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ÍNDICE
Capítulo 14 – "Emagreço, Emagreço, Ai de Mim"
Capítulo 10 - O Oitavo Dia
Levítico 14:10-11
“E, ao dia oitavo, tomará dois cordeiros sem mancha, e uma cordeira sem mancha, de um ano, e três dízimas de flor de farinha para oferta de manjares, amassada com azeite, e um logue de azeite. E o sacerdote que faz a purificação apresentará o homem que houver de purificar-se com aquelas coisas perante o SENHOR, à porta da tenda da congregação” (vs. 10-11).
25 – “O sacerdote... apresentará o homem... diante do Senhor” - Lv 14:11
Bible Light Publishers P.O. Box 442, Fo Tan, New Territories – Hong Kong BTP # 3818
Aquele dia há muito aguardado finalmente amanheceu. Os sete dias se passaram, e agora chegou o oitavo dia. Agora o leproso pode voltar para casa, para o feliz círculo familiar, onde tudo é paz, gozo e amor. A vergonha é coisa do passado. Seus dias de testemunho terminaram; e o lar, doce lar, está diante dele.
O “oitavo dia” na Escritura parece ter um significado especial. Sete dias completaram a semana, terminando com o sábado, no sétimo dia. O dia seguinte era “o dia seguinte ao sábado” ou o primeiro dia de uma nova semana. Mas aqui não é chamado de primeiro dia, ou “o dia seguinte ao sábado”, mas de “o oitavo dia”. Se nos voltarmos para Levítico 23, podemos notar a diferença. Nos versículos 11, 15 e 16, lemos sobre “o dia seguinte ao sábado”. Esses versículos falam, em figura, da ressurreição de Cristo e da vinda do Espírito Santo. Mas quando passamos aos versículos 36 e 39, não temos “o dia seguinte ao sábado”, mas “o oitavo dia”. Nesses versículos, temos em figura um começo totalmente novo. Cristo reinou nesta Terra por mil anos, todo o pecado foi aniquilado, o diabo foi banido para sempre e uma eternidade de gozo e paz começa. É verdadeiramente um novo começo para todos: como o Senhor diz: “Eis que faço novas todas as coisas” (Ap 21:5).
E certamente aquele oitavo dia foi um novo começo para aquele pobre leproso. Aqueles dias em que ele vagava sozinho fora do arraial acabaram para sempre. Agora não há mais necessidade de rapar e lavar. Ele não estará mais ausente de casa e dos entes queridos, mas uma vida de amor, gozo, paz e adoração começou. Agora, com cada oferta (exceto a oferta de paz) em sua mão (falando de todos os vários aspectos e excelências do poderoso sacrifício do próprio Cristo), aquele homem que tão recentemente era um rejeitado leproso, vem a ser apresentado diante do Senhor. A oferta pela expiação da culpa, a oferta de manjares, a oferta pela expiação do pecado e o holocausto estão todos incluídos, bem como o logue de azeite, falando do Espírito Santo, por meio de Quem Cristo Se ofereceu (Hb 9:14). Em virtude dessas ofertas, o homem, uma vez tão distante, aproxima-se tão perto, muito perto de Deus. Não me lembro de nenhum outro israelita (exceto os sacerdotes e os levitas) que tenha se aproximado tanto do Senhor, ou que teve esse maravilhoso privilégio de ser apresentado diante do Senhor, dessa maneira.
Gosto muito de parar e contemplar aquela cena. Aquele homem apenas oito dias antes tinha sido um vil leproso, fora do arraial, com a cabeça descoberta, as roupas rasgadas, o lábio coberto, enquanto ele mesmo gritava: “Imundo! imundo!”. Agora ele é trazido, não apenas para dentro do arraial, mas para a casa de Deus, e ali apresentado diante do Senhor. Que lugar feliz, maravilhoso e abençoado! Contudo, esse lugar é nosso. “A vós outros também que, outrora, éreis estranhos e inimigos no entendimento pelas vossas obras malignas, agora, porém, vos reconciliou no corpo da Sua carne, mediante a Sua morte, para apresentar-vos perante Ele [Ela (a plenitude da divindade v. 19 – JND)] santos,” (Cl 1:21-22). “Estranhos e inimigos no entendimento” descreve com precisão o leproso fora do arraial. “Contudo, vos reconciliou no corpo da Sua carne, mediante a morte”, fala do leproso purificado e trazido de volta ao arraial pela morte daquela ave limpa. E a que tudo isso leva? “para vos apresentar santos inculpáveis e irrepreensíveis perante Ela” (JND).
Você sabe como certos indivíduos favorecidos são apresentados na corte ao rei – mas você e eu, querido companheiro Cristão, temos a maravilhosa e abençoada perspectiva de sermos apresentados ao Rei dos reis!
E eu gosto dessa expressão: “o sacerdote que faz a purificação apresentará o homem”. (Lv 14:11) Não é um Estranho que me levará – estranho sou eu nos átrios acima – estranho a todas aquelas glórias e maravilhas daquele brilhante lar: Não, é o Sacerdote que me purificou; o Sacerdote a Quem tenho conhecido e amado há tanto tempo aqui embaixo, Ele mesmo, e nenhum outro, é Ele Quem me toma e me apresenta ao Senhor. Terei medo quando Ele pegar na minha mão e me conduzir pelos átrios da glória para me apresentar diante do Senhor? É a Sua mão, a mesma mão abençoada e trespassada, que me conduziu todos esses anos pelo deserto, que agora me toma e me apresenta diante do Senhor.
Estávamos lendo em 1 Pedro 2:11, e alguém se virou para um velho e querido santo chinês e perguntou: “Sr. Chang, como é que Pedro diz: ‘Peço-vos. como peregrinos e forasteiros’, e Paulo diz: ‘já não sois estrangeiros e forasteiros’?” (Ef 2:19). O Sr. Chang ficou intrigado por um momento, e uma pergunta foi feita: “Você é um forasteiro aqui embaixo?”. “Sim, até minha própria família mal me conhece”. “Quando você encontrar o Senhor Jesus, Ele será um Estranho?”. Um sorriso brilhante iluminou todo o seu rosto, enquanto ele respondia calorosamente: “Oh, não, Ele é meu melhor Amigo; eu O conheço há mais de quarenta anos”. Podemos realmente cantar,
“Lá nenhum Deus desconhecido te encontrará
Como estrangeiro nos átrios acima,
Aquele que à Sua morada te saúda,
Te saúda com um amor bem conhecido.”
E quanto mais formos estrangeiros aqui, quanto mais cuidadosamente nos mantivermos rapados e lavados, menos teremos sido conformados com o mundo, menos nos acharemos estrangeiros lá em cima. Alguém poderia cantar,
“É o tesouro que encontrei em Seu amor
Que me fez um estrangeiro aqui embaixo”.
Pensamos no gozo, na honra e no privilégio daquele momento, mas, amados amigos, o que é o nosso gozo comparado com o d’Ele? Ao nos levar e nos apresentar diante do Senhor, Ele não vê o trabalho da Sua alma e fica satisfeito? Aqui está outro pobre pecador, purificado por Seu próprio sangue mais precioso e agora trazido à própria presença de Deus. Nada menos do que isso satisfaria o coração de Cristo, embora você e eu estivéssemos perfeitamente satisfeitos em ser salvos da punição de nossos pecados e obter o menor lugar dentro da porta do céu. Mas isso não O satisfaria. Assim é o nosso Salvador!
E qual é o nosso gozo em comparação com o d’Ele? Será que não temos um pequeno vislumbre do Seu gozo neste tempo presente em Judas 24? “Ora, Àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar e apresentar-vos irrepreensíveis, com alegria (excessivo gozo – KJV), perante a Sua glória”. Uma vez Ele pôde dizer: “A Minha alma está cheia de tristeza [de excessiva tristeza – KJV) até à morte” (Mt 26:38). Agora essa “excessiva tristeza” se transformou em “excessivo gozo”. Quando Ele encontrou a ovelha perdida, Ele a colocou sobre Seus ombros, regozijando-Se, mas agora, tendo-a trazido para casa, Ele a apresenta diante da presença de Sua glória com grande gozo. Em toda a jornada para aquela casa no alto a ovelha foi guiada por Ele com a perícia de Suas mãos (Sl 78:72), Ele a sustentou e a impediu de tropeçar, e agora o fim da jornada chegou, e com grande gozo Ele apresenta o troféu de Sua graça e poder.
Mas como Ele pode apresentar como “irrepreensível” alguém tão repreensível quanto eu? Isso é em virtude desses três cordeiros que o leproso toma em suas mãos, enquanto o sacerdote o apresenta. Você notará que assim que cada um desses cordeiros é oferecido, a Palavra registra: “o sacerdote fará expiação por ele” (vs. 18-20). Expiação significa “cobertura”. Coberto pelo sangue da oferta pela expiação da culpa; coberto pelo sangue da oferta pela expiação do pecado; e, coberto pelo sangue do holocausto: não só nenhuma falha ou defeito ou mancha ou nódoa pode ser encontrado naquele homem, que até pouco tempo era um leproso excluído, inadequado para a companhia até mesmo de seus semelhantes, contudo, Deus o vê em todas as excelências, beleza e justiça d’Aquele a Quem os cordeiros representavam. Essa cobertura tríplice fala da única oferta do corpo de Jesus Cristo em seu caráter tríplice, e essas ofertas não poderiam ser separadas da oferta de manjares que falava de Sua vida imaculada na Terra, nem do azeite. Se o homem tivesse tentado entrar na presença de Deus para ser apresentado a Ele sem essas ofertas, Deus nunca poderia tê-lo aceitado, mas com elas, o homem que era inadequado para a companhia de seus semelhantes, está preparado para a presença de Deus. Não era a lavagem e nem o rapar-se que o preparavam para aquela Presença maravilhosa, embora essas fossem corretas e necessárias, mas o sangue, e apenas o sangue. Assim, nós também, que antes estávamos longe, fomos aproximados pelo sangue de Cristo (Ef 2:13), e também nós fomos feitos agradáveis (fomos levados em favor – JND) “no Amado” (Ef 1:6). Somente n’Ele, e somente em virtude de Seu sangue, podemos ser aceitos.
Em 1 João 3:2-3, lemos: “Mas sabemos que, quando Ele Se manifestar, seremos semelhantes a Ele; porque assim como é O veremos. E qualquer que n’Ele tem esta esperança purifica-se a si mesmo, como também Ele é puro” (1 Jo 3:3). Nós não nos purificamos para vê-Lo e ser como Ele, mas nos purificamos, porque temos a esperança segura e certa de vê-Lo e ser como Ele, pelo sacrifício de Si mesmo e por meio de Seu próprio sangue mais precioso. Nós nos purificamos, não pelo sangue, mas pela água da Palavra.
O Oitavo Dia
“Moisés tomou o azeite da unção... E aspergiu... sete vezes... derramou do azeite da unção sobre a cabeça de Arão” (Lv 8:11-12).
“E o sacerdote... espargirá... sete vezes... e o restante do azeite... derramará sobre a cabeça daquele que deve ser purificado” (Lv 14:16, 18).
“Eis que os filhos de Arão falham:
Mas, eis que o leproso agora
Encontra o precioso sangue disponível –
A unção em sua testa.
“Sob a lei cerimonial
Quem usava esta coroa sagrada?
O leproso e sumo sacerdote são vistos
Os únicos assim ungidos.
“Graça abundante! Amor maravilhoso!
O pecador, purificado pelo sangue,
Regozija-se só com o sacerdote,
Um santo – trazido para perto de Deus.
“Verdade três vezes bendita! Nosso Deus conhecer,
Ver Seu Cristo em plenitude,
E então procurar nossa tenda abaixo
No poder da vida libertada.
“E assim, sobre nossa cabeça, encontramos
O óleo da alegria descendo;
Primeiro, deixe as coisas antigas para trás,
E então – entre eles se misture.
“A tão almejada manhã do oitavo dia surgiu,
A porta à qual o rejeitado se aproxima,
Onde a luz da glória em bênção flui,
O próprio Deus aparece.
“Quantos se esforçam para encontrar o caminho
Para peregrinar na terra,
Antes de conhecerem a alegria da fé
Acima da cena da escassez.
“Eles armam a tenda antes de passar
Além dos dias do tempo – os sete;
E assim eles vagueiam, infelizmente!
Sem uma visão do céu.
“Por meio da graça nós - a circuncisão,
Nosso prazeroso altar elevamos:
Então aqui, como sepultado, Senhor, Contigo,
Nossa tenda deve ouvir Teu louvor.
“Andar – uma companhia da nova criação,
Sua ‘regra’ perfeita reconhecer,
Uma vez leprosos na terra de Adão,
Agora aqui por Cristo somente.”
Autor desconhecido
Capítulo 11 - O Cordeiro da Oferta da Expiação da Culpa
Levítico 14:12-14
“E o sacerdote tomará um dos cordeiros e o oferecerá por expiação da culpa e o logue de azeite; e os moverá por oferta movida perante o SENHOR” (Lv 14:12).
26 – “Um dos cordeiros... por expiação da culpa” - Lv 14:12
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Que gozo indescritível para o Senhor ter a Ele apresentado, junto com o pobre leproso, aquele cordeiro da oferta pela expiação da culpa. Isso falava daquele Cordeiro, da própria provisão de Deus, o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo (Jo 1:29). Isso falava do Filho unigênito de Deus. E com esse cordeiro estava o logue de azeite, falando do Espírito Santo. Nas três Pessoas da Trindade encontramos todos empenhados em acolher o pecador resgatado em Sua casa no alto.
“Então, degolará o cordeiro no lugar em que se degola a oferta pela expiação do pecado e o holocausto, no lugar santo; porque assim a oferta pela expiação da culpa e a oferta pela expiação do pecado são para o sacerdote; coisas santíssimas são” (v. 13).
27 – “Então, degolará o cordeiro” - Lv 14:13
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Vemos que não apenas a lepra era considerada imunda, mas também era considerada uma verdadeira transgressão contra o Senhor, exigindo a oferta pela expiação da culpa. Portanto, precisamos perceber que não somente estamos contaminados pelo pecado, mas cada um de nós individualmente “pecou contra o Senhor”. É bom quando somos levados a clamar: “Contra Ti, contra Ti somente pequei” (Sl 51:4). O pobre pródigo teve que aprender essa lição, como vemos quando ele clamou: “Pai, pequei contra o céu e perante ti” (Lc 15:21).
Se você se lembrar dos diferentes casos de lepra mencionados no Velho Testamento entre o povo de Israel, (Miriã – Números 12; Geazi – 2 Reis 5; Uzias – 2 Crônicas 26), você notará que em todos os casos esta terrível doença foi enviada como punição por um grande pecado que cada um cometeu. No caso de Geazi, a lepra deveria se apegar à sua descendência para sempre. Não há indicação de pecado no caso de Naamã (2 Rs 5), mas ele não era do povo de Israel. Se, ao que parece, Deus usou a lepra como um castigo para Seu povo, pode ser que a oferta pela expiação da culpa tenha expiado o pecado que causou a doença. Mas não tenho dúvidas de que, na figura, a oferta pela expiação da culpa nos fala da morte de Cristo que expia os atos de pecado que cometemos.
Mas a oferta pela expiação da culpa, como a oferta pela expiação do pecado, era para o sacerdote. Quando o sacerdote come a oferta pela expiação da culpa, ele torna sua a culpa do homem que a oferece.
Que graça indescritível! E isso é exatamente o que o nosso grande Sumo Sacerdote fez por nós.
“E o sacerdote tomará do sangue da oferta pela expiação da culpa e o sacerdote o porá sobre a ponta da orelha direita daquele que tem de purificar-se, e sobre o dedo polegar da sua mão direita, e no dedo polegar do seu pé direito” (v. 14).
28 – O sacerdote colocará o sangue na orelha direita, no polegar da mão direita e pé direito - Lv 14:14
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O sangue da oferta pela expiação da culpa que apagou todas as nossas culpas, agora marca a orelha, o polegar e o dedo do pé do leproso purificado. Ele é o selo, ou insígnia, que marca cada um que entra nesses átrios de glória. Não há um único que não deva reconhecer que sua cabeça, com todo o seu intelecto e habilidade, precisou ser purificada por aquele precioso sangue. Suas mãos muitas vezes foram usadas para pecar contra o Senhor, mas agora o sangue no polegar direito é a marca, o sinal de que tudo foi perdoado. Quantas vezes os nossos pés nos desviaram para seguirmos o nosso próprio caminho (Is 53:6), mas agora o sangue no dedo polegar do pé direito diz a todos que o Senhor colocou sobre Ele toda a iniquidade que nossos pés causaram.
Quão maravilhoso é que Aquele que aqui Se abaixou para lavar os pés de Seu povo, novamente Se abaixe para marcar esses pés com Seu próprio precioso sangue.
Sua cabeça santa uma vez foi coroada de espinhos, e Sua aparência estava tão desfigurada mais do que a de outro homem (Is 52:14), Seu precioso sangue uma vez manchou Sua cabeça e testa, e agora marca minha cabeça como sendo Sua, e somente Sua, para sempre. Suas mãos e pés foram traspassados por mim, e por toda a eternidade Ele carregará as marcas daqueles cravos cruéis; e agora minha mão e pé carregam a marca do sangue que os comprou.
Uma menina que se dizia Cristã perguntou a um amigo Cristão idoso se ele achava que seria errado ela ir a um baile. O homem idoso respondeu: “Tudo depende se há sangue no seu dedo do pé ou não”. A menina ficou intrigada, mas o amigo então contou a ela sobre o leproso que estava purificado e tinha a orelha, a mão e o pé marcados com sangue, como um sinal de que tudo havia sido comprado por seu Salvador. Quando a menina percebeu que seu dedo do pé estava marcado com o precioso sangue de seu Salvador, soube imediatamente que não poderia usá-lo para dançar com o mundo. Está chegando o dia em que teremos “música e dança” (Lc 15:25), mas isso não é aqui.
Ao olharmos ao redor daquela multidão incontável naqueles átrios acima, descobrimos que cada um leva a mesma marca; cada um se deleitará em se juntar àquele novo cântico: “porque foste morto e com o Teu sangue compraste para Deus homens de toda tribo, e língua, e povo, e nação” (Ap 5:9).
Capítulo 12 - O Logue de Azeite
Levítico 14:12-14
“Também o sacerdote tomará do logue de azeite e o derramará na palma da sua própria mão esquerda. Então, o sacerdote molhará o seu dedo direito no azeite que está na sua mão esquerda e daquele azeite, com o seu dedo, espargirá sete vezes perante o SENHOR” (vs. 15-16).
29 – Espargirá do azeite perante o Senhor - Lv 14:16
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Vimos que o azeite fala do Espírito Santo. Agora o sacerdote se afasta do leproso, por um momento ele é esquecido, e o azeite é “espargido diante do Senhor”. O leproso, como vimos, foi apresentado diante do Senhor, no poder do Espírito Santo e em virtude do sacrifício de Cristo. Mas agora o azeite é espargido diante do Senhor. Acho que isso nos fala do deleite perfeito que Deus tem em Seu Espírito Santo. Às vezes, somos capazes de esquecer que o Espírito Santo é a terceira Pessoa da Divindade, e não é apenas uma “influência”, mas é o Deus verdadeiro e vivo.
Sete fala de perfeição, e como é maravilhoso lembrar, quando olhamos ao redor deste mundo, com toda a sua tristeza, pecado e sofrimento, que, apesar de todas essas coisas, há Alguém que habita aqui agora, que é totalmente agradável a Deus no céu. Você se lembra de como Deus Pai Se deleitou em olhar para baixo dos céus abertos quando Seu Filho habitou nesta Terra, e d’Ele, e somente d’Ele, disse: “Tu és Meu Filho amado, em Quem Me comprazo” (Mc 1:11). Da mesma forma, Deus pode olhar agora para baixo para o Espírito Santo e, por toda a eternidade, Ele será Seu deleite no céu. Embora Ele habite em cada crente, e seja a força e poder deles para todas as coisas de Deus, ainda precisamos lembrar que antes de tudo Ele está aqui abaixo para Deus e para Sua glória.
“E o restante do azeite que está na sua mão o sacerdote porá sobre a ponta da orelha direita daquele que tem de purificar-se, e sobre o dedo polegar da sua mão direita, e sobre o dedo polegar do seu pé direito, em cima do sangue da oferta pela expiação da culpa” (v. 17).
30 – O sacerdote colocará o azeite na orelha direita, no polegar da mão direita e pé direito - Lv 14:17
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Cremos que o azeite colocado sobre o sangue da oferta pela expiação da culpa fala do poder e da energia do Espírito Santo para a vida, o canto e o serviço do crente nesses átrios de glória. O Senhor prometeu que o Consolador permaneceria conosco para sempre, e certamente todas as atividades do céu serão em Seu poder.
“E o restante do azeite que está na mão do sacerdote, o porá sobre a cabeça daquele que tem de purificar-se” (v. 18).
31 – O sacerdote colocará o azeite sobre a cabeça daquele que tem de purificar-se - Lv 14:18
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É maravilhoso ver como o azeite nunca acaba. Embora espargido diante do Senhor sete vezes e colocado na orelha, polegar da mão e do pé do leproso, ainda resta mais. Isso nos lembra da Palavra: “não lhe dá Deus o Espírito por medida” (Jo 3:34). Qualquer que seja a necessidade que tenhamos de Seu poder e energia, podemos ter certeza de que o Espírito de Deus é mais do que Suficiente para todas as nossas necessidades. E depois que todas as exigências do azeite para Deus e para os homens foram totalmente cumpridas, ainda há mais, e isso é derramado sobre a cabeça do homem que deve ser purificado. Aqueles em Israel que foram ungidos eram os sacerdotes, os reis e, em um caso pelo menos, um profeta – e, os leprosos purificados! Que companhia maravilhosa para a qual ele é trazido! E isso não nos fala do lugar para o qual o Senhor nos trouxe? Em Apocalipse 1:6, lemos: “E nos fez reis e sacerdotes para Deus e Seu Pai”. Em 1 Pedro 2:9 somos chamados de “sacerdócio real”. O novo cântico de Apocalipse 5:10 diz: “e para o nosso Deus os fizeste reis e sacerdotes”.
Está tudo muito além do nosso entendimento ou dos nossos sonhos. Quem poderia ter concebido o pensamento de que alguém que era um pobre, vil, desprezado e imundo rejeitado deveria ser trazido para um lugar que nenhum outro israelita possuía, ainda mais esse de sacerdote e rei! Esse pensamento era de Deus, e somente d’Ele. Podemos apenas nos curvar em adoração e admiração, enquanto contemplamos esta linda cena.
“O sacerdote fará expiação por ele perante o SENHOR” (v. 18).
Acho que esse versículo completa a maravilhosa figura da oferta pela expiação da culpa e do azeite, uma cena que começou no versículo 12. Não foi, penso eu, o azeite que fez a expiação, mas o sangue da oferta pela expiação da culpa. Em Levítico 17:11, lemos: “o sangue que fará expiação pela alma”. Sangue, não azeite, faz expiação. Só o sangue pode cobrir os pecados. Mas esta declaração, sendo colocada como está no final do versículo 18, no final da seção que inclui tanto a oferta pela expiação da culpa quanto o azeite, nos mostra claramente quão intimamente conectado o Espírito de Deus está com a oferta de nosso Senhor Jesus Cristo (Hb 9:14). Vemos o “homem que tem que purificar-se” não apenas purificado pelo sangue, mas também protegido pelo sangue, e todos os seus pecados cobertos por ele. Verdadeiramente podemos exclamar: “Bem-aventurado aquele cuja transgressão é perdoada, e cujo pecado é coberto” (Sl 32:1).
O que mais poderia ser adicionado a uma tal figura? Pensamos que mais uma pincelada poderia estragá-la, mas descobrimos que ainda são necessárias mais duas cenas para completar sua perfeição.
“Também o sacerdote fará a oferta pela expiação do pecado e fará expiação por aquele que tem de purificar-se da sua imundícia; e depois degolará o holocausto” (v. 19).
Que obra perfeita e completa nosso Salvador cumpriu na cruz. Não apenas todas as transgressões são apagadas pelo sangue da oferta pela expiação da culpa, mas até mesmo aquela velha raiz incurável do pecado foi julgada. A oferta pela expiação do pecado dizia que nada além da morte poderia nos livrar disso. Essa velha natureza não é perdoada, é julgada. Nossa Oferta pela expiação do pecado morreu, e nós morremos com Ele, e com Ele ressuscitamos; e quando estivermos naquele lar em glória, nunca mais seremos perturbados com aquela natureza velha e pecaminosa, que muitas vezes nos causa tanta tristeza agora.
Há apenas mais uma cena, e a figura é completa e perfeita. “E o sacerdote oferecerá o holocausto e a oferta de manjares sobre o altar; assim, o sacerdote fará expiação pelo homem, e este será limpo” (v. 20).
32 – “o sacerdote oferecerá o holocausto” Lv 14:20
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Há apenas mais uma cena, e a figura é completa e perfeita. “E o sacerdote oferecerá o holocausto e a oferta de manjares sobre o altar; assim, o sacerdote fará expiação pelo homem, e este será limpo” (v. 20).
Na oferta pela expiação da culpa, o ofertante colocou a mão sobre a cabeça da oferta, e todos os seus pecados e ofensas passaram dele para ela; e ele foi deixado limpo e livre de culpa. No holocausto, o ofertante novamente colocou a mão sobre a cabeça da oferta, mas agora toda a eficácia e virtude da oferta passam para o ofertante. O holocausto é especialmente a parte de Deus naquela poderosa oferta na cruz. O holocausto não foi trazido porque o homem pecou, mas foi trazido como a mais alta marca de adoração que o homem poderia oferecer a Deus. A oferta de manjares (ou oferta de alimento, como poderia ser mais corretamente chamada) fala da vida pura e santa de nosso Senhor Jesus Cristo aqui embaixo.
Agora, a purificação do leproso está concluída. Ele relembra a história daqueles dias, a velha vida fora do arraial, sua purificação, sua apresentação ao Senhor, sua marca pelo sangue que apagou suas ofensas, aquele novo lugar maravilhoso de sacerdote e de rei para o qual ele foi trazido, aquela oferta pela expiação do pecado que o libertou de seu antigo eu. Que história essa! O que ele pode oferecer agora Àquele que fez tudo isso por ele? Seu coração transborda em adoração, louvor e ação de graças, e ele traz aquilo que dá o maior gozo ao coração de Deus. Ele oferece o holocausto e a oferta de manjares. Ele oferece a Deus o sacrifício de Seu próprio Filho querido, da maneira em que esse sacrifício era especialmente a parte de Deus, e ele também traz a Ele aquela vida imaculada aqui embaixo, muito, muito diferente da sua. Não só o leproso purificado entrou no lugar do sacerdote e do rei, mas agora ele se tornou um adorador, e o deixamos curvado diante daquele altar, com o holocausto subindo a Deus como um cheiro suave, e o ouvimos exclamar:
“Unges a minha cabeça com óleo;
O meu cálice transborda!”
A verdadeira adoração é o transbordamento do coração para Deus – um coração tão cheio que não pode ser contido, e transborda em louvor e adoração e honra. Isso, acreditamos, é o que o holocausto e a oferta de manjares, ambos subindo como um cheiro suave a Deus, nos dizem aqui.
Procuramos de maneira débil seguir o leproso, desde fora do arraial até seu lugar como adorador, diante daquele holocausto, subindo como um cheiro suave para Deus. Que caminho tem sido, e ainda assim, querido companheiro Cristão, é o seu caminho e o meu. Que graça infinita! Que ela mova nosso coração para um amor mais ardente Àquele que tanto fez por nós!
Capítulo 13 – A Presente Aplicação
Levítico 14:10-11
O Salmo 119:96 diz: “o Teu mandamento é amplíssimo [ilimitado – ARA]”. E acreditamos que essa história maravilhosa tem outra interpretação, e nela, outra lição para nós. Acreditamos que muitas passagens da Escritura têm um duplo significado: uma, talvez, para o tempo presente, e outra para o dia vindouro. Temos olhado para esse significado que nos fala de nossa “volta para casa”, quando alcançarmos a glória acima. Mas sabemos por passagens como Efésios 2:6 que Deus nos vê, mesmo agora, como ressuscitados dentre os mortos e assentados nos lugares celestiais. “Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo Seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossas ofensas nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos) e nos ressuscitou juntamente com Ele, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus: para mostrar nos séculos vindouros as abundantes riquezas da Sua graça, pela Sua benignidade para conosco em Cristo Jesus” (Ef 2:4-7). Observe que isso não é o que Ele fará no futuro, mas o que Ele já fez.
Assim, podemos ver que, em certo sentido, não temos necessidade de esperar até chegarmos ao nosso lar na glória para desfrutar das bênçãos do “oitavo dia”. Agora mesmo, Deus fez todas as coisas novas para nós, agora mesmo somos aceitos no Amado. Agora mesmo somos apresentados santos, inculpáveis e irrepreensíveis aos Seus olhos. É certo que agora Ele é capaz de nos impedir de tropeçar, e agora mesmo Ele Se deleita em nos apresentar irrepreensíveis diante da Sua glória com alegria (Jd 24). Cremos que a plenitude dessa figura só será cumprida quando realmente chegarmos à nossa casa lá em cima, mas quão abençoado é saber que, em certo sentido, mesmo agora podemos provar e desfrutar de todas essas bênçãos.
Agora mesmo desfrutamos das bênçãos da aceitação dessa oferta pela expiação da culpa, e agora mesmo carregamos o sangue dessa oferta em nossa orelha direita, polegar da mão direita e do pé direito. Oh, querido companheiro crente, que o Senhor nos dê graça nesta cena contaminada para andarmos dignos daquele selo, daquela marca, que usamos mesmo agora, aqui embaixo. Que tenhamos cuidado para que nada passe por aquela orelha marcada pelo sangue que seria desonroso para Aquele que derramou Seu sangue por nós. Que tudo o que ouvimos, dizemos e pensamos esteja de acordo com Sua morte – pois certamente o sangue na orelha é representativo de toda a cabeça.
Mas isso não tem só um lado negativo, por assim dizer, mas também tem o lado positivo. Que minha cabeça, com o meu intelecto, os meus ouvidos, a minha boca, os meus olhos, o meu tudo, seja d’Ele, e somente d’Ele, e d’Ele para sempre. Que eles sejam usados para Ele! Que possamos ouvir, pensar e falar por Ele. Eles são marcados e selados com a marca da morte, o preço que foi pago para comprá-los para Si mesmo. Que Deus conceda que nenhuma de nossas capacidades possa ser usada para outro.
Aquela minha mão, que uma vez foi usada para servir Seu inimigo, agora é comprada com o mesmo sangue precioso, e de bom grado funcionará e guerreará por Aquele que a comprou para Si mesmo. Ele pode dizer que: “aquele que furtava não furte mais” (era isso que eu costumava fazer), “antes, trabalhe, fazendo com as mãos o que é bom, para que tenha o que repartir com o que tiver necessidade” (Ef 4:28). Uma vez, aquela minha mão pegou as coisas do meu vizinho. Agora me esforço para dar àquele de quem uma vez roubei, ou a qualquer pessoa necessitada. Tal é o efeito daquele sangue na minha mão direita.
Aquele meu pé uma vez se deleitou em seguir seu próprio caminho, mas ungido com aquele sangue precioso, ele se torna formoso, pois vai pregar o evangelho da paz e trazer boas novas de coisas boas (Rm 10:15).
Esse sangue me diz que não sou de mim mesmo, que fui comprado por um preço, e me diz, “glorificai, pois, a Deus no vosso corpo e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus” (1 Co 6:19-20). Aquele sangue na orelha, no polegar e no dedo do pé me diz: “nem tampouco apresenteis os vossos membros ao pecado por instrumentos de iniquidade; mas apresentai-vos a Deus, como vivos dentre mortos, e os vossos membros a Deus, como instrumentos de justiça” (Rm 6:13). Enquanto comtemplo aquele sangue, clamo:
“Tome minha vida, e que ela seja
Consagrada, Senhor, a Ti!”
Ao meditarmos em tudo isso, somos constrangidos a dizer: “E, para essas coisas, quem é idôneo?” (2 Co 2:16). E quanto melhor nos conhecermos, mais fervorosamente responderemos: “não que sejamos capazes, por nós... mas a nossa capacidade vem de Deus” (2 Co 3:5). E isso nos leva à próxima cena, onde o sacerdote, depois de aspergir o azeite sete vezes diante do Senhor, o coloca em nossa orelha direita, polegar e dedo do pé, sobre o sangue da oferta pela expiação da culpa. Nunca poderíamos nos aventurar a caminhar por este mundo contaminado e contaminante com o sangue da oferta pela expiação da culpa sobre nós, se esse sangue não estivesse coberto com o azeite. Isso nos fala do poder do Espírito Santo para nos levar por meio de todas as circunstâncias, para nos guardar, não apenas de cair, mas até mesmo de tropeçar, por todo esse caminho desértico. Somente o Espírito Santo pode nos impedir de trazer desonra àquele precioso sangue que nos marca como Cristãos. Somente o Espírito Santo pode dar poder para tomar esses instrumentos e entregá-los a Deus, para usá-los em Seu serviço e para Si mesmo. Como podemos agradecer a Deus o suficiente pelo azeite sobre o sangue?
E podemos agradecer a Deus, também, que agora mesmo aqui embaixo, temos o bem da oferta pela expiação do pecado. Mesmo aqui embaixo estamos mortos para o pecado e vivos para Deus (Rm 6:11). E agora mesmo, aqui embaixo, somos trazidos para aquele lugar maravilhoso de sacerdotes reais. É verdade que compartilhamos a rejeição de nosso Rei ausente, mas é para nós agora que o Espírito Santo escreve: “Vós sois... o sacerdócio real” (1 Pe 2:9).
Sim, e é agora mesmo aqui abaixo que somos adoradores. Em João 4:23, descobrimos que o Pai procura adoradores. (Ele não diz que está buscando adoração, mas adoradores). Quem teria pensado que Ele os encontraria em pobres leprosos e contaminados, agora purificados e trazidos para perto? Mas foi assim. Sim, agora mesmo, você e eu, querido companheiro Cristão, temos o privilégio, o infinito privilégio, de trazer nosso Holocausto (do qual não devemos separar a Oferta de Manjares). Nós os trazemos com o coração transbordante e os oferecemos Àquele que fez tudo por nós. Verdadeiramente, mesmo agora podemos exclamar com coração ardente,
“Unges a minha cabeça com óleo;
O meu cálice transborda!”
E ao olharmos para o futuro, podemos cantar com perfeita segurança: “Certamente a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na casa do SENHOR por longos dias” (Sl 23:5-6).
Então, em casa, na casa do Senhor, a “casa do Pai”, conheceremos em toda a sua plenitude e glória inconcebíveis, todas essas bênçãos que procuramos contemplar e desfrutar mesmo agora aqui embaixo, e diremos: “Foi verdade a palavra que ouvi na minha terra, das Tuas coisas e da Tua sabedoria. E eu não cria naquelas palavras, até que vim, e os meus olhos o viram; eis que me não disseram metade; sobrepujaste em sabedoria e bens a fama que ouvi. Bem-aventurados os Teus homens, bem-aventurados estes Teus servos que estão sempre diante de Ti, que ouvem a Tua sabedoria!” (1 Rs 10:6-8).
Capítulo 14 - "Emagreço, Emagreço, Ai de Mim!"
Levítico 14:21-53; Isaías 24:16
Terminamos de considerar esta seção mais requintada da santa Palavra de Deus. E, no entanto, quase todas as vezes que alguém a lê, parece ver algum novo raio de glória e beleza brilhando dele, de modo que nunca podemos realmente falar de ter “terminado de considerar” qualquer parte dessa Palavra.
Talvez nos perguntemos quanto, ou quão pouco, o povo de Deus da antiguidade se viu envolvido nesta porção preciosa, e quão altamente eles a valorizavam. Não deveríamos antes perguntar: até que ponto temos apreendido das glórias, as excelências e o valor de nosso próprio precioso Salvador, que nos foi revelado em uma medida tão diferente da dos dias passados? E isso nos leva à próxima seção do nosso capítulo.
“Porém, se for pobre, e a sua mão não alcançar tanto, tomará um cordeiro para expiação da culpa em oferta de movimento, para fazer expiação por ele, e a dízima de flor de farinha, amassada com azeite, para oferta de manjares, e um logue de azeite. e duas rolas ou dois pombinhos, conforme alcançar a sua mão, dos quais um será para expiação do pecado, e o outro, para holocausto. E, ao oitavo dia da sua purificação, os trará ao sacerdote”, etc. (Lv 14:21-23).
Quantas vezes somos “pobres”! Nossa apreensão de Cristo é muitas vezes tão pobre! No entanto, se confiarmos em Seu precioso sangue, teremos perdão e purificação. Graças a Deus, não é a minha estimativa de Seu valor, mas a estimativa de Deus, que é tão importante. Em vez dos cordeiros para a oferta pela expiação do pecado e o holocausto, talvez eu possa apenas pagar por pombinhos; mas minha aceitação e minha purificação não são afetadas por isso. Ninguém que vem nesse precioso nome de Jesus é rejeitado. Nossa fé pode ser terrivelmente pequena, nossa apreciação de Seu valor pode ser totalmente insignificante: mas se viermos nesse nome, Aquele a Quem viemos conhece Seu verdadeiro mérito e valor, e somos aceitos n’Ele. Por mais que possamos sentir nossa pobreza, nunca deixe que isso nos afaste de Deus. Venhamos como somos, nesse nome digno, e tudo ficará bem.
“Porque, com uma só oblação, aperfeiçoou para sempre os que são santificados”. “E jamais Me lembrarei de seus pecados e de suas iniquidades” (Hb 10:14, 17).
“Jesus Cristo, o Qual para nós foi feito por Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção” (1 Co 1:30).
Observe como o Espírito de Deus, em Levítico 14:23-32, Se deleita em contar novamente em toda a sua plenitude e detalhar a maravilhosa figura sobre a qual acabamos de refletir. E vale a pena repetir essa imagem! É como se Ele mesmo nunca Se cansasse de contemplar aquelas visões que Ele, em infinita graça, acabou de nos revelar. Que nunca nos cansemos dessas visões também, mas que possamos refletir sobre elas, nos alimentar delas, deleitar-nos com elas e torná-las nossas. Não é por acaso que dois longos capítulos da Bíblia são dedicados à lepra e sua purificação. Que o Senhor nos permita aprender mais e mais da profundidade e plenitude dessas maravilhosas figuras, e sempre valorizá-las cada vez mais, pois, pelo Seu Espírito, sempre vemos novas belezas e glórias nelas. Como o seu Autor, elas são infinitas.
Senhor, “desvenda os meus olhos, para que veja as maravilhas da Tua lei” (Sl 119:18).
Levítico 14:33-53 nos fala da lepra numa casa e da sua purificação. Isso se aplicaria quando Israel chegasse à terra de Canaã. Isso fala do pecado numa assembleia do povo de Deus. É um assunto muito solene e importante, e que toda pessoa Cristã deve considerar seriamente. Isso vai além do escopo deste pequeno livro, mas recomendamos sinceramente aos nossos leitores que leiam e meditem com oração nesta parte da Palavra de Deus.
G. C. Willis
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