Breves Meditações - Parte 5/14
- J. G. Bellett (1795-1864)

- 29 de jul.
- 24 min de leitura
Atualizado: 2 de out.

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ÍNDICE
Breve Meditações
Parte 5
J. G. Bellett
Êxodo 6 e 34
Em Êxodo 6, o Senhor anuncia Seu nome. É um nome adequado à condição de Israel na época. Eles estavam gemendo no Egito. Feitores os oprimiam. O Senhor permite que O aprendam em características de fidelidade, graça e força, exatamente adequadas a tal condição. Ele lhes diz que Se lembrou deles, ouviu suas tristezas, tinha Seus compromissos com seus pais diante de Seus pensamentos e estava prestes a Se levantar para libertá-los. Eles estavam oprimidos, e Ele era um Redentor – isso era tudo – esse era o nome que Ele estava anunciando, porque esse era o nome que eles precisavam; esse era o caráter que suas circunstâncias precisavam encontrar n’Ele.
Em Êxodo 34, Ele publicou Seu nome novamente. Mas é um nome muito diferente, um nome que se refere não a inimigos fortes, mas a um povo desobediente e rebelde – um nome, portanto, cheio de graça perdoadora, e não de força libertadora. Pois este era o novo nome de que a condição então presente de Israel necessitava. O povo agora se perturbava, e era perdão que eles queriam; antes, o Egito os perturbava, e era força e libertação que eles precisavam.
Conectados com o perdão, eles aprendem que Deus os corrigirá ou disciplinará até a terceira ou quarta geração.
Quão maravilhosas são estas duas publicações do Seu nome! Que belo testemunho nos dão de que, se tão somente O invocarmos, Ele nos tratará conforme as necessidades da nossa alma. Se outros estiverem contra nós, Ele nos livrará; se nós mesmos estivermos em falta, Ele nos corrigirá, mas perdoará.
Êxodo 12-13
No início de Êxodo 12, encontramos o início do ano alterado. Não é dito por que deveria ser assim, mas simplesmente: “este vos será o primeiro dos meses do ano”. Isso foi uma indicação ao povo de Israel de que eles deveriam entrar em alguma nova conexão com Deus, assumir algum novo caráter diante d’Ele, ou ser reconhecidos em algum novo relacionamento; e que isso era necessário. “Este mesmo mês vos será o princípio dos meses”. E isso lhes foi dito enquanto ainda estavam no Egito, o lugar da morte e do julgamento, o lugar da natureza ou da carne.
A indicação dada logo no início foi explicada muito rapidamente: “Deus é o seu próprio intérprete” – pois no momento seguinte a congregação é apresentada ao Cordeiro de Deus, cujo sangue deveria protegê-los da espada do anjo; isto é, ser sua plena defesa e resposta ao trono do julgamento, onde a justiça se assenta.
Isto é simples, claro e bendito. Isso é imediatamente ensinado a Israel: que o novo caráter no qual eles agora deveriam andar com Deus era o de um povo comprado por sangue, uma geração redimida e resgatada. Esta era a forma que a nova vida, o novo ano, em que agora entravam, deveria assumir. Esta era a sua nova criação, o seu segundo nascimento. Eles agora eram criaturas novas, sendo pecadores reconciliados.
Esta verdade assume uma forma do Novo Testamento em 2 Coríntios 5:16-19. A nova criatura é aquele pecador que anda com Deus na fé e na consciência de reconciliação. “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura [criação – TB] é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo. E tudo isto provém de Deus, que nos reconciliou Consigo mesmo por Jesus Cristo”. Este é o homem iniciando o ano novo, entrando em uma nova vida, sendo uma nova criatura, como um pecador reconciliado pelo sangue pascal de Jesus. Assim também em 1 Pedro 1:23. Ele é declarado ter nascido de novo pela Palavra que o evangelho lhe pregou; e esse evangelho é a mensagem da redenção pelo sangue do Cordeiro. Por meio disso, ele se torna como que primícias das criaturas de Deus (Tiago 1).
A indicação inicial de uma nova condição de criatura que tivemos aqui no capítulo 12 de Êxodo é logo interpretada – e a interpretação é confirmada por uma ou outra Escritura no Novo Testamento. Mas há muito mais do que isso nas analogias entre esses capítulos e as Escrituras do Novo Testamento[1].
[1] A estrutura de João 3 é semelhante à deste Êxodo 12. Pois ali o Senhor começa falando da necessidade de nascer de novo, ou de ser uma nova criatura, mas só depois interpreta como isso deve ser (veja o versículo 14 e 15).
No final do capítulo 12, encontramos Israel, agora redimido, agindo sobre os outros. Eles são ensinados a como tratar os “estrangeiros”. Deveriam dizer-lhes que eram tão bem-vindos para entrar nas regiões da nova criação assim como eles próprios eram – para que pudessem comer da Páscoa com eles ou celebrar a redenção com eles; apenas deveriam ser circuncidados assim como eles haviam sido. Deveriam renunciar a si mesmos na carne, ou à condição da velha criação, e então poderiam entrar no novo ano com eles, a nova vida, a nova criação de Deus em Cristo Jesus. Não deve haver confiança na carne, mas se gloriar em Cristo Jesus – esta é a circuncisão (Filipenses 3:3).
Os Atos dos Apóstolos, no Novo Testamento, são o testemunho principal e formal e o depositário deste ministério evangélico dos redimidos. Em Êxodo, os santos são vistos dirigindo-se a “estrangeiros”, e fazendo-o no estilo simples dessa Escritura – Êx 12:43-49. De modo que ainda respiramos a atmosfera do Novo Testamento quando lemos estes versículos. Estamos em companhia do Espírito que posteriormente inspira o Livro de Atos. Na reconciliação do sangue pascal, o sangue do Cordeiro de Deus, dizemos a todos ao nosso redor que o reino é deles por terem nascido de novo, por sua fé n’Aquele que morreu pelos nossos pecados e ressuscitou para a nossa justificação. “Somos embaixadores por Cristo, como se Deus por nós vos exortasse”, ainda dizemos aos “estrangeiros”: “Rogamo-vos, pois, por Cristo que vos reconcilieis com Deus” (veja o capítulo já citado, 2 Coríntios 5:20-21 – AIBB).
Quão doce, quão convincente, quão precioso é isso, encontrar-nos assim na mente e com os princípios do Novo Testamento, enquanto lemos esses Oráculos muito antigos do Velho Testamento! – Mas há mais disto.
O santo deve cuidar de si mesmo, bem como dirigir-se aos “estrangeiros”. E cuidar de si mesmo, ordenar seus caminhos, nutrir sua alma nas peculiaridades do chamado de Deus e segundo a mente do Espírito. Isso encontramos a seguir no capítulo 13; e isso também encontramos, formal e caracteristicamente, nas epístolas do Novo Testamento.
No capítulo 13, vemos o israelita de Deus, agora redimido pelo sangue e, portanto, colocado na presença e comunhão de Deus, comportando-se de acordo com seu lugar e chamado. Ele encontra suas fontes em Deus, seus motivos, aprovações e virtudes eficazes e secretas estão naquilo que Deus fez por ele. Ele se purifica – celebrando a festa dos pães asmos; ele se devota e se dedica – entregando seu primogênito e o primeiro de suas crias ao Senhor; e se lhe perguntarem por que toda essa purificação de si mesmo, por que toda essa devoção, ele simplesmente alega o que o Senhor tem feito por ele, quando estava no Egito, como escravo ali, no lugar da morte e do juízo. Isso é tudo o que ele tem a dizer, embora seja desafiado repetidamente. Suas fontes de vida moral são conhecidas por brotarem da salvação de Deus.
Isto é verdadeiramente bendito. Isto diz ao Deus vivo: “todas as minhas fontes estão em Ti”. E esta é a linguagem da nova criatura em Cristo Jesus, como vimos nas epístolas do Novo Testamento. De modo que, neste capítulo 13, ainda estamos, como eu disse, na atmosfera do Novo Testamento. Pois ali estão as misericórdias que recebemos, as promessas que nos foram feitas, a graça que trouxe a salvação, o fato de termos sido comprados por preço, o grande mistério evangélico de que somos lavados de nossos pecados, um povo aspergido, redimido e santificado, que são reconhecidos como as fontes do comportamento moral e da devoção pessoal – naturalmente, por terem sua eficácia em nós pela presença e poder do Espírito Santo (veja Romanos 12; 2 Coríntios 7; Tito; 2; 1 Coríntios 6; Romanos 6).
E outra lembrança do caráter que encontramos no Novo Testamento está nos versículos 3 e 4 deste mesmo capítulo. Lá, Israel é instruído a “lembrar-se” do dia de sua libertação. Isso certamente está, como eu disse, no caráter ou espírito do Novo Testamento. Tanto assim, que a ordenança permanente no meio dos santos nesta era evangélica é uma festa de lembrança (1 Co 11:23-26). E outras Escrituras do mesmo Novo Testamento nos ensinam que essa lembrança deve ser a própria ocupação da eternidade, ou da vida dos redimidos na glória (Ap 1:5; 5:9).
Todos nós estamos em lugares mais ricos do que imaginamos e temos um interesse em Cristo muito mais rico do que estamos dispostos a admitir. Muitas almas vivificadas mal ousam se firmar na justificação de si mesmas; e, no entanto, leem sobre “justificação de vida” (Rm 5:18). “A glória de Deus” em sua própria história como pecadores que receberam Jesus ainda precisa ser aprendida em alguns de seus resplendores mais além.
Isso me faz lembrar da coluna de nuvem que acompanhava o arraial de Israel – e estou muito atraído por esse objeto para não me desviar e contemplá-lo por um breve momento.
Israel no Egito tinha um testemunho maravilhoso do que Deus era para eles. Praga após praga, da qual haviam sido preservados, varreu aquela terra; e na noite do Anjo destruidor, o sangue na verga da porta os abrigou. A coluna de nuvem também começara a guiá-los na saída da terra. Mesmo assim, depois de tudo isso, quando chegaram a ficar entre o exército do Egito e o Mar Vermelho, tudo isso era como algo esquecido. Eles temeram e murmuraram.
Como somos lentos para aprender, como somos lentos de coração para crer nos segredos da graça e da fidelidade de Deus! Quer Israel esteja à beira do deserto, diante da coluna de nuvem, ou, como eu poderia dizer, quer os discípulos estejam diante do túmulo de Lázaro, na presença de Jesus (Êx 14, João 11), nós vemos isso.
Mas Ele prova repetidamente que não é n’Ele que estamos estreitados.
Aquela coluna mística, como posso chamá-la, acompanhou o arraial por todo o caminho, desde o coração da terra do Egito até as fronteiras da terra de Canaã; isto é, desde o momento em que foi necessário até que não fosse mais necessário.
Isso nos permite saber, da mesma forma, que ela possuía muitas e variadas virtudes, todas elas adequadas às crescentes e mutáveis exigências do povo. Ela não percorreu esse caminho senão por causa de Israel. Estava ali porque Israel estava ali. Ela era, portanto, o que Israel precisava que fosse. Foi a condição do arraial, seja qual for, que revelou suas secretas glórias e virtudes. Esse era o seu caráter. Assim lemos sua história.
Assim que Israel foi redimido pelo sangue na verga da porta e iniciou sua jornada, esta coluna os encontrou e se pôs diante deles para ser seu guia. Eles estavam prestes a entrar em um deserto sem trilhas. Nenhum homem morava onde Israel logo viajaria. Não havia marcos, nem placas de sinalização ali. Sua aridez exigiria pão do céu, sua seca exigiria água da rocha, mas sua ausência de trilhas certamente faria necessário um Líder – e Aquele que lhes abriria os depósitos dos anjos e os rios nas rochas, ergueria para eles uma coluna que seria nuvem durante o dia e fogo à noite, para que pudessem continuar seu caminho, seja de noite ou de dia. E assim seriam independentes de estradas e placas de sinalização no deserto sem trilhas, assim como seriam independentes de campos de trigo e de vinhas no deserto árido.
Mas a coluna era muito mais do que isso para Israel. Não era apenas nuvem e fogo alternadamente, como dia e noite se sucediam, era também luz e trevas ao mesmo tempo, quando Israel precisava de tal coisa.
O exército do Egito havia saído e estava pressionando os calcanhares dos filhos de Israel; e então a coluna se colocou entre os dois exércitos; e em vez de ser iluminada e luminosa por toda parte, tornou-se em trevas do lado voltado para os egípcios e luz do lado voltado para os israelitas, de modo que um não podia se aproximar do outro. Era um escudo agora, como havia sido um condutor antes. Era exatamente o que o povo precisava. Este é o relato devido a ser dado a ela. Esse era o seu modo de agir. Expressava a graça d’Aquele que agora havia salvado Israel. É, alternadamente, nuvem e fogo, conforme o arraial precisar; luz e trevas ao mesmo tempo, se precisarem disso.
E muito mais ainda. Há Alguém que fez daquela nuvem Sua morada, cujo olhar provará a derrota de todos aqueles que tramam o mal contra o arraial. A flor do Egito murcha sob ela; os cavalos e carros do Faraó afundam no Mar Vermelho diante dela. “o SENHOR, na coluna de fogo e de nuvem, viu o campo dos egípcios; e alvoroçou o campo dos egípcios, e tirou-lhes as rodas dos seus carros, e fê-los andar dificultosamente” (ARC).
Que glórias preenchem aquele lugar maravilhoso – que energias e virtudes para o uso de Israel! E como estas se revelam quando Israel precisa delas!
E mais ainda. Pode expressar repreensão e ressentimento quando isso se torna disciplina salutar para Israel. Nos dias de suas murmurações repetidas, a glória na nuvem os faz saber que seu repouso havia sido perturbado. Ela lhes aparece no dia do maná, dos espiões e da rebelião de Corá; e eles a veem na consciência da ira divina e justa. É como o ressentimento do Espírito entristecido, do qual o santo de Deus agora está consciente. E tudo isso mostra que a nuvem não era simplesmente a companheira, mas a companheira interessada do arraial. Ela sentia com eles, bem como por eles, em sua condição.
Mas, novamente, descobrimos que, se assim repreendia e se ressentia quando a disciplina era exigida, estava pronta com toda a prontidão para acolher e responder às aproximações da fé. Quando o tabernáculo foi erguido pelo povo disposto e obediente, e neles a fé aceitou as comunicações que o Senhor lhes fizera por meio de Moisés a respeito da ordem, mobília e serviços de Sua casa, como a glória imediatamente e com evidente deleite encheu aquela casa, e a nuvem repousou sobre ela (Êx. 40)! Com que inteireza de coração e alma o Senhor reconheceu o lugar onde a fé havia encontrado as ricas provisões de Sua graça!
Oh, quanta glória e virtude se veem nesta mística companheira do arraial de Israel! Ela tem a luz para guiá-lo, terror para seus inimigos, um escudo tão impenetrável quanto as próprias trevas espessas como sua segurança; tem repreensões para sua teimosia e os mais ricos e prontos encorajamentos e consolações para sua fé; e, além disso, ela é incansável até o fim, e servirá a Israel até que não precisem mais dela.
Vemos isso em Deuteronômio 31. Ali, a coluna paciente, graciosa e fiel, como posso chamá-la, é vista novamente, justamente quando a jornada pelo deserto está se encerrando.
O arraial havia trazido sobre si mesmo uma peregrinação de quarenta anos, quando eles poderiam ter viajado apenas alguns meses. Eles são enviados de volta de Cades-Barneia para o Mar Vermelho, por causa de seu pecado e provocação, mas a coluna certamente voltará com eles. Ela contornará uma montanha devastada após a outra, e tomará o caminho de um deserto a outro, se Israel houvesse se submetido a essas peregrinações pelo deserto. E ela é incansável. Vemos isso no final, como dissemos, em Deuteronômio 31, como a vimos no início, em Êxodo 13.
E agora, a aplicação de tudo isso se apresenta por si mesma com facilidade.
Como lemos na bendita história dos evangelistas, os discípulos viam os feitos do Senhor dia após dia; e, no entanto, apesar de tudo isso, estavam sempre sem saber o que fazer, quando novas dificuldades surgiam. A fome da multidão na praia era demais para eles; os ventos e as ondas do lago eram demais para eles. O Senhor teve que revelar repetidas vezes, como a coluna do deserto, as virtudes secretas que estavam n’Ele para a repreensão e iluminação deles. Suas glórias em graça e poder, Sua soberania sobre as forças da natureza e Seus recursos diante da esterilidade da natureza, tudo foi revelado de acordo com a necessidade do momento.
E, como a coluna, Ele era incansável. Ele acompanhou os discípulos do início ao fim. E foi certamente paciente, sofrido, infatigável. Ele os acolheu como pescadores ignorantes nas margens do mar da Galileia, e Ele nunca os abandonou, embora no final os tenha encontrado praticamente os mesmos pescadores ainda ignorantes. “Estou há tanto tempo convosco, e não Me tendes conhecido, Filipe?”, Ele teve que dizer, justamente no final de Sua jornada com eles. Mas então, uma nova revelação de Si mesmo é feita em resposta a isso; outro raio de Sua glória brilha, e Ele acrescenta: “quem Me vê a Mim vê o Pai”.
E assim acontece novamente, da mesma maneira, na eminente ocasião do capítulo 11 de João. O Senhor permite que a doença de Lázaro termine em morte. Ele permanece onde estava até poder dizer: “Lázaro... dorme” – pois então Ele poderia Se manifestar nesta forma de glória divina: “vou despertá-lo do sono”. Era no túmulo, e não meramente no leito de enfermo, que Ele deveria ser manifestado ou glorificado. Era no lugar do fruto pleno e do triunfo aparente e temporário do pecado, que “a glória de Deus” deveria ser vista. Nenhum lugar menor poderia dar ocasião à manifestação dessa glória em sua forma mais brilhante. E ali, também, os discípulos aprenderiam as provisões inesgotáveis que Ele carregava em Si para suprir todas as necessidades deles e consumar todas as suas bênçãos.
Muito da glória divina, na Pessoa e nas obras de Cristo, já havia sido revelada à família de Betânia e aos discípulos que agora se reuniam junto ao túmulo de Lázaro. André e Filipe, muito antes disso, haviam deixado a presença do Cordeiro de Deus, satisfeitos e felizes (João 1). Pedro O reconhecera como Aquele que tinha palavras de vida eterna (João 6). João e Tiago, assim como Pedro, presenciaram a Transfiguração (Mateus 17). A querida família de Betânia O havia acolhido e recebido, servido com o que tinham de melhor e ouvido Suas palavras com corações arrebatados (Lucas 10). Estas estão entre as muitas testemunhas que já haviam dado, em seus vários testemunhos, o que Ele era e Quem Ele era, na presença daquele povo que agora estava ao redor do túmulo de Lázaro. E, no entanto, todos eles estavam revelando sua ignorância quanto à plena glória que Lhe pertencia e das energias divinas que n’Ele se originavam e estavam prontas para se exercitarem de acordo com a Sua boa vontade. Nenhum deles sabia ainda que Ele poderia dizer de Si mesmo: “Eu sou a ressurreição e a vida”. Todos falavam da morte. Havia virtude no “último dia”, eles podiam reconhecer (v. 24); mas nenhum deles estava no segredo da “primeira ressurreição”. Eles O conheceram como o Cristo e foram a Ele como pecadores, vendo Sua glória (como me permito expressar isso) junto ao túmulo da alma deles, mas ainda não contavam em vê-la junto ao túmulo do corpo deles quando fosse do Seu agrado que assim acontecesse.
Havia um tesouro adicional n’Ele, e n’Ele para eles, que até então não haviam apreendido. A coluna de nuvem onde a glória habitava continha virtudes para o uso de Israel, com as quais este Israel do Novo Testamento, como seus irmãos de outrora, não contava. Pois todos nós estamos em lugares mais ricos do que imaginamos. E o Mestre paciente e gracioso ainda continua conosco até as margens do Jordão. Pedro havia descoberto sua condição mortal, sem o Filho do Deus vivo, e, portanto, disse a Ele: “Para Quem iremos? Tu tens as palavras da vida eterna” – mas Pedro ainda precisa aprender que o sepulcro no jardim está vazio (João 20), e que o sepulcro em Betânia também estará. Pois ele estará na companhia de seu divino Mestre até o fim, embora ainda conheça tão imperfeitamente as glórias e virtudes que jazem ocultas naquela coluna deste mundo deserto e arruinado.
Êxodo 33-40
Um segredo estranho e maravilhoso se revela à medida que passamos dos capítulos iniciais de Gênesis para os capítulos finais de Êxodo. Refiro-me a estes fatos: em um, vemos o Senhor Deus preparando uma morada para o homem; no outro, vemos o homem preparando uma morada para o Senhor.
No início de Gênesis, o Senhor Deus constrói os céus e a Terra e os mobilia. Ele então planta um jardim no Éden, o local escolhido na Terra para esse fim, e ali coloca o homem que havia criado, abençoa-o com toda sorte de bênçãos, coroa-o e enriquece-o, e lhe dá uma companheira ajudadora, para que ele possa expressar a plenitude de um coração que transborda de satisfação.
Sabemos como o homem sujou e perdeu este seu belo estado, e foi expulso, em julgamento justo, do jardim para cultivar a terra para um sustento comum. Mas o Senhor Deus também Se tornou um estranho em Sua própria criação. Um cenário de poluição e corrupção, sem julgamento, não poderia ser Seu lugar. Ele não poderia descansar nele e ser revigorado por ele, como outrora o fora à vista da criação, ao surgir sob Sua mão, limpa, pura e perfeita. Ele visitou Seus eleitos que estavam nela; mas quando Ele terminou de falar com tais pessoas, como lemos, “Ele Se retirou”. O pecado a contaminou e O separou dela.
Isso continua.
Com o passar do tempo, Ele separa um povo para Si, dentre as nações desta Terra contaminada. Ele os redime para Si por sangue, e eles se tornam o Seu próprio povo, separado, posso dizer, como Ele próprio já era. E este povo, no devido tempo, da maneira adequada e com o caráter correto, prepara para Ele uma morada, um tabernáculo para a entrada e ocupação da glória, como vemos no final do Livro do Êxodo.
Assim como antigamente os céus e a Terra foram criados, o jardim do Éden foi plantado e o homem estabelecido nele como sua morada, coroado e desposado, e satisfeito em plena medida de bem-aventurança, e tudo isso vindo de Deus para ele, agora o tabernáculo é feito, mobiliado e erguido pelo homem para Deus, e a glória entra nele e a nuvem repousa sobre ele, e o Senhor Deus Se deleita em Sua nova morada, como Adão tinha se deleitado na sua.
Isso é maravilhoso. Há algo misteriosamente excelente e precioso nesse contraste entre o início de Gênesis e o final de Êxodo. Mas temos mais a observar do que isso.
Foi, naturalmente, em soberana prerrogativa, no exercício de Seu próprio e elevado beneplácito de Sua vontade, que o Senhor Deus, no princípio, edificou e mobiliou um lugar para o homem; agora, é em obediência, que o homem prepara um lugar para Deus. O próprio Senhor Deus havia ordenado que este tabernáculo fosse construído. Ele havia mostrado cada parte dele, em modelos, a Moisés; e em plena e exata conformidade com tais modelos todas as coisas agora haviam sido feitas. Assim como havia sido prescrito pelo Senhor, assim tudo foi feito por Israel; e assim como o próprio Senhor havia contemplado tudo quanto havia criado e feito, de acordo com Seu divino beneplácito, e o havia declarado bom, e nele repousado e o abençoado, assim Moisés agora contempla tudo quanto Israel havia feito, e estando de acordo com o mandamento e a prescrição de Deus, assim Moisés, da mesma maneira, (por assim dizer), o declarou bom, e abençoou o povo. E então, mantendo tudo em Sua mão soberana, o Senhor ordena a Moisés que junte tudo e o levante em sua forma de santuário; e Moisés fazendo isso, ainda no espírito de obediência, o Senhor, nos símbolos da nuvem e da glória, toma posse dele como Sua habitação.
Aqui está, repito, algo maravilhoso, algo misteriosamente excelente; que, embora o Senhor construa para o homem, e então o homem construa para o Senhor, ainda há uma distância infinita entre eles; o Senhor fazendo isso de acordo com a vontade de Seus soberanos direitos e prazer, o homem fazendo isso simplesmente como obediente.
No entanto, há muito mais para ser visto aqui.
Esta construção de uma morada para Deus foi, como vemos, um ato de obediência, e a obediência da fé, obediência a uma revelação. A desobediência a um mandamento, a violação da lei, havida no princípio privou Deus de ter um lugar em Sua própria criação; mas agora, a obediência, a obediência da fé a uma revelação, havia construído para Ele um lugar para Sua glória. Mas ainda temos que ver quem eram aqueles que foram tão obedientes, em que caráter o povo de Israel havia levantado este tabernáculo para a glória. E aqui somos apresentados a uma verdade muito bendita e necessária.
Precisamos voltar do capítulo 40 ao capítulo 33 para obter satisfação com isso; mas ali ficamos abundantemente satisfeitos e somos instruídos com muita graça e alegria.
Israel havia se destruído a si mesmo sob a lei, sob a sua própria aliança, ou seja, a antiga aliança. Tendo feito o bezerro de ouro, eles quebraram o primeiro mandamento da lei e seriam eliminados da terra. Mas o Mediador suspende a execução da justiça; e sob suas palavras (trazidas a eles pelo Senhor), eles assumem um novo lugar, assumem um novo caráter; despojam-se de seus ornamentos e buscam o Senhor no lugar para onde Ele havia Se retirado, fora do arraial deles.
Isto era, por convicção, tomar o lugar dos pecadores aos olhos de Deus. E isto era algo novo. Mas esta era a única coisa que o Senhor poderia de fato reconhecer. Era a única coisa verdadeira, o único lugar real; pois eles eram pecadores, e precisavam estar como pecadores diante d’Ele. Mas, estando convictos, eles deixaram o mediador saber que ele era toda a sua confiança. Eles o observam enquanto ele entra no lugar para onde Deus havia descido, deixam suas tendas, ficam, cada um à sua porta, e dali, convictos e humilhados, enquanto se curvam e adoram, olham para o mediador.
Isto foi belo – o segundo passo no caminho de um pecador convicto. Despidos de seus ornamentos, eles saem do arraial, como se estivessem imundos, e deixam o mediador saber que ele é toda a sua confiança. E ele não os decepciona, ele não poderia decepcioná-los. Não vou me aprofundar na cena de sua comunhão com o Senhor, enquanto estão juntos face a face, falando como um homem fala com seu amigo. Mas isto podemos ver, e isto podemos dizer – que Moisés usa seu lugar e sua intimidade, totalmente em prol da causa de Israel. A sinceridade com que ele roga ao Senhor que reconheça Israel como Seu povo e lhes conceda o benefício da graça na qual ele próprio se encontrava, é belo de se ver; e sabemos que em tudo isso ele representa Alguém maior do que ele mesmo, que ele é apenas a sombra ou reflexo do verdadeiro e único Mediador. Mas ele consegue. Ele não pôde, como propunha, fazer expiação por eles – isso está na mente d’Aquele que, no rolo do livro, como está escrito a Seu respeito, disse: “Eis aqui venho”, para Quem um “corpo” foi preparado – mas ele consegue ter o Senhor e o arraial juntos novamente, sob a promessa de que Canaã seria alcançada. O mediador não decepcionou as esperanças do povo. Ele esteve afastado deles durante todo esse tempo. Eles não o viam, mas ele os servia na presença de Deus com este amor sincero, devotado e abnegado.
Por fim, ele retorna a eles e traz consigo, por assim dizer, duas coisas: glória em seu semblante e os modelos do que ele viu no monte. A glória que ele carregava em seu semblante era a expressão da lei, e eles a achavam intolerável; os modelos eram as sombras dos bens futuros, testemunhas da graça, ou das provisões de Deus para os pecadores, e eles são chamados a adotá-los como seu único meio de bênção. Eles o fazem. Esta era a obediência da fé, a obediência prestada por pecadores convictos à revelação das provisões de Deus em graça para sua condição. E com total fervor de coração eles prestam este serviço de fé. Eles trazem suas ofertas para esta obra com corações voluntários e trabalham nesta obra com mãos hábeis e divinamente instruídas.
Tudo isso é muito feliz, na verdade, muito necessário, de se ver. Pecadores convictos, que pela fé aceitaram a provisão de Deus para sua condição arruinada, eram os artífices deste tabernáculo que o Senhor estava prestes a ocupar. E eles o fazem com corações prontos, inflamados por Sua graça, e com mãos hábeis, dotadas por Seu Espírito.
Tudo isso deve ser considerado principalmente. Quando falamos do homem preparando uma morada para o Senhor, é apenas sob um caráter como este, e de uma maneira como esta, que tal obra poderia ser feita. Deus nada poderia receber do homem, a não ser que o homem tomasse o lugar de um pecador convicto. Mas, se ele se humilhar, Deus pode exaltá-lo. Que ele receba pela fé as provisões de Deus para o seu estado de culpa e juízo, e então o Senhor receberá dele tributo, serviço e adoração, e, como demonstrado nestes grandes capítulos, uma morada para a Sua glória. Pois Salomão, falando por inspiração de Deus, diz, como de fato Moisés e o arraial obediente do deserto poderiam ter dito, no final do Livro do Êxodo: “O Senhor disse que habitaria nas trevas. E eu Te tenho edificado uma casa para morada, e um lugar para a Tua eterna habitação” (2 Crônicas 6).
O que pode ser mais grandioso e excelente nos caminhos de Deus e Sua graça! O evangelho resplandece aqui em muito de seu esplendor – pois o Senhor está ali aceitando os serviços de pecadores convictos que, pela fé, usam Sua provisão para seu estado de ruína e condenação. Sim, Ele ainda habita em santuários que a fé, por meio da operação de Seu Espírito, prepara para Ele – como, falando do Pai e de Si mesmo, o Senhor Jesus diz a respeito de cada um de Seus santos amorosos: “Viremos para ele, e faremos nele morada” – e o apóstolo fala da assembleia dos santos como “morada de Deus em Espírito” (João 14, Efésios 2).
E em conexão com isso, deixe-me dizer, de que maneiras maravilhosas o Senhor Jesus, o Cristo de Deus, é mais do que um Reparador de todas as fendas, ou do que um Restaurador de veredas para nelas habitar. Ele certamente é isso, mas Ele é mais do que isso.
Sabemos como tudo o que foi confiado ao homem, de tempos em tempos, falhou nas mãos do homem e decepcionou (falo como homem) as expectativas divinas. Adão no Éden ou na bela criação imaculada. Noé no novo mundo. Israel em Canaã. A casa de Davi no trono. A casa de Levi no santuário. O gentio com a espada e o poder, como um deus terrenal. O castiçal. Tudo se provou falso. Mas todos os propósitos, todas as expectativas divinas em cada um e em todos eles, serão respondidos e realizados por Cristo. A Terra florescerá novamente. Israel, Davi e Levi, povo, rei e sacerdote, estarão todos em seus devidos lugares e serviços nos dias do Messias. O governo do mundo será em justiça, e a Igreja será apresentada em plena beleza, uma Igreja gloriosa e sem mácula.
Tudo isso será assim, como nas mãos do grande Reparador de todas as fendas. Mas mais do que isso. No princípio, o Senhor Deus preparou um sábado. Adão o profanou. No devido tempo, Jeová preparou outro sábado em Canaã e em Salomão. Israel e a casa de Davi o profanaram. Mas agora, abençoado por poder contá-lo, Cristo preparou um sábado para Deus. “tendo consumado a obra que Me deste a fazer”, disse Ele, dirigindo-Se ao Pai. E Deus entrou neste sábado. Ele descansa na obra consumada do Senhor Jesus; e Ele descansará nela para sempre.
Mistério maravilhoso e precioso! O homem, o primeiro homem, Adão, profanou o sábado que Deus havia santificado; o Homem, o Segundo Homem, Cristo, aperfeiçoou e preparou um sábado para o Senhor Deus, e Ele o desfrutará para sempre.
Podemos muito bem dizer que Cristo é um Reparador de fendas, sim, e muito mais, para Seu louvor, em admiração pelos caminhos de Deus.
Êxodo 33 – Levítico 9
Depois que o povo foi convencido do pecado, quando fez o bezerro de ouro, é-nos mostrado, creio eu, como eles aprenderam sobre Cristo e encontraram seu alívio n’Ele, vestindo vestes de louvor em vez do espírito de tristeza.
Eles são vistos em Êxodo 33 contemplando o mediador enquanto ele entra no tabernáculo da presença divina – a atitude deles ali revela a ansiedade da alma em encontrar algum remédio fora de si mesmos para todo o mal poderoso e fatal que eles mesmos tinham acabado de causar.
Quando Moisés retorna do monte pela segunda vez (cap. 34), carregando as tábuas de pedra, seu rosto brilha com um brilho que eles consideram intolerável. Eles não haviam alcançado o “fim da lei” e, portanto, estando convictos, não podiam suportar a lei. Eles a suportaram no capítulo 24:17. Eles estavam vivos “sem a lei” naquela ocasião; isto é, eles não conheciam sua própria condição como pecadores e o caráter intransigente da lei, e olhavam para a glória ardente sem se deixarem abater. Mas agora que “reviveu o pecado”, isto é, o pecado foi entendido corretamente pela consciência deles, porque “vindo o mandamento” com poder, eles “morrem”, eles tomam a sentença de morte sobre si mesmos, e o rosto de Moisés, representando a lei, é intolerável (veja Romanos 7).
Moisés então lhes fala sobre o tabernáculo, seus móveis e provisões, e eles imediatamente se puseram a fazer tudo o que ele lhes dissesse. Seu estado de convicção explica isso. Consiga uma alma hoje sob convicção, e ela prontamente atenderá a qualquer Moisés, a qualquer um que ele saiba estar mais perto do Senhor do que ele, e no segredo da paz. “Bom Mestre, que bem farei?” é a linguagem de tal pessoa. E aqui – a congregação convicta, ainda ignorante do alívio, sentindo sua angústia presente e espanto de coração, ouve com alegria a palavra de Moisés e faz tudo o que ele ordena. O zelo deles é tal que eles precisam ser contidos (cap. 34); pois tudo o que podem fazer pode muito bem ser feito para escondê-los de si mesmos e da glória intolerável da lei.
A obra prossegue, e o tabernáculo é montado (cap. 40). Todos os materiais separados são colocados em ordem; a casa de Deus toma sua devida forma; os lugares santos e os pátios, as moradas da arca, da mesa, do candelabro e dos altares, todos são dispostos em suas devidas relações uns com os outros, a glória entra na casa, e a nuvem a cobre.
Mas o povo não está aliviado. Eles obedeceram às instruções, mas ainda não apreenderam a Cristo. Foram levados à convicção e também conduzidos aos materiais de sua libertação, se assim posso dizer. O caminho de escape lhes é mostrado, mas eles ainda não o entendem, nem podem, portanto, usá-lo ou regozijar-se nele. Muitos ouvem tudo sobre Cristo, mas ainda não conhecem o Seu valor para si mesmos.
A cena, no entanto, prossegue. Moisés recebe instruções quanto às ofertas. (Lv 1-7). Tudo isso lhe é detalhado de forma ampla e completa; mas o povo não é tratado, muito menos aliviado. A hora, porém, está próxima.
Moisés é instruído a levá-los todos à porta do tabernáculo – não com o propósito de fazer o tabernáculo e seus móveis, mas de apreendê-los. E, consequentemente, eles se posicionam à porta desta casa mística, enquanto Arão é consagrado e realiza todos os serviços de seu ofício. Eles lhe trazem sua oferta pelo pecado. Isso eles nunca haviam feito antes. Eles lhe trazem sua oferta pelo pecado e veem Arão realizar os serviços do altar por eles. E então – a glória aparece, e o fogo do céu consome o sacrifício do altar (Lv 8-9). Eles veem isso, cada um por si, e ficam aliviados. Eles alcançaram a libertação. Testemunham a aceitação da vítima e a concessão ou demonstração da glória como fruto de tal aceitação. Eles se curvam e adoram. Passam de um estado de convicção para a consciência da libertação. Para eles, o véu se rasga de alto a baixo. O que eles querem mais? O que nós queremos mais neste momento? O sacrifício é aceito no céu tal como subiu por eles. A defesa da causa deles foi ouvida. O que mais um pecador precisa? E a coisa mais preciosa com a qual Deus poderia selar isso é concedida – a própria glória lhes é revelada.
Êxodo 35-39
Veja Israel em Êxodo 35-39, trazendo suas ofertas ao santuário e preparando os materiais para ele. Sabiam eles o que resultaria de tudo isso? Não. Tudo o que Moisés lhes disse foi o que deveriam trazer, o que deveriam fazer e que o resultado seria um santuário. Mas como cada coisa deveria ser disposta, que lugar cada uma deveria ocupar em relação às demais e qual seria o efeito geral do todo, eles não sabiam. Mas isso não os impediu de oferecer e trabalhar. O grande resultado estava nas mãos de Moisés. E, consequentemente, quando eles fizeram tudo, Moisés arrumou tudo (cap. 40). A confusão cessou – e os montes de coisas feitas por eles, espalhados sob seus olhos, foram reduzidos à mais perfeita ordem, e não apenas à ordem, mas feitos para revelar os mais preciosos mistérios e segredos do conselho e da graça divinos. Eles deram em fé e trabalharam em fé. Sabiam pouco. Mas confiaram. E o fim justificou de tal forma toda a sua confiança, que eles se prostraram e jubilaram em santo triunfo (veja Lv 9:24)[2].
[2] Levítico 1-9 deve ser lido em conexão com Êxodo 35-40, porque todos os resultados da fé que foi dada e trabalhada para o santuário não aparecem até Levítico 8-9, quando Arão usa as vestes que são feitas para ele em Êxodo 39.
J. G. Bellett



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