(Revista bimestral editada entre 1980 e 1997)
ÍNDICE
UM MILAGRE E O MARTÍRIO
Quirinus (morreu em 309 AD), um Bispo de Sescia (atualmente Sisak – Croácia), foi trazido à presença de Amantius, Governador, o qual o mandou sacrificar aos deuses pagãos, conforme os ditos dos imperadores romanos.
Quirinus, negou-se e o governador enviou-o para o cárcere, e mandou pô-lo a ferros, pensando que os sofrimentos de um calabouço, mais alguns tormentos, e o peso das cadeias, pudessem vencer a sua resolução. Mas, permanecendo ele absolutamente firme nas suas convicções, foi mandado a Amantius, o governador principal da Pannonia Prima, o qual o carregou com mais cadeias, e o exibiu nas cidades principais do vale do rio Danúbio, expondo-o ao ridículo. E, tendo chegado por fim a Sabaria (atualmente Szombathely – Hungria), o governador, vendo que Quirinus não renunciaria à sua fé em Cristo, mandou atar-lhe uma pedra de mó e lançá-lo ao rio.
A sentença foi executada mas aqui deu-se um milagre! Quirinus flutuava durante algum tempo, e exortava os que assistiam aquilo, a que se mantivessem firmes, e isto nos termos mais encorajadores e convincentes, segundo a fé. Tendo terminado o seu fiel testemunho, concluiu com esta oração:
"Não é nada de novo, ó poderoso Senhor Jesus, que impeças o curso dos rios (tal como o Jordão) ou que um homem ande em cima das águas, como fizeste com o teu servo Pedro. Agora, que o povo aqui viu a prova do Teu poder em mim, concede-me que entregue a minha vida por amor por Ti, ó meu Deus".
Ao pronunciar estas últimas palavras, afundou-se imediatamente, e afogou-se no dia 4 de Junho de 309 A.D. O seu corpo foi recuperado e sepultado por alguns Cristãos e parentes.
(extraído e adaptado de "FOX'S BOOK OF MARTYRS" pg 31 e 32)
O CARÁTER DO AMOR
A Paz, é o amor descansando;
O estudo bíblico, é o amor lendo as cartas d'Aquele que se ama;
A oração, é o amor fluindo numa entrevista;
O conflito com o pecado, é o amor batalhando com zelo por Aquele que é amado;
A simpatia, é o amor compadecendo-se ternamente;
A fidelidade, é o amor firme e forte;
A esperança, é o amor que suspira pela presença d'Aquele que se ama;
A paciência, é o amor que se mantém constante;
O ganhar almas, é o amor que suplica.
(Adaptado)
“CONFIRMADOS NA PRESENTE VERDADE” (2 Pe 1:12)
(continuação do número anterior)
3. O Perdão
A verdade acerca do perdão eterno, não foi revelada antes da primeira vinda de Cristo. O perdão mencionado no Velho Testamento era governamental; quer dizer, teve a ver com esta vida terrena, não com a eternidade.
O ensino da epístola aos Hebreus, tem por fim introduzir os crentes na bem-aventurança do capítulo 10 verso 14: "Porque com uma só oblação {oferta} aperfeiçoou para sempre os que são santificados" (Hb 10:14).
Esta é, a bem-aventurança, presente na cristandade: "…não há mais oblação pelo pecado" (Hb 10:18). Esta é a posição atual de cada crente, diante de Deus; Pedro pregou-a: "… todos os que n'Ele crêem receberão o perdão dos pecados pelo Seu nome" (At 10:43); Paulo também: "… por Este se vos anuncia a remissão dos pecados. E de tudo o que, pela lei de Moisés, não pudestes ser justificados por Ele é justificado todo aquele que crê" (At 13:38-39), e ainda juntando o ato bendito da justificação. A obra de Deus, em graça soberana, para com aqueles que crêem nas boas novas, está resumida em Romanos 8:1: "Agora, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus" [ARA].
Queira Deus que, nenhum ensinamento falso faça perder o fruto bendito e precioso, que é o resultado da obra redentora do Filho de Deus na cruz. Regozijemo-nos n'Ele e louvemo-Lo, “agora e para sempre!” (Sl 115:18)
4. A Paz
"Sendo pois justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo" (Rm 5:1).
O último versículo de Romanos 4:25, mostra-nos que esta fé descansa no que Deus fez ao entregar Cristo por “…nossos pecados, …e ressuscitou para nossa justificação”; Efésios 2:14 diz-nos: "Ele é a nossa Paz";Colossenses 1:20, diz-nos: "Pelo sangue da Sua Cruz".
Esta paz, é o fruto da expiação, perfeita no sangue de Cristo. A obra foi cumprida na cruz, e a Sua ressurreição é o testemunho da aceitação por Deus desta obra, que Seu próprio Filho levou a cabo.
(continua, querendo Deus)
A PERFEITA HUMANIDADE DO SENHOR JESUS CRISTO
"Porque n'Ele habita corporalmente toda a plenitude da divindade" (Cl 2:9); "… para que em tudo tenha a preeminência" (Cl 1:18).
Antes de tratar, detalhadamente, este assunto importantíssimo da humanidade sem pecado, do Senhor, como Homem, julgamos ser oportuno chamar a atenção para a glória da Sua Pessoa bendita. Ele é o “Verbo” eterno (Jo 1:1); Ele é: “…O Filho unigênito, que está no seio do Pai” (Jo 1:18); Ele é: Aquele pelo qual todas as coisas foram criadas, “…e sustentando todas as coisas, pela Palavra do Seu Poder” (Hb 1:2,3). Ele era a “delícia” do Pai, desde a eternidade (Pv 8:30).
Exorta-se aos anjos que “O adorem” como Homem (Hb 1:6). Os magos do oriente também se prostraram e “O adoraram”, quando Ele era um Menino (Mt 2:11).
Tendo presentes estes pensamentos, é realmente coisa muito solene tratar da Sua perfeita Humanidade. Devemos fazê-lo como adoradores, "…levando cativo todo o entendimento à obediência de Cristo" (2 Co 10:5). O mistério da Sua Pessoa gloriosa, transcende a compreensão da mente humana, como o Verbo disse: "…Ninguém conhece o Filho, senão o Pai" (Mt 11:27).
Visto que, podemos saber somente, o que nos foi revelado por meio da Palavra de Deus, imprescindível que não vamos mais além do que dizem as Escrituras da Verdade, às quais devem sujeitar-se os nossos pensamentos, e os nossos comentários acerca do Senhor Jesus.
Em contraste, notemos que as Escrituras nos informam acerca de Adão, o primeiro homem, na sua inocência, no jardim do Éden. Não tinha conhecimento, nem do bem, nem do mal, antes de pecar. Estava simplesmente no estado de inocência (Gn 2:16-17). Quando foi criado, não tinha uma natureza caída espiritualmente, nem mesmo tinha uma natureza santa, porque a santidade consiste em aborrecer o mal e ter prazer no bem. Tinha uma natureza inocente, a qual perdeu na sua queda espiritual – para nunca mais recobrá-la (Gn 3:22-24).
Os bebês não nascem com uma natureza inocente, mas sim "caída" (Sl 51:5). "Quando veio o cumprimento do tempo" (Gl 4:4 – TB), no qual o Senhor Jesus havia de nascer, segundo a promessa, a mensagem dirigida à virgem Maria foi esta: "Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do altíssimo te cobrirá com a Sua sombra; pelo que ambém o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus" (Lc 1:35). Ele era, e é santo… Filho de Deus. Ele é, o "Cordeiro imaculado e incontaminado" (1 Pe 1:19). A Escritura disse: "n'Ele não há pecado" (1 Jo 3:5), quer dizer, sem nenhuma natureza pecaminosa.
Ele pôde dizer: "Porque se aproxima o príncipe deste mundo, e nada tem em Mim" (Jo 14:30). O Senhor Jesus, – bendito seja o Seu Nome! – como Homem, neste mundo, tinha exclusivamente uma natureza santa, como Santo que era desde a eternidade (Hb 13:18 e Sl 111:9).
Nós, que nascemos da raça de Adão, nascemos num estado pecaminoso (Sl 51:5; Tg 1:14) e temos uma natureza caída dentro de nós; "O que é nascido da carne é carne"; então, é preciso ao homem renascer para entrar no reino de Deus; "O que é nascido do Espírito é Espírito" (Jo 3:6). A vida que Deus nos dá quando renascemos é a própria vida de Cristo, pois lemos que “Cristo… é a nossa vida” (Cl 3:4); e, aprendemos que o "novo homem,… é criado (segundo Deus) em verdadeira justiça e santidade" (Ef 4:24). Lemos também que: "Qualquer que é nascido de Deus não comete pecado; porque a Sua semente permanece n'Ele; e não pode pecar, porque é nascido de Deus" (1 Jo 3:9).
Assim, estas palavras demonstram muito claramente que Deus, comunica ao crente a vida de Cristo, a qual é criada em justiça, santidade e na verdade, e que não pode pecar.
Contudo, encontramos, hoje em dia, pessoas supostamente bem instruídas na doutrina de Cristo, que ensinam o erro terrível de que Cristo podia pecar, ainda que reconheçam que não o fez. Até, pensar nisso, causa profunda tristeza no coração dos que O amam, e O adoram como Deus, o Filho. Um versículo mal interpretado é o de Hebreus 4:15: "Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém Um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado". Este versículo, na realidade, nega o pensamento de que Cristo poderia pecar, e mostra-nos que o Senhor Jesus, como Homem perfeito, sentia cabalmente tudo o que um homem justo podia sentir neste mundo de pecado. Não obstante Ele próprio era sem pecado. (Note-se: a Escritura não diz que "Ele não pecou", como se Ele tivesse sido capaz de o fazer, mas sim que Ele era "sem pecado"). Ele experimentava fome, sede, cansaço, mas apesar de tudo era absolutamente santo.
Quando o diabo se aproximou d'Ele na tentação do deserto, Ele não cedeu, nem um segundo, à tentação, porque "n'Ele não há pecado" (1 Jo 3:5). Quando, sem ter recebido uma ordem do Pai, Ele recusou transformar as pedras em pão, Ele realmente tinha fome, porque era um Homem como os outros, e por conseguinte "sendo tentado, padeceu" (Hb 2:18). Esta passagem não sugere, nem sequer por um instante, que n'Ele haveria alguma tendência para desobedecer a Seu Pai. Havendo tomado o lugar do homem, “aprendeu (o que custava) a obediência” (Hb 5:8).
Alguns disseram que, a palavra "tentar" perde o seu significado, se não implicar também a possibilidade de pecar. Mas, isto é contrário à Escritura, e uma desonra que ofende a Deus, porque a Escritura não só fala do Senhor Jesus como um Homem que foi tentado, mas também de homens que, nos tempos antigos, tentaram a Deus (Sl 95:8-9).
Por acaso, do que aqui foi dito se conclui que: Deus podia pecar? Que sejamos protegidos de, abrigar no nosso espírito, um pensamento tão aviltante, para com a divindade! Nenhum verdadeiro filho de Deus poderia abrigar tal pensamento, a menos que tivesse na verdade o intuito de concretizar, de forma tão terrível, doutrina que desonra a Deus, e a Seu Filho. Como é que poderíamos depender da Sua Palavra para nossa salvação se assim fosse? Graças a Deus que a Escritura nos diz que: "é impossível que Deus minta" (Hb 6:18).
Pois bem, a tentação do Senhor Jesus teve como propósito demonstrar, o que Ele era como Homem enquanto esteve aqui. Satanás chegou-se ao primeiro homem, Adão, e com uma só tentação este cedeu e caiu. Depois de ter passado 4.000 anos, Satanás veio com as suas tentações junto ao Segundo Homem: "O Senhor… do céu" (1 Co 15:47). Mas, o maligno encontrou-se com Aquele que tinha uma só, e santa natureza, e que replicou a todas as suas tentações, fazendo uso da Palavra de Deus, como convinha a um Homem dependente de Deus. Quando nós, como Cristãos, possuindo a vida de Cristo, se respondermos a Satanás com a Palavra de Deus, venceremos também. Contudo, nós ainda temos a nossa velha natureza caída, tal como, temos também a nova vida. E, assim, é possível que cedamos à tentação: "Cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência" (Tg 1:14). Este versículo nada tem a haver com o Senhor Jesus.
Talvez, alguns, venham a se lembrar que o Senhor Jesus, no jardim do Getsêmani, disse a Seu Pai: "Não se faça a Minha vontade, mas a Tua" (Lc 22:42). Esta súplica, quando é compreendida, no seu verdadeiro sentido, é preciosíssima. O Senhor Jesus, como Santo, sofria ao sentir que ia ser feito pecado, "Àquele que não conheceu pecado, (Deus) o fez pecado por nós" (2 Co 5:21), como o foi naquelas três horas das trevas. Mas Ele era um Homem perfeito, e obediente, que viera para fazer a vontade de Seu Pai a qualquer custo. Aqui, a luz, e o amor brilham em todo o seu esplendor. O Senhor Jesus, aborrecendo o pecado posto que o pecado era tão contrário à Sua bendita e santa vontade, em amor, e obediência à vontade de Seu Pai, submeteu-Se à cruz, para que Deus fosse glorificado, e a questão do pecado fosse para sempre resolvida.
Assim, em vez de procurar sondar, o mistério divino da Pessoa do Senhor Jesus, que era Deus perfeito e Homem perfeito, inclinemo-nos antes em adoração, tal como fizeram os magos do Oriente de antigamente.
Há duas coisas que as Escrituras ensinam claramente:
1ª – Que a ruína do primeiro homem, Adão, por meio da queda, é total, de modo que a sua vontade está sempre em oposição, e inimizade contra Deus.
2ª – Que Deus começa de novo, nas Suas relações com os homens, enviando o Seu bendito e santo Filho, o Senhor Jesus Cristo, cuja vontade era fazer somente a vontade de Seu Pai. Quando Deus começa uma obra na alma de um homem, primeiro dá uma vida nova; tudo o que Lhe é agradável e que Ele aceita, emana dessa nova vida: "Os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus" (Jo 1:13). "Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus" (Rm 8:8). Se compreendermos, corretamente, a Pessoa gloriosa do Senhor Jesus, no qual habita toda a plenitude da divindade, e ainda as duas naturezas do crente, então não há dúvida, que seremos guardados do terrível erro de negar a perfeita humanidade, santa e pura, do Filho de Deus.
Que Deus guarde o coração, e a mente do Seu povo, nestes dias de provas, de tudo aquilo que atacar a Pessoa, ou a obra do Seu amado Filho.
(G.H.Hayhoe)
O INCRÍVEL PEIXE CHAMADO MUJOL OU MUGIL
(Título original: "The Incredible Dance of the Grunion")
A Incrível Dança do Grunion
A Baía de Fundy, na Nova Escócia, fica no final de uma enorme bacia oceânica, e o movimento das marés é maior do que em qualquer outro lugar da Terra: a água sobe e desce até 15 metros ou mais. Por outro lado, no Havaí, as marés sobem menos de trinta centímetros. Essas marés havaianas são controladas quase inteiramente pelo sol. As muitas influências que controlam o movimento das marés – a atração do sol, a atração da lua, a atração de ambos simultaneamente ou um contra o outro, tempestades no mar – tornaram as previsões teóricas das marés um feito matemático muito complexo. Mas oceanógrafos treinados podem prever com precisão como as marés correrão em diferentes partes do mundo.
Como então o grunion (mujol ou mugil) – um pequeno e esguio peixe californiano, prateado, que nada para a praia à noite para desovar, – sem estudo ou treinamento, pode prever as marés em constante mudança? No entanto, eles o fazem, e com incrível precisão!
"Corridas de Grunion" são encontradas apenas na costa da baixa e do sul da Califórnia, começando em março e continuando até julho. Milhares de grunions aparecem nas praias para botar seus ovos na areia três ou quatro noites após a lua nova ou cheia. “A previsão da hora e do minuto em que o grunion irá correr é alcançada adicionando 15 minutos ao tempo em que a maré atinge seu pico noturno. Em outras palavras, há uma margem de segurança: eles chegam à terra DEPOIS da virada da maré, e nas noites em que a maré atinge um pouco menos de alta do que na noite anterior…. Assim, os ovos são postos na areia que NÃO será atingida pela maré por cerca de duas semanas.
"A fêmea, carregada de ovos, deixa-se levar pela maré e se enrola. Ela se enterra, energicamente, na cauda de areia, primeiro a uma profundidade de cinco a oito centímetros. Os machos então, em posição horizontal, enrolam seus corpos em torno das fêmeas parcialmente enterradas, e libera o leite que escorre pelos corpos das fêmeas, e fertiliza os ovos que estão sendo postos na areia". Todo o processo dura cerca de 30 segundos, apenas. O grunion então volta para o mar, mas os ovos, depositados em uma noite em que a maré começou a diminuir, NÃO serão lavados até a próxima maré alta, duas semanas depois. Durante as duas semanas entre a postura dos ovos e a próxima maré alta, os ovos são incubados na areia úmida e quente. Quando a próxima maré alta erodir a praia e descobrir os ovos, os ovos eclodem de forma explosiva e os alevinos recém-nascidos nadam para o oceano!
Quem ensina cada NOVA GERAÇÃO de grunions a cronometrar as marés, e saber quando é 15 minutos APÓS a maré alta, a noite após a maré alta quinzenal? Quem projetou os ovos do grunion para eclodir em duas semanas? E. em um ninho de areia úmida? Quem ensinou a fêmea a colocar o ninho no local exato onde a maré exporá os ovos duas semanas depois? A pessoa se curva com admiração diante de tais milagres, e conclui que o Criador de todos, equipou o grunion com as habilidades necessárias, para que todas as pessoas pudessem ter uma demonstração recorrente constante da CRIAÇÃO DIVINA, de forma que o mundo tenha mais uma demonstração contínua do "Seu eterno poder, como a Sua divindade" (Rm 1:20).
(Traduzido com autorização de:
"Porque cremos na Criação e não na Evolução", de F. J. Meldau)
(continua, querendo Deus)
SOBRE O EVANGELHO DE MATEUS
(continuação do número anterior)
"Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós" (vs.1-2). Esta exortação do Senhor Jesus, tem a ver com o julgar os motivos dos outros. Só Deus conhece os motivos: "A Palavra de Deus… é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração" (Hb 4:12), sejam eles bons ou maus. A igreja em Corinto, viu-se obrigada a julgar o fornicador que havia entre eles: "Não julgais vós os que estão dentro? Mas Deus julga os que estão de fora. Tirai pois dentre vós esse iníquo" (1 Co 5:12-13).
"E porque reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho; estando uma trave no teu? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão" (vs.3-5). Uma palha (ou argueiro) é uma pequena coisa, relativamente insignificante, em comparação, por exemplo, com um pau. Este aviso divino tem como fim, darmo-nos conta das nossas próprias faltas e deficiências, e as julgarmo-nos, antes de procurarmos corrigir outros irmãos.
"Não deis aos cães as coisas santas, nem deiteis aos porcos as vossas pérolas; para que as pisem, com os pés, e, voltando-se, vos despedacem" (v.6). Sempre haverá "homens dissolutos e maus, porque a fé não é de todos" (2 Ts 3:2). Não convém procurar comunicar as coisas santas de Deus aos tais, nem mesmo mostrar-lhes as profundas riquezas de Cristo. A mensagem que é própria para o inconvertido é: “Arrepende-te dos teus pecados” (ver Lc 15:7, 10; At 8:22; entre outros). Isto toca-lhe na consciência, e não na inteligência.
"Pedi e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á. Porque, aquele que pede, recebe; e, o que busca, encontra; e, ao que bate, se abre" (vs.7-8). Sabemos que a promessa é dirigida aos que pedem, buscam e chamam "com sinceridade". No Salmo 84:11 diz: "Não negará bem algum aos que andam na retidão". Aqui, a promessa indica que ele vai acrescentar o bem; e, ainda que não recebamos exatamente o que pedimos, não encontremos precisamente o que buscamos, e que não se abra a porta que esperamos, contudo Deus é muito bondoso, e melhor do que qualquer homem.
Como o Senhor logo declarou, dando um exemplo: "E qual dentre vós é o homem que, pedindo-lhe pão o seu filho, lhe dará uma pedra? E, pedindo-lhe peixe, lhe dará uma serpente? Se, vós pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará bens aos que lhos pedirem?" (vs.9-11). Assim que, se Deus nos negar qualquer coisa, é porque será para nosso bem. Apenas Deus conhece o futuro. Mas sabemos "que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados por Seu decreto" (Rm 8:28).
"Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas" (v.12). Este aviso do Senhor foi chamado "regra de ouro". Revela extrema bondade para com o próximo, ainda que este devolva o mal pelo bem. "Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem" (Rm 12:21).
"Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; e porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida; e poucos há que o encontrem" (vs.13-14). A Palavra de Deus assinala, muito claramente, o caminho que leva à salvação: "a conversão a Deus, e a fé em nosso Senhor Jesus Cristo" (At 20:21). Os ateus não procuram uma porta de entrada, e morrem nos seus pecados, e os que são religiosos o diabo oferece a religião popular, seja qual for, sempre com um programa de "obras mortas", tratando de substituir a obra redentora de nosso Senhor Jesus Cristo. "Pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie" (Ef 2:8-9).
(continua, querendo Deus)
COM O SENHOR
O malfeitor arrependido, e crucificado, ao lado da cruz do Senhor Jesus, disse: "Senhor, lembra-Te de mim, quando entrares no Teu reino. E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás Comigo no paraíso" (Lc 23:42-43).
"E apedrejaram a Estevão, que em invocação dizia: Senhor Jesus, recebe o meu espírito" (At 7:59).
"Pelo que estamos sempre de bom ânimo, sabendo que, enquanto estamos no corpo, vivemos ausentes do Senhor.…Mas temos confiança e desejamos antes deixar este corpo, para habitar com o Senhor" (2 Co 5:6,8).
"… nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem. Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor. Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras" (1 Ts 4:15-18).
"Bem-aventurado o varão que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores" (Sl 1:1).
"Maria,…assentando-se também aos pés de Jesus, ouvia a Sua Palavra" (Lc 10:39).
CONTRASTES ENTRE ISRAEL E A IGREJA
(continuação do número anterior)
Comemoração
Os israelitas foram redimidos do seu triste estado de escravatura, sob o poder de Faraó no Egito, com o sangue do Cordeiro imolado. Deus mandou-lhes assim: "E tomarão do sangue, e pô-lo-ão em ambas as ombreiras, e na verga da porta, nas casas em que o comerem. E naquela noite comerão a carne assada no fogo, com pães asmos; com ervas amargosas a comerão. …Portanto guardai isto por estatuto para vós e para vossos filhos, para sempre" (Êx 12:7-8, 24).
Conforme a vontade do Senhor, os israelitas tinham que guardar a solenidade da Páscoa. "No mês primeiro, aos catorze do mês, pela tarde, é a Páscoa do Senhor" (Lv 23:5). "Que os filhos de Israel celebrem a Páscoa a seu tempo determinado, no dia catorze deste mês, pela tarde, a seu tempo determinado a celebrareis; segundo todos os seus estatutos, e segundo todos os seus ritos, a celebrareis" (Nm 9:2-3).
Já não era necessário pintarem as entradas das portas com o sangue derramado do cordeiro imolado, mas ainda comiam da sua carne assada no fogo, e com pão sem levedura e ervas amargas. Mas os israelitas, foram desobedientes à Palavra do Senhor, e negligentes em comer a Páscoa.
Leiamos 2 Crônicas 30:1-3: "Depois disto Ezequias enviou por todo o Israel e Judá, e escreveu também cartas a Efraim e a Manassés que viessem à casa do Senhor a Jerusalém, para celebrarem a Páscoa ao Senhor Deus de Israel. Porque o Rei tivera conselho com os seus maiorais, e com toda a congregação em Jerusalém, para celebrarem a Páscoa no segundo mês. Porquanto no mesmo tempo não a puderam celebrar, porque se não tinham santificado bastantes sacerdotes, e o povo se não tinha ajuntado em Jerusalém".
Os israelitas não estavam reunidos no primeiro mês, aos catorze dias do mês, com o desejo de comer a Páscoa em Jerusalém, no lugar que o Senhor tinha escolhido, "para ali fazer habitar o Seu Nome" (Dt 16:2).
Além disso, os sacerdotes não se achavam em condições devidas, santas, para desempenhar a sua responsabilidade. Mas o Senhor havia previsto tal situação na lei de Moisés (Nm 9:9-11). Leia-se também o versículo 13, que mostra o desagrado do Senhor, quando o israelita não celebrava a Páscoa; "Tal homem levará o seu pecado".
Ora, para o Cristão, que comemoração corresponde à Páscoa israelita? Sim, é a ceia do “Senhor”. Consideremos estes comentários: para a cristandade, "Egito" simboliza o "mundo"; "Faraó", é uma figura do "diabo", o "príncipe" deste mundo (Jo 13:13). A "páscoa" simboliza "Cristo morto por nossos pecados": "Porque Cristo, nossa Páscoa, foi sacrificado por nós" (1 Co 5:7). A "festa (solenidade) dos asmos" (Lv 23:6) apresenta a idéia da vida santa que o Cristão deve levar. "Pelo que façamos festa, não com o fermento velho, nem com o fermento da maldade e da malícia, mas com os asmos da sinceridade e da verdade" (1 Co 5:8).
Jesus, no momento de partir deste mundo, não nos deu um mandamento mosaico, mas sim expressou um ardente desejo quando instituiu a ceia:
"E, tomando o pão, e havendo dado graças, partiu-o, e deu-lho, dizendo: Isto é o Meu corpo, que por vós é dado; fazei isto em memória de Mim. Semelhantemente tomou o cálix (cálice), depois da ceia, dizendo: Este cálix (cálice) é o Novo Testamento no Meu sangue, que é derramado por vós" (Lc 22:19- 20). Dessa maneira comovente Jesus falou aos onze. E a nós, crentes n'Ele, não terá dito nada a esse respeito? Sim, por meio do apóstolo dos gentios, que é Paulo: "Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão; e, tendo dado graças, o partiu e disse: Tomai, comei; isto é o Meu corpo que é partido por vós; fazei isto em memória de Mim. Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o Novo Testamento no Meu sangue; fazei isto, todas as vezes que beberdes, em memória de Mim" (1 Co 11:23-25).
E, até quando, devem os remidos cumprir com o Seu pedido fervoroso? "Todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor, até que venha" (1 Co 11:26). “Até que venha”! E com que frequência? "Todas as vezes", sem dizer a frequência. Mas pode inferir-se uma indicação, desta mesma escritura: "no primeiro dia da semana, ajuntando-se os discípulos para partir o pão" (At 20:7).
Em contraste com o israelita, que podia comer a Páscoa uma só vez no ano, não é comovedor o convite do Redentor do Cristão: "Fazei isto todas as vezes que beberdes em memória de Mim".
(continua, querendo Deus)
As Escrituras dizem que:
"…uns foram torturados, não aceitando o seu livramento, para alcançarem uma melhor ressurreição; E outros experimentaram escárnios e açoites, e até cadeias e prisões. Foram apedrejados, serrados, tentados, mortos a fio de espada; andaram vestidos de peles de ovelhas e de cabras, desamparados, aflitos e maltratados {homens} (Dos quais o mundo não era digno), errantes pelos desertos e montes, e pelas covas e cavernas da terra. E todos estes, tendo tido testemunho pela fé, não alcançaram a promessa; Provendo Deus alguma coisa melhor a nosso respeito, para que eles sem nós não fossem aperfeiçoados" (Hb 11:35-40).
"E digo-vos, amigos meus: não temais os que matam o corpo, e depois não têm mais que fazer. Mas eu vos mostrarei a Quem deveis temer; temei Aquele que, depois de matar, tem poder para lançar no inferno; sim, vos digo, a Esse temei" (Lc 12:4-5).
Pensamento:
Um pequeno pecado num santo, é pior, do que um grande pecado num inconvertido.
SOBRE O LIVRO DOS ATOS DOS APÓSTOLOS
(continuação do número anterior)
"E, quando chegou a décima quarta noite, sendo impelidos de uma e outra banda no mar Adriático, lá pela meia noite suspeitaram os marinheiros que estavam próximos de alguma terra. E, lançando o prumo, acharam vinte braças; e, passando um pouco mais adiante, tornando a lançar o prumo, acharam quinze braças" (vs.27-28). "Mas à meia noite ouviu-se um clamor: Aí vem o Esposo, saí-Lhe ao encontro" (Mt 25:6). Transcrevemos a seguir, o comentário de um escritor bíblico: "Os marinheiros eram da opinião que se aproximavam de alguma terra". E nós também estamos aproximando-nos da nossa "terra", a nossa pátria celeste! Lancemos a sonda e acharemos que este acontecimento bem feliz, depressa acontecerá: “vinte braças” e logo depois “quinze braças”. Sim, ouviremos com rapidez a Sua bendita voz, e veremos o Seu rosto glorioso; que sejamos portanto, como homens que esperam o seu Senhor.
Enquanto, os marinheiros, ansiavam que nascesse o dia, no entanto eles não se mantinham desocupados, pois, a passagem seguinte, indica que havia grande atividade a bordo. Também Paulo, cujo conselho, antes, havia sido desprezado, falou de novo: – O Senhor nos disse: "Negociai até que Eu venha" (Lc 19:13). – Não foram mais desanimados pelo vento e ondas porque confiaram em Deus.
As primeiras medidas tomadas, ao saberem que se aproximavam de uma terra, são muito instrutivas espiritualmente: "E, temendo ir dar em alguns rochedos, lançaram da popa quatro âncoras, desejando que viesse o dia" (v.29). Aqui vemos em figura, a justa atitude daqueles que procuraram, em dias de confusão e trevas, manter um testemunho de acordo com a mente de Deus. Existe o medo de ir ter em lugares perigosos. Também, existe humildade e a convicção de posição fraca, sem defesa. Esperam no Senhor, e depositam a sua confiança apenas n'Ele. O Espírito de Deus opera em poder levando as almas a Cristo, a Âncora.
Outra coisa, há que se notar, é a ânsia para que seja dia. Esta figura representa a esperança bem-aventurada da Sua vinda. Que lugar bendito: conscientes da fraqueza, mas apenas com Cristo, como a Âncora.
"Procurando, porém, os marinheiros fugir do navio, e tendo já deitado o batel ao mar, como que querendo lançar as âncoras pela proa, disse Paulo ao centurião e aos soldados: Se estes não ficarem no navio, não podereis salvar-vos. Então os soldados cortaram os cabos do batel, e deixaram-no cair" (vs.30-32). Essa tentativa, fala da atitude independente e voluntariosa, daqueles que deixam o testemunho coletivo estabelecido por Deus, para formar grupos sectários. O espírito de independência, não é de Deus: "Somos membros uns dos outros" (Rm 12:5).
Na ceia do Senhor, o fato de estar “um só pão” na mesa, fala-nos de "um só corpo", de Cristo, composto de todos os verdadeiros filhos de Deus (1 Co 10:17).
O Senhor Jesus orou pela unidade no testemunho, segundo João 17:21: "Para que todos sejam um, como Tu, ó Pai, o és em Mim, e Eu em Ti; que também eles sejam um em Nós, para que o mundo creia que Tu Me enviaste". Essa unidade realizou-se no dia de Pentecostes, quando "estavam todos reunidos no mesmo lugar" (At 2:1). Mas, depressa, tudo se foi abaixo nas mãos dos homens. Contudo, será que podem ser alterados, os pensamentos de Cristo sobre a Sua Igreja, que Ele amou e pela qual Se entregou a Si mesmo? Nunca! "Jesus Cristo é o mesmo ontem, e hoje, e eternamente" (Hb 13:8).
Oportunamente Paulo avisou: "Se estes não ficarem no navio não podereis salvar-vos". Essa advertência impediu o propósito malévolo dos marinheiros. Podemos perguntar: “Estamos dispostos a abandonar os nossos propósitos?”; quando a palavra de Deus nos faz ver que estamos enganados. Que bom seria, se estivéssemos dispostos a obedecer às Escrituras em tudo, e em todo o tempo! Frequentemente, o orgulho influi em nós, e recusamo-nos a obedecer à Palavra de Deus, quando ela nos revela o nosso mau caminho. É verdade que "Deus resiste aos soberbos mas dá graça aos humildes" (1 Pe 5:5).
"E, entretanto que o dia vinha, Paulo exortava a todos a que comessem alguma coisa, dizendo: É já hoje o décimo quarto dia que esperais, e permaneceis sem comer, não havendo provado nada" (v.33).
"Paulo animou a todos para que comessem. Com a verdade celestial da Igreja, recuperada nestes últimos dias, grande abastecimento de comida espiritual foi fornecido aos crentes no Senhor Jesus; de modo que, aqueles a bordo da nave representam todos os verdadeiros membros do corpo de Cristo, todos os filhos de Deus pela fé n'Ele.
Essa comida não era nova, fresca; tinha estado a bordo durante toda a viagem, mas apesar dessa abundância, tinham permanecido em jejum. E, assim também, a verdade que Deus nos entregou não é nova, mas sim a que foi revelada nos dias dos apóstolos, e escrita na bendita Palavra de Deus, que não poderá apagar-se”.
(Fim da transcrição de G.H.Hayhoe – Adaptado)
"Portanto, exorto-vos a que comais alguma coisa, pois é para vossa saúde; porque nem um cabelo cairá da cabeça de qualquer de vós" (v.34). É para nossa saúde espiritual, que comemos deste rico manjar: a Palavra de Deus, que é comida indispensável que nutre a nossa alma. E, a promessa de que "nem um cabelo cairá da cabeça de qualquer de vós", garante-nos a segurança eterna do crente no Senhor Jesus, o grande Pastor que disse: "E dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da Minha mão" (Jo 10:28).
(continua, querendo Deus)
UMA PROVIDÊNCIA DIVINA
Uma mulher crente, tendo terminado o seu trabalho diário, tomou o ônibus em direção ao seu lar, que era longe, e assentou-se. Quando o cobrador lhe pediu o bilhete, descobriu que alguém lhe havia roubado a carteira. Não tendo como pagar, foi obrigada a sair do veículo. Sendo fraca, não podia ir a pé para casa, nem conhecia ninguém nesse local. Decidiu andar até um jardim, e orava a seu Deus e Pai contando-lhe essa dificuldade tão séria.
Chegando ao parque, sentou-se num banco, pensando de que maneira Deus a ajudaria. Sabia que Ele não lhe faltaria, e assim aguardou tranquila.
De forma aparentemente casual, escrevia com o guarda-chuva no cascalho as palavras "Deus é amor". E ia escrever o "r", quando deu com uma moeda já enferrujada. Dando graças a Deus por lhe ter enviado exatamente o que precisava, tomou outro ônibus. O cobrador fez uns comentários sobre o estado da moeda, e, ela deu-lhe a saber de que maneira o seu Deus e Pai lhe tinha respondido à sua oração fervorosa. Não se envergonhou sequer de manifestar diante dos outros passageiros a forma como tinha recebido aquele dinheiro.
Julga o leitor que, esse fato, terá sido uma pura coincidência? O mesmo Senhor que disse a Pedro: "Vai ao mar, lança o anzol, e tira o primeiro peixe que subir, e, abrindo-lhe a boca, encontrarás um estáter {uma moeda}; toma-o, e dá-o por Mim e por ti(como imposto)" (Mt 17:27), foi Quem dirigiu aquela senhora ao banco do jardim, e fez que a ponta do guarda chuva descobrisse aquela moeda escondida, de que precisava. Não foi uma coincidência.
Queira o leitor sublinhar no seu coração a última palavra do texto de Marcos 11:22: "Tende fé em Deus".
A LUZ
"Mas Deus prova o Seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores" (Rm 5:8).
A luz viu a culpa do pecado; o amor buscou fundamento do perdão.
A luz viu como o pecado afastava; o amor buscou uma base de reconciliação.
A luz viu a inimizade do pecado; o amor buscou um meio de limpeza.
A luz viu a depravação causada pelo pecado; o amor buscou um meio de restauração.
A luz viu a escravidão do pecado; o amor buscou um meio de libertação do pecado.
A luz viu a enfermidade do pecado; o amor buscou um remédio que desse saúde.
A luz viu a condenação do pecado; o amor buscou um meio de justificação.
O amor viu a morte, consequência do pecado, e mostrou o caminho da vida.
O amor de Deus deu tudo o que era necessário ao pecador.
(adaptado de J.C.M.)
"O AMOR PERFEITO"
Lento a suspeitar, pronto a confiar.
Lento a condenar, pronto a justificar.
Lento a ofender, pronto a conciliar.
Lento a descobrir, pronto a ocultar.
Lento a repreender, pronto a suportar.
Lento a desprezar, pronto a apreciar.
Lento a pedir, pronto a dar.
Lento a irritar-se, pronto a suavizar.
Lento a impedir, pronto a ajudar.
Lento a ofender-se, pronto a perdoar.
Pensamento:
Todo aquele que apresenta Cristo, na sua própria excelência, é aceitável a Deus. Até a expressão mais leve do Senhor na vida, ou na adoração, de um dos Seus remidos, é um cheiro de doce aroma, no qual Deus tem muito agrado.
O mundo julga-nos, não pelo conhecimento que possamos ter dos princípios das Escrituras, mas antes, pela aplicação que deles fazemos na vida diária. Tal atitude de espírito, é que agrada a Deus. Seja quando for, e onde quer que for, que ela se manifeste, não hão de estar longe, nem a resposta, nem o socorro divinos. Mas, é justamente este espírito de confiança no Senhor, e de dependência d'Ele, que falta muito aos crentes em Cristo.
"A pomba porém não achou repouso para a planta do seu pé" (Gn 8:9).
"Levantai-vos. e andai, porque não será aqui o vosso descanso; por causa da corrupção que destrói, sim, que destrói grandemente" (Mq 2:10).
"Portanto resta ainda um repouso para o povo de Deus" (Hb 4:9).
A santidade divina, não nos permite descansar onde está o pecado; o amor divino, não nos deixa descansar onde mora a tristeza. "Resta ainda um repouso", para nós, o descanso divino – o Seu próprio descanso.
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