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Os Evangelistas - Parte 16/22 (João 7-10)

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ÍNDICE


Os Evangelistas - Meditações Sobre os Quatro Evangelhos

J. G. Bellett

Parte 16

João 7


Uma nova cena novamente se inicia aqui: Era a época da festa dos tabernáculos; assim como a cena anterior havia acontecido na época da páscoa.

 

Este era o tempo mais alegre do ano Judaico. Era a grande festa anual em Jerusalém; a grande comemoração da passada peregrinação de Israel no deserto, e de seu presente descanso em Canaã; a figura também da glória e gozo vindouros do Messias como Rei de Israel. Seus irmãos insistem com Senhor a aproveitar este tempo; a deixar a Galileia e subir a Jerusalém, para lá exibir Seu poder, e obter um nome para Si no mundo. Mas eles não O entenderam. Eles eram do mundo; Ele não era do mundo. O Filho de Deus era um Estrangeiro aqui; mas eles estavam como que em casa aqui. Eles podiam subir e encontrar o mundo na festa, mas Ele testemunhou por Deus contra o mundo. Ele, a Quem a festa dava testemunho, não podia subir e reivindicar o que era Seu ali, porque o mundo estava ali, porque o deus deste mundo havia usurpado e estava corrompendo a cena de Sua glória e gozo.

 

Mas quão caído estava Israel quando isso aconteceu! E qual era sua vangloriada festa, quando a Fonte de seu gozo e o Herdeiro de sua glória deviam assim permanecer afastados dela!

 

Como se escureceu o ouro! Os caminhos para Sião ainda estavam solitários; ninguém realmente vinha às festas solenes. Em espírito, o profeta ainda estava chorando (Lm 1:4). O Senhor sobe, é verdade, mas não em Sua glória. Ele não vai como Seus irmãos queriam que Ele fosse; mas em simples obediência, para tomar o lugar dos humildes e não do grande da Terra. E, quando chegou à cidade das solenidades, nós O vemos apenas no mesmo caráter, pois Ele vai ao templo e ensina; mas quando isso atrai atenção, Ele Se esconde, dizendo: “A Minha doutrina não é Minha, mas d’Aquele que Me enviou”. Ele Se esconde, para que não Ele, mas o Pai que O havia enviado, pudesse ser visto. Como Aquele que Se esvaziou e tomou a forma de um servo, Ele está disposto a não ser nada. Aqueles que estavam na festa manifestaram sua total apostasia do princípio da festa, dizendo: “Como sabe Este letras, não as tendo aprendido?” Em seu orgulho, eles não reconheciam nenhuma fonte de conhecimento ou sabedoria acima do homem. Eles teriam a criatura em honra; mas a festa celebrava Jeová, e era para a exposição das honras d’Aquele que agora em justiça tinha que esconder Sua glória, e separar-Se de tudo. Israel e a festa, Israel e o Filho de Deus, estavam completamente dissociados. Eles não tinham nada um no outro. E assim, quer ouçamos os Judeus, ou os homens de Jerusalém, ou os fariseus, neste capítulo, todos nos falam de sua rejeição a Ele; e Ele tem no final a dizer-lhes: “Onde Eu estou, vós não podeis ir”.

 

Jesus, portanto, Se recusa a sancionar a festa. Ele diz a Israel que eles agora não tinham direito ao descanso e à glória que a festa lhes prometia – que eles não estavam realmente em Canaã, e nunca haviam tirado água dos poços da salvação; que sua terra, em vez de ser regada pelo rio de Deus, era apenas uma porção estéril e sedenta da terra amaldiçoada; que eles haviam deixado o manancial de águas vivas, e todas as suas próprias cisternas estavam rotas. E, consequentemente, quando a festa estava terminando, Jesus coloca a água viva em outros vasos e seca os poços que estavam em Jerusalém. Por causa da impiedade dos que nela habitavam, Ele transforma a terra frutífera em esterilidade, e abre o rio de Deus em outros lugares. “E no último dia, o grande dia da festa, Jesus pôs-Se em pé, e clamou, dizendo: Se alguém tem sede, venha a Mim, e beba. Quem crê em Mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre”.

 

E em conexão com isso, eu brevemente traçarei o rio de Deus através da Escritura; e o veremos fluindo em diferentes canais de acordo com diferentes dispensações.

 

No Éden, ele teve sua origem na Terra para regar o jardim, e dali se dividia em diversos riachos sobre a Terra. Pois a dispensação era de bem terrenal. O homem não conhecia fontes de bênção, ou correntes de gozo, além daquelas que estavam conectadas com a criação. No deserto, a rocha ferida era sua fonte, e em cada jornada do arraial de Deus, era seu canal. Ela os seguia; pois naquele tempo eles eram apenas os redimidos do Senhor, em quem Seus olhos repousavam no mundo. Em Canaã, depois, as águas de Siloé fluíam suavemente; Jeová regava a terra de Suas próprias fontes, e a fazia beber da chuva do céu; e para as almas do povo, cada festa e cada sacrifício eram como um poço dessa água; e a corrente do serviço anual do santuário era seu canal constante. O rio também subirá sob o santuário para regar Jerusalém e toda a terra (Ez 47; Jl 3; Zc 14; Sl 46:4; 65:9). Pois então será o tempo da bênção dupla, o tempo da glória celestial e terrenal. Todas as coisas terão a graça e o poder de Deus dispensados entre elas, todas serão então visitadas pelo “rio de Deus, que está cheio de água”. A festa dos tabernáculos será então devidamente guardada em Jerusalém, e aquela nação da Terra que não subir para guardá-la ali, não terá nenhuma visitação graciosa de chuva.

 

Sobre tudo isso, eu apenas notaria ainda mais a conexão que há entre nossa sede e o fluxo desta água viva (João 7:37-38). O santo tem sede, então vai a Jesus pela água que Ele tem para dar, e depois vem com a água da vida, o fluir do Espírito, nele, para seu próprio refrigério e o dos cansados. Sua sede recebe a presença abundante do Espírito Santo, abrindo nele um canal para o rio da vida, que agora sobe na Cabeça ascendida da Igreja, para fluir através dele para os outros. Oh, que suspiremos mais por Deus, como o cervo suspira pelas correntes das águas! Que ansiemos mais pelos átrios do Senhor! Então o Espírito encheria nossa alma, e deveríamos confortar e reanimar uns aos outros. E este é de fato o poder de todo ministério. O ministério é apenas o fluxo desta água viva, a expressão desta presença oculta e abundante do Espírito dentro de nós. A Cabeça recebeu os dons para nós; e, da Cabeça, todo o corpo, pelas juntas e ligaduras tendo nutrição ministrada, e unida, aumenta com o aumento de Deus. E esta é nossa única festa de tabernáculos, até que celebremos uma ainda mais feliz ao redor do trono. Pois esta festa não pode agora ser guardada em Jerusalém; os santos devem tê-la em sua própria forma presente, caminhando juntos na liberdade e no refrigério do Espírito Santo.

 

Esta festa, esta “alegria no Espírito Santo”, é algo mais do que a páscoa no Egito, ou o maná no deserto. Aqueles eram para redenção e vida; mas este é para alegria e o antegozo da glória. Aqueles eram da carne e do sangue do Filho do Homem, partida e derramado aqui; mas este do Filho do Homem glorificado no céu. Tem sabor de Canaã, embora para conforto no deserto; como a festa dos tabernáculos era uma festa em Canaã, a terra de descanso e glória depois o deserto.

 

Mas Israel, até então, não sabia nada dessas coisas, como aqui nos é mostrado. No capítulo 5, o Senhor os havia encontrado, como no Egito, com graça e poder redentores. O aleijado restaurado testemunhou, que era como Moisés lançando sua vara à vista de Israel em prova de sua comissão. Mas isso só terminou provando que eles permaneceriam no Egito – pois eles se recusam a acreditar em Moisés, não acreditando n’Aquele de Quem Moisés escreveu; e que redenção para fora do Egito haveria para Israel, se Moisés fosse recusado? No capítulo 6, Ele os havia encontrado, como no deserto, com o maná; mas apenas, da mesma maneira, para provar que eles não estavam se alimentando ali, como o arraial de Deus, do pão de Deus. Neste capítulo, Ele os havia encontrado como em Canaã; mas todos haviam mostrado que Canaã ainda era a terra dos incircuncisos, a terra da seca, e não do rio de Deus. Ele, portanto, agora está fora da cidade das solenidades, e em espírito ascende ao céu, como Cabeça de Seu corpo, a Igreja, para alimentar os sedentos dali. Ele diz: “Se alguém tem sede, venha a Mim, e beba”. Os Judeus podem raciocinar sobre Ele entre si, e então ir cada um “para sua casa”; mas Ele, reconhecendo Seu presente afastamento de Israel, e consequente condição de sem um lar na Terra, vai para o Monte das Oliveiras.

 João 8

 

Assim era com Israel agora. Eles não sabiam que ainda estavam presos, e precisando de Sua mão para conduzi-los para fora, e alimentá-los novamente. Eles não sabiam que ainda tinham que alcançar a verdadeira Canaã, a terra de Emanuel. Eles estavam rejeitando a graça do Filho de Deus, e estavam se vangloriando da lei; e agora, na confiança de que ela era deles, e que eles poderiam usá-la, e por ela enredar o Senhor, eles trazem a adúltera.

 

Eles tinham, com certeza, notado Sua graça para com os pecadores. Todos os Seus caminhos devem ter manifestado isso a eles. E eles julgam, é claro, ser uma questão fácil mostrar que Ele é o inimigo de Moisés e da lei. Mas Ele obtém uma vitória santa e gloriosa. A graça é feita para clamar um triunfo sobre o pecado, e o pecador sobre todo acusador. O Senhor não invalida a lei. Ele não podia; pois ela era santa; e Ele não veio para revogá-la, mas para cumpri-la. Ele não absolve a culpada. Ele não poderia; pois Ele tinha vindo ao mundo com plena certeza quanto à culpa do pecador. Foi isso que O trouxe entre nós. E, portanto, no caso presente, Ele não pretende levantar tais questões. A pecadora é condenada, e a lei justamente está contra ela. Mas quem pode executá-la? Quem pode atirar a pedra? Essa questão Ele pode levantar e, de fato, a levanta. Satanás pode acusar, o pecador pode ser culpado, e a lei pode condenar; mas onde está o executor? Quem pode manejar o abrasador poder da lei? Ninguém, a não ser Ele mesmo. Ninguém pode vingar a causa da justiça divina sobre o pecador; ninguém tem mãos limpas o suficiente para pegar a pedra e lançá-la, a não ser o próprio Jesus; e Ele Se recusa. Ele Se recusa a agir. Ele Se recusa a tratar o caso. Ele Se inclinou e escrevia na terra como Se não os ouvisse. Ele não estava presidindo nenhum tribunal para o julgamento de tais questões. Ele não veio para julgar. Mas eles insistem. E então o Senhor, com efeito, responde que se eles quiserem ter o Monte Sinai, eles o terão – e se, como Israel de antigamente, eles desafiarem a lei e tocarem os termos do monte ardendo em fogo, ora, eles terão a lei, e novamente ouvirão a voz daquele monte. E, consequentemente, Ele deixa escapar algo do calor original daquele lugar; e eles logo descobrem que isso os atinge, assim como a pobre condenada; e o lugar se torna quente demais para eles.

 

Eles não tinham contado com isso. Eles não tinham pensado que os trovões daquele monte os fariam estremecer, ou que suas horríveis trevas os teria envolvido tão completamente quanto à pecadora exposta e envergonhada que suas próprias mãos arrastaram até lá. Mas como eles tinham escolhido o monte ardente, eles devem aceitá-lo para o melhor ou para o pior, e exatamente como eles o encontrarem.

 

O Senhor, no entanto, ao dar à lei esse caráter, ao fazê-la chegar aos juízes, bem como à sua prisioneira, provou que Ele era o Senhor daquele monte. Ele deixou, como eu disse, um pouco de seu calor original sair. Ele comandou seu trovão e dirigiu seus relâmpagos, e espalhou suas horríveis trevas, como o Senhor dele. Ele fez os exércitos daquele monte iniciarem sua marcha, e se dedicarem ao seu devido trabalho. E então, ao fazer isso, exatamente como antigamente no mesmo lugar, isso é considerado intolerável. “Não fale Deus conosco”, disse Israel então (Êx 20); como agora esses escribas e fariseus, “sentindo-se acusados pela própria consciência, foram-se retirando um por um” (ARA). Eles não podem mais permanecer naquele lugar, que eles mesmos desafiaram, do que Israel de antigamente, quando aquele monte os deixou saber o que ele realmente era.

 

Tudo isso tem um caráter muito elevado. O Senhor é grandemente glorificado. Eles planejaram expô-Lo como inimigo de Moisés, mas Ele Se mostra como Senhor de Moisés, ou o Condutor daquele relâmpago que uma vez fez o coração daquele mais valente israelita temer e estremecer excessivamente.

 

Leio tudo isso como algo realmente muito excelente.

 

Mas, além disso, se esta é a Sua glória, é igualmente a nossa bênção. Se o Senhor Jesus é honrado como o Condutor do poder ardente da lei, descobrimos que Ele faz isso por nós. Ele deixa esta pobre pecadora saber disso. Enquanto os escribas e fariseus a acusam, Ele está surdo a tudo o que eles estavam dizendo; e quando eles ainda O incitam, Ele a faz vê-Lo lançando o raio ardente sobre a cabeça de seus acusadores, de modo que eles são forçados a deixá-la a sós com Aquele que provou ser o Senhor do Sinai e o Libertador dela.

 

Ela poderia desejar mais? Ela poderia deixar o lugar onde agora se encontrava? Impossível. Ela era tão capaz de suportar o lugar quanto o próprio Senhor do monte. Sinai não tinha mais terror para ela do que para Ele. Será que ela precisava deixar aquele lugar? Ela era livre para fazê-lo, se quisesse. Aqueles que a forçaram a ir lá se foram. A passagem estava aberta. Ela não tinha nada a fazer a não ser ir atrás dos outros, se desejasse. Se ela voluntariamente escondesse sua vergonha e fizesse o melhor que pudesse de seu caso, ela poderia. Agora é a hora. Que ela saia. O Senhor conhece seu pecado em toda a sua magnitude, e ela não precisa pensar em permanecer onde está e ser considerada inocente. Se esta é sua esperança, que ela siga seus acusadores condenados e esconda sua vergonha do lado de fora. Mas não. Ela havia aprendido a história da graça libertadora vinda das palavras e dos atos de Jesus, e ela não precisava sair. A natureza teria se retirado. Carne e sangue, ou os meros princípios morais do homem, a teriam enviado atrás dos outros. Mas a fé que havia lido a história da redenção age acima da natureza, ou do julgamento do homem moral. Ela permanece onde está. Este Monte Sinai (como seus acusadores fizeram daquele lugar) não era demais para ela. A voz mansa e delicada da misericórdia, que uma vez respondeu a Moisés e novamente respondeu a Elias ali, agora havia respondido a ela. As promessas de salvação estavam ali expostas a ela como antigamente aos patriarcas, e o local era verde, fresco e ensolarado para seu espírito. Tornou-se “a porta dos céus” para ela. A sombra da morte havia se transformado em “luz da vida”. Ela não precisava ir – ela não iria – ela não podia ir. Ela não deixará a presença de Jesus, que tão gloriosamente Se mostrou como o Senhor do Sinai, e ainda assim seu Libertador. Ela era uma pecadora. Sim – e ela sabia disso, e Ele sabia disso, diante de Quem em solitude ela agora estava. E assim era Adão, quando ele saiu nu das árvores do jardim. Mas ela está disposta e é capaz de permanecer detectada diante d’Ele. Ela não podia se retirar para detrás de um arbusto mais do que Adão poderia continuar detrás de um arbusto, ou usar seu avental de folhas de figueira, depois de tal voz. Jesus havia confundido todos os seus acusadores. Eles rugiram sobre o mal que ela havia feito, mas Ele os silenciara por completo e para sempre. Na luz da vida ela agora caminhava, sua consciência, em um pequeno momento, havia feito uma longa e movimentada jornada. Ela havia passado da região das trevas e da morte para os reinos da liberdade, segurança e alegria, guiada pela luz do Senhor da vida.

 

Este é o triunfo da graça; e esta é a alegria do pecador. Este é o cântico da vitória nas margens do Mar Vermelho, o inimigo jazendo morto em suas praias. Ela só precisa chamá-Lo de “Senhor”, e Ele só precisa dizer: “Nem Eu também te condeno; vai-te e não peques mais”.

 

Esta foi a libertação completa. E a mesma libertação aguarda todo pecador que, como a pobre adúltera aqui, vier e ficar a sós com Jesus. Como pecadores (como já observei antes), temos que tratar somente com Deus. Podemos ofender ou fazer mal aos outros, e eles podem reclamar e nos acusar. Mas, como pecadores, somente Deus deve tratar conosco; e a descoberta disto é o caminho da bênção. Davi descobriu isto, e obteve bênção imediatamente. Seu ato, é verdade, tinha sido um mal para outro. Ele tinha tomado a única cordeirinha do pobre homem. Mas ele tinha em tudo isto pecado contra Deus também. E na descoberta e percepção disto ele diz: “Pequei contra o SENHOR”. Mas o efeito disto era deixá-lo a sós com Deus. Sendo Davi um malfeitor, Urias poderia ter que tratar com ele; mas como um pecador, ele não poderia. Deus deve tratar com ele; e no momento em que seu pecado o lança a sós com Deus, ele, como a pobre adúltera aqui, ouve a voz da misericórdia: “Também o SENHOR perdoou o teu pecado; não morrerás”. Ele sofre castigo pelo mal que cometeu, mas o salário do pecado é perdoado.

 

É sempre a vitória do pecador quando ele pode, assim, pela fé, reivindicar estar a sós com Jesus. O sacerdote e o levita então passaram de largo; pois o que eles poderiam fazer? Que artifício ou habilidade tinha a lei para atender ao caso do pecador? É a graça – o Estrangeiro do céu – que precisa ajudar. O pecador necessitado e ferido está deitado no caminho, e o bom Samaritano precisa encontrá-lo. E verdadeiramente abençoado é, quando durante todo o seu caminho posterior, a alma ainda se lembra de como começou assim na solitude com Jesus, o Salvador.

 

E Ele é glorificado em tudo isso tão certamente quanto somos consolados; glorificado com Sua glória mais brilhante, Sua glória como o Salvador dos culpados. Um frasco é preparado para pecadores redimidos, que deve conter um incenso semelhante ao qual não pode ser encontrado em nenhum outro lugar (Êx 30:37). Nem mesmo os frascos dos anjos carregam tal perfume. Eles louvam o Cordeiro, é verdade; mas não em timbres tão elevados como a Igreja dos pecadores redimidos. Eles atribuem a Ele “poder, e riquezas, e sabedoria, e força, e honra, e glória e bênção” (JND), mas a Igreja tem um cântico diante do trono, e canta: “Digno (Tu) és... porque foste morto e com o Teu sangue compraste para Deus homens de toda tribo, e língua, e povo, e nação”.

 

Vemos aqui toda essa bênção para o pecador, e essa glória para o Salvador. O pecador é escondido de seu acusador, e o Salvador o silencia. Os servidores haviam sido recentemente desarmados pela santa atração de Suas palavras, e agora os escribas e fariseus são repreendidos pela luz convincente de Suas palavras (João 7:46; 8:9). Essas não eram armas carnais, mas armas de temperamento celestial. A inimizade deles havia esgotado todos os seus recursos. Eles haviam testado a força do leão e a astúcia da serpente; e, havendo tudo passado, o Filho de Deus imediatamente toma Sua elevação, e Se mostra em Seu lugar de total separação e distância deles; Ele levanta a coluna de luz e de escuridade no atual deserto de Canaã, e coloca Israel, como os egípcios de antigamente, no lado escuro dela. “Eu Sou a luz do mundo”, diz Jesus: “quem Me segue não andará em trevas”.

 

Tal era Israel agora, espiritualmente chamado Egito. Eles não tinham associação com Abraão, ou com Deus, embora se vangloriassem deles; pois não tinham faculdade para discernir a exultação de Abraão, ou o Enviado de Deus. Eles devem tomar seu lugar de trevas e alienação ateístas. O Senhor lhes dá o lugar de Ismael, o mesmo lugar em que Paulo depois os coloca (veja v. 35; Gl 4). Como filho da escrava, Israel ainda é, e será, até “quando se converterem ao Senhor”, até que conheçam a verdade, e a verdade os torne “livres” – os torne como Isaque. Os Judeus afirmam que nunca estiveram em cativeiro (v. 33). Jesus poderia ter pedido um centavo, e por sua imagem e inscrição ter provado sua falsidade. Mas, de acordo com os pensamentos elevados e divinos deste Evangelho, Ele toma outro terreno com eles, e os convence de uma escravidão mais mortal do que a de Roma, uma escravidão à carne e ao pecado.

 

Observe também seus pensamentos baixos e equivocados sobre Ele e Suas palavras mais claras. Ele havia dito: Abraão, vosso pai, exultou por ver o Meu dia”; mas eles respondem como se Ele tivesse dito que tinha visto Abraão. A diferença, no entanto, era infinita, embora eles não a percebessem. Pelas palavras que Ele havia usado, o Senhor estava desafiando as maiores glórias para Si mesmo. Ele estava Se tornando o grande Objeto desde o início, Aquele que estava preenchendo os pensamentos, as esperanças e respondendo às necessidades de todos os eleitos de Deus em todas as eras. Não foi Ele que viu Abraão, mas foi Abraão que O viu; e, sem contradição, posso dizer, o Maior é visto pelo menor. “Olhai para Mim e sereis salvos, vós, todos os termos da Terra”. Esse é o lugar de Cristo. Ele era o Objeto de Adão, quando ele saiu do jardim. Ele era a confiança de Abel e de Noé. Ele foi visto e regozijado por Abraão e os patriarcas. Ele era a Substância das sombras e o Fim da lei. Ele era o Cordeiro e a Luz sob o olhar do Batista. Ele é agora a confiança de todo pecador salvo; e Ele será, por toda a eternidade, o louvor e o Centro da criação de Deus.

 

Tudo isso é uma forte revelação do estado de Israel por meio deste capítulo. E este foi um momento solene para eles. Em Mateus, o Senhor provou os Judeus quanto à Sua messianidade e, no final, os condenou por rejeitá-Lo naquele caráter. Mas neste Evangelho, Ele os prova por outras e mais elevadas proposições de Si mesmo: como a Luz, a Verdade, o Fazedor das obras e o Orador das Palavras de Deus, como o Filho do Pai; e assim os condena, não de mera incredulidade no Messias, mas do ateísmo comum do homem. Neste caráter, Israel é aqui feito para ficar, como Caim, na terra de Node, no lugar do comum abandono do homem em relação a Deus. Ele havia falado as palavras do Pai, mas eles não entenderam, eles não creram. Como o Enviado do Pai, Ele veio (como tal deve ter vindo) em graça para eles; mas eles O recusaram. E assim é entre os homens de hoje. O Evangelho é uma mensagem de bondade; mas o homem não o recebe. O homem não pensará bem de Deus. Este é o segredo da incredulidade. O Evangelho é “bondade” (Rm 11:22); e o homem ainda pergunta: É de Deus? Pois o homem tem pensamentos duros sobre Deus, e Satanás o está persuadindo a ainda tê-los. Ele faz o que pode para obscurecer o título do pecador a Deus, para que o pecador possa procurar alguma herança em outro lugar.

 

Então aqui com Israel. Jesus não julgou ninguém, mas falou a palavra do Pai, que era liberdade e vida para eles. Mas eles não entenderam Sua fala, como Ele lhes diz. Suas mentes foram formadas por seu pai, que era um mentiroso e um homicida; e “graça e verdade”, que vieram a eles por Jesus Cristo, eles não tinham ouvidos para ouvir. E agora, como a Testemunha rejeitada do Pai, como a Luz odiada do mundo, Ele não tem lugar na terra, nenhum caminho certo nesta Terra para seguir adiante. Ele passa como se não conhecesse nenhum lugar ou pessoa aqui, mas ainda assim, como a Luz do mundo, resplandecendo, onde quer que Seus raios alcancem, para dar luz aos que estavam assentados em trevas e na região e sombra da morte.

João 9 – 10

 

Assim, nesse caráter, Ele é separado de Israel. Israel é deixado em trevas, e a coluna de Deus avança. Jesus, a “Luz do mundo”, sai e encontra alguém que era cego de nascença; e em tal pessoa Suas obras bem poderiam ser manifestadas.

 

O Senhor Deus, é bem verdade, é um grande Rei, e age como um Soberano. Ele é o Oleiro que tem poder sobre o barro. Mas o Filho não veio como do trono do Rei, mas do Pai. Ele veio para manifestar o Pai. Os cegos podem estar no mundo, mas o Filho veio como a luz do mundo: e, consequentemente, como Tal, Ele Se aplica ao Seu bendito trabalho de graça e poder, e abre os olhos deste mendigo cego.

 

Mas o que era isso para Jerusalém? Havia trevas ali; e a luz pode brilhar, mas não será compreendida. Em vez disso, como lemos aqui, “levaram, pois, aos fariseus o que dantes era cego”. Havia um tribunal superior de inquisição em Jerusalém, e ele precisava julgar os caminhos do Filho de Deus. Em vez de acolhê-Lo como antigamente, quando a coluna de Deus se erguia, e dizer: “levanta-Te, SENHOR, e dissipados sejam os Teus inimigos”, eles amam suas próprias trevas, e andarão nela.

 

A princípio, eles interrogam o próprio homem. Mas não o achando exatamente adequado ao seu propósito, eles entregam o caso a testemunhas, que, eles julgam, estavam em seu próprio poder. Eles chamam seus pais. Mas novamente eles falham. O fato de que a luz havia brilhado entre eles não pode ser negado. Eles então procuram desviar todo o assunto para um rumo que deixaria intocado seu próprio orgulho e mundanismo, e eles dizem: “Dá glória a Deus; nós sabemos que Esse Homem é pecador”. Mas isso também não resolve. A pobre alma mantém sua integridade; e então eles o amedrontam separando-o de todos os fundamentos reconhecidos de segurança. “Discípulo d’Ele és Tu” (ARA), dizem eles, “nós, porém, somos discípulos de Moisés”. Mas ele fica firme; e não apenas fica, mas é conduzido “de força em força”. Ele tem, e mais lhe é dado. Ele segue como a luz conduz, até que finalmente ela brilha a ponto de reprovar as trevas dos fariseus; e eles o expulsam para fora do arraial.

 

Mas onde eles o lançam? Exatamente onde todo pecador solitário e rejeitado pode se encontrar – onde o samaritano imundo e a adúltera condenada se encontraram antes – na presença e a sós com o Filho de Deus; e essa é a própria porta dos céus. Pois o Senhor tinha ido para fora do arraial antes dele. Esta ovelha do rebanho foi agora colocada para fora; mas foi apenas para encontrar o Pastor, que tinha ido antes. Naquele lugar de vergonha e exposição, eles se encontram. Lá ele foi encontrado por Alguém que havia sido ferido pelos flecheiros. O encontro ali foi um encontro de fato. Este pobre israelita, enquanto estava dentro do arraial, tinha conhecido Jesus como seu Curador; mas agora que ele é colocado para fora, ele O encontra como o Filho de Deus. Ele O encontra para conhecê-Lo como Aquele que, quando ele era cego, tinha aberto seus olhos, e, agora que ele é rejeitado, fala com ele. E, amados, esta é sempre a maneira de encontrarmos Jesus, como pecadores e rejeitados, no lugar imundo. Se Ele nos levar até lá, deve ser na plena graça do Filho de Deus, o Salvador. E assim nosso caráter como pecadores nos leva às mais doces e queridas intimidades do Senhor da vida e da glória. Como criaturas, conhecemos a força de Sua mão, Sua Divindade, sabedoria e bondade; mas como pecadores, conhecemos o amor de Seu coração e todos os tesouros de Sua graça e glória.

 

E percebo o timbre alterado deste pobre mendigo. Na presença dos fariseus, ele era firme e inflexível. Ele não diminui o tom de retidão e verdade conscientes o tempo todo. Ele fixou seu rosto como um seixo e suportou a dureza. Mas no momento em que ele entra na presença do Senhor, ele é todo humildade e gentileza. Ele se derrete, por assim dizer, aos pés de Jesus. Oh, que doce amostra é esta da obra do Espírito de Deus! Coragem diante do homem, mas os derretimentos do amor e as reverências da adoração diante do Senhor que nos amou e nos redimiu.

 

Mas este lugar imundo fora do arraial, onde o Senhor do céu e da Terra agora estava com este pecador favorecido, não era apenas o lugar de liberdade e gozo para o pecador, mas o amplo campo de observação para o Senhor. Deste lugar, Ele examina a Si mesmo, o mendigo e todo o arraial de Israel, para fora do qual Ele tinha ido com Seu eleito; e na parábola do Bom Pastor, Ele extrai a moral de tudo isso. Na cena do nono capítulo, Ele mostrou que havia entrado pela porta no aprisco das ovelhas; pois Ele tinha vindo fazendo as obras do Pai e, dessa forma, havia Se aprovado para estar na confiança do Dono do aprisco, o Pastor aprovado de Seu rebanho. Ele estava afastado de Israel; mas, como Moisés em tal caso, Ele deveria manter o rebanho de Seu Pai em outros pastos, perto do monte de Deus. Os fariseus, porque estavam resistindo a Ele, devem, portanto, ser “ladrões e salteadores”, subindo ao aprisco de alguma outra maneira. E o pobre mendigo cego era uma amostra do rebanho, que, embora rejeite a voz dos estranhos, ouve e conhece a voz d’Aquele que entrou pela porta; e, entrando por Ele, “a Porta das ovelhas”, encontra segurança, descanso e pasto.

 

Tudo isso havia sido estabelecido na cena diante de nós, e é expresso na parábola. A parábola, portanto, transmite um bendito comentário sobre a condição atual deste pobre rejeitado. Os Judeus, sem dúvida, julgaram (e teriam desejado que ele julgasse da mesma forma) que ele agora havia sido excluído da segurança, por estar cortado deles mesmos. Mas Jesus mostra que até agora ele não estava em segurança; que se tivesse sido deixado onde estava, ele teria se tornado uma presa para aqueles que estavam roubando, matando e destruindo; mas que agora ele foi encontrado e levado por Aquele que, para lhe dar vida, daria a Sua própria. (Posso apenas notar como foi que esse pobre fraco de Deus rompeu o laço do passarinheiro. Vemos em seus caminhos duas coisas: primeiro, que ele seguia honesto e fielmente a luz, como lhe foi dada, e como ela brilhou nele mais e mais intensamente; segundo, sua simples defesa das obras e caminhos de Jesus, seu Libertador e Amigo, em resposta a todas as sugestões do inimigo. Essa era sua segurança; e essa é a nossa também, quer sejamos pressionados ou enredados por Satanás.)

 

Tudo isso temos, tanto na narrativa quanto na parábola. E é neste ponto do nosso Evangelho que o Senhor e o remanescente se encontram; “as pobres ovelhas do rebanho” são aqui manifestadas, seus próprios pastores não se compadecem delas; e o Pastor do céu as toma com todo o Seu cuidado, para guardá-las e alimentá-las (Zc 11).

 

Mas o amor e o cuidado d’Aquele que Lhe disse: “Apascenta as ovelhas da matança” (Zc 11:4), também é visto aqui de forma mais bendita. É, talvez, a coisa mais doce da parábola. Aprendemos a mente do Pai em relação ao rebanho. Pois o Senhor diz: “Assim como o Pai Me conhece a Mim, também Eu conheço o Pai e dou a Minha vida pelas ovelhas”; deixando-nos saber que um dos segredos mais profundos do coração do Pai era o Seu amor e cuidado pelas ovelhas. O rebanho, de fato, era do Pai antes de ser confiado a Cristo, o Pastor. “Eram Teus, e Tu Mos deste”. Eles estavam na mão do Pai antes de serem colocados na mão de Cristo. Eles eram do Pai por eleição antes que o mundo existisse, e se tornaram de Cristo pelo dom do Pai, e pela compra de sangue. E toda a ternura e cuidado diligente do Pastor expressa a mente do Dono para com o Seu rebanho. O Pastor e o Dono do rebanho são um. Como o Senhor diz, “Eu e o Pai somos Um”. Um, é verdade, em glória, mas Um também em Seu amor e cuidado com Seu pobre rebanho de pecadores redimidos. Cristo satisfez a mente do Pai quando amou a Igreja, e Se entregou por ela; e Eles permanecem para sempre Um naquele amor, tão certamente quanto permanecem Um em Sua própria glória. Esta é uma verdade de precioso conforto para nós. “Nossa comunhão é com o Pai, e com Seu Filho Jesus Cristo” Aprendemos, de fato, que Deus é amor; e no momento em que descobrimos isso, obtemos nosso descanso em Deus; pois o coração cansado e quebrantado do pecador pode descansar no amor, embora em nenhum outro lugar. “Deus é amor; e quem está em amor está em Deus, e Deus nele”.

 

Aqui, então, “as pobres ovelhas do rebanho” se alimentam e se deitam. Mas Beleza (JND) e Laços devem ser quebradas. As varas do Pastor que teriam liderado e guardado Israel agora devem ser lançadas fora. Era apenas um remanescente que conhecia Sua voz. Quem pode ouvir a voz de um Salvador senão um pecador? O todo não precisa do médico. E assim, neste lugar, os tratamentos de nosso Senhor com Israel se encerram. Ele Se recusa a alimentá-los mais: “Não vos apascentarei mais; o que morrer, morra; e o que for destruído, seja destruído” (Zc 11:9 – ACF).

 

E posso notar que Seu tratamento com Israel se encerra aqui de uma forma totalmente característica deste Evangelho de João. Eles procuram apedrejá-Lo, como lemos, porque Ele, sendo um Homem, havia Se feito Deus. Nos outros Evangelhos, a alma de Israel O detesta (como Zacarias fala) por outras razões; porque, por exemplo, Ele recebeu pecadores, ou invalidou suas tradições, ou tocou em seu sábado. Mas neste Evangelho é Sua afirmação de Filiação do Pai, a afirmação das honras divinas de Sua Pessoa, que principalmente levanta o conflito (veja João 5, 8, 10). Neste lugar observamos que o Senhor, em resposta aos Judeus, evidencia a manifestação que Ele agora havia dado de Si mesmo, como outros haviam feito em Israel antes d’Ele. Outros, colocados em autoridade, haviam sido chamados de “deuses”, porque haviam manifestado Deus em Seu lugar de autoridade e julgamento, e eram os poderes que Deus havia ordenado. E Ele, da mesma maneira, agora havia manifestado o Pai. Os juízes e reis poderiam ter mostrado que a Palavra de Deus tinha vindo a eles, entregando-lhes a espada de Deus. E Jesus tinha Se mostrado o Enviado do Pai, cheio de graça e verdade, trabalhando entre eles agora, como o Pai tinha trabalhado até então, no exercício da graça, restaurando, curando e abençoando pecadores. Assim, Ele tinha mostrado que o Pai estava N’Ele, e Ele no Pai. Mas seus corações estavam endurecidos. As trevas não podiam compreender a Luz e Ele tem que escapar de suas mãos, e assumir novamente uma posição na Terra à parte da nação revoltada (veja João 2:13, 6:4, 7:2, 11:55). Neste Evangelho, observo que as festas são chamadas de “festas dos Judeus”, como se o Espírito de Deus as olhasse como algo agora estranho à Sua mente. Isto é altamente característico deste Evangelho, no qual, como observei, o Espírito está separado das lembranças Judaicas, porque Ele está traçando o caminho do Filho de Deus, o Filho do Pai, que está acima da conexão Judaica. Similarmente a isto, no Velho Testamento, Horebe, ou Sinai, é chamado de “o Monte de Deus”; mas no Novo, sob a mão de Paulo, é chamado de “Monte Sinai na Arábia”; o Espírito de Deus não mais o reconhece, mas deixa-o simplesmente para sua descrição terrenal.

 

Aqui termina a segunda seção do nosso Evangelho. Ela nos apresentou as controvérsias de nosso Senhor com os Judeus, no curso das quais Ele deixou de lado uma coisa Judaica após a outra, e Se colocou a Si mesmo no lugar dela. No quinto capítulo, Ele deixou de lado Betesda, a última testemunha da obra do Pai em Israel, e tomou seu lugar, como Ministro da graça. No sexto e sétimo capítulos, Ele deixou de lado as festas; a páscoa e os tabernáculos (a primeira das quais iniciava o ano Judaico com a vida da nação, enquanto a segunda terminava o ano com a glória dela), tomando o lugar dessas ordenanças Ele mesmo, mostrando que Ele era a única Fonte de vida e glória. No oitavo, depois de expor a total inadequação da lei ao homem, por causa do mal e da fraqueza do homem, Ele toma Seu lugar como “a Luz do mundo”, como Aquele por Quem somente, e não pela lei, os pecadores deveriam encontrar seu caminho para a verdade, a liberdade e o lar de Deus. E então, no nono capítulo, neste caráter da Luz do mundo, Ele sai de Israel. Ele estava lançando Seus raios sobre aquele povo, mas eles não O compreenderam. Ele sai, portanto, e atrai os pobres do rebanho atrás de Si; e no décimo exibe a Si mesmo e a eles fora do arraial, deixando a terra de Israel, como o profeta havia falado, um caos sem forma e vazio. A Palavra do Senhor, que a teria chamado à beleza e ordem, foi recusada; e, agora, o lugar da antiga lavoura de Jeová, na qual Seus olhos repousavam do início ao fim do ano, e que Ele regava com a chuva de Seus próprios céus, é entregue para se tornar o deserto e a sombra da morte.


J. G. Bellett


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