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Revista mensal publicada originalmente em julho/2007 pela Bible Truth Publishers
ÍNDICE
Tema da edição
C. H. Mackintosh
G. H. Hayhoe
Christian Truth, vol. 21: 224
F. M, adaptado
Bible Treasury, vol. 12:2
F. G. Patterson (adaptado)
Dicionário Bíblico Conciso
Organizado por A. Miller
Autor desconhecido
O Apóstolo Paulo
Vivemos no dia da graça de Deus, quando Ele está mostrando o que pode fazer pelo homem. Para demonstrar a grandeza de Seu amor, agindo em graça, Ele tomou o próprio “principal dos pecadores” e o elevou para ser um dos Seus maiores servos. Paulo poderia dizer com um coração humilde e agradecido: “Porque eu sou o menor dos apóstolos, que não sou digno de ser chamado apóstolo, pois que persegui a Igreja de Deus. Mas, pela graça de Deus, sou o que sou; e a Sua graça para comigo não foi vã; antes, trabalhei muito mais do que todos eles; todavia, não eu, mas a graça de Deus, que está comigo” (1 Co 15:9-10).
Nenhum de nós pode reivindicar ser o “principal dos pecadores” e nenhum de nós afirmaria ter trabalhado mais do que os demais apóstolos, mas todos nós podemos nos regozijar que, como Paulo, somos os objetos da graça e misericórdia de Deus. Agradecemos ao Senhor pelo seu Servo Paulo e pelo que Ele nos revelou por meio dele.
Este homem de graça nos é dado pelo Senhor como um “padrão” para nossa vida Cristã. Ele nos ilustra o que significa ser um cidadão celestial vivendo na Terra, testemunhando a todos os homens por palavras e atos que Deus é luz e que Deus é amor. Como Paulo, devemos viver por aquela fé que tem Cristo como seu objeto.
Tema da edição
Saulo de Tarso
Ao contemplar o caráter desse homem notável, podemos reunir alguns belos princípios da verdade do evangelho. Ele parece ter sido particularmente adequado para mostrar, em primeiro lugar, o que a graça de Deus pode fazer, e, em segundo lugar, o que a maior quantidade de esforços legalistas não pode fazer. Se alguma vez houve um homem sobre esta Terra cuja história ilustra a verdade de que a salvação é pela graça, “não pelas obras da lei”, Saulo de Tarso é esse homem. De fato, parece que Deus planejou especialmente apresentar, na pessoa de Saulo, um exemplo vivo, primeiro, da profundidade à qual um pecador pode descer e, segundo, a altura a qual um legalista pode alcançar. Ele era, ao mesmo tempo, o pior dos homens e o melhor deles – o principal dos pecadores e o principal dos legalistas. Ele foi até o ponto mais baixo da impiedade humana e subiu ao cume mais elevado da justiça humana. Ele era um pecador dos pecadores e um fariseu dos fariseus.
O principal dos pecadores
Vamos, então, em primeiro lugar, contemplá-lo como o principal dos pecadores. “Esta é uma palavra fiel e digna de toda aceitação: que Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal” (1 Tm 1:15). Note particularmente que o Espírito de Deus declara, concernente a Saulo de Tarso, que ele era o principal [chefe] dos pecadores. Não é a expressão da humildade de Paulo, embora, sem dúvida, ele fosse humilde sob o sentimento do que ele tinha sido. Não devemos nos ocupar com os sentimentos de um escritor inspirado, mas com as declarações do Espírito Santo que o inspiraram. É bom ver isso. Muitas pessoas falam dos sentimentos dos vários escritores inspirados de uma maneira calculada para enfraquecer o sentido daquela preciosa verdade, a inspiração absoluta da Escritura Sagrada. Estamos ansiosos para que os nossos leitores nutram os mais elevados pensamentos a respeito do volume inspirado, para que o valorizem no afeto de seus corações, não como expressão de sentimentos humanos, por mais piedosos e louváveis que sejam, mas como depósitos dos pensamentos de Deus. “Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo” (2 Pe 1:21).
Portanto, ao ler 1 Timóteo 1:15, não devemos pensar nos sentimentos do homem, mas no registro de Deus, e este registro declara que Paulo era o principal dos pecadores. Nunca tinha sido feita a declaração de que mais alguém fosse o principal dos pecadores. Sem dúvida, num sentido secundário, cada coração convicto sentirá e reconhecerá ser o mais vil coração dentro de sua própria esfera de inteligência, mas isso é outra questão. O Espírito Santo declarou de Paulo, e de nenhum outro, que ele era o principal dos pecadores, nem o fato de que Ele nos disse isso pela pena do próprio Paulo, interfere ou enfraquece, no menor grau, a verdade e valor da afirmação. Paulo foi o principal dos pecadores. Não importa o quão mau alguém possa ser, Paulo poderia dizer: “Eu sou o principal”. Não importa o quão baixo alguém possa se sentir – não importa o quão profundamente afundado no poço da ruína – uma voz se eleva ao seu ouvido de um ponto mais profundo ainda: “Eu sou o principal”. Não pode haver dois principais, pois, se houvesse, só poderia ser dito que Paulo era um deles, ao passo que é mais claramente declarado que ele era “o principal”.
Mas vamos marcar o objetivo de tudo isso, lidando com o principal dos pecadores. “Mas, por isso, alcancei misericórdia, para que em mim, que sou o principal, Jesus Cristo mostrasse toda a Sua longanimidade, para exemplo dos que haviam de crer n’Ele para a vida eterna”. O principal dos pecadores está no céu. Como ele chegou lá? Simplesmente pelo sangue de Jesus e, além disso, ele é o homem “padrão” de Cristo. Todos podem olhar para ele e ver como eles também devem ser salvos, pois, da maneira como o “principal” foi salvo, todos os subordinados devem ser salvos. A graça que alcançou o principal pode alcançar a todos. O sangue que limpou o principal pode limpar a todos. O título pelo qual o principal entrou no céu é o título para todos. O mais vil pecador sob o marquise do céu pode dar ouvidos a Paulo, dizendo: Eu sou o principal e, mesmo assim, obtive misericórdia; contemple em mim um padrão da longanimidade de Cristo. Não há um pecador neste lado da morte, seja ele um desviado ou qualquer outra coisa, além do alcance do amor de Deus, do sangue de Cristo ou do testemunho do Espírito Santo.
O principal dos legalistas
Vamos agora nos voltar para o outro lado do caráter de Saulo e contemplá-lo como o principal dos legalistas. “Ainda que também podia confiar na carne; se algum outro cuida que pode confiar na carne, ainda mais eu” (Fp 3:4). Aqui temos um ponto mais valoroso. Saulo de Tarso estava, por assim dizer, no rochedo mais elevado da colina da justiça legalista. Ele chegou ao degrau mais alto da escada da religião humana. Ele não suportaria que homem algum ficasse acima dele. Suas realizações religiosas eram da mais alta ordem (Veja Gálatas 1:14). Ninguém jamais foi além dele no que diz respeito a produzir uma justiça própria. “Se algum outro cuida que pode confiar na carne, ainda mais eu”. Está “algum” homem confiando em sua temperança? Paulo poderia dizer: “mais eu”. Está “algum” homem confiando em sua moralidade? Paulo poderia dizer: “mais eu”. Está “algum” homem confiando em ordenanças, sacramentos, dispositivos religiosos ou observâncias piedosas? Paulo poderia dizer: “mais eu”. Está “algum” homem se vestindo orgulhosamente nos roupões pomposos da ortodoxia e confiando nela? Paulo poderia dizer: “mais eu”. Em suma, deixe um homem subir na colina da justiça legalista tão alto quanto a mais poderosa ambição ou zelo fervoroso possa levá-lo, e ele ouvirá uma voz que cai em seu ouvido, ainda mais elevada do que nunca, “mais eu”.
Tudo isso dá um interesse peculiar à história de Saulo de Tarso. Ele estava no próprio fundo do poço da ruína, e ele estava no próprio topo da colina da justiça própria. Profundamente como qualquer pecador pode ter afundado, Paulo estava ainda mais profundo. Por mais alto que qualquer legalista tenha ficado, Paulo ficou ainda mais alto. Ele combinou em sua própria pessoa o pior e o melhor dos homens. Nele, vemos, em um ponto de vista, o poder do sangue de Cristo e a completa inutilidade do mais belo manto de justiça própria que já enfeitou a pessoa de um legalista. Olhando para ele, nenhum pecador precisa se desesperar; olhando para ele, nenhum legalista pode se orgulhar. Se o principal dos pecadores está no céu, eu também posso chegar lá. Se o maior religioso, legalista e cumpridor que já viveu teve de descer da escada da justiça própria, de nada me serve subir. Saulo de Tarso subiu das profundezas e desceu das alturas e encontrou seu lugar aos pés perfurados de Jesus de Nazaré. Sua culpa não era obstáculo e sua justiça não servia. O primeiro foi lavado pelo sangue, e este último se transformou em esterco e escória pela glória moral de Cristo. Não importava se era “eu... o principal”, ou “mais eu”. A cruz era o único remédio. “Longe esteja de mim”, diz este principal de pecadores e príncipe dos legalistas, “gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu, para o mundo” (Gl 6:14).
Paulo tinha tão pouca intenção de confiar em sua justiça tanto quanto em seus crimes. Foi-lhe permitido ganhar os louros da vitória na grande luta legal com seus “iguais” em sua própria nação, só para que ele pudesse arremessá-los como uma coisa murcha e sem valor ao pé da cruz. Foi-lhe permitido ultrapassar todos na sombria carreira da culpa, apenas para que pudesse exemplificar o poder do amor de Deus e a eficácia do sangue de Cristo. O evangelho tem uma voz dupla. Chama ao escravo do vício que mora na lama da poluição moral e diz: “Suba”. Ele chama o atarefado e autocomplacente religioso que tenta, em vão, escalar os íngremes lados do monte Sinai e diz: “Desça”. Saulo não estava mais perto de Cristo como o principal dos legalistas do que ele estava como o principal dos pecadores. Não havia mais mérito justificador em seus mais nobres esforços na escola do legalismo do que em seus mais ousados atos de oposição ao nome de Cristo. Ele foi salvo pela graça, salvo pelo sangue e salvo pela fé. Não há outro caminho para pecadores ou legalistas.
Tanto quanto a Saulo de Tarso em seu duplo caráter como principal dos pecadores e principal dos legalistas. Há um outro ponto em sua história em que devemos olhar brevemente para mostrar os resultados práticos da graça de Cristo. Isto irá apresentá-lo ao nosso conhecimento como:
O apóstolo que mais trabalhava
Se Paulo aprendeu a deixar de trabalhar pela justiça, ele também aprendeu a começar a trabalhar para Cristo. Quando contemplamos, na estrada que leva a Damasco, os fragmentos quebrados do pior e do melhor dos homens – quando ouvimos aqueles sotaques patéticos, emanando das profundezas de um coração partido, “Senhor, que queres que faça?” – quando vemos aquele homem que tinha acabado de deixar Jerusalém em toda a fúria enlouquecida de um fanático perseguidor, agora estendendo a mão do desamparo cego, para ser levado como uma criança para Damasco, somos levados a formar as expectativas muito elevadas quanto à sua futura carreira, e não ficamos decepcionados. Note o progresso desse homem notável; contemple seus trabalhos gigantescos na vinha de Cristo; veja suas lágrimas, suas labutas, suas viagens, seus perigos e suas lutas; veja-o enquanto ele carrega seus feixes de ouro no celeiro celestial e os deposita aos pés de seu Mestre; veja-o usando as nobres algemas do evangelho e, finalmente, colocando a cabeça no cepo de um mártir, e diga se o evangelho da graça gratuita de Deus – o evangelho da salvação gratuita de Cristo – acaba com a boas obras. Não, esse precioso evangelho é a única base verdadeira sobre a qual a superestrutura de boas obras pode ser erigida. A moralidade, sem Cristo, é uma moralidade fria. A benevolência, sem Cristo, é uma benevolência sem valor. As ordenanças, sem Cristo, são impotentes e sem valor. A ortodoxia, sem Cristo, é sem coração e infrutífera. Precisamos chegar ao fim do ego, seja ele um eu culpado ou um eu religioso, e encontrar Cristo como a porção que satisfaz o nosso coração, agora e para sempre. Então poderemos dizer com verdade,
Tu, ó Cristo, és tudo o que eu quero;
Mais do que tudo, em Ti eu encontro.
Assim aconteceu com Saulo de Tarso. Ele se livrou de si mesmo e encontrou o seu tudo em Cristo, e assim, ao passarmos pela impressionante página de sua história, ouvimos, das profundezas da ruína moral, as palavras “eu sou o principal” – do ponto elevado no sistema legalista, as palavras “mais eu” – e de entre os campos dourados do trabalho apostólico, as palavras “trabalhei muito mais do que todos eles”.
C. H. Mackintosh
O Evangelho que Paulo Pregou
Aprendemos por meio do evangelho de Paulo que o crente é “justificado de todas as coisas” (At 13:38-39 – ARA). A leitura correta do versículo é “n’Ele, é justificado todo aquele que crê”, não “por ele”. Só Paulo ensina que o crente está “em Cristo”.
Aprendemos com o ministério de Paulo a verdade do “um só corpo”. Cristo e Sua Igreja são um. Isso é visto em Efésios 3:16 e 1 Coríntios 12:12-13.
Aprendemos também uma verdade acrescida quanto à ceia do Senhor. Antes da revelação de Paulo, eles estavam partindo o pão, comemorando assim a morte do Senhor (At 2:42). Agora, Paulo acrescenta a bem-aventurança da verdade de que o um pão é um símbolo da nossa unidade com Cristo. Ele recebeu isso “do Senhor”, isto é, por revelação (1 Co 10:15-17; 1 Co 11:23-26).
Aprendemos do ministério de Paulo a verdade do “arrebatamento” – a vinda do Senhor para nos receber para Si mesmo antes do dia da tribulação. Veja 1 Tessalonicenses 4:13-18. Esta é a primeira revelação da vinda do Senhor para nós, antes do dia de glória para Israel.
Também aprendemos com o evangelho de Paulo que o crente que passar pela morte está ausente do corpo e presente com o Senhor (2 Co 5:8). Não houve positivamente nenhuma revelação dessa verdade até que Paulo a desse. Nenhuma Escritura do Velho Testamento revela essa verdade preciosa. O ladrão que estava morrendo foi o primeiro dos quais temos algum registro para ouvir sobre isso, e ele recebeu isso somente para si. Paulo recebeu para a Igreja, isto é, para todos os santos.
Só Paulo nos diz que na ressurreição os crentes terão corpos incorruptíveis e imortais. Adicionado a isso, ele também diz que nosso corpo será como o de Cristo (Veja 1 Coríntios 15:35-54 e Filipenses 3:21).
É muito importante ver que somente Paulo nos dá todos os ensinamentos acima, que ele recebeu, não lendo o Velho Testamento, mas por revelação. Não foi o cumprimento das promessas do Velho Testamento (das quais Pedro fala), mas sim novas revelações de Cristo em glória. Tudo está ligado ao nosso chamado celestial.
G. H. Hayhoe
Cinco Revelações Feitas a Paulo
No ministério de Paulo, temos a completude da Palavra de Deus (Cl 1:25 – JND). Todos os conselhos de Deus que se centralizam em Seu amado Filho foram revelados para nossa inteligência espiritual. As cinco Escrituras a seguir mostram claramente que o ministério de Paulo foi por revelação especial:
O evangelho da graça de Deus: Gálatas 1:12;
O arrebatamento: 1 Tessalonicenses 4:15;
O mistério: Efésios 3:3;
A ceia: 1 Coríntios 11:23;
A ressurreição dentre os mortos: 1 Coríntios 15:51.
Todas declaram a nova e celestial posição e porção dos crentes deste lado da cruz.
Christian Truth, vol. 21: 224
O Apóstolo Paulo Chegou a Roma Como um Prisioneiro
Será que Paulo deixou Roma alguma vez?
O registro histórico da vida de Paulo, conforme encontramos em Atos, termina com Paulo na prisão em Roma, aguardando o julgamento de seu caso pelo imperador romano César. Deste fato, podemos concluir rapidamente que sua vida terminou aí. No entanto, um estudo cuidadoso de suas epístolas leva a uma conclusão diferente.
É proveitoso entender que as Escrituras nem sempre apresentam fatos históricos de maneira direta. Considere, por exemplo, o martírio de Pedro. É fato conhecido por nós apenas pela indicação do Senhor de que deveria ser assim. Tendo-o assim dos Seus lábios, temos a certeza de que o evento aconteceu como se o tivéssemos visto por nós mesmos.
Se tivéssemos apenas fontes fora da Palavra para estudar, como tradição e história secular, consideraríamos a questão de se Paulo foi libertado ou não para ser alguém deixado sozinho, pois o Espírito de Deus não escolheu nos dar uma resposta. No entanto, acreditamos que a Palavra lança luz suficiente sobre a questão para tornar o estudo disso proveitoso.
A evidência em Filipenses
Pelo Espírito Santo, falando por meio do apóstolo Paulo, temos evidências semelhantes de que ele partiu de Roma depois de uma primeira prisão lá e depois foi preso pela segunda vez. Volte para Filipenses 1:21-26, que foi escrito de Roma. “Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho. Mas, se o viver na carne me der fruto da minha obra, não sei, então, o que deva escolher. Mas de ambos os lados estou em aperto, tendo desejo de partir e estar com Cristo, porque isto é ainda muito melhor. Mas julgo mais necessário, por amor de vós, ficar na carne. E, tendo esta confiança, sei que ficarei e permanecerei com todos vós para proveito vosso e gozo da fé, para que a vossa glória aumente por mim em Cristo Jesus, pela minha nova ida a vós”.
O Espírito de Deus deu expressão a essas palavras inspiradas por meio de uma boca humana. Depois que Paulo diz a eles que, enquanto para si mesmo ele escolheria a parte mais doce de partir para estar com Cristo, ele, no entanto, sentiu-se desejoso de ficar um pouco mais de tempo, para que pudesse ser útil a eles.
Ele conclui com as afirmações positivas: “mas o permanecer na carne é mais necessário por vossa causa” (TB), e não “eu acho que seja”. “Eu sei que ficarei e permanecerei com todos vós”, e não “eu acho que ficarei”. Note particularmente que ele não está dando sua opinião, mas fatos. O versículo 26 é mais explícito. Ele deve permanecer para que a glória deles possa abundar em Cristo Jesus por meio dele, por sua presença novamente com eles. Como podemos duvidar, portanto, que Paulo foi libertado, deixou Roma, viu novamente os santos em Filipos, sem praticamente negar a inspiração desta parte da Palavra? O Espírito de Deus faria o apóstolo dizer que ele sabia que deveria permanecer e vê-los mais uma vez se o evento iria ser exatamente o oposto? De modo algum!
Visita à Espanha
Há passagens em que o escritor inspirado é autorizado a dar o seu julgamento pessoal (por exemplo, 1 Coríntios 7:25 e outras partes desse capítulo onde o apóstolo dá seus pensamentos e julgamento como um homem espiritual, sua mente animada e guiada pelo Espírito), mas é bem diferente aqui. O permanecer e habitar junto com eles são mencionados como fatos reais que devem ser realizados, e visto que estamos lendo a Palavra de Deus, e não a palavra do homem, acreditamos que eles tiveram a sua realização.
Pode-se objetar que Romanos 15:28 é uma afirmação positiva de que ele irá de Roma para a Espanha, e assim é. Mas por que duvidar que ele foi? O que mais provável do que isso em sua libertação, ele procedeu imediatamente para lá, de acordo com sua intenção que já há muito estava formada? Onde quer que o apóstolo não se sinta à vontade para falar com certeza sobre qualquer coisa que ele proponha fazer, ele diz: “Eu espero” ou “Se o Senhor quiser”, ou coisas semelhantes (Veja 1 Coríntios 16:7; Filipenses 2:19; Filemom 22).
Pode-se perguntar: “Se essa passagem provar o ponto em questão, o que ganhamos?” Muito. Quão abençoada é a graça que, depois que Paulo, por sua obstinada jornada a Jerusalém, foi levado cativo a Roma, ordena as coisas para que ele seja livre novamente e visite novamente, para seu “progresso e gozo da fé”, os amados santos macedônios! É doce contemplar essa misericórdia final concedida pelo Senhor a Seu servo! Como Ele gosta de nos abençoar e precisamente quando, com nossas loucuras, demonstramos nossa indignidade de ser abençoados!
O testemunho na segunda epístola a Timóteo
A passagem em Filipenses deve ser conclusiva para uma mente que está em sujeição. A segunda epístola a Timóteo, no entanto, fornece uma confirmação abundante. “Deixei Trófimo doente em Mileto” (cap. 4:20). Agora é impossível que o apóstolo possa referir-se à sua visita a Mileto (At 20:15-38) – para não falar do tempo que se passou desde então, que deve ter sido três ou quatro anos – porque lemos que Trófimo estava com ele quando chegou a Jerusalém (At 21:29). E a narrativa em Atos 27 deixa perfeitamente claro que ele não chegou perto de Mileto em sua viagem a Roma, sendo Mirra, na Lícia (v. 5), o único ponto tocado na Ásia Menor. Torna-se, portanto, uma questão de absoluta certeza de que ter deixado Trófimo em Mileto tenha ocorrido quando Paulo, tendo sido libertado e tendo deixado Roma, estava novamente na Ásia Menor.
Observe a grandeza da graça do Senhor para com Paulo. Não só lhe foi concedido rever a Macedônia e fazer com que a glória dos filipenses abundasse em Cristo Jesus por meio dele, por terem sua presença novamente com eles, mas também para ver novamente algumas das assembleias da Ásia Menor e Corinto. “Erasto ficou em Corinto” (2 Tm 4:20). Sem dúvida, deve ter havido muita tristeza relacionada a esta jornada, pois quando em Roma novamente, ele diz a Timóteo “que os que estão na Ásia todos se apartaram de mim” (cap. 1:15), mas ministrar a verdade trazia consigo um gozo que nenhuma deserção do indiferente poderia tirar, e aqui e ali ele encontrou Priscila e Áquila e a casa de Onesíforo.
Segunda Timóteo é a última palavra do apóstolo. Em Filipenses ele diz que iria permanecer e em 2 Timóteo que ia partir. “Porque eu já estou sendo oferecido por aspersão de sacrifício, e o tempo da minha partida está próximo” (2 Tm 4:6). Em Filipenses, ele diz: “Procura vir antes do inverno” (cap. 4:21). Lindas são suas palavras finais de triunfo. “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé” (2 Tm 4:7). “E o Senhor me livrará de toda má obra e guardar-me-á para o Seu Reino celestial; a Quem seja glória para todo o sempre. Amém” (cap. 4:18). Belas são suas saudações de despedida ao seu amado filho. “O Senhor Jesus Cristo seja com o teu espírito. A graça seja convosco” (cap. 4:22).
F. M, adaptado
O Senhor e Paulo em Jerusalém
Fiquei muito impressionado com a comparação entre o bendito Senhor no final de Sua vida e Paulo em sua última visita a Jerusalém, fiel e abençoado servo do Senhor como ele era. Cristo, ciente do propósito dos judeus, como de fato os discípulos estavam, permanece calmo à distância quando Ele Se afastou de Jerusalém, não movido por qualquer reivindicação humana, por mais tocante que fosse, até que a vontade de Deus o Pai se manifestasse, e então Ele sobe à Jerusalém sem medo; atemorizados como os discípulos estavam só em pensar nisto, Ele andou na luz, e não houve tropeço diante d’Ele.
Paulo, constrangido em seu espírito, advertido em cada cidade quanto à prisões e aflições, e, não somente isso, mas avisado por aqueles que falaram pelo Espírito para não subir, vai, sem dúvida, sob a mão de Deus que tudo domina, mas ouvindo o conselho dos Cristãos judaizantes, para ser preso. Ele é apanhado num tumulto e depois preso pelos romanos.
O bendito Senhor Se entrega, dizendo: “se, pois Me buscais a Mim, deixai ir estes”. No templo todas as classes dos judeus vêm para prová-Lo e julgá-Lo, mas eles são julgados um após o outro e, incapazes de responder-Lhe, não se atrevem a Lhe fazer mais perguntas, e então Ele é condenado pelo testemunho da verdade que Ele deu a Si mesmo tanto diante dos principais sacerdotes como de Pôncio Pilatos. Tudo era simplesmente perfeito, como convinha Àquele que, em graça entre os homens, manifestou a Sua perfeição entre eles.
Se alguma vez o homem foi honrado e abençoado, esse foi Paulo, mas ele era um simples homem, um testemunho para Cristo divinamente levantado e divinamente capacitado, e fiel em sua caminhada. Mas Cristo foi o objeto do testemunho (por meio da Testemunha Fiel), Paulo, um testificador para Cristo e, por mais proeminente que fosse no serviço, era um homem como nós somos.
Bible Treasury, vol. 12:2
As Epístolas da Prisão de Paulo
Cristo em glória santifica, purifica e lava pela água da Palavra Seu corpo por meio de cartas escritas por Seu servo, o apóstolo Paulo, enquanto estava na prisão em Roma.
Colossenses – o que ganhamos com o evangelho, união com Cristo em glória.
Efésios – a Igreja, o corpo, unido a Cristo sua cabeça.
Filipenses – devoção pessoal.
Filemom – justiça prática, por meio da graça.
Segunda Timóteo – fidelidade pessoal num dia de ruína.
F. G. Patterson (adaptado)
O Apóstolo Paulo
Conversão
O apóstolo Paulo era da tribo de Benjamim, um hebreu de pura ascendência, nascido em Tarso, uma cidade da Cilícia, fato que lhe deu o privilégio da cidadania romana. Ele era um discípulo de Gamaliel e um rigoroso fariseu. Ele é apresentado pela primeira vez a nós como um jovem chamado Saulo, a cujos pés as testemunhas que apedrejaram Estevão colocaram suas roupas. Depois disso, ele se tornou um violento perseguidor dos santos, homens e mulheres, agindo com grande zelo, achando que estava fazendo o serviço de Deus. Sua conversão como o efeito do aparecimento do Senhor para ele foi algo único, e ele estava tão completamente mudado que ele se tornou imediatamente tão ousado para Cristo como antes tinha sido um perseguidor de Cristo. Ele imediatamente pregou nas sinagogas que Jesus era o Filho de Deus. Este foi o ponto distintivo de seu testemunho. Quando os judeus procuraram por sua vida em Damasco, ele partiu para a Arábia, onde, sem dúvida, ele teve profundo exercício de coração e aprendeu mais sobre o Senhor.
A primeira viagem missionária
Depois de três anos, ele subiu para ver Pedro em Jerusalém, onde ele falou corajosamente em nome do Senhor Jesus. Os judeus novamente buscando por sua vida, ele foi conduzido para Cesareia e enviado para Tarso, onde nasceu. De lá ele foi procurado por Barnabé para ir a Antioquia, onde o evangelho foi eficaz, e lá ambos trabalharam. Depois de ter levado, em companhia de Barnabé, suprimentos para Jerusalém (sua segunda visita), por ocasião de uma escassez, ele iniciou sua primeira viagem missionária para Chipre e a Ásia Menor. Ele e Barnabé retornaram a Antioquia, onde ele permaneceu “por um longo tempo”. Surgiu uma disputa sobre os convertidos gentios terem que ser circuncidados; ele foi com Barnabé a Jerusalém sobre essa questão e voltou para Antioquia. Esta cidade se tornou uma espécie de centro da atividade do Espírito. Estando longe de Jerusalém, foi menos influenciado pelas tendências judaizantes, embora a comunhão com os santos houvesse sido mantida.
A segunda viagem missionária
Ásia Menor, Macedônia e Grécia foram a esfera da segunda jornada missionária de Paulo. Tendo discordado de Barnabé, porque este último queria levar João com eles (que os deixara na primeira viagem), Paulo escolheu Silas para seu companheiro e partiu com a plena comunhão dos irmãos. Durante parte dessa jornada, Timóteo foi um dos membros da companhia. Ele permaneceu um ano e meio em Corinto, onde escreveu a primeira e a segunda epistolas aos Tessalonicenses. Ele visitou Jerusalém durante a festa e depois voltou para Antioquia.
A terceira viagem missionária
Ele fez sua terceira viagem missionária pela Galácia e pela Frígia. Quando visitou Éfeso, separou os discípulos da sinagoga e eles se encontraram na escola de Tirano. Em Éfeso, escreveu 1 Coríntios e provavelmente Gálatas. Após o tumulto levantado por Demétrio, ele foi para a Macedônia, e lá escreveu 2 Coríntios. Ele novamente visitou Corinto e escreveu Romanos.
Os judeus buscavam a sua vida, Paulo passou pela Macedônia, partiu de Filipos e pregou em Trôade. Em Mileto deu uma solene despedida aos anciãos de Éfeso e despediu-se dos discípulos em Tiro, onde ele foi advertido a não ir a Jerusalém. Em Cesareia, ele também foi avisado sobre o que o esperava em Jerusalém, mas ele declarou que estava preparado não apenas para ser preso, mas também para morrer pelo nome do Senhor Jesus.
Primeiro aprisionamento
Paulo chegou a Jerusalém pouco antes do Pentecostes. Para se mostrar um bom judeu, ele foi aconselhado pelos irmãos a se associar com quatro homens que fizeram um voto sobre eles. Mas enquanto isso acontecia, ele foi tomado por alguns judeus asiáticos e espancado. Ele foi resgatado por Lísias, o capitão-chefe romano. Depois de aparecer diante do conselho e novamente ser resgatado por ele, ele foi expulso para sua segurança durante a noite em Cesareia. Lá, sua causa foi ouvida por Felix, que o manteve prisioneiro, esperando ser subornado para libertá-lo. Dois anos depois, Félix, quando substituído por Festo, deixou Paulo preso para agradar os judeus. Ao aparecer diante de Festo, para salvar-se de ser enviado a Jerusalém, havendo um plano para atacá-lo e matá-lo, Paulo apelou ao imperador. Agripa e Festo finalmente ouviram seu caso e o enviaram para Roma. O navio, no entanto, foi destruído em Malta, onde eles passaram o inverno, todos a bordo foram salvos.
Dois anos em Roma
Ao chegar a Roma, Paulo mandou chamar os principais dos judeus e pregou-lhes: Alguns deles creram, embora a maioria rejeitasse a graça de Deus (cumprindo assim Isaías 6:9-10), a qual deveria, de agora em diante, ir aos gentios. Ele, embora ainda fosse um prisioneiro, permaneceu dois anos em sua própria casa de aluguel. Lá ele escreveu Colossenses, Efésios, Filipenses e também Filemom.
Liberdade e segunda prisão
A história de Paulo até este ponto é dada nos Atos dos Apóstolos, mas há insinuações nas epístolas de Paulo que depois dos dois anos em Roma ele foi libertado. Seus movimentos daquela época não são definitivamente registrados. Aparentemente, ele visitou Éfeso e Macedônia (1 Tm 1:3), escreveu Primeira Timóteo, visitou Creta (Tt 1:5) e Nicópolis (Tt 3:12), e escreveu Tito. Os primeiros escritores dizem que ele foi para a Espanha, que sabemos que ele desejava ir até lá (Rm 15:24, 28). Ele visitou Trôade e Mileto (2 Tm 4:13, 20), escreveu Hebreus, e quando era um prisioneiro em Roma, pela segunda vez, escreveu segunda Timóteo enquanto esperava sua morte. Os primeiros escritores dizem que ele foi decapitado com espada, o que é provável, já que ele era um cidadão romano.
A comissão de Paulo e o Evangelho
Paulo recebeu sua comissão diretamente de Cristo, que lhe apareceu em glória, e essa fonte de seu apostolado ele cuidadosamente insiste na Epístola aos Gálatas. Nova luz sobre a Igreja em seu caráter celestial foi revelada por Paulo, que era o apóstolo especial de Deus para esse propósito. A ele foi revelada a verdade de que a assembleia era o corpo de Cristo e a doutrina da nova criação em Cristo Jesus, na qual não há distinção entre judeu e gentio. Isso causou grande perseguição por parte dos judeus e dos mestres judaizantes, que não podiam prontamente desistir da lei, nem suportar o pensamento de gentios tendo um lugar igual entre eles mesmos. Paulo insistiu nisso: Era a sua missão como apóstolo aos gentios. A Paulo também foi confiado o que ele chama de “meu evangelho” – este era o evangelho “da glória de o Cristo” (2 Co 4:4 – JND), que não só traz salvação, grande como isto é, mas separa o crente da Terra, e o conforma a Cristo como Ele é em glória.
Paulo, o servo
Paulo era um eminente e fiel servo de Cristo. Como tal, ele estava contente em não ser nada, para que Cristo pudesse ser glorificado. Para os tessalonicenses, ele foi gentil como uma ama que cuida de seus filhos (1 Ts 2:7). Contudo, para os coríntios ele foi severo quando eles permitiram o pecado no meio deles. Para eles, ele tinha que afirmar sua autoridade apostólica quando caluniadores estavam procurando anular sua influência entre eles. Para os gálatas, ele ainda era mais severo, pois corriam o risco de naufragarem na fé por falsos mestres judaizantes que minavam a verdade do evangelho.
Vida interna de Paulo
Nas epístolas nós temos alguns vislumbres da vida interior de Paulo. Depois de ter sido levado ao terceiro céu, ele orou pela remoção do espinho na carne, que havia sido dado a ele para que ele não se ensoberbecesse, e foi dito a ele que a graça de Cristo era suficiente para ele. Ele pôde dizer: “De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo. Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo. Porque, quando estou fraco, então, sou forte” (2 Co 12:9-10). E ele também disse: “para mim o viver é Cristo” e “Mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação [ou, vocação do alto] de Deus em Cristo Jesus” (Fp 1:21; 3:13-14). Como um mártir, ele alcançou este objetivo.
O catálogo de sofrimentos e privações que Paulo nos dá em 2 Coríntios 11:23-28 nos mostra apenas uma pequena parte de suas imensas labutas que são registradas em Atos.
Dicionário Bíblico Conciso
Cronologia da Vida do Apóstolo Paulo
Ano Aproximado d.C
36 - Conversão de Saulo de Tarso (At 9).
36/39 - Em Damasco: prega na sinagoga; vai para a Arábia; retorna a Damasco; Deixa Damasco. Sua primeira visita a Jerusalém, três anos depois de sua conversão. Daí para Tarso (At 9:23-26; Gl 1:18).
36/40 - Descanso das Igrejas judaicas (At 9:31).
40/43 - Paulo prega o evangelho na Síria e na Cilícia (Gl 1:21). Um período de duração incerta. Durante este tempo ele pode ter sofrido os perigos e sofrimentos que ele conta aos coríntios (2 Coríntios 11). Ele é trazido de Tarso para Antioquia por Barnabé e fica lá um ano antes da fome (At 11:26).
44 -A segunda visita a Jerusalém, com o socorro aos irmãos da Judeia (At 11:30).
45 - Paulo retorna a Antioquia (At 12:25).
46/49 - A primeira viagem missionária de Paulo com Barnabé; vai para Chipre, Antioquia na Pisídia, Icônio, Listra, Derbe e volta pelos mesmos lugares para Antioquia. Eles permanecem muito tempo em Antioquia. Dissensão e disputa sobre a circuncisão (At 13; 14; 15:12).
50 - A terceira visita a Jerusalém com Barnabé, catorze anos depois de sua conversão (Gl 2:1). Eles participam do concílio em Jerusalém (At 15). Retorno de Paulo e Barnabé para Antioquia, com Judas e Silas (At 15:32-35).
51 - A segunda viagem missionária de Paulo, com Silas e Timóteo. Ele vai de Antioquia para a Síria, Cilícia, Derbe, Listra, Frígia, Galácia e Trôade. Lucas se junta ao grupo apostólico (At 16:10).
52 - Entrada do evangelho na Europa (At 16:11-13). Paulo visita Filipos, Tessalônica, Bereia, Atenas e Corinto. Passa um ano e seis meses em Corinto (At 18:11). As duas epístolas aos Tessalonicenses são escritas.
53 - Paulo sai de Corinto e parte para Éfeso (At 18:18-19).
54 - A quarta visita a Jerusalém, na festa. Retorna para Antioquia.
54/56 - A terceira jornada missionária de Paulo. Ele parte de Antioquia; visita a Galácia, a Frígia, e chega a Éfeso, onde fica dois anos e três meses. Aqui Paulo separa os discípulos da sinagoga judaica (At 19:8, 10). A epístola aos Gálatas é escrita.
57 - Primavera: A primeira epístola aos Coríntios escrita. O tumulto em Éfeso; Paulo parte para a Macedônia (At 19:23; 20:1).
Outono: A segunda epístola aos Coríntios é escrita (2 Co 1:8, 2:13-14; 7:5; 8:1; 9:1). Paulo visita o Ilírico; vai para Corinto; passa o inverno lá (Rm 15:19; 1 Cr 16:6).
58 - Primavera: A epístola aos Romanos é escrita (Rm 15:25-28, 16:21-23; At 20:4). Paulo deixa Corinto; passa pela Macedônia; navega desde Filipos; prega em Troas; fala aos anciãos efésios em Mileto; visita Tiro e Cesareia (At 20, 21:1-14).
58/60 - A quinta visita a Jerusalém, antes do Pentecostes. Paulo é preso no templo; trazido diante de Ananias e do Sinédrio; enviado por Lísias para Cesareia, onde ele é mantido preso por dois anos.
60 - Paulo é ouvido por Félix e Festo. Ele apela para César; prega diante de Agripa, Berenice e aos homens de Cesareia. Outono: Paulo navega para a Itália. Inverno: Naufragado em Malta (At 27).
61 - Primavera: Chega a Roma; habita dois anos em sua própria casa de aluguel (At 28).
62 - Primavera: As epístolas a Filemom, Colossenses e Efésios são escritas. Outono: A epístola aos Filipenses é escrita.
63 - Primavera: Paulo é absolvido e libertado. A epístola aos Hebreus é escrita. Paulo faz outra jornada, com a intenção de visitar a Ásia Menor e a Grécia (Fm 22; Fp 2:24).
64 - Visita Creta e deixa Tito lá; exorta Timóteo a permanecer em Éfeso. A primeira epístola a Timóteo é escrita. A epístola a Tito é escrita. Pretende invernar em Nicópolis (Tt 3:12).
64/67 - Visitas a Troas, Corinto e Mileto (2 Tm 4:13, 20). Paulo é preso e enviado para Roma. Abandonado e solitário, tendo apenas Lucas, de seus antigos companheiros, com ele. A segunda epístola a Timóteo é escrita provavelmente não muito antes de sua morte.
Estas últimas jornadas e eventos provavelmente cobrem um período de cerca de três anos.
67 - Paulo é martirizado.
Organizado por A. Miller
Para Conhecê-Lo
Filipenses 3:10-14
Paulo não O conhecia
Como João, que se apoiou em Seu seio;
Ele não andou e falou
Com Ele, ou O teve como um Convidado;
E ainda assim ele diz: “Para que possa conhecê-Lo”
E a virtude de Sua ressurreição...
Ser participante de Seus sofrimentos
Quando as nuvens possam se abaixar.
Eu desejo conhecê-lo
Como Paulo fez; no entanto, muito me agradaria
Ter doce comunhão,
E ainda passar pela vida com tranquilidade;
Por entre espancamentos frequentes e naufrágios também,
Na vigília, jejum, sede e frio
O “conhecê-Lo”, não pode acontecer
Se o “eu” e o orgulho ainda persistirem.
Sim, eu posso conhecê-Lo,
Aquele Ressuscitado que está assentado nas alturas,
Mas “conformado com Sua morte”
Anda de mãos dadas com “todavia, não eu”;
Prosseguindo em direção ao alvo, esquecendo as coisas
Que atrás ficam; avançando adiante.
O pequeno momento da vida logo passará,
E então, Seu brado de boas-vindas!
Autor desconhecido
“Mas longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo”
Gálatas 6:14
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