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Breves Meditações - Parte 1/14

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ÍNDICE


Breve Meditações

Parte 1

J. G. Bellett

2 Crônicas 6:1-2

 

Não foi um momento comum na experiência de um homem de Deus, quando Salomão proferiu estas palavras: “O SENHOR disse que habitaria nas trevas. E eu Te tenho edificado uma casa para morada, e um lugar para a Tua eterna habitação”.

 

Era um pensamento maravilhoso que qualquer coisa feita ou erguida na face desta Terra contaminada, em meio a este mundo revoltado, pudesse suplicar ao Deus da glória que deixasse aquela distância para a qual o pecado O havia forçado a ir, como posso expressar. Pois o pecado O havia afastado desta cena de Sua criação. Uma distância imensurável, trevas impenetráveis, se estendiam entre Ele e o mundo que se rebelara; e maravilhoso, certamente, era o pensamento, a consciência disto, de que Ele havia sido trazido de volta para ter Seu tabernáculo com o homem novamente.

 

Mas assim é; e assim o espírito de Salomão foi dado para prová-lo e conhecê-lo nesta grande ocasião.

 

Foi uma passagem, uma antecipação momentânea do reino. Salomão estava então nas glórias combinadas de rei e sacerdote. Ele era como um sacerdote no trono. Os sacerdotes comuns haviam sido postos de lado, e ele, como sacerdote real, estava prestes a abençoar o povo e adorar o Senhor, como nos dias do reino que ainda está adiante de nós.

 

Pois assim será então. O tabernáculo de Deus estará com os homens, e Ele habitará com eles. A glória então retornará à Terra.

 

Mas essa saída desde as espessas trevas, ou da distância infinita, para a qual o pecado havia separado Deus, é conhecida de outra maneira. Em espírito, somos chamados a caminhar na luz plena e sem nuvens da presença divina agora – em circunstâncias que teremos em breve no reino.

 

Ele agora é trazido de volta desta distância, ou para fora das trevas para as quais o pecado O havia forçado a ir, pelo evangelho, que é a Sua própria provisão para um pecador. E a nossa fé nessa provisão O traz de volta. Sua graça edificou um caminho pelo qual Ele pode vir a nós – e quando a fé usa esse caminho, Ele Se aproxima muito de nós, encontra Seu lugar, Sua habitação, Sua morada conosco novamente. “E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus nos tem. Deus é amor; e quem está em amor está em Deus, e Deus nele” (1 João 4:16).

 

Mas há outras trevas nas quais Deus ainda habita. Refiro-me àquelas que pairam ou se instalam sobre todo o cenário ao nosso redor, seja de circunstâncias ou de providência. Nesse lugar, Deus opera de forma invisível; pelo menos, geralmente é assim. Nesse lugar Ele diz, como posso expressar: “O que Eu faço não o sabes tu agora” – e ainda devemos andar pela fé, onde Deus ainda habita nas trevas. Saberemos depois. Veremos face a face então, embora agora seja apenas obscuramente. “Deus é o Seu próprio intérprete, e Ele o tornará claro”. E assim como a fé em Suas provisões de graça em Cristo agora O faz sair das trevas distantes nas quais Ele havia Se ocultado justamente longe dos pecadores, assim, em breve, a glória O trará das trevas desde as quais Ele agora ordena a providência para Seus santos. “Ali não haverá noite”; como agora em espírito, embora não em circunstâncias, dizemos: “vão passando as trevas, e já a verdadeira luz ilumina” (1 João 2:8; Apocalipse 22:5).

Abraão em Gênesis 18-19 

 

A elevação de Abraão em Gênesis 18-19 é algo muito peculiar.

 

Ele parece reconhecer o Estrangeiro divino e Seus companheiros angelicais de imediato, sem precisar de apresentação, aviso ou revelação – como Josué, Gideão e outros, em circunstâncias semelhantes, fizeram. “Ele estava acostumado à presença divina”, como alguém disse. Isso abre estes capítulos maravilhosos.

 

O Senhor não vem para ajustá-lo de forma alguma, nem para repreendê-lo nem para instruí-lo moralmente. Abraão está diante d’Ele no lugar, no caráter e na atitude de alguém que estava totalmente preparado para a Sua presença.

 

Assim, o Senhor torna conhecidos Seus caminhos e pensamentos a Abraão, como um homem os revelaria a seu amigo. Ele lhe revela segredos que não lhe dizem respeito – se o tivessem feito, em certo sentido Abraão teria o direito de ouvi-los; o Senhor certamente os revelaria a ele. Mas ele não tem nenhuma preocupação pessoal com os assuntos comunicados. São os pensamentos e propósitos do Senhor concernentes a uma cidade e a um povo com os quais Abraão não teve qualquer relacionamento. Eram estranhos a ele, e ele a eles – e isso de forma muito intencional. De modo que o Senhor agora trata Abraão como um amigo – nem mesmo como um discípulo, muito menos como um pecador, mas como um amigo.

 

Abraão apreende isso. Ele tinha o direito de fazê-lo. A graça espera ser entendida e certamente se deleita em ser entendida. E assim, se o Senhor nos convida, devemos ir; se Ele Se aproxima de nós, devemos nos aproximar d’Ele.

 

E assim é aqui. Os anjos, apreendendo a mente de seu Senhor, retiram-se; e Abraão, fazendo o mesmo, aproxima-se e ali fala por esta cidade e seu povo. Ele não tem nada a pedir para si mesmo. Não, certamente. Ele não tinha confissão a fazer nem pedidos a apresentar para si mesmo, mas assim como o Senhor lhe falara sobre Sodoma, agora ele fala ao Senhor sobre ela. Ele intercede, como alguém próximo de Deus, como alguém que se sente à vontade a respeito de si mesmo e, portanto, à vontade para cuidar dos outros.

 

Cada detalhe desta imagem é repleto de graça e dignidade. Não há nada de fraqueza ou obscuridade aqui – tudo é força e elevação.

 

Mas isso continua.

 

Na manhã seguinte, como lemos no capítulo 19, Abraão vai até o lugar onde estivera falando com o Senhor sobre Sodoma, em algum lugar nas colinas da Judeia, com vista para a planície do Jordão, ou o vale de Sidim, onde ficava Sodoma; e lá ele contempla o incêndio daquela cidade sob o fogo punitivo do céu. Ele vê o julgamento do Senhor. Ele o vê do alto, onde ele e o Senhor haviam conversado no dia anterior.

 

Ora, isto é de um caráter único com todo o resto. Isto ainda é elevação da mais alta ordem. Este é o relacionamento do céu com o julgamento, o relacionamento do próprio Deus com ele. Abraão não foi resgatado dele como Ló; nem calmamente levado através dele como Noé; nem meramente levado embora antes que ele chegasse como Enoque – mas acima de todos eles, ele recebe o próprio lugar do céu em relação ao julgamento. Ele olha para baixo, para o juízo executado sobre os outros, sem ter nada a dizer a ele, não tendo que ser removido da cena antes que ele viesse, ou carregado em segurança através dele depois que ele tivesse chegado. Ele estava em nada menos do que o próprio relacionamento do céu com ele.

 

Isto é realmente muito grandioso. E esta é a Igreja no Apocalipse; não simplesmente como em 1 Tessalonicenses 4, mas além disso; como no Apocalipse. Os anciãos coroados ali estão no alto, enquanto os julgamentos seguem seu curso na planície ou na Terra abaixo. Como Abraão, eles contemplam os julgamentos como vindos do lugar de Deus. Não se trata de mera transladação para o céu antes que eles venham, como Enoque (pois isso já havia ocorrido antes), nem é simplesmente transporte através deles, quando vieram, como Noé; mas eles os contemplam executados, como Abraão, do alto.

 

Assim como o lugar de Abraão no capítulo 18 era o lugar atual da Igreja, aprendendo os segredos de Deus (veja João 15:15), seu lugar no capítulo 19 é o lugar apocalíptico da Igreja, contemplando os juízos do Senhor na Terra. Abraão teve o fato comunicado a ele primeiro; e então, ele viu a realização desse fato abaixo, e à parte de si mesmo. Nessas coisas, ele é como a Igreja de Deus.

 

Mas estes capítulos maravilhosos sugerem uma reflexão geral sobre os juízos divinos. Traçamos uma série deles nas Escrituras: como nos dias de Noé; Ló; Israel no Egito; Israel nas margens do Mar Vermelho; Débora no Livro dos Juízes; a Igreja na Terra, como em 1 Coríntios 11; a Igreja em glória, como em Apocalipse 5; o remanescente eleito em Apocalipse 15; os céus em Apocalipse 19. E em cada uma dessas ocasiões vemos o povo de Deus ocupado de forma diferente, ou melhor, de maneiras variadas. E há beleza, força e significado em tudo isso; pois a maneira como a fé se ocupa será considerada adequada ao caráter do julgamento.

 

Noé testemunhou o julgamento divino sobre o pecado e, pela graça, sua própria libertação do pecado. Ele adorou, oferecendo um holocausto ao Senhor (Gn 8).

 

Ló foi resgatado – salvo como que pelo fogo; e, consequentemente, não temos nenhum altar, nem sacrifício, sob sua mão. Ele foi tirado do fogo, e isso foi tudo (Gn 19).

 

Israel no Egito, como Noé, testemunhou o julgamento divino sobre o pecado, sendo, da mesma forma, libertados pela graça. E, como Noé, eles adoraram, celebrando sua redenção com um banquete de sacrifício, comendo do cordeiro cujo sangue os abrigava (Êx 12).

 

Israel, na costa do Mar Vermelho, diferentemente disto, foi libertado das mãos dos inimigos, cujo julgamento eles estavam testemunhando. Eles, portanto, tinham um cântico – como lhes convinha em tal ocasião (Êx 15).

 

Débora estava nas mesmas condições, no mesmo relacionamento com o julgamento divino. Ela testemunhou o julgamento de Deus sobre os inimigos do povo dela; e, portanto, como Israel no mar, ela e Baraque têm um cântico (Juízes 5).

 

A Igreja na Terra testemunha o julgamento de Deus sobre o pecado – e por meio de sua festa, como Israel em Êxodo 12, celebra sua própria redenção. Relembram, com ações de graças, a salvação de Deus na Ceia do Senhor (1 Coríntios 11).

 

A Igreja em glória testemunha os julgamentos de Deus sobre o mundo, antecipando seu próprio reino – e, consequentemente, como Israel no mar, ou Débora no Livro dos Juízes, eles têm um cântico preparado para suas harpas celestiais (Ap 5).

 

O remanescente martirizado, em seus dias, tem uma canção – pois o julgamento que eles celebram é sobre os inimigos que os resistiram, à maneira de Israel na costa do Mar Vermelho (Ap 15).

 

Os céus triunfam com grande alarido, quando aquela que havia corrompido a Terra com a sua fornicação cai sob as mãos do Senhor (Ap 19).

 

Aqui temos variedade na maneira como a fé se ocupa em um dia de julgamento divino. Há julgamentos sobre o pecado e julgamentos sobre os inimigos; e libertações correspondentes pela graça e pelo poder. É oportuno cantar quando um julgamento sobre os inimigos tem sido realizado e uma libertação dele pelo poder; mas um julgamento sobre o pecado e nossa libertação pela graça (nós mesmos tendo sido culpados e expostos ao julgamento) devem ser celebrados com um contrito espírito de adoração. Portanto, não havia cântico em Êxodo 12; há um cântico em Êxodo 15.

 

Mas, em meio a tudo isso, o ato e a atitude de Abraão são tão cheios de beleza, adequação e significado quanto qualquer coisa que vemos nesses casos. Ele contemplou uma cena de julgamento sobre o pecado – mas não esteve em perigo de julgamento. Não teve participação no pecado que foi julgado. Não foi exposto a ele. Não teve nada a dizer às cidades da planície. Nisso, sua história difere da de Noé – pois Noé estava na cena do julgamento – e da de Israel no Egito, ou da Igreja de Deus na Terra.

 

Eles, como ele, testemunham o julgamento do pecado – mas eles próprios foram expostos a ele e foram libertos pela graça e pelo sangue de Jesus. Não foi assim com Abraão no capítulo 19. Ele não precisou de libertação pessoal do julgamento que visitou as cidades na planície do Jordão; mas ele o contemplou. Ele tinha um relacionamento celestial com ele. Ele permaneceu em contemplação naquele alto onde, no dia anterior, estivera com o Senhor.

 O Altar em Betel 

 

O comentário inspirado sobre a idolatria, que encontramos em Romanos 1, nos ensina a saber que ela teve sua origem na corrupção da mente humana. A arrogância do intelecto tornou-se sua mãe (vs. 22-25). O apóstolo também nos diz que o “coração de incredulidade” é “perverso” (Hebreus 3:12 – ARA). E no início desta Escritura, descobrimos que foi o amor ao mundo que erigiu o altar idólatra em Betel. Jeroboão pensava que era a única maneira pela qual poderia assegurar o reino.

 

Ele corrompeu a religião do povo. Não a negou, com desprezo infiel – porque reconhecia que o povo de Deus havia sido tirado do Egito –, mas ele a corrompeu – de forma intencional; pois a estava usando para seu próprio benefício, ou fazendo-a servir aos seus próprios interesses.

 

Aprendemos, no início do capítulo 13, como o Senhor lida com essa corrupção. É de acordo com o Seu método habitual. Ele envia Seu servo, sob uma nova comunicação de Sua mente e uma nova unção de Seu Espírito, desde a terra de Judá, ao altar em Betel, para denunciá-la, para proferir o juízo de Deus contra todos os que se haviam ligado a ela; com a suspensão da execução desse juízo até a época de Josias, o futuro rei da casa de Davi. Mas Ele também dá uma garantia presente de tal execução – pois o altar foi fendido naquele momento, e as cinzas que estavam sobre ele foram derramadas.[1]

[1]O julgamento aqui pronunciado foi executado à risca. (2 Reis 23) Josias foi profetizado nominalmente, assim como foi Ciro posteriormente (Isaías 44).

 

Este é o Seu caminho comum. Ele pronuncia o julgamento, mas adia a sua execução, dando garantias imediatas da sua execução. O intervalo é chamado de Sua “longanimidade” – e sabemos que é “salvação”, um tempo de ajuntamento e vivificação (2 Pedro 3:15). Enoque pronunciou o julgamento dos ímpios, e sabemos por Judas que o julgamento ainda está para ser executado – mas o dilúvio foi como uma garantia de seu cumprimento. O Senhor pronunciou o julgamento de Jerusalém em Mateus 24, e sabemos, pelos próprios termos dessa sentença, que ele ainda está para ser executado – mas a invasão romana foi como uma garantia de seu cumprimento.

 

Jeroboão ficou indignado com o homem de Deus que havia proferido essa sentença contra seu altar e estendeu o braço, como se ordenasse a seus servos que o segurassem. Mas a mão de Deus o segurou, e seu braço estendido tornou-se rígido e murcho. Então, sua mente mudou – ele se arrependeu – com certeza o fez —, ele se mostrou gracioso quando as dores o atingiram – e pediu ao homem de Deus para suplicar pela restauração de seu braço. Isso foi feito; e ele convidou o homem de Deus para ir com ele ao seu palácio para receber conforto e recompensas. Mas ele deixou claro ao rei, no espírito de um Daniel, que ele poderia guardar seus presentes para si e dar suas recompensas a outro. Ele deixou o cenário da maldição de Deus e partiu de volta para Judá, tendo cumprido a tarefa que lhe fora confiada pela “Palavra do Senhor”. O altar e seus sacerdotes foram deixados para enfrentar o juízo de Deus em seu devido tempo.

 

Agora, porém, e daqui até o fim, a cena muda. Não vemos mais o homem de Deus e o rei juntos, mas veremos o homem de Deus em companhia de um velho profeta que naquela época vivia em Betel.

 

Estamos expostos a tentações especiais se vivemos em terras fronteiriças ou em circunstâncias e condições questionáveis.

 

O velho profeta, santo de Deus como era, vivia (algo como Ló em Sodoma) perto do altar. O diabo o usa; e com uma mentira na boca, de que fora ordenado por um anjo a fazê-lo, ele traz o homem de Deus de volta da estrada que o levava a Judá, para comer e beber com ele em sua casa em Betel.

 

O homem de Deus não estava na elevação do apóstolo, nem na força do apóstolo. Ele podia e iria defender a “Palavra do Senhor” diante de todas as pretensões ou suposições. Ele pronunciaria anátema até mesmo contra um anjo, se ousasse contradizer a palavra que recebeu de Deus. Não se importava com quem fosse, por assim dizer, se viesse da Terra, do inferno ou do céu. Ele se manteria firme na Palavra de Deus diante de todos (Gálatas 1:2) – assim como ele poderia virar as costas para Jerusalém e repreender o chefe dos apóstolos, Pedro, e resistir a ele diante de todos.

 

Mas este homem de Deus não estava no mesmo vigor de Paulo. Ele renunciou a palavra que recebeu de Deus à palavra, como julgava ser, de um anjo; e voltou para comer e beber no lugar de que o Senhor lhe havia dito: “Ali não comerás pão, nem beberás água”.

 

E aqui outro princípio divino recebe uma ilustração muito impressionante.

 

Deus está julgando segundo a obra de cada um (1 Pedro 1:17). Isto é, Ele está disciplinando Seu povo agora. O julgamento na casa de Deus começou (1 Pedro 4:17). E assim é aqui. O julgamento sobre Jeroboão e seus sacerdotes é adiado; o julgamento deste homem de Deus será imediato. Ele agora será julgado pelo Senhor, para que não seja condenado com o mundo ou com Jeroboão em breve. (Veja 2 Reis 23:17-18). A palavra recai sobre ele, cai em juízo sobre ele, enquanto se assenta à mesa do velho profeta, comendo e bebendo – pois ele estava comendo e bebendo para sua própria condenação. E logo depois, ao retomar sua jornada para casa em Judá, e já a caminho de lá, um leão o encontra e o mata.

 

Quão impressionante é tudo isso para os nossos pensamentos, e quão cheio de solene significado! O juízo do mundo está suspenso; a disciplina dos santos está em andamento. Assim é aqui. Sim, e mais ainda. Havia uma garantia presente do julgamento futuro do mundo, e haverá agora uma garantia presente da salvação futura dos santos. O altar foi rasgado, como vimos, e as cinzas derramadas – e agora, o leão não tem permissão para tocar a carcaça do homem de Deus, nem colocar sua garra mortal sobre o jumento que o carregou. Seu corpo está reservado para a honra final, embora sua vida tenha sido uma perda presente para o justo julgamento ou a santa disciplina de Deus.

 

Teria sido da natureza do leão matar o jumento e também aquele que o montava, e devorar a carcaça, mas ele agiu sob comissão divina, na morte do homem de Deus, assim como o próprio homem de Deus agiu quando pronunciou o julgamento sobre o altar.

 

Que ilustrações variadas e instrutivas da verdade são todas essas coisas!

 

E o velho profeta também estará novamente diante de nós. Havia nele o que era de Deus, bem como o que era da natureza ou da carne. Mas ele agora era velho, e os cabelos grisalhos são tristemente numerosos neste Efraim, como o profeta fala. Ele viveu descuidadamente como um santo. Ele havia estabelecido sua morada em um lugar impuro. Ele era muito parecido com um velho professante que precisava reavivar a virtude. Satanás o usa (como vimos, mas é triste dizer) para corromper seu irmão mais novo, um vaso recém-ungido do Espírito. Mas ainda assim, ele parece ter sido um homem “justo”, como Ló, embora vivesse em Sodoma. Sua lamentação pelo homem de Deus era genuína, e como a de um santo por outro – genuína como a lamentação de Davi por Jônatas. Era a tristeza de um santo de Deus. E ele ordena a seus filhos, quando ele morresse, que o enterrassem no mesmo sepulcro onde agora estava religiosamente depositando os restos mortais daquele a quem ele chama de “irmão”, o homem de Deus.

 

Tudo isso revela a melhor natureza nele. E quando o Senhor vier para executar, por meio de Josias, o julgamento que Ele havia pronunciado pelo homem de Deus; quando o poder de Sua mão vier para cumprir as declarações de Seu Espírito, e o dia da condenação do mundo chegar, este mundo de Jeroboão do qual estamos falando, a mão de Deus respeitará o velho profeta assim como o homem de Deus. Josias salva o sepulcro desses homens e preserva os ossos de cada um deles da queima penal comum sob a qual ele estava colocando todos os outros encontrados naquele lugar impuro ao redor do altar de Betel – como lemos de forma tão completa e impressionante em 2 Reis 23.

 

É assim; e tudo isso nos ensina uma lição de instruções morais muito variadas. Vemos o caminho de Deus no julgamento do mundo e na disciplina de Seus santos. Vemos o perigo de viver perto de Sodoma. E aprendemos novamente que a Palavra de Deus deve ser firmemente retida diante de tudo e de todos.

 Betesda

 

O Senhor é visto ocasionalmente em Jerusalém, em João; mas não nos outros Evangelhos. Mas, diferentemente do que Ele é na Galileia, onde milhares O seguiam, em Jerusalém Ele é um Homem solitário – como podemos observar em João 2; 3; 5; 7; 9; 10.

 

Em Sua última entrada na cidade, quero dizer, pela estrada de Jericó, através de Betânia e o Monte das Oliveiras, que é registrada por todos os evangelistas, sei que Ele é seguido por uma multidão, mas isso não é exceção ao que temos observado, que Ele era um Homem solitário em Jerusalém; embora no meio de milhares, quando nas partes da Galileia e ao redor de todas as margens do lago de Tiberíades.

 

Em João, também, as festas são tratadas como se fossem elementos do passado. Elas são mencionadas de forma muito semelhante à que Paulo, em suas epístolas, falaria do Monte Sinai ou das ordenanças legais. Elas são chamadas, neste Evangelho, de “a festa dos Judeus” – capítulos 2, 5, 6, 7 – exceto, de fato, no capítulo 8:1, onde a Páscoa daquele dia é honrada por nosso evangelista como uma festa divinamente instituída, porque o Senhor estava então prestes a cumpri-la, como o verdadeiro Cordeiro pascal.

 

Há peculiaridades em João, e muitas características disto - que em João, o Senhor está no final de Sua pergunta ao Judeu, e Se apresenta como se estivesse entre pecadores, rejeitado pelo mundo que havia sido feito por Ele e rejeitado por Seu povo, a quem Ele Se ofereceu (veja capítulo 1:10-11).

 

É em perfeita e consistente sabedoria que o Espírito de Deus não nos revelou qual era a festa que agora atraía o Senhor a Jerusalém. Não importava qual delas fosse; pois Ele estava prestes a Se manifestar na cidade dos Judeus, a cidade das festas e solenidades daquele povo, como Aquele que substituiria todas elas, e a tudo o que lhes pertencia. Assim, não temos apenas uma festa ali nesta ocasião, mas temos o dia de sábado, os principais religiosos do povo, o templo e esta singular e maravilhosa ordenança de Betesda, tudo diante de nós nesta cena.

 

Este tanque junto à Porta das Ovelhas em Jerusalém, ou Betesda, era uma provisão feita pela graça de Deus em favor do Seu povo em Jerusalém. O sistema estabelecido em Israel não tinha essa provisão. Era extraordinária e ocasional – como a elevação de um juiz ou profeta havia sido em tempos passados, ou a missão de um anjo, de vez em quando, como a de um Gideão ou de um Manoá. Assim também era o movimento deste tanque. Mas, além disso, era um testemunho do fato de que havia recursos de misericórdia e poder no Deus de Israel para o Seu povo, além de tudo o que lhes era então normalmente dispensado. Seu próprio nome sugeria isso: Betesda, “casa da misericórdia”. E, sendo assim, era uma promessa a Israel do Messias. Falava d’Ele de antemão, como as ordenanças e os profetas haviam feito.

 

Mas Jesus ao lado do tanque de Betesda, como vemos neste capítulo, é uma visão que, no espírito de Moisés junto à sarça, bem poderíamos nos desviar para contemplar. Se Ele, antigamente, havia Se refletido naquela água, Ele está ali agora para secá-la. Mais ainda, Ele contrasta com ela.

 

Essa visão me lembra a Epístola aos Hebreus. Ali, o apóstolo coloca o Senhor Jesus ao lado das ordenanças da lei, assim como aqui o Senhor Se coloca ao lado do tanque perto da Porta das Ovelhas, que era como um deles. E o mesmo acontece aqui em João 5 como naquela Epístola.

 

Havia um testemunho de Cristo em cada um deles. Betesda deu testemunho d’Ele; as ordenanças da lei fizeram o mesmo. Mas, quer Jesus esteja ao lado do tanque, quer seja levado ao lado das ordenanças da lei, descobriremos que o contraste é tão forte quanto a semelhança. Basta-nos ouvir o Senhor aqui, e o Espírito no apóstolo ali, para aprender isso clara e plenamente.

 

“Queres ficar são?” foi a única palavra que o Senhor levou Consigo quando Se dirigiu ao pobre aleijado naquele lugar. Estaria ele pronto para se entregar, tal como estava, em Suas mãos? Estaria disposto a ser Seu devedor? Poderia confiar-se, com sua necessidade e enfermidade, a sós com Jesus? Isso era tudo. E certamente isso, em sua simplicidade, contrasta completa e plenamente com a maquinaria pesada e desajeitada de Betesda. Nenhuma rivalidade, nenhuma demora, nenhuma incerteza, nenhuma ajuda buscada e prestada, são aqui como são lá. Aqui, com Cristo, é: “quem quiser, tome de graça da água da vida”. É: “por que te deténs? Levanta-te, e batiza-te, e lava os teus pecados”. Mas nenhuma dessas vozes, nem nada parecido com elas, é ouvido do seio agitado daquela água estranha e misteriosa. O anjo que a agitava em certos tempos jamais havia despertado sons como estes.

 

“Queres ficar são?” Simples, solene e cheio de consolação!

 

O Senhor estava então em Jerusalém. Ele estava no grande centro e representante da religiosidade humana, cercado naquele momento por suas ricas e variadas provisões. Era sábado. Era tempo de festa. A cidade das solenidades estava em uma de suas horas de glória. O templo estava próximo, os fariseus estavam por perto e uma grande multidão de expectantes e devotos reunidos ao redor do tanque perto da Porta das Ovelhas, a ordenança ou ministério angelical de Betesda. No meio de tudo isso, Ele permanece. Mas é como uma coisa nova, outra coisa. Ele não Se importa com o dia da festa, nem com o sábado, nem com o templo. Suas palavras soam como se pronunciassem a condenação de tudo isso. “Queres ficar são?” foi o toque fúnebre para tudo isso. O pobre aleijado a quem se dirigiam essas coisas pôde libertar-se imediatamente, seja de rivais ou de amigos. Aqueles que poderiam ter lutado com ele, ou aqueles que poderiam tê-lo ajudado, ele agora pode igualmente ignorar. E ele não precisa esperar. Atraso e esperança podem ser trocados pelo desfrute presente. Ele não precisava duvidar nem se demorar. Ordenanças e anjos, ajudantes e rivais, atrasos e incertezas, tudo foi assim abençoada e gloriosamente resolvido por Jesus em seu favor. Quando Jesus apareceu, quando o Filho de Deus estava ao lado daquele tanque, a única questão era: será que o pobre coxo deixaria tudo por Ele e, dessa forma, ficaria ali para ver a salvação de Deus?

 

Que palavra foi essa, em meio a tal cena e em tal momento! “Queres ficar são?”

 

A pobreza do tanque é exposta. É visto como apenas um “rudimento fraco e pobre”. Não tem glória em razão da glória que o excede. E da mesma maneira, o Espírito expõe o “santuário terrestre” e todas as suas provisões e serviços, na Epístola aos Hebreus. Ali, o apóstolo, sob o Espírito Santo, coloca Jesus novamente ao lado de Betesda, ao lado do sistema de ordenanças que O precedera, e expõe todos eles em sua pobreza e impotência. Havia um reflexo de Cristo nessas cerimônias do templo, assim como havia naquela água junto à Porta das ovelhas; mas o reflexo não tem substância – era uma sombra – e desapareceu quando a verdadeira luz preencheu o lugar. Somente Jesus é glorificado. Quando o Espírito O introduz, naquela Epístola, Ele O mantém, dizendo d’Ele: “Jesus Cristo, o mesmo ontem, hoje e eternamente”. E aqui, o próprio Senhor fala ao pobre aleijado apenas sobre o Seu próprio poder de cura: “Levanta-te, toma o teu leito, e anda”. Ele deveria carregar aquilo que outrora o sustentava, enquanto jazia sobre o tanque. Ele não precisava de mais nada. Ele conhecia a cura do Filho de Deus e estava livre.

 

Assim poderia ter sido com ele. Ele representa isso para nós. Mas, talvez, ele fosse apenas uma figura inconsciente do caminho do Filho de Deus para com os pecadores. Pois, pessoalmente, ele não parece entrar em cena. Em vez de ser abstraído e fixado pelo Senhor, em vez de olhar para o rosto do Estrangeiro com admiração e deleite pelas palavras que lhe foram dirigidas, e imediatamente se transferir, tal como estava, em toda a sua tristeza e necessidade, para as Suas mãos, Ele fala de Sua condição atual. Isso é natural, eu sei; acontece todos os dias; o costume do homem. Não precisamos nos maravilhar com isso, nem com o fato de que este homem foi encontrado posteriormente no templo, em vez de estar, como o leproso samaritano de Lucas 17, aos pés de seu Libertador. Estes são apenas os caminhos e obras da mente legalista e religiosa, seja na Judeia ou na Cristandade; pois ela não tem ouvidos para as propostas da graça. E repito, não precisamos nos maravilhar com este homem, este aleijado que foi curado, quando vemos naquele momento uma “grande multidão de enfermos” vagando ao redor daquele tanque incerto e decepcionante, embora o Filho de Deus estivesse na Terra, levando Consigo e n’Ele a salvação sem dinheiro e sem preço, sem dúvida ou demora, para todos os que viessem a Ele; e isso, também, desafiando todo obstáculo ou rivalidade, e independente de toda ajuda ou apoio.

 

Tudo isso nos ensina uma lição. De fato, ensina. O tanque é muito frequentado, Jesus passa sem ser notado! O tanque é procurado, enquanto Jesus tem que buscar e Se propor! Que imagem da religião do coração do homem! Ordenanças, com toda a sua maquinaria incômoda, são esperadas; a graça de Deus que traz a salvação é desprezada! Ou pelo menos essa graça tem que se propor, ser pregada e pressionada, como Jesus em Betesda, enquanto essas ordenanças, como aquele tanque, são lotadas de devotos dispostos todos os dias.

 

Mas, além disso. Este tanque tem sua vizinhança, assim como a si mesma, para nossa inspeção; a cena tem seus acompanhamentos ou seus acidentes para nossa instrução posterior.

 

Lemos aqui: “E aquele dia era sábado”.

 

Nos outros Evangelhos, quando o Senhor é desafiado por realizar Sua obra em tal dia, Ele responde ou com base no caso de Davi comendo os pães da proposição; ou com base nos sacerdotes trabalhando no templo; ou com base numa palavra dos profetas: “Misericórdia quero, e não sacrifício”; ou com base no fato de que eles próprios, Seus acusadores, levavam seus jumentos ou bois, no sábado, para beber água. Mas aqui, nesta ocasião, no Evangelho de João, sendo desafiado com base no mesmo argumento de cura em tal dia, Ele diz: “Meu Pai trabalha até agora, e Eu trabalho também”.

 

Frase maravilhosa! Mas deixe-me primeiro observar quão característica de João ela é. O Senhor não Se coloca aqui, como nos outros Evangelhos, em ocasiões semelhantes, como acabamos de ver, em companhia de Davi, ou dos sacerdotes, ou das palavras dos profetas, ou dos costumes, os costumes comuns e reconhecidos pelos homens, mas sim em companhia com Deus. Não é o que Davi fizera outrora, nem o que os sacerdotes fariam, nem o que os homens, nem mesmo Seus próprios acusadores, faziam todos os dias; mas o que o Pai sempre esteve fazendo neste mundo necessitado e arruinado, que o Senhor alega como o padrão de Suas ações. E na distinta ocasião então diante d’Ele, ao restaurar o coxo no tanque de Betesda, Ele havia dado uma amostra disso.

 

Isto é cheio de caráter. Mas, certamente, também é cheio de maravilhas. “Meu Pai trabalha até agora, e Eu trabalho também”.

 

No princípio, o homem perdeu o sábado. Ao pecar, quebrou o descanso da criação. Perdeu o jardim e tornou-se um escravo na Terra, e para poder viver, ganharia o pão com o suor do seu rosto. Mas quando o homem perdeu assim o seu descanso, o Senhor Deus deixou o Seu e imediatamente começou a trabalhar novamente.

 

Ele santificou o sétimo dia, em memória de ter concluído Sua obra criadora. Descansou então. E, tendo descansado, Ele desfrutou de Seu descanso, caminhando com a criatura que Suas mãos haviam criado à Sua imagem, conforme Sua semelhança, no jardim que Ele havia formado e preparado para ela. Mas quando o pecado entrou, e o descanso da criação se foi, o Senhor Deus não apenas começou imediatamente a trabalhar, mas a trabalhar por Sua criatura que se destruíra a si mesma – como lemos: “E fez o SENHOR Deus a Adão e à sua mulher túnicas de peles (pele – JND), e os vestiu”, vestiu o homem e a mulher, que agora se haviam reduzido a si mesmos à condição de pecadores culpados e expostos.

 

Maravilhosa demonstração de Deus! O glorioso Formador dos céus e da Terra, Aquele cujos dedos haviam acabado de adornar o firmamento acima de nós e cujas criaturas enchiam e adornavam o chão que pisamos, agora volta Sua mão (para que Seu louvor seja lembrado para sempre) para fazer uma cobertura para um pecador. Deus em graça, o Pai de nosso Senhor Jesus, assim começou a trabalhar. E assim, ao longo dos dias do Velho Testamento, Ele foi ativo em amor, demonstrando misericórdia. Ele não estava desfrutando de Seu descanso como Criador de uma obra consumada, mas trabalhando, em graça, em meio às ruínas, com base nos princípios da nova criação, como os patriarcas, os profetas, Israel, as ordenanças da lei e este mesmo tanque de Betesda, em suas diversas formas e épocas, haviam testemunhado. E agora, segundo este modelo, Cristo havia surgido para trabalhar – como testemunha o aleijado curado deste capítulo. De modo que, estando à margem dessa água mística, e com o homem curado diante d’Ele, Ele pôde dizer: “Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também”.

 

Maravilhoso! O descanso foi deixado, e o trabalho foi reiniciado. A coluna do deserto era “como uma verdadeira figura” a isso. Depois de deixar o Egito, Israel perdeu o descanso de Canaã que lhes havia sido prometido, para onde haviam ido e para onde estavam viajando. E tiveram que vagar fora desse descanso por quarenta anos. Mas a coluna de nuvem, ou melhor, a glória que nela habitava, também seria uma errante. Se Israel, como Adão, tivesse perdido seu descanso, o Senhor Deus de Israel ficaria de bom grado sem Seu descanso.

 

E assim a nuvem percorreu com o arraial, rememorando a graça divina do Senhor Deus no princípio. O Deus de Israel era como o Deus da criação havia sido; pois Ele “é o mesmo ontem, hoje e eternamente”.

 

O evangelho é um grande sistema de trabalho, operado pelo Pai, Filho e Espírito Santo. E com base na autoridade do que foi feito, com base no que o próprio Deus operou na redenção consumada dos pecadores, Jesus, no evangelho, ainda Se volta para o homem culpado e desamparado, e diz a cada um e a todos: “Queres ficar são?”

 

Certamente a sequência é bem ponderada. Betesda reflete o Filho de Deus, o Salvador. A casa da misericórdia e o Senhor e Dispensador da misericórdia estão presentes. Mas, embora O reflita em sua medida, O destaca em uma medida um pouco maior. Faz com que a glória e as riquezas de Sua graça brilhem com mais intensidade por causa de seu próprio fundo tênue e escuro; e, assim como nas ordenanças mosaicas, também neste tanque perto da Porta das Ovelhas, O temos tanto por contraste quanto por semelhança.

 

Deixe-me acrescentar, como uma reflexão sobre este tanque perto da Porta das Ovelhas, que o alívio que a graça proporcionava, na era da lei, era apenas ocasional; como já observei; como por um juiz ou um profeta – e como também o anjo que agita esta água de vez em quando testemunha.

 

Mas agora, nesta era do evangelho, a graça ou a salvação de Deus é o que permanece, o que é ministrado. “Eis aqui agora o dia da salvação” (ARC). E, no entanto, não duvido que existam períodos especiais ou ocasionais de atuação e visitação peculiares do Espírito. Há “dias da visitação” agora, como houve antigamente; embora seja plenamente verdade que o presente é uma dispensação da graça, como antigamente não havia sido. A cidade de Corinto teve tal tempo concedido a ela, assim como Jerusalém teve antes dela (Lucas 19:41; Atos 18:10). Indivíduos, da mesma forma, têm tais tempos (1 Pedro 2:12); e, de fato, se Betesda testemunhou isso em Jerusalém em outros dias, tempos de reavivamento, como os chamamos, testemunharam o mesmo no curso da era da Cristandade.

 J. G. Bellett



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