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ÍNDICE
Os Patriarcas
John Gifford Bellett
Noé
Parte 2
O valor do sangue e da cruz
“E edificou Noé um altar ao SENHOR; e tomou de todo animal limpo e de toda ave limpa e ofereceu holocaustos sobre o altar. E o SENHOR cheirou o suave cheiro e disse o SENHOR em Seu coração: Não tornarei mais a amaldiçoar a terra [o solo – JND] por causa do homem, porque a imaginação do coração do homem é má desde a sua meninice; nem tornarei mais a ferir todo vivente, como fiz. Enquanto a Terra durar, sementeira e sega, e frio e calor, e verão e inverno, e dia e noite não cessarão”. A purificação das águas do julgamento não alterou em nada a imaginação dos pensamentos do coração do homem. Eles ainda eram maus, e apenas isso. O coração não estava curado, pois “o que é nascido da carne é carne”, embora haja água para purificar ou fogo para refinar. Não foi nenhuma mudança que deu ao Senhor pensamentos de paz e não de mal para com os homens.
“A fé olha para o sangue de Cristo, e não para a vitória sobre as corrupções”, como alguém disse, mesmo onde exista tal vitória. Mas aqui, apesar das corrupções, esse sangue desperta pensamentos de paz e não de mal, para dar ao pecador um fim esperado. Cristo estava sob o olhar de Deus, e isso bastava; como no dia da expiação. O sangue da aspersão é então visto por toda parte. Esse foi o grande segredo, o grande princípio daquele dia místico em Israel. O sangue do cordeiro (Lv 16) foi à presença de Deus, acompanhado por uma nuvem de incenso; de modo que o próprio Arão foi escondido, e não havia ninguém na tenda da congregação, enquanto procedia ao serviço santo de colocar o sangue em tudo. Cristo em mistério foi visto, e nada mais – e o fruto disso foi o envio dos pecados para o deserto, uma terra não habitada, um lugar de esquecimento, onde não havia voz para acusar, julgar ou condenar, onde nada se ouvia senão a voz daquele sangue que fala de coisas melhores do que o sangue de Abel.
Aquele sangue, agora sob o olhar do Senhor Deus, comoveu Seu coração. Falo como homem? Não, a palavra é: “disse o Senhor em Seu coração: Não tornarei mais a amaldiçoar a terra [solo – JND]”. Como diz o próprio Salvador (em espírito destinado ao altar): “Por isso, o Pai Me ama, porque dou a Minha vida”. O coração do Senhor Deus pesou a aceitação do sacrifício. Foi o que aconteceu aqui, nos tempos de Noé.
Esta palavra que partiu do coração do Senhor Deus nos dias de Noé, a passagem da lâmpada acesa nos dias de Abraão (Gn 15) e a resposta de Deus a Salomão (2 Cr 1), todas testemunham o valor da cruz de Cristo estabelecido com Deus. O rasgar do véu de alto a baixo, a quebra das rochas e o rompimento das sepulturas testemunham o mesmo, quando a verdadeira oferta foi realizada de uma vez por todas. Em rica variedade de forma e caráter é a aceitação da obra realizada no “lugar chamado Calvário”, testemunhada e publicada em todas as línguas e idiomas, por assim dizer, em hebraico, grego e latim.
Bênção
E Noé se torna imediatamente objeto de bênçãos novas e multiplicadas, bênçãos em glória e herança agora, como ele já tinha bênçãos em eleição, uma aceitação da graça e da justiça que vem pela fé.
Deus abençoou Noé e seus filhos e disse-lhes: “frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a Terra. E será o vosso temor e o vosso pavor sobre todo animal da terra e sobre toda ave dos céus; tudo o que se move sobre a terra e todos os peixes do mar na vossa mão são entregues” (Gn 9:1-2).
Noé foi abençoado no novo mundo. Essa bênção transmitiu-lhe propriedade e domínio na Terra, e o uso ou desfrute das criaturas boas para alimentação. “Tudo quanto se move, que é vivente” foi dada a ele, para que pudesse ser alimento para ele.
Proibição de se comer sangue
Aqui estava uma grande concessão, tão ampla quanto o cenário que o rodeava. Ele era o monarca de tudo o que observava, senhor, como Adão no jardim, do novo mundo. Instruído, porém, bem como honrado e enriquecido – ensinado que o sangue do animal não deveria ser comido com sua carne: “A carne, porém, com sua vida, isto é, com seu sangue, não comereis” – um princípio que envolve todos os pensamentos e conselhos de Deus em Seu caminho para com os pecadores – como uma adequada proibição ou limitação à concessão feita a Noé agora, assim como havia sido a proibição da árvore no meio do jardim, para a concessão de todas as coisas – outras coisas feitas a Adão.
O sangue era a vida, e o homem não deveria comê-lo. Teria sido uma ousada retomada daquilo que havia perdido pelo pecado, um desafio para recuperar a vida forçando a passagem mantida pela espada dos querubins. Pois esta ordenança dizia ao pecador que, tendo perdido seu título à árvore da vida, ele nunca poderia retornar a ela com suas próprias forças. A vida voltou para Deus. O sangue é d’Ele. E o evangelho vem nos contar como Ele o usou, até mesmo proporcionando com ele e através dele vida nova, eterna e infalível para o pecador morto.
O caminho de Deus no evangelho foi, portanto, repetido a Noé nesta ordenança: “A carne, porém, com sua vida, isto é, com seu sangue, não comereis”. Seu altar já nos havia dito que ele estava com Adão na fé da Semente da mulher, e que esse mistério era o princípio de sua religião e de sua adoração. Mas aqui, ao entregar-lhe tudo como propriedade, domínio e uso, o Senhor não deixará passar esta grande exceção da concessão; transmitindo, como o faz, o grande segredo ou princípio de Seu evangelho. Nas novas circunstâncias de Adão e Noé, na diferença entre uma criatura correta e um pecador arruinado, esta exceção era tão apropriada e necessária, como eu disse, quanto à da árvore do conhecimento, proveniente da concessão de tudo com que o Senhor, o Criador, havia antigamente fornecido e preenchido o cenário.
Obtemos vida vinda de Cristo que fez expiação pelo Seu sangue. Mas reconhecemos profundamente que não podemos consegui-la em nenhum outro lugar. Não procuramos por ela em outro lugar, mas não a recusamos d’Ele. Sabemos que estávamos mortos em delitos e pecados, mas sabemos que temos vida n’Ele, embora somente n’Ele. Adão aprendeu essas coisas na promessa da Semente da mulher e na espada dos querubins; Noé as aprendeu ou as testemunhou em seu altar e nesta ordenança; estas coisas todo o livro de Deus declara; e a eternidade as celebrará.
O princípio do governo
Além disso, porém, ainda – pois nesta bênção encontramos Noé com a espada da justiça na sua mão. Seu semelhante deveria ser protegido e vingado. A pessoa do homem era sagrada; e sua vida ou sangue, se derramado por homem ou animal, seria requerido. “E certamente requererei o vosso sangue, o sangue da vossa vida; da mão de todo animal o requererei, como também da mão do homem e da mão do irmão de cada um requererei a vida do homem. Quem derramar o sangue do homem, pelo homem o seu sangue será derramado” (Foi dito com razão por outro, que o princípio do governo foi representado em Noé; que Adão foi o cabeça representativo da criação, e que Noé é o mesmo agora do governo. E não duvido que, após a dispersão judicial a partir de Babel, as nações tornaram-se associações nas quais Deus ainda reconhecia a espada da justiça e a sede do governo, que, portanto, ainda devem ser exercidas e ainda devem ser reconhecidas e reverenciadas zelosamente).
Quem não aprova isso instintivamente? Tudo o que sentimos julga a adequação de tratar assim a pessoa do homem como sagrada. Embora todas as outras criaturas viventes fossem submetidas ao uso do homem, seu próximo deveria ser sagrado aos seus olhos.
Aprovamos isso instintivamente. Mas esta Escritura explica esse instinto. A razão está aqui: “porque Deus fez o homem conforme a Sua imagem”. Há uma dignidade no homem que lhe é inteiramente própria. Ele é o cabeça natural da criação. O homem é o possuidor e governador, e não faz parte da herança transmitida, ou do domínio delegado. Ele é o receptor e não o sujeitado da concessão divina. O veredicto instintivo de nosso próprio coração é, portanto, divinamente explicado.
O concerto
Depois disso, porém, um grande assunto se abre diante de nós. “eis que estabeleço o Meu concerto convosco” foi a palavra de Deus a Noé, antes de a arca ser feita ou de as águas terem chegado (Gn 6:18). Agora que o julgamento já passou e a nova Terra foi herdada, esse concerto está totalmente detalhado, bem como novamente prometido, aos eleitos de Deus (Gn 9:8-17). E é aqui que a palavra “concerto” é usada pela primeira vez. Os concertos que lemos na Escritura são todos específicos, tendo suas partes e seus objetivos bem definidos e claramente declarados. Não há dúvidas sobre eles. Quer seja este concerto da Terra com Noé, o concerto com Abraão e sua semente, o concerto do sacerdócio com Finéias ou o concerto do trono com Davi, tudo está definido – as partes são declaradas e os objetivos estabelecidos. Nem estes, nem nenhum deles, eu seguramente julgo, contemplam o peculiar chamado da Igreja. O chamado espiritual nos lugares celestiais e os resultados da unidade com Cristo não são descritos nem transmitidos por eles. Mas a Escritura do Novo Testamento declaram abundantemente um propósito, ou um conselho, de Deus de acordo com o beneplácito de Sua vontade; um mistério escondido em Deus, antes da fundação do mundo, no qual a Igreja está diretamente interessada. (Veja Rm 16:25; 1 Co 2:7; Ef 1:9, 3:8-11; Cl 1:26; 1 Tm 2:9).
Pode surgir a pergunta: Esse propósito ou conselho assume a forma de um concerto? Chamemos-lhe concerto, ou simplesmente um propósito assumido por Deus; ainda assim, a grande, santa e augusta transação em si é ricamente encontrada no Novo Testamento. Mas tem, ainda podemos perguntar, o caráter de um concerto?
Eu não teria o cuidado de dizer que ele é sempre chamado assim; mas acredito que podemos dizer que muitas coisas de natureza de concerto são sugeridas como vinculadas a ela. Promessas são feitas, consideração ou valores são contemplados, acordos formados e fixados, e tudo isso entre partes distintas. “no princípio do livro está escrito de Mim” – “Desde a eternidade fui estabelecida” (ARA) – e tais palavras de importância mais profunda e santa têm seu lugar para resolver esses pensamentos que surgem. E não apenas a nossa eleição e a nomeação para a nossa glória peculiar, como na predestinação, importam diante do mundo (Rm 8:28-29; Ef 1:4-5; 1 Pe 1:2), mas fomos então dados formal ou virtualmente pelo Pai a Cristo (Jo 6:37, 39; 10:29; 17:1, 6, 8-9, 11).
Vida eterna
E a vida eterna é declarada como tendo sido prometida antes que o mundo existisse – linguagem que insinua Cristo como parte de uma transação abençoada, e que tem caráter de concerto (Tt 1:2).
Não digo, então, que esta transação seja chamada de concerto, como o é o trato de Deus com Noé, e o Seu trato com Abraão, com Davi e com Finéias; mas tem estas qualidades, ou esta forma de concerto; a presença de partes distintas, considerações e propósitos todos estabelecidos, e o tudo confirmado e colocado em prática. E como o espírito de um santo acolhe a bendita verdade desta grande transação eterna, envolvendo toda a Divindade em favor de nossa alma! – como lemos, entre outras passagens, “eleitos segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e aspersão do sangue de Jesus Cristo”. (Ao anunciar ações abençoadas e distintas entre as Pessoas da Divindade, de acordo com os arranjos do concerto, podemos nos lembrar das palavras do Messias em Isaías 48 – “E agora o Senhor Deus e Seu Espírito Me enviaram”. (KJV) Que palavras! Quão cheias de profunda, aconselhada e ordenada graça para com os pecadores. E eles estão de acordo com a estrutura das coisas nos Evangelhos – pois não apenas o batismo de Jesus, mas muitas passagens nos dizem ou nos mostram, de acordo com esta palavra do profeta, que o a missão e o ministério do Senhor Jesus estavam sob a ordenação de Deus e da unção ou do Espírito Santo; – o Senhor Deus e Seu Espírito enviaram o Filho, o Cristo ou Messias).
Mas que fundamentos sólidos são estes! Que maravilhosas descobertas da graça! O próprio Deus, Pai, Filho e Espírito Santo, em conselho e em ação por nós! No Evangelho, o homem está apenas na posição de ver e ouvir. É Deus Quem está ativo. As atividades e sacrifícios são de Deus, e o pecador só precisa ouvir e viver, olhar e ser salvo. Mas essas ações de Deus no evangelho de Sua graça são fruto (como vemos) de conselhos preciosos e maravilhosos, tomados em Si mesmo antes que os mundos fossem criados. E o que, pergunto, pode superar isso? Pode ser concebido um título ou estabilidade para um pecador, tal possa colocar em repouso todo movimento e inquietação de consciência, além do que ele obtém nisso? Ações de Deus para ele, e sacrifícios feitos por ele, e tudo isso de acordo com os conselhos antes do início dos mundos! Um pecador tornado feliz (posso usar esta palavra?) à custa de Deus!
Concerto e promessa
É um serviço do concerto ou conselho que Jesus nos prestou. Uma promessa foi feita a Noé de que as águas não prevaleceriam novamente para destruir a Terra, mas esta promessa repousa sobre o forte fundamento do sangue de um concerto. O altar de Noé já havia enviado a Deus um cheiro suave, um cheiro de descanso, e na satisfação e deleite do que o Senhor havia dito, não amaldiçoarei novamente a terra por causa do homem. Esse sangue foi o fundamento da promessa. Assim como aconteceu com Abraão depois. A terra lhe está prometida, mas é pelo concerto d’Aquele que passa por entre as partes do sacrifício. Nenhuma bênção prometida que também não seja uma bênção comprada – nenhum trono de graça, como dissemos antes, que não fique na arca do concerto (Gn 15:17).
Mas o concerto vem com o seu selo, bem como com o seu sangue. Então está aqui. Existe o arco que dá testemunho dele, bem como o sangue que o sustenta. Pensamentos maravilhosos se mantêm diante da alma em tudo isso! O fundamento e o testemunho, o sangue e o sinal, a consideração e a comprovação do grande ato e feito de Deus vêm à mente aqui. A figura semelhante da circuncisão que viria depois; pois assim como o arco na nuvem, a circuncisão na carne é um sinal de compromissos do concerto.
O grande original
Todos esses sinais, entretanto, por mais belos e seguros que sejam, se perdem quando pensamos no grande original. Pois é o próprio Espírito Santo que agora é dado como o grande sinal, o selo da nossa adoção, o penhor da nossa herança, o testemunho da obra realizada de Jesus e da aceitação dela em toda a sua suficiência e preciosidade.
Que pensamentos são esses! A promessa de Deus sustentada pelo sangue do Filho e testemunhada pela presença do Espírito! Como Deus Se comunicou a nós neste ato e ação maravilhosos pelos pecadores! A alma não pode conceber nada mais rico. Estamos interessados em atividades divinas, mas em atividades que sejam fundamentadas em conselhos eternos e que manifestem a nós e para nós o nome de Deus, “Pai, Filho e Espírito Santo”.
Vendo-O
Como isso deveria nos tirar de nós mesmos, para ficarmos diante dessa visão! Que mistério é esse; e o que temos que fazer, senão com disse Moisés: “Agora me virarei para lá e verei esta grande visão”, desviar-se de todo o resto! Quanto mais grandiosa “esta grande visão” se apresentar aos nossos olhos, mais constrangente será. Obtenhamos pensamentos ricos deste mistério. “O segredo do SENHOR é para os que O temem; e Ele lhes fará saber o Seu concerto” Vejamos esta grande transação resolvida antes do início dos mundos, vejamo-la evocando todas as energias do amor e poder divino no Pai, no Filho e no Espírito Santo, vejamo-la realizando os mais profundos e maravilhosos propósitos de graça e glória para os eleitos, mantenhamos o olhar sobre ela, como Moisés, até que, como ele, descobrimos Aquele que habita no meio dela, e cujo nome explica tudo.
“Oh, todos vós ricos, vós sábios, vós justos,
Que discutis a doutrina do sangue
E a julgais insignificante e leviana –
Conceda que eu possa, o resto é convosco,
Em vergonha e pobreza assentar-me
Junto a essa única fonte de deleite!”
Se isso for apenas um concerto de um homem, há tanto a consideração como a ação, o dinheiro da compra e os documentos, o preço e o testemunho do seu pagamento. Deus trata com nossa alma em uma linguagem assim bem entendida, e nos fala, portanto, da consideração e da ação, ou daquilo que sustenta e daquilo que testemunha os conselhos de Seu soberano beneplácito. É um ato de doação aos eleitos, mas nada menos é do que o sangue do Filho que o sustenta e a presença do Espírito que o testemunha.
Que segredo! Por natureza estou muito distante de Deus, sou estranho e estrangeiro. Eu também estou fechado, e não posso sair. Mas nesta grande transação o próprio Deus Se comprometeu a percorrer esta distância incomensurável e atacar a casa do meu forte inimigo; e em Sua encarnação, tristezas e vitória, todo esse poderoso ato de amor é realizado, e “Tu me cinges de alegres cantos de livramento”.
Será que, ao contemplar tal mistério, temo que o distante não seja trazido para perto, ou que o cativo não seja libertado? “Até no transbordar de muitas águas, estas a ele não chegarão” Posso dizer: “Tu és o lugar em que me escondo; Tu me preservas da angústia; Tu me cinges de alegres cantos de livramento”.
“Forte Libertador! Sê ainda nossa força e escudo!”
O arco na nuvem
Esta pode muito bem ser a nossa confiança na fé de tal verdade. Mas a estas reflexões gerais sobre os concertos e seus sinais, devo acrescentar que o sinal dado a Noé tem um belo significado. O arco, por assim dizer, flutuou triunfante sobre a nuvem. Ele rolou a pedra e assentou-se sobre ela. Sua forma e porte eram os de um conquistador. Ele disse à nuvem: “Até aqui virás, porém não mais adiante: E aqui pararão as tuas ondas orgulhosas” (TB). Ele deu ao anjo da morte a sua medida e disse-lhe: “Basta, agora retira a tua mão”.
E tudo isso vive na lembrança divina. A Terra e o concerto que a protege estão lá. “Estará o arco nas nuvens, e Eu o verei, para Me lembrar do concerto eterno entre Deus e toda alma vivente de toda carne, que está sobre a Terra”. Consequentemente, esta promessa à Terra é lembrada, o arco na nuvem é observado, através de cada estágio e variedade dos atos dispensacionais do Senhor.
É claro que isso foi lembrado durante todo o tempo em que o Senhor esteve assentado em Sião, pois então a glória fez da terra sua residência. O Senhor habitou então entre os querubins, no templo de Jerusalém, na terra de Israel. Mas quando o trono do Senhor deixa aquela cidade, e o santuário perde a glória, porque as abominações o entristeceram e perturbaram, o trono e a glória são acompanhados pelo arco-íris para o céu (Ez 1:28). Embora a Terra tenha deixado, por um tempo, de ser a morada de Deus, ainda assim ela estava diante d’Ele em conselho. Ele estaria atento a isso, como objeto de Seu fiel cuidado, de acordo com a promessa. (Assim como o trono de Davi. Esse trono está atualmente no pó – a coroa de Judá foi derrubada – mas a promessa do Senhor para ele é lembrada, assim como Sua promessa para a Terra. Esta analogia se encontra nas Escrituras em Jeremias 33. Desonradas agora ou transformadas em zombaria dos ímpios, as promessas à Terra e ao trono de Davi ainda estão em completa lembrança e, a seu tempo, serão cumpridas).
E, portanto, quando o céu se abre à nossa vista, vemos o arco fiel e lembrado cercando o trono (Ap 4). E ainda mais. O arco-íris é visto quando o Senhor é apresentado descendo para a execução direta e imediata do julgamento. O anjo forte, o Executor divino do dia do Senhor, desce à Terra vestido com uma nuvem, o símbolo do julgamento e o terrível vaso da ira (Gn 9:14; Ap 1:7). Mas mesmo assim o arco-íris está com Ele (Ap 10); tanto quanto para nos dizer que até o fim, e no final, Deus Se lembra de Sua promessa à Terra e lutará com julgamento. A nuvem descerá, é verdade – eles “verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu”. O julgamento deve ocorrer – os livros devem ser abertos – as salvas (ou taças) devem ser esvaziadas; mas é apenas para tirar do reino os que ofendem – para destruir os que destroem a Terra. A nuvem, ao executar sua comissão, deve permanecer no início do arco. O dia do Senhor, ou o julgamento, deve dar lugar à presença do Senhor, ou ao refrigério e à restauração. O anjo forte pode clamar que não haveria mais demora; o curso atual das coisas cessará novamente, como aconteceu nos dias de Noé; mas o arco brilha, aos olhos do Senhor, tão intensamente como sempre, e Sua promessa vive em Seu coração. A Terra ainda é amada, por causa de Noé, como Israel é por causa dos pais – aquele Verdadeiro Noé, em Quem (e somente em Quem) todas as promessas de Deus são sim e amém; e de Quem será dito em toda a Sua plenitude e verdade: “Este nos consolará acerca de nossas obras e do trabalho de nossas mãos, por causa da terra que o SENHOR amaldiçoou”.
Preservado para a glória
Esta nossa Terra, dada aos filhos dos homens, sobrevive, portanto, ao julgamento. Ela resiste ao choque da descida do anjo forte, embora vestido de uma nuvem, colocando o pé direito no mar e o esquerdo na terra, e clamando em voz alta, como quando um leão brama (Ap 10).
E para que é preservada? Para mais do que o arco havia prometido. Não é apenas preservada – com a época da sementeira e da colheita, o seu verão e o seu inverno, o seu dia e a sua noite, o seu frio e o seu calor – mas também deve ser entregue à “liberdade da glória dos filhos de Deus”. Isto é mais do que foi prometido.
Tal foi o sinal e tal será o seu reconhecimento – tal foi o penhor e tal será a sua redenção. Belo mistério! O concerto, com o seu sangue e o seu sinal! A promessa de Deus, com o sacrifício do Filho como seu fundamento e a presença do Espírito como seu testemunho!
Mas aqui me ocorre este pensamento: Devemos nós, amados, permanecer diante de tais caminhos e revelações de Deus na mesma calma com que nos são entregues? É isso que nos convêm? A Rainha de Sabá não esteve diante das glórias de Salomão da mesma forma com que o próprio Salomão habitava entre elas. Salomão estava à vontade no meio delas. Elas eram todas dele. Era sua sabedoria e sua casa que ele construiu. A comida da mesa e o assentar dos servos, com suas roupas, eram todos dele. A subida pela qual ele entrou na casa de Deus era dele. Mas a Rainha de Sabá, do extremo sul, foi apenas introduzida a tudo isso. Era apropriado que ele se sentisse à vontade ali; e era apropriado que ela estivesse em êxtase. O mesmo ocorre com o livro de Deus e do discípulo. Todos os mistérios profundos e preciosos que o Espírito está revelando ali são Seus – os pensamentos e conselhos da mente divina. Não há esforço para produzir efeito na comunicação deles; a história das maravilhas da graça e da glória é contada sem muita arte. Mas será que a alma, apresentada a eles, deve ficar, da mesma maneira, indiferente? Tal pessoa pode contemplar com mais êxtase do que aquela que veio dos confins da terra, pois “eis que está aqui Quem é mais do que Salomão”.
Arrebatado
E é mais desse arrebatamento de Sabá que queremos. Com muita facilidade nos permitimos falar das coisas de Deus como se não houvesse nelas mais preciosidade e excelência do que nosso coração pudesse medir; mas como segredo após segredo surge da sabedoria d’Aquele que é maior que Salomão, certamente nossa alma deveria dizer: “Bem-aventurados os Teus homens, bem-aventurados estes Teus servos que estão sempre diante de Ti, que ouvem a Tua sabedoria!”.
Um novo teste
Favorecido e abençoado, enriquecido e honrado – também instruído e ordenado como “o poder” sob Deus, e com tudo isso, à vontade, em segurança consciente, “nenhuma ocorrência de mal ou inimigo”, Noé está assentado no mundo novo. Uma nova provação do homem, sob novas circunstâncias, estava ocorrendo; e, como aconteceu com Adão no Éden, nada foi deixado por se fazer por parte de Deus. Os bois e os animais cevados foram mortos e todas as coisas estavam prontas. Mas onde está a suficiência do homem? Se Adão falhou diante d’Ele e perdeu o jardim; se Israel falhou em segui-Lo e perdeu sua terra de leite e mel; pode-se dizer a Noé: “Amas-Me mais do que estes?” Em Cristo, e somente n’Ele, há fidelidade e força infalíveis. E Noé, como os demais, falha, e o solo virgem do mundo novo é rapidamente manchado pelo próprio primeiro pé que o pisou.
“E começou Noé a ser lavrador da terra e plantou uma vinha. E bebeu do vinho e embebedou-se; e descobriu-se no meio de sua tenda”.
O próprio Noé é envergonhado; o primeiro homem, o Adão deste novo sistema, começa a história desta segunda apostasia, como o seu primeiro pai.
O avanço do mal
O “pequeno fogo” é então aceso; mas é para um “grande bosque”. Noé fica envergonhado; mas Cam, seu filho, gloria-se na vergonha. Esse foi um avanço terrível no progresso do mal. “E viu Cam, o pai de Canaã, a nudez de seu pai e fê-lo saber a ambos seus irmãos, fora”.
Foi um avanço terrível no mal; isso não foi simplesmente “ser surpreendido nalguma ofensa”, mas se folgar ou se alegrar “com a injustiça”. O bom senso moral rejeita isso: “Então, tomaram Sem e Jafé uma capa, puseram-na sobre ambos os seus ombros e, indo virados para trás, cobriram a nudez do seu pai”. E o próprio santo logo será restaurado. Noé acorda de seu vinho. Aquele que foi vencido se recupera, por meio do Espírito, e a graça de Deus lhe dá um grande triunfo – um triunfo muito precioso e glorioso, de fato, pois o restaurado julga seu juiz e condena seu acusador – “Maldito seja Canaã; servo dos servos seja aos seus irmãos”.
Recuperação e profecia
Isto é algo mais do que recuperação – é uma recuperação triunfante. Até mesmo a bela palavra do apóstolo: “Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus?” dificilmente avalia isso; pois isso é apenas o silenciamento do acusador, ao mesmo tempo em que se volta contra o perseguidor. “Ó inimiga minha, não te alegres a meu respeito; ainda que eu tenha caído, levantar-me-ei”... Então “a minha inimiga” será “pisada como a lama das ruas”.
Aqui, porém, podemos parar por um momento – as perspectivas ricas e interessantes do Espírito de profecia aqui se espalham diante de nós. Esta maldição sobre Canaã faz parte da profecia de Noé.
Noé, em espírito, olhou para fora da terra renovada, mas antecipou o retorno da corrupção e da violência, embora a graça de Deus tivesse o seu testemunho no meio dela. Em detalhe, ele viu que um ramo da família humana (agora prestes a repovoar a Terra) seria distinguido pela revelação e presença de Deus entre eles; outro por seu sucesso e avanço no mundo – um povo a ser ampliado e honrado na Terra; outro, pelo sinal constante e imutável, em sua carne, de degradação e servidão. A sua profecia contemplava, por assim dizer, o homem asiático, o europeu e o africano; ou, o hebreu no Oriente, com quem deveria ser o santuário de Deus – o gentio do Ocidente, que, sob a mão ou providência de Deus, se tornaria grande em fronteiras além das suas – e o escravo do Sul, que poderia sofrer uma mudança de senhor, mas que ainda seria um escravo.
Curta é a notícia da história do mundo, mas justa e perfeita até onde vai, e suficiente para responder ao propósito do Espírito em Noé, que estava levando seu filho Cam para seu texto.
As três profecias que temos nestes primeiros tempos, a de Enoque, a de Lameque e a de Noé, todas tocando a Terra e sua história, embora respeitando diferentes estágios ou partes dessa história, juntas apresentam um esboço muito perfeito da coisa toda. Devemos considerá-las nesta ordem: Noé, Enoque, Lameque.
A profecia de Noé tem se cumprido desde a antiguidade e ainda está recebendo seu selo e testemunho em todas as mudanças na solene e interessante história do mundo. A de Enoque (Judas 14), que falou de julgamento, terá sua resposta, sua resposta completa, quando o atual curso das coisas estiver se encerrando e o dia do Senhor vier para declarar a culpa dos ímpios. A de Lameque (Gênesis 5:29), que falava de descanso, será efetivada posteriormente, quando “o dia do Senhor”, tendo cumprido o julgamento, “a presença do Senhor”, trará sua restauração e refrigério.
O presente e o futuro da história do mundo, o bem e o mal variados do presente, e o julgamento e a glória que compartilharão o futuro, são, portanto, esboçados diante de nós nestas profecias. É fácil discernir essas coisas e dar a esses primeiros oráculos patriarcais sua ordem e caráter.
É a de Noé, entretanto, que devo olhar mais particularmente, como aquela com a qual mais apropriadamente temos a ver aqui. Foi proferida na descoberta do mal de seu filho Cam, e o curso do mal é então detalhado até seu fim e maturidade, antes de terminarmos estes capítulos.
Já observamos seu surgimento inicial no próprio Noé, e a forma avançada dele em Cão. Seu crescimento posterior é visto em seguida nos construtores de Babel, algumas centenas de anos após o dilúvio. E é uma exposição horrível.
Desafio de Deus
No momento do nascimento deste mundo novo, o altar de Noé foi erguido, testemunhando fé e adoração – mas agora a cidade e a torre são erguidas, testemunhando o desafio a Deus e a pretendida independência do homem. E a resposta do céu para essas coisas é igualmente diferente. O altar de Noé trouxe palavras e sinais de paz e segurança – o clamor da cidade e da torre agora traz consigo o julgamento. A corrupção aqui e a vingança do alto marcam a cena, em vez de adoração aqui e bênção de Deus. Anteriormente o Senhor pendurou o símbolo brilhante de Sua aliança nos céus, mas agora Ele está enviando por toda a Terra as testemunhas de Sua justa ira.
Mas isto não é tudo. A torre é exagerada – alta e orgulhosa como era. Os construtores podem estar dispersos, mas os seus princípios sobrevivem. O julgamento não cura. Toda a mente apóstata, que vivificou aquela confederação orgulhosa e rebelde, reúne-se rapidamente para seu trabalho e exibição perfeitos em um só homem. Pois logo após a dispersão (pode ser cerca de trinta anos), Ninrode, neto de Cam, finca seu estandarte no mesmo local que testemunhou o julgamento de Deus. O início do seu reino foi Babel (Gn 10:10). Ele desenrola sua bandeira diante d’Aquele próprio que disse: “Minha é a vingança” e clama: “Onde está o Deus do juízo?” Ele era como o néscio do Salmo 14: “Disse o néscio no seu coração: Não há Deus”. Ele começa a ser poderoso na terra. Ele caçava “diante da face do Senhor”. Desafiando a Deus, ele buscou conquista e poder. Ele acrescentou casa a casa e campo a campo, no desejo de ser o único senhor. Ereque, Acade e Calné são cidades-mãe, e a poderosa Nínive com Reobote-Ir e Calá, e aquela grande cidade Resém, são apenas colônias no sistema deste arrogante apóstata. Ele não tinha coração para qualquer porção que Deus pudesse lhe dar. Ele se encarregou a prover para si mesmo, a ser o criador de sua própria fortuna, para que sua dignidade e honra procedessem de si mesmo. E tal pessoa é o homem do mundo até hoje. Seu intelecto ou sua indústria, sua habilidade ou sua coragem fazem dele o que ele é e lhe fornecem aquilo que ele gosta. Tal foi este distinto apóstata, este primeiro representante e tipo daquele que, nos últimos dias, agirá de acordo com sua vontade e preencherá a medida da iniquidade do homem.
É uma visão séria para a comparação e observância de nossa alma. Estaremos nós, amados, esperando por outras cenas mais puras? E nosso coração está voltado para os prazeres que Deus pode sancionar e que Jesus compartilha conosco?
Esses capítulos terminam adequadamente com isso – essas cenas de rebelião maligna e orgulhosa passam diante de nós, com uma visão fraca e distante do chamado de outro estranho celestial, separado do mundo. Mas tudo isso é o alvorecer de outra era nos caminhos de Deus, e nosso tema atual apenas olha para isso à distância.
Resumo de Gênesis 6-11
A segunda parte do livro de Gênesis, posso dizer, termina aqui. Apresenta uma ação completa e distinta, seguindo adequadamente o que a precedeu e, igualmente adequadamente (se fosse meu propósito mostrá-la), introduzindo o que a seguirá.
Nesta porção, Gênesis 6-11, a cena é colocada na Terra. A família celestial já esteve diante de nós, Gênesis 1-5, e seu curso terminou na trasladação de Enoque; agora a cena é colocada novamente na Terra, como no início, no jardim do Éden.
O conteúdo deste pequeno volume, que agora encerrei, pode ser apresentado na seguinte ordem:
Gênesis 6-8. Esses capítulos apresentam o pecado e o julgamento da terra, com a eleição, a fé e a libertação dos santos no meio de tudo isso e fora disso tudo.
Gênesis 9. Este capítulo nos mostra a nova condição do homem no mundo novo, favorecido e enriquecido ali pelo Deus do céu e da Terra, assegurado na misericórdia do concerto e feito representante e executor da autoridade divina.
Gênesis 10-11. Esses capítulos revelam grandes porções da história do mundo novo, as origens, o funcionamento, o progresso e a maturidade do mal, deixando ou tornando a Terra um lugar tal que o Senhor deve novamente, uma segunda vez, retirar-Se dela (pelo menos quanto ao presente) e trazer dentre ela, também uma segunda vez, um povo para ser um estrangeiro celestial no meio dela, como os santos antediluvianos.
Próximos dias de glória
O céu e a Terra têm, portanto, em seu tempo, repetido o mistério, até que juntos, nos dias vindouros, os dias de glória, eles o manifestarão, quando “ao nome de Jesus se dobrará todo joelho dos que estão nos céus, e na Terra, e debaixo da terra, e toda língua confessará que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai”.
“a terra não se venderá em perpetuidade” diz o Senhor; “porque a terra é Minha” (Lv 25:23). O homem tem um período de anos concedido a ele, durante o qual fica em seu poder perturbar a ordem divina. Durante quarenta e nove anos em Israel, o tráfego perturbador poderia continuar, mas no quinquagésimo ano o Senhor afirmou Seu direito e restaurou todas as coisas de acordo com Sua própria vontade; pois foi um tempo de “refrigério” e de “restauração” a partir de Sua própria “presença”.
Expectativa brilhante e feliz! “Do SENHOR é a Terra e a sua plenitude”, é a proclamação do Salmo 24. E então surge o desafio: “Quem subirá ao monte do SENHOR?” – isto é, quem assumirá o governo desta Terra e sua plenitude? E a resposta é feita por outro desafio às portas da cidade, para que levantem as suas cabeças ao Senhor dos Exércitos, o Rei da glória; uma forma fervorosa de palavras para transmitir a verdade, que o Senhor, como em força e vitória, o Senhor como Redentor e Vingador, assumirá o governo. Como novamente em Apocalipse 5, uma proclamação semelhante é ouvida: “Quem é digno de abrir o livro e de desatar os seus selos?” E a resposta de cada região é esta: “o Cordeiro que foi morto, o Leão da tribo de Judá”. Aquele que estava assentado no trono deu essa resposta deixando o livro passar de Sua mão para a mão do Cordeiro. As criaturas viventes e os anciãos coroados juntaram-se a essa resposta cantando o seu cântico sobre a perspectiva do seu reinado sobre a terra. As hostes de anjos acrescentam a isso, atribuindo ao Cordeiro toda sabedoria, força, honra e domínio – e toda criatura no céu, na Terra, sob a terra e nos mares, em sua ordem e medida, se junta para proferir esta mesma resposta. O título do Cordeiro para assumir domínio na Terra é, portanto, reconhecido e verificado no mesmo lugar onde todo senhorio ou cargo poderia ser corretamente atestado – na presença do trono no céu.
E assim é. O Homem nobre agora foi para uma terra distante a fim de tomar para Si um reino. Jesus, que recusou todo o poder do deus deste mundo (Mateus 4), ou do desejo da multidão (João 6), recebe-o de Deus, como Ele reconhece no Salmo 62 que o poder a Ele pertence. E no devido tempo Ele retornará, e aqueles que O reconheceram no dia de Sua rejeição brilharão com Ele no dia de Sua glória; aqueles que O serviram agora tomarão outra cidade com Ele então.
Na perspectiva de tal dia, Paulo diz a Timóteo: “guardes este mandamento sem mácula e repreensão, até à aparição de nosso Senhor Jesus Cristo; a qual, a seu tempo, mostrará o Bem-aventurado e Único poderoso Senhor, Rei dos reis e Senhor dos senhores”. E na mesma perspectiva, o mesmo querido apóstolo poderia dizer de si mesmo: “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo Juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a Sua vinda [aparição – JND]”.
Que o Senhor dê ao nosso pobre coração – pois ele precisa muito – mais do mesmo espírito de fé e poder de esperança! Amém.
J. G. Bellett
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