(Revista bimestral editada entre 1980 e 1997)
ÍNDICE
MAIS DO QUE APENAS PALAVRAS
"…a luz, …[alumia a todos os que estão na casa – TB]. Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus" (Mt 5:15-16).
Um dia um ateu passou uns dias na casa de um homem cristão, que respeitava e amava Deus. O incrédulo ficou tão tocado com a vida e o caráter do cristão, que lhe disse:
– Se eu ficasse aqui mais tempo fazia-me cristão, apesar das minhas idéias atuais…
E, o caso é que, esse cristão não tinha usado de nenhum argumento, nem palavra. Empregou apenas o argumento calmo e convincente da sua vida santa – uma conduta e uma conversação que se conformavam com as suas convicções pessoais.
Um outro cristão fiel, disse um dia:
– Quando era jovem procurei fazer-me cético, mas a vida de minha mãe tornou-se para mim um exemplo forte demais.
Um certo pregador africano dizia:
– Um bom exemplo é a pregação mais eloquente que há.
E tinha razão.
A BÍBLIA É O LIVRO DOS LIVROS
Nestes dias de tanta infidelidade aos fundamentos do evangelho, de crítica destrutiva, e de modernismo, fala-se muito dos escritos sagrados do Oriente, tais como a "Rig-Veda", os hinos "Vedic", a "Zend-Avesta", etc. São adquiridos para figurarem nas estantes de Liceus e Universidades.
Um Professor, chamado Max Muller, editou muitos desses livros em traduções que ele dizia serem fiéis, ainda que liberais; e, quando essas traduções foram publicadas, descobriu-se que omitia muitas passagens dos originais. Imediatamente foi acusado de desonestidade. Mas a sua defesa foi que se tivesse publicado esses trechos que tinha deixado de lado ao traduzir os originais, teria sido perseguido e condenado pela sociedade civilizada por ter publicado a mais vil e obscena das literaturas existentes.
Vejam bem! E querem fazer-nos crer que esses livros são quase tão importantes como a própria Bíblia, a ponto de se tornarem texto de estudo em instituições educativas! E a verdade é que os povos que vivem sob a influência dessas filosofias bem evidenciam o caráter depravado desses chamados "livros santos".
Um só Livro, em todo o mundo, traz o selo inconfundível da divindade e da santidade. Esse é a nossa preciosa Bíblia, a bendita revelação da mente de Deus.
SOBRE O LIVRO DOS ATOS DOS APÓSTOLOS
(continuação do número anterior)
"E, como se determinou que havíamos de navegar para a Itália, entregaram Paulo, e alguns outros presos, a um centurião, por nome Júlio, da corte augusta. E, embarcando nós em um navio adramitino, partimos navegando pelos lugares da costa da Ásia, estando conosco Aristarco, macedônio, de Tessalônica" (vs.1-2). Paulo tinha apelado para César e a sua viagem tinha esse objetivo. Lucas (o historiador), "o médico amado" (Cl 4:14) estava com ele (visto que escreve: "embarcando nós") e também "Aristarco, macedônio de Tessalônica". Nem um, nem outro eram obrigados a acompanhar Paulo, pois não eram presos. Foi o amor que tinham a seu querido irmão na fé, Paulo, que os levou a identificarem-se com aquele fiel servo de Deus, nas suas cadeias, aceitando qualquer circunstância que fosse que se apresentasse.
Hoje em dia, “Paulo”, simbolicamente, ainda está sendo levado cativo pelos homens: quer dizer, que a "doutrina" que o Senhor, a Cabeça da Igreja, deu a Paulo como "revelação" (Ef 3:3), está sendo recusada pelo próprio cristianismo. A hierarquia religiosa não quer reconhecer Cristo como "a Cabeça"; eles querem "ter entre eles o primado" (3 Jo 1:9). Nem mesmo querem submeter-se à conduta do Espírito Santo, o Qual não tem voz nos seus concílios nem nas suas diretivas. Da "vocação celestial" (Hb 3:1) nada querem saber: "só pensam nas coisas terrenas" (Fp 3:19). São tão poucos os que estão decididos a acompanhar Paulo, o prisioneiro!
"E chegamos no dia seguinte a Sidon, e Júlio, tratando Paulo humanamente, lhe permitiu ir ver os amigos, para que cuidassem dele" (v.3). Imagine-se um preso que ia ser levado a César, o grande imperador, tendo liberdade para tomar conforto espiritual com os seus "irmãos em Cristo", no porto de Sidon! O Senhor tinha inclinado o coração do centurião Júlio, de uma forma maravilhosa, pois se um soldado romano, encarregado da guarda de um prisioneiro, deixasse que este escapasse, pagava essa negligência com a sua própria vida (At 16:27).
"E, partindo dali, fomos navegando abaixo de Chipre, porque os ventos eram contrários" (v.4). O capitão do navio, tinha proposto a si mesmo, "navegando pelos lugares da costa da Ásia" (v.2), quer dizer, navegar costeando e tocando talvez vários portos; mas os ventos contrários obrigaram-no a mudar de rumo e a escapar da força dos ventos, "abaixo (pelo sul) de Chipre", uma grande ilha no meio do Mediterrâneo. Por vezes na nossa viagem da vida, temos que abandonar certos propósitos por causa da violência dos ventos.
"E, tendo atravessado o mar, ao longo da Cilícia e Panfília, chegamos a Mirra, na Licia. E, achando ali o centurião um navio de Alexandria, que navegava para a Itália, nos fez embarcar nele. E, como por muitos dias navegássemos vagarosamente, havendo chegado apenas defronte de Cnido, não nos permitindo o vento ir mais adiante, navegamos abaixo de Creta, junto de Salmone. E, costeando-a dificilmente, chegamos a um lugar chamado Bons Portos, perto do qual estava a cidade de Laséia" (vs.5-8). Apesar de todas as dificuldades, e dos ventos contrários, a nave pôde chegar a Bons Portos. Nos primeiros tempos dos apóstolos, apesar da oposição de Satanás, e de "homens disolutos e maus" (2 Ts 3:2), a "embarcação evangélica" seguia a sua rota.
Agora, para comentar a viagem desde Bons Portos, até à “ilha de Melita {Malta}” (At 28:1), vamos aproveitar a maior parte do livreto chamado "A Viagem de Paulo desde os Bons Portos a Malta (e as suas Lições)" (Nota do Revisor: Livreto escrito pelo irmão Gordon H. Hayhoe), sobre o significado espiritual desta travessia, pois o seu autor expressa a verdade doutrinal de boa maneira.
“A primeira parte da viagem desde Cesaréia a Bons Portos, (vs.1-7), é descrita em poucas palavras, mas a segunda etapa, desde Bons Portos até à chegada a Melita, (At 27:9-44) é escrita com tantos detalhes que nos dá uma profunda instrução. Podemos considerar o navio como uma figura do testemunho exterior da igreja, para as pessoas a bordo como os verdadeiros filhos de Deus e Paulo como o representante da verdade chamada a "doutrina de Paulo" acerca da Igreja (2 Tm 3:10), e incluindo todos os que são cristãos genuínos. Quando falamos ‘cristãos genuínos’ queremos dizer a respeito da linha da verdade a qual é distinta e peculiar a esse período da Igreja, e que nos conecta com o céu e com Cristo, a Cabeça da Igreja.
Os que estavam a bordo do navio decidiram que iniciariam a viagem a partir de Bons Portos – todavia, não de acordo com o conselho de Paulo, mas de outros. Bons Portos talvez nos fale do início – da feliz unidade vista nos ‘bons’ dias da história da igreja. Tudo estava bem enquanto eles andaram na verdade e “no temor de Deus” (At 9:31), mas tal posição nunca é agradável para a carne e pode ser mantida somente enquanto andamos com Deus. “O tempo” é sempre uma grande prova e assim, lemos: “E, passado muito tempo, e sendo já perigosa a navegação, pois, também o jejum já tinha passado, Paulo os admoestava” (At 27:9). É sempre comparativamente fácil iniciar na senda da fé, mas a carne nunca pode continuar nela. "Navegar" conforme a sabedoria humana é sempre "perigoso", e nós precisamos da Palavra de Deus para nos guiar. Devemos ter nossa consciência guiada pelas Escrituras em todo o tempo, pois, somente nesse caminho podemos reivindicar Suas promessas. "Então andarás com confiança no teu caminho, e não tropeçará o teu pé" (Pv 3:23).
Há algo muito triste nas palavras "o jejum já tinha passado". Essa devoção do início, o 'jejum e oração' que caracterizava a igreja no começo (At 13:3) tinha passado e lembrando o comentário de alguém que diz: "Não há substituto para a comunhão”.
Quando não há quieta comunhão com Deus e a espera na Sua presença, podemos ter certeza que haverá problemas adiante. Que essas práticas possam exercitar o coração de cada um de nós e que possamos buscar andar em obediência e no poder do Espírito de Deus, ao invés de em caminhos de prudência humana.”
(continua, querendo Deus)
OBEDIÊNCIA
"Tem porventura o Senhor tanto prazer em holocaustos e sacrifícios, como em que se obedeça à Palavra do Senhor? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar; e o atender melhor é do que a gordura de carneiros" (1 Sm 15:22).
Quando o profeta Samuel falou estas palavras ao rei Saul, queria fazer-lhe compreender a importância que tem a obediência na vida de uma pessoa que confessa servir o Senhor. O Senhor Jesus deu igualmente ênfase ao mesmo princípio. Quem não sabe obedecer engana-se a si próprio, pensando que está seguindo o Senhor e não está. Cristo afirmou enfaticamente: "Nem todo o que Me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas sim aquele que faz a vontade de Meu Pai, que está nos céus" (Mt 7:21).
OS PÁSSAROS – CRIATURAS MARAVILHOSAS
Testemunho por excelência para Deus e a Criação. Talvez, em todo o reino da natureza, não haja testemunha mais contundente da criação Divina do que os pássaros. Os pássaros são criaturas "milagrosas" que fornecem evidências contundentes de uma inteligência criadora especial; são a obra de um Mestre construtor.
Os ossos e esqueleto dos Pássaros:
O osso de um animal qualquer, é pesado e denso; mas os ossos de um pássaro são ocos, formados por uma rede esponjosa, projetado para dar força, e capacitação de ar. Quando um pássaro respira, ele é inflado com ar até a medula! As cavidades de ar nos ossos estão diretamente conectadas aos pulmões. No entanto, a força não foi sacrificada, pois os ossos leves e ocos são reforçados com arestas, quando necessário, de acordo com os princípios de engenharia avançados. Observando o desenho de um corte longitudinal, mostrando a estrutura interna do osso metacarpo de uma asa de urubu. "As cintas dentro do osso são quase idênticas em geometria às da treliça Warren comumente usada em estruturas de aço."
"Combinando leveza e força, certamente os ossos de um pássaro não poderiam ter sido mais maravilhosamente projetados." (Eugene Burns, Ranger-Naturalist).
"Embora o esqueleto de um pássaro seja extremamente leve, ele também é muito forte e elástico – características necessárias em uma estrutura aérea sujeita às grandes e repentinas tensões das acrobacias aéreas." (Carl Welty, em "Birds as Flying Machines", no "Scientific American").
Os evolucionistas reconhecem a dificuldade de explicar o fenômeno da estrutura óssea leve do pássaro. C. H. Waddington, escrevendo na Scientific American diz:
"Existem adaptações de tal tipo que é difícil ver como poderiam ser respostas a circunstâncias externas. Por exemplo, os pássaros tendem a ter ossos ocos, por que eles ganham em leveza sem perder força. É impossível ver como as condições externas podem produzir diretamente o vazio dos ossos."
Oh, que eles reconhecessem o Divino Arquiteto!
(Traduzido com licença de WHY WE BELIEVE IN CREATION, NOT IN EVOLUTION – "Porque cremos na Criação e não na Evolução", de Vred John Meldau).
A PROSPERIDADE MATERIAL E O CRENTE
Não há muito tempo, um ciclone arrasou as propriedades de muitos camponeses, destruindo-lhes colheitas e todo o resto.
Entre eles havia crentes no Senhor Jesus. Mas para esses foi muito consoladora a passagem de Habacuque 3:17-18: "Porquanto, ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja vacas; Todavia eu me alegrarei no Senhor: exultarei no Deus da minha salvação".
NÃO MAIS EU, MAS CRISTO
"Disse-lhes Simão Pedro: Vou pescar. Dizem-lhe eles: Também nós vamos contigo" (Jo 21:3). Pedro lançou o convite e todos o seguiram. Basta que haja um companheiro com uma vontade mais forte e decidido, para que todo o grupo o siga. Por isso, se uma pessoa que está em lugar de responsabilidade, se desvia por mau caminho, frequentemente o resto das pessoas que a rodeiam, seguem-na. Por isso, constatamos que a influência que podemos exercer uns nos outros é um assunto muito sério. Pode até tornar-se num caso muito grave se for uma decisão errada. Não estamos falando tanto das nossas palavras como dos nossos atos, porque as ações falam com mais eloquência do que as palavras. A sua conduta pode influir muito mais nos outros do que aquilo que disser; porque as palavras frequentemente se esquecem depressa, mas a vida das pessoas, essa grava-se muito mais no espírito dos outros.
PENSAMENTO:
Há uma coisa que o Senhor deseja acima de tudo, para cada um de nós: é que haja um afeto íntimo e constante com Ele, e também com os nossos irmãos!
A INSTITUIÇÃO DO MATRIMÔNIO
(continuação do número anterior)
Um Caso que não é Raro
"Fui pregar o Evangelho na casa de certa pessoa, que se arrependeu; mas tratava-se de um homem que vivia simultaneamente com duas mulheres, e que me perguntou como iria agora solucionar a sua vida de acordo com a Palavra de Deus. Ele não era casado, nem com uma, nem com outra, e tinha filhos de ambas".
Resposta: O homem convertido é uma "nova criatura" (2 Co 5:17) em Cristo. Deve procurar honrar o Senhor Jesus nas suas responsabilidades familiares "Se alguém não tem cuidado dos seus, e principalmente dos da sua família negou a fé, e é pior que o infiel {quer dizer: do que um inconvertido}" (1 Tm 5:8) . Portanto, ele tem obrigação de prover de mantimento adequado a todos os seus filhos, pois que os gerou. Por outro lado, também, tem o dever de se afastar de ambas as mulheres, a menos que resolva casar com uma delas, legitimamente, mas só com uma delas.
Tanto uma mulher como outra, são mães que amam os seus filhos. Não convém, pois, que o pai, que agora é um crente, filho de Deus, lhes arranque do seu seio os seus filhos, (por força da lei civil). Deve antes mostrar toda a consideração possível e não deixar de testemunhar afeto paterno para com os seus filhos.
As vezes, as mulheres inconvertidas opõem-se ao Evangelho, de tal maneira, que voltam para as suas próprias famílias levando consigo os seus filhos; raras vezes deixam os filhos com o pai.
Seja como for, não há um versículo da Bíblia que fale, por si só, deste assunto. Mas pode tomar-se em consideração para este caso, o que nos diz: Gn 2:24; 2 Co 5:17; Ef 6:4; Cl 3:21; 1 Co 7:12,15. Com obediência e submissão ao Senhor, e com oração, Ele dará a conhecer ao novo remido, aquilo que deverá fazer para a Sua honra e glória.
Pensamento:
A incorrupção, a pureza, a perpetuidade, são qualidades todas expressas pelo sal. "A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal” (Cl 4:6).
DEPOIS DA MORTE, QUE HÁ?
Recebemos, certa vez, uma carta com muitas citações da Bíblia, em que o seu autor procurava estabelecer o princípio de que: os mortos nada sabem do que se passa na vida, e que portanto deixam de existir e, sendo assim, não há inferno para além da morte, isto com base das seguintes passagens – Jó 3:11-19; Eclesiastes 9:4-6 e Isaías 38:12-19.
Refutando inteiramente a idéia dessa pessoa que nos escreveu, dizendo que esses escritores bíblicos da antiguidade falavam de coisas "debaixo do Sol" (Ec 9:9).
Com raras exceções, esses escritores sagrados, não tinham uma revelação exata de que havia um outro mundo para além daquele que conheciam. Nosso Senhor Jesus Cristo, que é também Deus Todo-Poderoso, disse assim do homem rico: "…foi sepultado. E no Hades (inferno), ergueu os olhos, estando em tormentos" (Lc 16:22-23). E toda essa passagem (vs.19-31), demonstra que o rico possuía todos os seus sentidos: podia ver, ouvir, falar e sentir. Além disso, conservava uma boa memória das coisas passadas. E Jesus, refutando a doutrina falsa dos saduceus, que negavam a ressurreição, disse também: "Ora Deus não é Deus de mortos, mas de vivos; porque para Ele vivem todos" (Lc 20:38). E, acrescentou, também, estas solenes palavras: "…todos os que estão nos sepulcros ouvirão a Sua voz; e os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição da condenação" (Jo 5:28-29).
E em Hebreus 9:27 lemos: "Aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo".
O próprio Jó, do qual foi citada a queixa triste que fez, tinha uma fé segura naquilo que havia de suceder, "para além do Sol". Falou até da ressurreição do Redentor: "Eu sei que o meu Redentor vive" (Jó 19:23-27).
FRUTIFICANDO, NA HUMILDADE
Quando o trigo e o joio crescem juntos, sem demora mostram qual dos dois tem a bênção de Deus. O trigo dobra-se sobe o peso dos seus grãos; e quanto mais frutos dá mais se inclina.
Mas o joio é o contrário: levanta a sua cabeça acima do trigo e contudo não dá nenhum fruto.
"Deus resiste aos soberbos, dá, porém, graça aos humildes" (Tg 4:6).
PENSAMENTO:
Quanto mais longe nos afastarmos do Senhor, tanto o sentiremos em todos os domínios da nossa vida…!
TRANSCRIÇÃO:
"Segundo Deus, a cruz é o centro moral do universo. É, mesmo, a manifestação mais brilhante da própria glória de Deus. É o fundamento da nossa salvação, e da nossa glória. E, é o centro da história, e da própria Eternidade":
Nota: A palavra "cruz", aqui, não se refere evidentemente ao tronco de madeira em si mesmo, mas antes aos sofrimentos e à morte expiatória de Cristo.
PERGUNTA:
Gostaria muito de compreender melhor o que é a TRINDADE.
RESPOSTA:
Não nos surpreende, que sinta dificuldade em compreender o significado profundo da Trindade. Contudo, é preciso ficar assente, que mesmo sem compreendermos esse mistério, devemos reverenciar a Trindade.
Quer dizer: O Pai é Deus; o Filho é Deus; e o Espírito Santo é Deus. Mas o Pai não é o Filho; nem o Filho é o mesmo que o Espírito Santo.
As Escrituras declaram-no:
“…batizando-as em Nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mt 28:19).
"…por Ele ambos temos acesso ao Pai em um mesmo Espírito" (Ef 2:18).
"A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo seja com vós todos" (2 Co 13:13).
"Ora há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos" (1 Co 12:4-6).
"Mas Aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em Meu nome {ou seja: em Nome do Filho}, Esse vos ensinará todas as coisas" (Jo 14:26).
“E porque sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito de Seu Filho, que clama: Aba Pai {quer dizer: Meu Pai}” (Gl 4:6).
"O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus. E, se nós somos filhos, somos logo herdeiros também, herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo” (Rm 8:16-17).
Um certo crente, quando já moribundo, exclamou: 'Vejo três em Um, e Um em três, e são todos para mim, para mim'!…
SOBRE O EVANGELHO DE MATEUS
(continuação do número anterior)
"Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim ab-rogar [anular – JND], mas cumprir. Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a Terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei, sem que tudo seja cumprido" (vs.17-18).
O único homem que cumpriu a lei foi o Senhor Jesus Cristo. Todo o resto da humanidade a transgrediu, de uma forma ou de outra. Além disso, a sentença pronunciada sobre essa transgressão, esse pecado, foi a morte. E, ela foi mesmo executada; não sobre nós mesmos, os que cremos em Cristo, mas sobre o nosso bendito Substituto. Cristo não só cumpriu em absoluto a lei, magnificando-a, como também morreu em cumprimento de uma sentença que decorria da própria lei, a pena de morte; e isso, para que essa sentença não fosse cumprida em nós mesmos, que éramos os verdadeiros culpados. Que infinita a graça de Deus, que amor incomparável o Seu.
"Ouvistes o que foi dito aos antigos: Não matarás; e qualquer que matar será réu de juízo" (v.21). Foi esse o justo castigo decretado pela lei, para os homicidas. Mas o Senhor Jesus acrescentou: "Eu, porém, vos digo que qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão, será réu de juízo" (v.22). Isso dá-nos a entender que a lei é espiritual e não julga apenas os atos mas também as intenções do coração.
"Ouvistes o que foi dito aos antigos: Não cometerás adultério. Eu, porém, vos digo que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela" (vs.27-28). E de novo o Senhor expressa o sentido espiritual da lei, aplicando-a aos "pensamentos e intenções do coração" (Hb 4:12). Temos em Romanos 3:19, o propósito pelo qual a lei foi instituída: "…para que toda a boca esteja fechada e todo o mundo seja condenável diante de Deus".
"Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar, e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão, e depois vem e apresenta a tua oferta" (vs.23-24).
O nosso Deus e Pai é um "Deus de paz” (Rm 15:33), e um Deus que perdoa. Por isso quer que sejamos "seus imitadores, como filhos amados" (Ef 5:1).
"Também foi dito: Qualquer que deixar sua mulher, dê-lhe carta de desquite. Eu, porém, vos digo que qualquer que repudiar sua mulher, a não ser por causa de prostituição, faz que ela cometa adultério, e qualquer que casar com a repudiada comete adultério" (vs.31-32).
"Moisés por causa da dureza dos vossos corações vos permitiu repudiar vossas mulheres; mas ao princípio não foi assim" (Mt 19:8). Um cristão não repudia a sua esposa; e mesmo que ela tenha sido alguma vez infiel, ele tem o direito divino de lhe perdoar, pois também “Deus vos perdoou em Cristo” (Ef 4:32).
"Ouvistes que foi dito: Olho por olho, e dente por dente. Eu, porém, vos digo que não resistais ao mal; mas, se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a outra" (vs.38-39). É preciso muito a ajuda da graça de Deus, para poder cumprir à risca este mandamento do Senhor Jesus.
"Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo, e aborrecerás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos de vosso Pai que está nos céus; porque faz que o Seu Sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos" (vs.43-45).
Nos versículos 38 e 39 a atitude própria do cristão é passiva; mas nestes últimos versículos, vê-se que a atitude do cristão deve ser ativa, tornando bem pelo mal.
"Sede pois vós perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus" (v.48).
Esta perfeição consiste em mostrar o amor e a graça de Deus para com os outros, até ao inimigo mais declarado.
(continua, querendo Deus)
PRIMEIRA EPÍSTOLA DE PEDRO
Nomes aplcados aos Crentes
São eles: estrangeiros, eleitos, filhos, meninos, pedras vivas, casa espiritual, sacerdócio santo, geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo adquirido, povo de Deus, peregrinos e forasteiros (capítulos 1:1-2,14; 2:1-2,5,9-11).
Quem havia de dizer que um pobre pecador, fugindo de Deus e morto nos seus pecados, pudesse vir a adquirir um estado de bênção espiritual na qualidade de filho de Deus!
CONTRASTES ENTRE ISRAEL E A IGREJA
(continuação do número anterior)
O sacrifício pelo pecado.
Os sacrifícios de animais limpos e de aves, oferecidos pelos israelitas, eram provisórios e não podiam apagar completamente os pecados, tal como lemos em Hebreus 10:1-4: "Porque, tendo a lei a sombra dos bens futuros, e não a imagem exata das coisas, nunca, pelos mesmos sacrifícios que continuamente se oferecem a cada ano, pode aperfeiçoar os que a eles se chegam. Doutra maneira, teriam deixado de se oferecer, porque, purificados uma vez os ministrantes, nunca mais teriam consciência de pecado. Nesses sacrifícios, porém, cada ano se faz comemoração dos pecados, porque é impossível que o sangue dos touros e dos bodes tire os pecados".
Mas o sacrifício de Cristo, o Cordeiro de Deus, aperfeiçoa realmente para sempre o pecador arrependido, e o conjunto dos pecadores salvos pela graça de Deus – a Igreja. "Temos sido santificados pela oblação do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez. …Este, havendo oferecido um único sacrifício pelos pecados, está assentado para sempre à destra de Deus, …Porque com uma só oblação aperfeiçoou para sempre os que são santificados" (Hb 10:10-14).
Para Israel era pois um sacrifício, mas de eficácia temporal; para a Igreja houve um sacrifício, mas eternamente eficaz!
(continua, querendo Deus)
PENSAMENTO:
Esta era cristã começou com um grande som vindo do céu e terminará da mesma forma (At 2:2; 1 Ts 4:16).
[1] Nota do Revisor: Folheto escrito pelo irmão Gordon H. Hayhoe
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