Paulo, tendo-os repreendido pela sua idolatria, lhes disse: "Deus ...anuncia agora a todos os homens, e em todo o lugar, que se arrependam; porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do homem que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-O dentre os mortos. E, como ouviram falar da ressurreição dos mortos, uns escarneciam, e outros diziam: Acerca disso te ouviremos outra vez".

Paulo chamou a atenção aos Coríntios, “Porque a loucura de Deus é mais sábia que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens” (1 Co 1:25); porque, sendo chamados por Deus, entre eles não haviam: “muitos os sábios segundo a carne, nem muitos os poderosos, nem muitos os nobres” (1 Co 1:26) (não digo que não havia nenhum). Porém estes eram uma exceção: a grande maioria daquela igreja numerosa (At 18:9-10) era de condição pouco elevada. Notemos aqui a mudança na sua forma de os designar: Paulo falou dos de alta categoria como de pessoas, mas ao designar os demais, não escreveu: "os loucos”, “os fracos”, “os vis”, “os desprezíveis”, mas usou a forma impessoal: “Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as (coisas) fracas deste mundo para confundir as fortes. E Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e as (coisas) desprezíveis, e as (coisas) que não são, para aniquilar as que são. Para que nenhuma carne se glorie perante Ele" (1 Co 1:27-29). Quantas evidências existem da direção infalível do Espírito Santo nos escritos inspirados por Deus!


"Mas vós sois d'Ele, em Jesus Cristo, o qual para nós foi feito por Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção; para que, como está escrito: Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor" (vs. 30-31).


Nenhuma carne pode se enaltecer na Sua presença, visto que tudo é de Deus: a posição permanente: “em Jesus Cristo”; o que Deus o fez em nosso favor e para sempre: “sabedoria, justificação e redenção”. O grego buscava sabedoria humana; em contraste Deus fez de Cristo a nossa sabedoria divina; e quanto à justificação, à santificação e à redenção, o grego nem sequer tinha pensado nestas virtudes divinas conferidas aos crentes em Cristo Jesus. Se pudesse fazer comparações entre as quatro, estas últimas são mais importantes que a sabedoria, mas ela é mencionada em primeiro lugar para envergonhar a sabedoria humana.


É maravilhosa a posição divina do crente: unido a Cristo Jesus o qual é, por Deus, constituído a Sua sabedoria, justificação, santificação e redenção! Convém então que "Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor". Parece que Paulo se referiu à passagem em Jeremias 9:23-24.

(Continua, se Deus quiser)

 

Pensamento:

"Se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz" (Mt 6:22). Se for assim contigo, haverá luz no teu caminho – não luz que dure dez anos, mas um passo de cada vez, e imediatamente o passo seguinte.

(J.N.Darby)

 

Pensamento:

Ele não Se envergonha de nos chamar "irmãos". Envergonharíamos nós de O confessar como nosso Senhor e Mestre abertamente diante de todo o mundo? "Até quanto estareis vós entre dois pensamentos?" Confessai-O quanto antes e decididamente. Esforçai-vos e confiai em Deus para as consequências. Eu sei por experiência que uma confissão franca e corajosa de pertencer a Cristo é mais da metade da luta terminada… Eu afirmo, …que se um homem, na força do Senhor, disser ao seus companheiros e amigos, "Eu sou de Cristo, e tenho que agir para Ele", não sofrerá o que devem sentir outros que avançam timidamente, com medo e temerosos de confessar a Quem desejam servir.

(J.N.Darby)


 

A QUEM SE PODE BATIZAR


Pergunta:

"Pode-se batizar alguém que professa fé em Cristo, mas que não seja casado com a pessoa com quem vive num lar, sem que seu matrimônio esteja legalizado?


Resposta:

Antes da conversão do pecador, Deus não reconhece nada nele a não ser o pecado. Romanos 3:10-19, 23 estabelece que não há nada de bom no pecador culpado e sujeito ao juízo de Deus.


Leiamos as seguintes Escrituras acerca de batismos do princípio desta dispensação da graça de Deus: Aos judeus, culpados da crucificação de Cristo, o seu Messias, Pedro (inspirado por Deus) disse: "Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo; porque a promessa vos diz respeito a vós, e vossos filhos, e a todos os que estão longe, a tantos quantos Deus nosso Senhor chamar" (At 2:38-39). Que aconteceu? "De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a sua palavra; e naquele dia agregaram-se quase três mil almas" (At 2:41).


Como tinham vivido aquelas três mil pessoas? Vida de pecado! Algumas quebraram a lei de Moisés num ponto, outras tantas noutro. Eram pecadores, que tinham cometido toda a espécie de pecado.


Aos gentios Pedro "mandou que fossem batizados em nome do Senhor" (At 10:48). E, como tinham vivido antes esses gentios, inclusive soldados romanos? Vida de pecado!


E acerca dos samaritanos? "Como cressem em Filipe, que lhes pregava acerca do reino de Deus, e do nome de Jesus Cristo, se batizavam, tanto homens como mulheres" (At 8:12). Como tinham vivido antes aqueles samaritanos? Vida de pecado!


E aos que tinham sido batizados por João Batista (mas não com o batismo Cristão), "Paulo disse: Certamente João batizou com o batismo do arrependimento, dizendo ao povo que cresse no que após ele havia de vir, isto é, em Jesus Cristo. E os que ouviram foram batizados em nome do Senhor Jesus" (At 19:4-5).


Nestas quatro passagens do Livro de Atos, está estabelecido que a confissão de fé no Senhor Jesus Cristo, e o batismo com água, se sucedem uma à outra, sem levar em conta o estado anterior das pessoas, seja em relação ao estado civil (o matrimônio), à profissão e outras relações cotidianas.


E no caso de Simão, o mago, diz que "creu até o próprio Simão; e, sendo batizado, ficou de contínuo com Filipe; e, vendo os sinais e as grandes maravilhas que se faziam, estava atônito" (At 8:13). Simão batizou-se; fez profissão de fé em Jesus Cristo, mas não está escrito que se arrependeu do seus pecados. Manifestou-se como falso (At 8:18-24).


Nem Filipe nem outro varão, foi tido como culpado por ter batizado Simão. Ele mesmo foi o culpado, por ter sido um enganador, por não ter se arrependido, e por ter feito uma falsa confissão de fé.


Agora, no caso mencionado de um Cristão vivendo com outra pessoa sem se casar, apresenta-se a questão: Há quanto tempo têm vivido assim? Se ele tem conhecimento da vontade de Deus, quer dizer, que é preciso que os Cristãos respeitem a ordem civil e que se casem, e não têm querido obedecer, então, trata-se de uma pessoa que não está obedecendo aos "mandamentos do Senhor Jesus" (Jo 15:10). Não convém batizá-la. Porém (e este é um caso triste em certas nações, especialmente nas províncias e nos lugares isolados), existem convertidos que se batizam e procuram imediatamente se casarem conforme a lei civil, mas descobrem que a injustiça e a avareza prevalecem entre as autoridades, juízes e outras, e o preço pedido pelo ato do casamento está tão caro que os pretendentes não podem pagá-lo. Só Deus pode operar nessas situações. Ele pode mover o coração de outros Cristãos a contribuírem para pagar o preço do ato.


Em resumo: o Senhor opera pelo que Ele mesmo traz e não pelo que Ele encontra no pecador destituído da glória de Deus. Mas, uma vez convertido e feito morada do Espírito Santo, o crente tem, não só novos desejos, mas também poder suficiente para poder conduzir a sua vida, seja em relação ao matrimônio, à bebida, ao trabalho (um carrasco não pode continuar com o seu trabalho de cortar as cabeças dos criminosos), etc.

(J.H.Smith)

 

Pergunta:

"Pode-se batizar em qualquer tipo de água, contida no mar, num rio, num lago ou numa tina?"


Resposta:

Não é o tipo de água que tem importância, nem o local onde se encontra, mas sim o significado espiritual de ser submergido nela para a pessoa batizada.

Romanos 6:4 diz: "De sorte que fomos sepultados com Ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo ressuscitou dos mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida".


Quanto à quantidade de água necessária, a própria palavra "batismo" (escrita latina, não grega), quer dizer: "mergulho", "afundar", "submergir". Por isso é que lemos as seguintes passagens do Novo Testamento:

  • "E, sendo Jesus batizado, saiu logo da água" (Mt 3:16).

  • "Ora João batizava também em Enom, junto à Salim, porque havia ali muitas águas" (Jo 3:23).

  • "Desceram ambos à água, tanto Filipe como o eunuco, e o batizou. E, quando saíram da água" (At 8:38-39).

Assim fica claro nas Escrituras que o batismo, corretamente administrado, é por imersão.

(J.H.Smith)

 

Pensamento:

"O amor para com Cristo é o verdadeiro motivo para a santidade".

(E.Dennet)


 

A INSTITUIÇÃO DO MATRIMÔNIO

(continuação do número anterior)


Outros Problemas

A medida que crescem, as crianças criam muitos problemas aos seus pais Cristãos que procuram criá-los na "doutrina e admoestação do Senhor" (Ef 6:4). A educação pública obrigatória cria alguns destes, e intensifica outros, porque as escolas e os professores não são nada mais do que uma parte do mundo que está amadurecendo rapidamente para o juízo. Todo o sistema de educação escolar está acomodado ao mundo que "está no maligno" (1 Jo 5:19).


É evidente que os pais não podem sair do mundo com os seus filhos, por isso é que terão que enfrentar as condições tal como estão; porém Deus pode ajudá-los e ensiná-los como enfrentar as exigências do caminho. Uma coisa que ajudará os pais nestes problemas é ter uma compreensão clara das influências básicas que operam nas escolas; então, com a ajuda do Senhor, poderão fortalecer os seus queridos filhos contra as investidas do inimigo.


A incredulidade e a falta de confiança em Deus estão muito na moda. Desde as escolas primárias até às universidades (onde a tendência é mais forte), inocula-se nos filhos o veneno da infidelidade e ainda por cima de forma descarada. Para enfrentar esse perigo, o primeiro passo da parte dos pais é dedicarem-se à oração a Deus, a fim de que seus filhos não sejam mal influenciados. A seguir, os filhos deverão aprender a respeitar a Palavra de Deus, como aquilo que na verdade é, a Palavra de Deus; e embora devam respeitar os seus mestres, deverão ao mesmo tempo aprender que tudo o que é contrário à Palavra de Deus é mau. Há um versículo em Isaías 8:20 que eles devem aprender: "A lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, é porque não há luz neles".


Os professores poderão falar com exatidão sobre problemas de aritmética, ou sobre muitas outras matérias; porém se falam contrariamente à Palavra de Deus, os tais, não têm sequer um pouco de luz. Aqueles que negam a Deus, ou põem em dúvida que a Bíblia seja a Palavra de Deus, ou ensinam qualquer coisa contrária à Sua revelação da criação, estão em trevas. Não existe tal ser como um homem pré-histórico, porque Adão foi o primeiro homem, e temos escrita a sua história. Tampouco, é o achado de "evidências", do que eles chamam um "homem primitivo", uma prova de que o homem foi evoluindo para a perfeição, mas sim uma prova de que o homem caiu da condição na qual foi colocado inicialmente por Deus. O "homem das cavernas" não é prova da evolução, mas sim, do retrocesso – não é o homem desenvolvendo-se em direção a um nível mais alto, mas sim o homem caído e debaixo do poder do inimigo, em afastamento de Deus.


Uma criança arraigada e fundamentada na Verdade de Deus, como se revela nas Sagradas Escrituras, não será facilmente movida pela incredulidade ensinada na escola. Porém, os pais têm a grande responsabilidade de fortificar os seus filhos contra as mentiras do inimigo.


Outro grave perigo, que cerca os filhos de Cristãos é a imoralidade: está na moda, até um grau alarmante, nas escolas e nas universidades. As assim chamadas "nações Cristãs", estão caindo rapidamente pelo mesmo caminho seguido pelos homens do antigo império romano, onde a virtude praticamente não existia. O nível da moral do mundo tem baixado muito nas últimas décadas deste século. Um servo do Senhor disse que: "o mundo é governado por duas coisas – as suas concupiscências, e o que parece melhor às massas". À medida que a opinião pública se declina moralmente, e as coisas, anteriormente evitadas com nojo e repulsa, são aceitas naturalmente, só resta ao homem as suas depravadas concupiscências para o guiarem.

Bem podemos tremer, ao ver as crianças puras e simples arrastadas para contatos tão maus nas escolas, mas, também aqui; o ensino que recebem no lar e na assembléia Cristã deverá fortalecê-las contra a conduta imoral e indecente. Não resultará bem nenhum em ignorar os fatos; é melhor enfrentá-los. É preciso ensinar aos filhos dos Cristãos que os seus corpos são para o Senhor, para o que é decoroso. Com a sua curiosidade natural, são propensos a aprender com os seus colegas coisas que são impuras; por isso, é muito importante que os pais preparem as suas preciosas crianças para resistirem às influências maléficas.

Satanás, o deus deste século, tem preparado esta era moderna para voltar à pratica dos atos degradantes de Sodoma e Gomorra. Às crianças não se ensina a modéstia, mas antes uma tendência total na maneira de se vestir, e no comportamento na direção do relaxamento, e do afundamento do decoro. Não é que nós advoguemos a hipocrisia, mas os pais Cristãos devem, preocupar-se em, instruir os seus filhos em como devem se conduzir no que diz respeito à modéstia e à discrição; pois, o mundo jamais pode estabelecer as normas para os filhos de Deus.

O terceiro grande perigo, do sistema atual de educação, é a tática de ensinar os nossos filhos a fazerem-se grandes neste mundo. Isto está, em todos os aspectos, oposto à vocação celestial e ao caráter do Cristão. No mundo ensina-se às crianças a exaltarem-se, e a subir social e economicamente, em cada campo de atividade, porém a nossa meta deve ser procurar passar por este mundo sem nos contaminarmos, "olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qualassentou-se à destra do trono de Deus" (Hb 12:2). É necessário adquirir certos conhecimentos neste mundo, e algumas ocupações precisam de preparação especial, mas para o Cristão, a sua educação em qualquer medida que seja necessária, deve ser subordinada ao propósito de glorificar a Deus, enquanto ele transita por este mundo ímpio. Porém, isto não deve ser usado como um trampolim, para se elevar neste mundo em que o nosso Senhor foi rejeitado.

É pouco menos que uma traição contra o Senhor, o procurar fazermo-nos grandes na casa dos Seus inimigos. É bom recordar que, quanto mais nos elevamos neste mundo, mais nos aproximamos do deus e príncipe dele, o diabo. É muito mais fácil andar com Deus de uma maneira modesta, quieta e sem pretensões, que ocupar um lugar de importância neste mundo. Pudessem os Cristãos andar como Cristo andou!

 

Pensamento:

"Os que estão mais perto de Cristo, como consequência, serão trazidos, necessariamente, mais perto uns dos outros".

(E.Dennet)

 

Pensamento:

Cada filho de Deus é um dom do Pai ao Filho (Jo 17).


 

SOBRE O EVANGELHO DE MATEUS

(continuação do número anterior)


"E, vendo a multidão, teve grande compaixão deles, porque andavam desgarrados e errantes, como ovelhas que não têm pastor. Então disse aos Seus discípulos: A seara é realmente grande, mas poucos os ceifeiros. Rogai pois ao Senhor da seara que mande ceifeiros para a Sua seara" (Mt 9:36-38).


Não existe animal mais indefeso do que a ovelha, pois necessita de muito cuidado: sem pastor será uma presa das feras, ou morrerá por falta de alimentos e água. O Senhor, cheio de compaixão, olhando a multidão, viu-a como ovelhas que não têm pastor, e, ao mesmo tempo, qual a extensa seara para a Sua colheita; por isso, disse aos Seus discípulos que rogassem ao Senhor da seara que enviasse ceifeiros para a sua seara.


"E" – assim começa o capítulo 10. Está ligado com o fim do capítulo 9, pois lemos seguidamente que Jesus "deu-lhes poder sobre os espíritos imundos, para os expulsarem, e para curarem toda a enfermidade e todo o mal" (v.1). Eles oraram; logo o Senhor os enviou para a seara. Assim acontece de vez em quando; aquele que ora pelas almas perdidas dá-se conta, com o tempo, que é chamado pelo Senhor para lhes anunciar o evangelho da graça perdoadora de Deus.


Porém, a comissão dada aos discípulos àquela altura tinha a finalidade, primeiramente, de livrar as pessoas dos demônios e de curar as suas enfermidades físicas, testemunho irrefutável de que o Senhor tinha visitado o Seu povo doente dos resultados do pecado (Sl 103:3 e Is 61:1).


"Ora os nomes dos doze apóstolos são estes: O primeiro, Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão; Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Lebeu, apelidado Tadeu; Simão Cananita, e Judas Iscariotes, aquele que O traiu" (vs.2-4).


Só Mateus (nem Marcos, nem Lucas) designou Pedro "o primeiro". O Senhor levou a cabo uma certa obra, fazendo uso de doze instrumentos, os doze apóstolos. Levou a cabo outra, usando somente Pedro. Deu-lhe, a Pedro, "as chaves do reino dos céus" (não as chaves da igreja que Cristo comprou com o Seu sangue precioso). Pedro usou essas chaves, uma no dia de Pentecostes, quando abriu a porta aos judeus culpados da morte do seu Messias, e eles se batizaram, saindo da nação maligna e entrando na nova esfera da profissão de Cristo como seu Senhor, no reino dos céus que está aqui na Terra; o Cristianismo. Mais tarde, inspirado pelo Senhor, Pedro abriu a porta aos gentios na casa de Cornélio, o centurião romano, e "mandou que fossem batizados em nome do Senhor" (At 10:48). Pedro tinha cumprido a sua missão: não usou mais as chaves, pois não havia mais portas de entrada para a profissão Cristã. Além disso, quando o Senhor comissionou Paulo (o qual não era dos doze enviados aos judeus inicialmente) como apóstolo e ministro da igreja (1 Co 1:1; Cl 1:25); Pedro, na história escrita dos Atos, desapareceu. O versículo chave é Atos 12:17: "E, saindo, partiu para outro lugar".

Não se faz mais menção de Pedro, nem sequer uma só palavra. E em Atos 13 lemos de "Saulo" (Paulo) enviado aos gentios com o evangelho. Compare-se também Gálatas 2:7-8 para ver as diferentes comissões de Pedro e Paulo. Pedro não foi enviado a nós, os gentios por natureza, mas sim, aos judeus. Por que dizem então alguns, que Pedro foi o primeiro papa da Igreja? É uma falsidade. A Igreja verdadeira de Deus não tem nenhum papa: Cristo, o Senhor, “é a Cabeça do corpo da Igreja” (Cl 1:18) exaltado à destra de Deus, o único dirigente da Sua Igreja, “que é o Seu Corpo” (Ef 1:22-23).


Na lista dos doze apóstolos escolhidos pelo Senhor, o único cujo ofício é mencionado é "Mateus o publicano". O próprio Mateus escreveu este evangelho sob a inspiração do Espírito Santo, o qual lhe deu liberdade de dar expressão ao sentimento humilde que ele guardava no seu coração: Cristo tinha escolhido um publicano, um homem desprezado, para apóstolo. “Judas Iscariotes, aquele que O traiu”, é mencionado em último lugar. Jesus o escolheu com conhecimento, mesmo sendo o "diabo" (Jo 6:70), para que se cumprisse a Escritura que profetizou acerca d'Ele: "Até o Meu próprio amigo íntimo, em quem Eu tanto confiava, que comia do Meu pão, levantou contra Mim o seu calcanhar" (Sl 41:9). Sabemos que este versículo falou de Judas, porque o próprio Jesus se referiu a ele: "O que come o pão Comigo, levantou contra Mim o seu calcanhar" (Jo 13:18).


"Jesus enviou estes doze, e lhes ordenou, dizendo: Não ireis pelo caminho das gentes, nem entrareis em cidade de samaritanos; mas ide antes às ovelhas perdidas da casa d'Israel; e, indo, pregai, dizendo: É chegado o reino dos céus. Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios: de graça recebestes, de graça dai" (vs.5-8).


Que condição tão lastimosa e triste a do povo do Senhor! Ovelhas perdidas, gente enferma, leprosa, morta e endemoninhada. A eles mandou o Senhor os Seus apóstolos, outorgando-lhes, como o Deus de Israel, poder de os curar, até de ressuscitar os mortos, a fim de os convencer que o seu Rei tinha chegado: "É chegado o reino dos céus".


"Não possuais ouro, nem prata, nem cobre, em vossos cintos; nem alforjes para o caminho, nem duas túnicas, nem alparcas, nem bordão; porque digno é o operário do seu alimento. E, em qualquer cidade ou aldeia em que entrardes, procurai saber quem nela seja digno, e hospedai-vos aí até que vos retireis. E, quando entrardes nalguma casa, saudai-a; e, se a casa for digna, desça sobre ela a vossa paz; mas, se não for digna, torne para vós a vossa paz" (vs.9-13).


Os apóstolos deviam depender inteiramente do seu Senhor, O qual operaria nos corações das pessoas, para que as suas necessidades fossem supridas.


"E, se ninguém vos receber, nem escutar as vossas palavras, saindo daquela casa ou cidade, sacudi o pó dos vossos pés. Em verdade vos digo que, no dia do juízo, haverá menos rigor para o país de Sodoma e Gomorra do que para aquela cidade" (vs.14-15).


Estando o próprio Jeová, na pessoa de Jesus ("o Senhor e Salvador"), no meio do Seu povo, a rejeição do Seu testemunho seria um pecado mais grave do que o de Sodoma e o de Gomorra. Notemos também que, embora os homens de Sodoma e de Gomorra tivessem sido mortos com "enxofre e fogo" (Gn 19:24-25), serão, mesmo assim, ressuscitados para o juízo vindouro. A morte física não acaba com o espírito.


"Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos; portanto sede prudentes como as serpentes e símplices como as pombas. Acautelai-vos, porém, dos homens; porque eles vos entregarão aos sinédrios, e vos açoitarão nas suas sinagogas; E sereis até conduzidos à presença dos governadores e dos reis por causa de Mim, para lhes servir de testemunho a eles e aos gentios. Mas, quando vos entregarem, não vos dê cuidado como, ou o que haveis de falar, porque naquela mesma hora vos será ministrado o que haveis de dizer. Porque não sois vós quem falará, mas o Espírito de vosso Pai é Que fala em vós" (vs.16-20).


Que caloroso acolhimento dado aos embaixadores do Senhor: “ovelhas ao meio de lobos”, entregues e açoitados pelo seu próprio povo judeu! O teor de todas as instruções do Senhor Jesus dadas aos apóstolos, indicou, desde o princípio, que Ele sabia que seria terminantemente rejeitado pelos judeus.


 

ESPERA!


Às vezes, a água vertida de uma torneira para um recipiente, está turva. Como é que se clarifica? Deixando o recipiente em repouso, o sedimento deposita-se lentamente no fundo, tornando-se a água transparente, ao ponto que se podem ver objetos através dela. Tal será o resultado de um tempo de espera.


É a mesma lei que rege no reino espiritual, o grande precipitante divino é a espera. Se encararmos alguma situação cheia de incerteza e procuramos penetrar nela será como um recipiente cheio de água turva; não conseguimos discernir nada. A única coisa a fazer é esperar. Pouco a pouco, o sedimento vai para o fundo. A situação clarifica-se. As coisas mudam de proporções: há ajustes. As coisas insignificantes assumem as suas proporções também insignificantes. A espera providencia a solução. O elemento "tempo" é o fator essencial.


A imensa maioria dos nossos erros e equívocos, são devido à falta de espera. O apuro é frequentemente uma armadilha de Satanás. "Aquele que crer não se apresse" (Is 28:16). "Descansa no Senhor, e espera n'Ele" (Sl 37:7).


 

CONTRASTES ENTRE ISRAEL E A IGREJA

(continuação do número anterior)


Alimentação para Israel

Em Levítico 11, estão escritas as leis detalhadas acerca do que os filhos de Israel podiam comer, ou não comer (vs.1-31). Todos sabem que o judeu ortodoxo não come carne de porco, pois para ele, segundo a lei de Moisés, é um animal imundo. Porém, havia muitos outros animais, peixes, répteis e aves, assinalados como imundos.


Nesta instrução literal e específica dada aos israelitas, há instrução para o Cristão. Os animais limpos e comestíveis, tais como o gado, as ovelhas, as cabras, etc., tinham as patas fendidas e ruminavam. Para o crente, a pata fendida fala dum andar separado do mundo sob a influência do maligno (2 Co 6:14-18); e o ruminar fala da meditação sobre a Palavra de Deus depois de a ler, tal como a ovelha que engole a sua comida e logo a faz voltar a boca e a mastiga lentamente.

Há bastante instrução espiritual para o Cristão naquilo que foi proibido comer aos israelitas. Por exemplo: o "mocho" (Lv 1:16), é uma ave noturna. O Cristão é "do dia". O porco tem a pata fendida mas não rumina. O crente que não medita diariamente na Palavra de Deus está em grande perigo de cair no mundanismo.

Alimentação para a Igreja

A instrução dada ao Cristão é totalmente diferente daquela que foi dada aos israelitas; é também muito simples e, ao mesmo tempo, compreensiva:

"Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrina de demônios; pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência; proibindo o casamento, e ordenando a abstinência dos manjares que Deus criou para os fiéis, e para os que conhecem a verdade, a fim de usarem deles com ações de graças, porque toda criatura de Deus é boa, e não há nada que rejeitar, sendo recebido com ações de graças. Porque pela palavra de Deus e pela oração é santificada. Propondo estas coisas aos irmãos, serás bom ministro de Jesus Cristo, criado com as palavras da fé e da boa doutrina que tens seguido" (1 Tm 4:1-6).


Esta passagem é muito importante. Era preciso que Timóteo, como bom servo de Jesus Cristo, o propusesse aos irmãos em Cristo. Dá-nos a entender que, a proibição do casamento e a abstinência dos manjares que Deus criou, são doutrinas de demônios procedentes de espíritos enganadores. Há várias seitas apóstatas, chamadas Cristãs, que ensinam e praticam tais doutrinas. A palavra de Deus não produz nenhum resultado na sua consciência, porque está cauterizada, e eles, com hipocrisia, dizem mentiras. É um estado terrível quando seres humanos já não são sensíveis à verdade!


Todo o alimento que Deus criou é bom; o alimento é santificado pela Palavra de Deus, e pela oração. Esta autorização outorgada a nós pelo Senhor, é conforme à autorização original outorgada a Noé e aos seus filhos, quando saíram da arca: "Tudo quanto se move, que é vivente, será para vosso mantimento; tudo vos tenho dado como a erva verde" (Gn 9:3). Havia uma única proibição: "A carne, porém, com sua vida, isto é, com seu sangue, não comereis" (v.4). O homem, pelo seu pecado, tinha perdido o direito à vida. Esta proibição, dada no início da época pós-diluviana, continuou em vigor. Foi repetida aos filhos de Israel (Lv 17:10-14). Foi reiterada para os Cristãos pelos apóstolos de nosso Senhor Jesus Cristo (At 15:20,29).

Negar ao Cristão o direito de se casar ou de comer carne é apostasia da verdadeira fé.

 

Pensamento:

"O amor, quando é genuíno, é o verdadeiro meio da santidade."

 

Pensamento:

O amor capacita o homem a poder suportar toda a prova. Se alguém lhe cuspir na cara, não tem importância, pois o amor permanece; porque seu poder não depende das circunstâncias, mas sim supera todas as circunstâncias.

 

MILAGRES DO CORPO HUMANO

AS CÉLULAS


O corpo é constituído, essencialmente, por milhões e milhões de células – sendo a maioria delas, capazes de se reproduzirem. Células se multiplicam por divisão; quando o corpo cresce, as células não tornam-se maiores, mas se multiplicam em números.


As células humanas são semelhantes, na sua constituição, a todas as células, possuindo três partes principais: a membrana externa, o citoplasma e o núcleo.


O núcleo da célula humana contém 46 cromossomos, à exceção do óvulo e do espermatozóide, os quais têm 23 cada um. Até o olho potente e esquadrinhador do microscópio eletrônico não consegue ver o interior dos incrivelmente pequenos cromossomos. Porém, a evidência indireta indica que – por tão pequenos que sejam, cada um contêm 30.000 genes, as sementes da hereditariedade.


Estas são tão pequenas que 9 milhões delas não ocupam mais que um centímetro quadrado. Estes "ladrilhos" (células), com os quais se faz toda a matéria viva, podem levar a cabo transformações químicas que desconcertariam os mais hábeis químicos, produzindo vitaminas, hormônios a proteínas infinitamente complexos. Levam a cabo façanhas assombrosas da "engenharia biológica" – sendo o exemplo mais saliente a formação do óvulo e do espermatozóide.


Há cinco tipos gerais de células no corpo humano, cuja origem vêm das duas primeiras células especializadas: o óvulo e o espermatozóide. São estes:

1 – as células nervosas;

2 – as células epiteliais;

3 – os tecidos conjuntivos;

4 – as células musculares;

5 – as células do sangue.


Em geral, as células do corpo têm duas atividades principais: o seu próprio sustento e reprodução, e as suas responsabilidades comuns. A primeira inclui atividades, tais como, alimentar-se e expulsar detritos, e a segunda inclui as responsabilidades de cada célula para com as demais. Há pequenas células no pâncreas, por exemplo, que produzem quantidades minuciosas de insulina, as quais controlam o uso do açúcar por todas as outras células. Outro exemplo: as células adiposas armazenam pequenas gotas de líquido gordo como reserva de energia para o corpo.


Os investigadores científicos "têm encontrado uma série de problemas que até ao momento são desconcertantes". Eis aqui um dos mais misteriosos: "Visto que as células demonstram, em geral, uma diferenciação notável - células pulmonares sempre se dividem em células pulmonares, glóbulos brancos sempre se dividem em glóbulos brancos, células de rim sempre se dividem em células de rim, etc., porque não se dividem simplesmente o óvulo original fertilizado, em vez de dar origem a intrincadas séries de divisões e diferenciações assombrosas, para produzir um ratinho, uma baleia, ou um homem? Os investigadores das células não encontraram nenhuma resposta satisfatória."


A teoria da evolução não tem nenhuma "resposta satisfatória" para este milagre; tampouco a tem a ciência moderna e a filosofia. Porém há uma resposta: Deus o criou assim.

(Traduzido e impresso com permissão, de:

“WHY WE BELIEVE IN CREATION, NOT IN EVOLUTION”

“Porque cremos na criação, e não na evolução”,

por John Fred Meldau, páginas 219-220).


 

O TIGRE DOMADO


Rao era um jovem que pertencia a uma tribo maometana que vivia na Montanha Negra, no noroeste da Índia. Certo dia, descendo as planícies, achou um exemplar do Evangelho de Lucas. Parou, encantado com o seu conteúdo, e perguntou a um amigo se sabia onde é que ele poderia obter outros livros desses. Foi dirigido até uma missão Cristã, e obteve os outros três evangelhos.


Não chegou a ler os pequenos livros duas vezes sem antes chegar à convicção não só da beleza, mas também da verdade do que lia. A pureza, a verdade, o amor, a sabedoria e a bondade do Profeta de Nazaré convenceram-no de que Jesus era mais do que um profeta, o próprio Filho de Deus. Rao creu e aceitou-O com gozo no seu coração como seu Salvador e Senhor.


De regresso ao seu lar na Montanha Negra, deu testemunho da sua fé ao seu povo, e mostrou-lhes os seus livros. Porém o seu pai era um guerreiro forte que odiava muito o cristianismo. Ficou tão furioso contra o seu filho que o quis matar. Porém, a sua mãe suplicou-lhe que poupasse a vida do seu filho, e o seu pai disse: "Dar-lhe-ei três meses para abandonar essa insensatez maldita, se não, matá-lo-ei como um cão".


Rao ficou imediatamente doente, e parecia que ia morrer. "Olha – exclamou o seu pai exultante – não terei que o matar". No entanto, Rao melhorou, e o seu pai mais furioso que nunca, disse: "Terei que o matar".


Porém, Rao tinha um primo irmão que veio ter com ele e lhe disse: "Não acredito no teu cristianismo, mas tampouco te quero ver morto. Ajudar-te-ei a escapar para as planícies assim que tenhas forças para ir". Rao chegou até a estrada de ferro, e, por fim, chegou a uma missão Cristã. Ali se batizou, e arranjou um emprego no hospital da missão.


Um dia, encontrou seu pai no mercado! Fugiu aterrorizado para o abrigo, na missão. Os missionários foram ao encontro do seu pai, e convidaram-no a ir à sua casa. O tratamento bondoso e respeitoso que recebeu, domou o espírito do "tigre selvagem". Falou durante longas horas com o médico, dia após dia, até que lhe disse que teria que voltar a casa.

  • "Mas, e o seu filho?"

  • "Não é meu filho," replicou ele, "vim cá com o propósito de o matar. Porém, já não o posso fazer. Os Cristãos são pessoas melhores do que eu tinha pensado. Tome-o e eduque-o como melhor lhe pareça". Pegou na mão de Rao, e colocou-a na do médico.

  • "Prometer-me-á fazer uma única coisa?" perguntou-lhe o médico. "Queria que lesse este livro". Era um Novo Testamento escrito no seu próprio idioma.

  • "É tudo? Certamente, lê-lo-ei se você assim o deseja". Voltou para o seu lar na montanha. Passaram-se meses. Então um dia, o "tigre" voltou à casa do médico, e disse: "Venho com pressa; não posso passar tempo aqui. Temos lido esse livro belo que me presenteou. Visto que se chama Novo Testamento, pensamos que talvez haja um Velho também. Se for assim, queríamos lê-lo também".

Foi-lhe dado um exemplar do Velho Testamento, e ele voltou em seguida para casa. Outra vez, passados alguns meses, ele voltou, e contou o seguinte:

  • "Descobrimos que o Velho Testamento fala dos nossos próprios profetas, de Abraão, Moisés, Davi, Daniel, e de outros. Eles falaram de outro que havia de vir no Novo Testamento. Jesus de Nazaré disse que eles falaram d'Ele. O Seu ensino é muito belo assim como verdadeiro. É tão puro e tão bom que conquistou o meu coração. Vim para ser batizado".

E assim foi. O coração do velho "tigre" já estava completamente domado, e as suas mãos antes manchadas de sangue, estavam agora erguidas em louvor e adoração a Deus pela Sua maravilhosa misericórdia e graça salvadora.


"Une-te pois a Ele, e tem paz, e assim te sobrevirá o bem" (Jó 22:21).


"Olhai para Mim, e sereis salvos, vós, todos os termos da Terra; porque Eu sou Deus, e não há outro" (Is 45:22).


 

O SEPULCRO SELADO


"Porque nada podemos contra a verdade, senão pela verdade" (2 Co 13:8).


"reuniram-se os príncipes dos sacerdotes e os fariseus em casa de Pilatos. Dizendo: senhor, lembramo-nos de que aquele enganador, vivendo ainda, disse: Depois de três dias ressuscitarei. Manda pois que o sepulcro seja guardado com segurança até ao terceiro dia, não se dê o caso que os Seus discípulos vão de noite, e O furtem, e digam ao povo: Ressuscitou dos mortos; e assim o último erro será pior do que o primeiro. E disse-lhes Pilatos: Tendes a guarda (Tendes uma guarda – AIB); ide, guardai-O como entenderdes. E, indo eles, seguraram o sepulcro com a guarda, selando a pedra" (Mt 27:62-66).


Os judeus pediram a guarda de Pilatos; não puseram eles mesmos a guarda do templo. Pilatos, querendo manter a paz, cedeu, e deu-lhes uma guarda romana de pelo menos quatro soldados. Além disso, mandou segurar o sepulcro. Isso foi consumado da seguinte forma: através da pedra foi esticada uma soga ou corda forte, e amarrada à rocha sólida de cada lado com barro selador, ou com cera, e sobre cada ponta, assim segurada, foi impresso o selo do império romano. Era um crime grave violar esse selo oficial.


Esses soldados romanos não adormeceram, pois isso acarretava-lhes pena de morte. Por isso, quando o "anjo do Senhor, descendo do céu, chegou, removendo a pedraOs guardas" (Mt 28:2-4) tornaram-se testemunhas oculares do sepulcro vazio, da ressurreição do Senhor Jesus. "Nada podemos contra a verdade, senão pela verdade".

(J.H.Smith)

 

Pensamento:

Há prazeres na senda da fé apenas conhecidos por aqueles que nela andam.


 

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