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Os Nomes de Nosso Senhor Jesus Cristo (Junho de 2005)


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Revista mensal publicada originalmente em junho/2005 pela Bible Truth Publishers

 

ÍNDICE


Tema da edição

J. N. Darby, adaptado de “Emanuel”

J. G. Bellett, adaptado de The Evangelists

W. J. Hocking (adaptado de O Filho do Seu Amor)

E. Dennett, adaptado de The Name Above Every Name

W. J. Prost

 

Os Nomes de Nosso Senhor Jesus Cristo


“Como unguento derramado é o Teu nome” (Ct 1:3)

Nesta edição consideraremos alguns dos nomes de nosso Senhor e a fragrância que trazem. Os nomes e títulos de nosso bendito Senhor e Salvador expressam tudo o que Ele é, por isso não nos surpreende encontrá-Lo apresentado de tantas maneiras e aspectos diferentes. Ter a Pessoa do próprio Cristo diante de nós tende a produzir reverência e adoração em nossa alma por Sua glória e nossa bem-aventurança.


“O estado de nossa alma pode ser discernido pelo efeito que o nome de Jesus produz em nós. Se nosso coração está descuidado e indiferente quando Ele é o objeto da conversação ou está sendo apresentado, não podemos estar em comunhão com o coração de Deus. Ora, até mesmo o nome de um objeto amado na Terra produzirá emoções prazerosas. Quanto mais o nome de Cristo, o objeto do coração de Deus – e também o nosso, se O conhecermos – desperta em nós santos sentimentos de deleite, que só podem ser expressos em louvor e adoração!”


Tema da edição

 

Emanuel – Deus Conosco


“Ele será chamado Emanuel, que quer dizer, Deus conosco” (Mt 1:23 – TB).

A Palavra de Deus nos apresenta este fato muito precioso. Nela encontramos não apenas certas verdades e doutrinas, mas também todo o relacionamento terrenal entre Deus e o homem plenamente desenvolvido. É uma grande misericórdia de Deus ter trazido Ele para tão perto de nós, de modo a fazer conhecido por nós esses relacionamentos nas circunstâncias em que nós mesmos nos encontramos. No fundo, a vida de Jesus era como a nossa. Ele foi em todas as coisas tentado da mesma maneira que nós somos. Ele era realmente Deus manifestado em carne, e Sua vida foi perfeitamente agradável para Deus.


A fim de progredirmos na vida espiritual, devemos estudar sobre o Senhor Jesus, seja na graça de Sua Pessoa ou nas circunstâncias de Sua vida, ou, finalmente, na posição gloriosa que Ele tem junto ao Pai, e que devemos, em pouco tempo, compartilhar com Ele.


O Amigo terno e poderoso

Jesus é para nós um Amigo terno e poderoso, e, enquanto caminhamos pelo deserto, sabemos que no final do caminho encontraremos a glória em que Ele está agora. Isso é o que é dito em Hebreus 12:1-2: “Portanto, nós também, pois, que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo embaraço e o pecado que tão de perto nos rodeia e corramos, com paciência, a carreira que nos está proposta, olhando para Jesus, Autor e Consumador da fé”. Como Autor (ou Capitão), Ele foi na nossa frente, como Pastor Ele “tira para fora as Suas ovelhas” e também “vai adiante delas”.


Jesus, a Luz

Veremos um pouco como o Espírito de Deus apresenta Jesus para nós, no começo de Sua vida. Uma observação importante é que Ele, a Luz, manifesta tudo o que existe no homem. As coisas nunca foram trazidas à luz sob a lei. Deus estava, por assim dizer, escondido atrás de um véu, e permitiu muitas coisas por causa da dureza de seus corações, como Jesus disse a Seus discípulos, pois a luz plena ainda não havia sido manifestada. Mas em Cristo a luz brilhou no mundo.


Meditemos sobre Jesus, a Luz sobre a Terra, inteiramente separada dos pecadores, que constituiu a perfeita beleza de Sua vida. Por um lado, vemos que Ele está sozinho, perfeitamente sozinho. Ele era o Homem mais isolado que se pode imaginar. Os próprios discípulos não sabem como ter empatia com Ele. Ele não encontra nenhuma verdadeira empatia no meio dos homens. Sentimos que isso foi doloroso para Ele, porque Ele tinha o coração de um homem e teria desejado encontrar alguém que pudesse compreendê-Lo, mas Ele não encontrou nada em lugar algum. Pelo contrário, quanto a Ele, vemos que Ele tem uma perfeita empatia para com todos. Jesus era o Homem mais acessível, mais ao alcance dos simples, dos ignorantes e até dos pecadores mais degradados. Ele manifestou em Sua vida algo que não tinha par. Não, em nós nunca houve toda aquela santidade e amor, que está acima de todos os nossos pensamentos.


Há tanto egoísmo no coração do homem que o amor de Deus é para ele um enigma ainda mais incompreensível do que a Sua santidade. Ninguém entendeu Jesus porque Ele manifestou Deus. Eu ainda não estou falando de Sua obra, mas do que Ele era, quando Ele Se manifestou no meio do mundo. Só Jesus manifestou Deus como Ele é, e também o homem como ele é.


A primeira coisa que Deus faz é nos deixar nus em Sua presença. Ele tira tudo. Nós estamos diante d’Ele, como nós somos. Bem! Foi o que aconteceu quando Jesus estava aqui embaixo e, portanto, Ele não foi bem recebido e achou-Se em conflito com todos.


O que a luz expõe

É impossível que pudéssemos nos encontrar na presença de Deus assim como nós somos. Um homem acostumado à sujeira não sabe que está sujo, porque todo o seu modo de vida é moldado a isso, mas se ele se encontra em circunstâncias que lhe dão luz, ele se sentirá desgostoso ao ver o que toda a sua vida tem sido. Tal é o coração do homem, mas quando a luz de Deus brilha em sua consciência e em sua alma, ele se vê como realmente é aos olhos de Deus, embora haja, sem dúvida, algum defeito na percepção desse fato. Isso é muito humilhante, ninguém gosta disso, porque é muito doloroso.


João Batista prega o testemunho de arrependimento e do reino que estava prestes a ser estabelecido. Ele se apresenta para direcionar todo pensamento para Jesus. Depois de ter anunciado o testemunho de arrependimento, o Senhor Jesus apresenta-Se ao nosso coração e alma.


O objetivo de Deus não é apenas fazer com que o pecado seja sentido, mas tornar Jesus conhecido e colocar a alma no desfrute do próprio Deus – agir em graça para que possa esquecer-se de si mesmo e ser preenchido com o pensamento de Jesus. É assim que Deus faz isso. Ele apresenta o Senhor “como raiz de uma terra seca”. Não há n’Ele beleza alguma para o homem, como havia no templo – não, nada daquilo que atrai a carne e pode tentá-la. É, pelo contrário, uma raiz que ninguém desejaria. Aos olhos da carne não há absolutamente nada para torná-Lo amável. Quem é então? É um homem pobre que vai pregando! Ele “não tem onde reclinar a cabeça”. Ele é um Homem condenado por toda autoridade clerical, por todos os sábios e todos os fariseus. Os saduceus O condenam; os sacerdotes O condenam. Assim Jesus foi recebido. N’Ele “nenhuma beleza víamos, para que o desejássemos”. Era necessário que Ele Se apresentasse assim, para que pudesse ser mostrado se o coração poderia discernir a Deus, e também porque Ele não forneceria alimento aos sentimentos carnais. Ele deve colocar o coração à prova, para provar se Deus é suficiente para o coração, e se a beleza moral que está em Deus – Seu amor, Sua santidade, Sua Palavra que penetra dentro do coração, e se tudo o que é infinitamente precioso na natureza divina – pode ser discernida pelo homem.


Quando Ele vem como a Luz, Ele nunca Se adapta ao que irá destruir no coração. O homem faria isso, e ele chamaria isso de religião, mas seria apenas para esconder Deus, ou negar a Ele. Assim o Senhor Jesus Se apresenta sem nada que possa atrair o homem. Certamente, todo testemunho de graça e bondade, necessário ao nosso pobre coração, está presente, mas nada para satisfazer seus desejos. O testemunho dado por Jesus foi perfeito e colocou diante do coração a graça necessária, para ser capacitado a provar a graça de Deus por si mesmo.


Emanuel

É o próprio Deus, é Jeová, Quem vem como Salvador. “Eis que a virgem conceberá e dará à luz um Filho, e Ele será chamado pelo nome de EMANUEL. (Emanuel traduzido é: Deus conosco)”. Que grande e preciosa verdade – “Deus conosco!”


É Deus Quem vejo pela primeira vez na Pessoa de Jesus, mas Deus nas circunstâncias que a carne repele, porque é iníqua. Para conhecer a Deus, a carne deve ser inteiramente mortificada, e a graça em nosso coração deve nos levar a valorizar o amor de Deus apesar da carne. Esta é a história da vida Cristã.


Exteriormente, Jesus era apenas um nazareno pobre, mas a perfeição estava em Seus caminhos e em Seu coração, e ela se manifestava no meio de toda dificuldade, de todo desprezo e de tudo o que era falso. Somente a fé poderia discernir os caminhos de Jesus em meio à necessidade e à toda miséria. O coração quebrantado via esta perfeição de bondade manifestando-se em meio a todos os cuidados. É necessário que o nosso coração veja também, naquele Homem desprezado – o próprio Deus – que Se revela às nossas almas e toma o Seu lugar no meio de nós.


Se Ele é para nós o Deus Altíssimo, Aquele que manifesta toda esta luz, Ele está lá também como Homem, conosco, crentes, em toda nossa miséria e em todas as nossas circunstâncias.


Beleza perfeita

Como Homem, Jesus era perfeitamente Justo, e embora Ele Se colocasse na posição daqueles pobres pecadores que se aproximavam de Deus, Ele não era menos aceito por Deus, e de fato nunca Jesus foi tão aceitável a Deus como quando Ele carregou nossos pecados no madeiro. Foi no momento de Sua morte que Ele glorificou perfeitamente a Deus em tudo o que Ele era como Homem, e que Ele também, ao mesmo tempo, prestou testemunho do amor perfeito e infinito de Deus para com os pecadores.


Que Deus nos conceda valorizar a beleza perfeita daquele Jesus que veio a nós! Nós O conhecemos. Ah! Quão bem-aventurados somos por sermos capazes de dizer: “pois eu sei em Quem tenho crido e estou persuadido de que Ele é capaz de guardar para aquele dia o depósito que Lhe confiei”! (2 Tm 1:12 – JND)


Que Deus nos mostre toda a perfeição de Jesus, e isso mesmo em tentações, pois encontraremos a beleza de Alguém que não nos abandonará até o momento em que Ele terá nos colocado na mesma glória com Ele!


J. N. Darby, adaptado de “Emanuel”

 

O Filho do Homem


Um Homem de acordo com Deus

Cada um dos quatro Evangelhos tem seu próprio propósito. Em Mateus, o Senhor vai ao encontro dos judeus como o Messias. Em Marcos Ele encontra um mundo necessitado e vem como o Servo para esta necessidade. Em Lucas Ele encontra a família humana, para falar com eles como o Filho do Homem. Em João, Ele encontra a Igreja ou a família celestial como o Filho do Pai, para treiná-los para seu lar celestial.


“Filho do Homem” é um título de significado muito extenso. Ele expressa o homem em sua perfeição, um homem de acordo com Deus. O homem permanece uma coisa nova em Jesus, e n’Ele vemos toda a beleza humana, ou moral, possível. Não apenas toda essa perfeição moral expressa pelo título de “Filho do Homem” quando aplicada a Jesus, mas todos os Seus sofrimentos e todas as Suas dignidades estão ligadas a Ele como tal. Como Filho do Homem, Ele foi humilhado (Salmo 8), mas também é exaltado à destra da Majestade nas alturas (Salmo 110). Como Filho do Homem, Ele não tinha onde reclinar Sua cabeça (Lc 9:58), mas também vem ao Ancião de dias para tomar o reino (Dn 7:13). O julgamento foi confiado a Ele como Filho do Homem (Jo 5). Como Filho do Homem, Ele é Profeta, Sacerdote, Rei, Herdeiro e Senhor de todas as coisas, bem como Cabeça e Noivo da Igreja. Como Filho do Homem, Ele tem poder na Terra para perdoar pecados (Mt 9:6) e é o Senhor do Sábado (Mc 2:28), embora, como tal, Ele tenha passado três dias e três noites no seio da Terra (Mt 12:40). Como Filho do Homem, Ele foi o fatigado Semeador da semente e será o glorioso Ceifeiro da seara. Como Filho do Homem, Ele foi crucificado e ressuscitou (Mt 17:9, 22-23), mas durante todo o tempo, Ele tinha o Seu devido lugar no céu (Jo 3:13-14). E, como o Filho do Homem, Ele é o centro de todas as coisas, celestiais e terrenais (Jo 1:51), pois foi no homem que Deus, antigamente, colocou Sua imagem, e quando o primeiro homem que era da Terra corrompeu essa imagem, o Filho de Deus Se comprometeu a restaurá-la, a realizar no homem o propósito divino do homem, colocando o homem no lugar de honra e confiança que Deus havia provido para ele.


Este título ou nome do Senhor, “Filho do Homem”, liga-se com todas as Suas dores e com todas as Suas dignidades, exceto as que são d’Ele como sendo Aquele “o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente”. Ele veio como o Homem ungido para exibir o homem de acordo com a mente do céu, representando o bendito Deus no meio da família humana, que havia se revoltado profundamente contra Ele. Ele era o Imaculado, e assim, crescendo no meio dos outros, Ele expõe tudo o que é diferente de Si mesmo. Ele é o Templo Humano imaculado levantado no princípio pelo Espírito Santo e depois preenchido por Ele (Lc 1:35; 4:1). Ele é o Homem humilde que trabalhava em dores até a morte da cruz (Fp 2). Ele é o Homem exaltado, coroado agora com glória e honra e para ter todo o domínio (Hb 2).


J. G. Bellett, adaptado de The Evangelists

 

Seus Nomes e Títulos


Um nome indica a identidade de uma pessoa, sendo o termo que distingue essa pessoa dos outros. Um título é o termo que indica um ofício ou serviço, e o mesmo título pode ser aplicado a várias pessoas diferentes. Rei é um título, indicando dignidade real e pertencendo a Davi, Salomão, Nabucodonosor e a todos que ocupam esse ofício. O nome é pessoal para aquele que o detém, e quando foi divinamente dado, foi exatamente adequado a ele; assim, o Senhor disse a um dos apóstolos: “Tu és Pedro”. O nome expressa o que uma pessoa é, o título descreve o que uma pessoa faz.


“Salvador” é um título do Senhor: “Vos nasceu hoje o Salvador” (Lc 2:11). Mas Seu nome pessoal é “Jesus” (Mt 1:21), que significa “Jeová, o Salvador”. A ideia de salvação é aludida tanto no nome quanto no título, mas o título “Salvador” descreve a obra d’Aquele que veio para que o mundo por meio d’Ele seja salvo, enquanto “Jesus” expressa Quem é a Pessoa encarnada – Jeová, o Salvador. Assim, ao celebrar a salvação de Israel, Moisés cantou: “O SENHOR é varão de guerra; SENHOR é o Seu nome” (Êx 15:3).


W. J. Hocking (adaptado de O Filho do Seu Amor)

 

JESUS

“Como unguento derramado é o Teu nome”


Jeová

Jeová é um nome – o nome que Ele tomou em Seus tratamentos e relacionamento com os homens, mas especialmente com o Seu povo, Israel. A palavra significa o auto-Existente, e expressa a eternidade e a imutabilidade do Seu Ser. Ele é o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, o primeiro e o último. O Jesus do Novo Testamento é o Jeová do Velho Testamento.


“Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou Seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei” (Gl 4:4). É desse mistério que Mateus escreve no capítulo 1: “Lhe porás o nome de JESUS” (Mt 1:21). É um capítulo no qual as glórias divinas e humanas de nosso bendito Senhor estão misturadas e manifestadas. Por “misturadas”, queremos dizer simplesmente que o caráter da Pessoa de Cristo é tal que tudo o que Ele é como Deus e como Homem é contado em Seu nome e em Sua obra. Por exemplo, se pensarmos n’Ele como a descendência de Davi, somos imediatamente lembrados de que Ele também é a raiz de Davi e que o Filho de Davi também é o Senhor de Davi.


O nome Jesus significa ‘Jeová, o Salvador’. Uma Criança nascida no mundo, de origem humilde aos olhos dos homens, é divinamente declarada como Jeová, o Salvador! Sim, o Deus que ouviu o gemido de Seu povo Israel no Egito, que viu sua aflição, que ouviu seu clamor por causa de seus feitores, que conhecia suas aflições, e que desceu para redimi-los do Egito e levá-los daquela terra para uma terra que mana leite e mel – era Ele, o mesmo Deus, o mesmo Jeová, que agora veio a este mundo como um Bebê. Ele veio, bendito seja o Seu nome para sempre, como o Salvador do Seu povo. Que nosso coração se encha de gratidão diante da menção do nome de Jesus, pois Ele é Quem garantiu todas as coisas para nós.


O Homem humilde

Como Deus Ele esvaziou-Se a Si mesmo; como Homem Ele Se humilhou a Si mesmo. De fato, toda a vida de nosso bendito Senhor como Homem está resumida nas palavras: “Ele Se humilhou”. Era um lugar baixo, de fato, o que Ele tomou quando assumiu a forma de servo, mas muito mais baixo quando, “achado na forma de homem”, Ele desceu para a vergonhosa morte da cruz! Nós nos perguntamos e adoramos na presença de tal condescendência infinita. A questão pode muito bem ser levantada: Nossas afeições não estão ocupadas e atraídas em deter-se com deleite no que Jesus foi aqui embaixo? Nós admiramos, somos humilhados e nos tornamos conformados com Ele por meio da graça. A demonstração de Sua perfeição atrai e desenvolve suas energias e humildade em nós, pois quem poderia ter orgulho da comunhão com o humilde Jesus? Humilde, Ele nos ensinaria a ocupar o lugar mais baixo, mas que Ele próprio tomou, o privilégio de Sua perfeita graça. Bendito Mestre, que pelo menos possamos estar perto e escondidos em Ti.


O Homem exaltado

Tal humilhação é o alicerce maravilhoso sobre o qual a presente exaltação de Cristo é baseada. É o próprio Deus entrando, no gozo de Seu coração, em Seu deleite n’Aquele que tanto Se humilhou a Si mesmo e elevando-O àquelas alturas de glória que Ele agora ocupa. O ato proclama por todo o universo que nenhuma outra posição teria sido comensurável com a que Ele merece – Aquele que desceu ao nível mais baixo de todos deve ter o lugar mais alto.


Paulo em sua epístola aos Efésios toca o outro lado deste grande assunto. Ele nos diz que Aquele que desceu às partes mais baixas da Terra é o mesmo que subiu acima de todos os céus, para encher todas as coisas (Ef 4:9-10). Embora possamos não ser capazes de entender essa linguagem profunda, isso não pode significar menos que isso, em virtude da humilhação de Cristo e da obra que Ele fez para a realização dos conselhos de Deus, Ele finalmente inundará todo o universo com a Sua própria glória de redenção. E isso, e nada menos que isso, será a resposta de Deus à humilhação de Jesus, Seu amado Filho.


O nome acima de todo nome

“Um nome que é sobre todo o nome” é dado a Ele como parte de Sua exaltação. É a própria estimativa de Deus do que foi devido Àquele que Se humilhou e sendo obediente até à morte, até mesmo à morte de cruz. Assim o valor de Cristo é mostrado pelo lugar que Deus Lhe deu para ocupar. Nós dizemos “dado a Ele para ocupar” porque a apresentação aqui é a da Sua exaltação como Homem, como a consequência de Sua perfeita obediência e inteira devoção à glória de Deus por todo o Seu caminho na Terra, incluindo a morte. Quaisquer que sejam os seres exaltados que possam cercar o trono celestial, o Jesus glorificado está acima e além de todos eles. O nome que foi concedido a Ele, em virtude de Sua humilhação, evidencia uma dignidade que transcende em muito as mais exaltadas fileiras do exército celestial e diz, além disso, que Ele é supremo em todos os mundos que constituem o universo de Deus. Se, então, esta posição que Ele agora preenche é expressiva do deleite de Deus no outrora humilde Cristo, não despertará também o deleite do povo de Deus, ao contemplá-Lo nesse estado e glória? Pela graça de nosso Deus somos chamados a compartilhar de Seu próprio deleite em Seu Filho amado, e o desfrute disto é realmente o gozo antecipado – o começo – de alegrias celestiais, que, enchendo o coração, só podem encontrar uma saída através do canal de adoração e cântico.


O Noivo

Na declaração “como unguento derramado é o Teu nome” é retratada a preciosidade de Cristo como o Noivo da noiva (Ct 1:2). “Beije-me Ele”, clama a noiva, “com os beijos da Sua boca [ela está agora se dirigindo a Ele diretamente] porque melhor é o Teu amor do que o vinho”. Não é tanto o amor em si, como o gozo do amor, do qual ela fala – esse desfrute “melhor que o vinho”. Todo coração renovado responderá a essa declaração, pois enquanto o amor de Cristo está sempre além de todos os nossos pensamentos, infinito e indescritível, é apenas quando o desfrutamos que, em qualquer medida, entramos ou apreciamos. Mas quando o coração se expande no poder do Espírito para suas abençoadas influências e constrangimentos, quando se abre sem impedimento ao influxo de suas poderosas ondas, então a alma aprende experimentalmente o caráter maravilhoso do amor de Cristo que excede todo o entendimento. Outra coisa é igualmente verdade. Quanto mais provamos o amor de Cristo, mais o desejamos. Cada experiência nele gera um ardente desejo por uma medida maior.


É por meio do coração que todo o conhecimento divino é recebido, e assim a noiva passa da expressão de sua estimativa do prazer do amor do noivo para uma declaração do efeito de Suas excelências e perfeições. Seu coração apreende, pelo desfrute de Seu amor, o cheiro de Seus “unguentos”. Pode-se notar que, por mais fortes que sejam as afeições da noiva, elas não são desenvolvidas de acordo com a posição em que as afeições Cristãs, apropriadamente chamadas, são formadas. Elas diferem a esse respeito. Elas não possuem o profundo repouso e a doçura de um afeto que brota de um relacionamento já formado, conhecido e plenamente apreciado, cujos laços são formados e reconhecidos, que contam com o pleno e constante reconhecimento do relacionamento, e que cada parte desfruta, como algo certo, no coração do outro. O desejo de quem ama e busca as afeições do objeto amado não é o afeto doce, completo e estabelecido da esposa, com quem o casamento formou uma união indissolúvel. Para a primeira, o relacionamento está apenas no desejo, como consequência do estado do coração; para esta última, o estado do coração é a consequência do relacionamento.


A fragrância do Seu nome

“Para cheirar são bons os teus unguentos”, ela diz, “como unguento derramado é o teu nome”. Os “bons unguentos” nos apresentam a bendita fragrância de Suas excelentes perfeições, como se vê em Sua vida, em Seus atos de ternura e graça, assim como em Suas palavras e em Seu andar de total dependência e obediência diante de Deus. Eles serão apreendidos e desfrutados na intimidade de Sua própria presença, em Seus caminhos e em Seus relacionamentos pessoais com a alma. Quanto mais nos aproximamos de Cristo, mais clara será nossa percepção de Sua beleza e graça. Podemos ficar muito impressionados com o relato e o testemunho, mesmo quando à distância, como a rainha de Sabá, mas é somente quando, como ela, ouvimos e vemos por nós mesmos que estamos perdidos em adoração na presença da fragrância dos bons unguentos. Se fôssemos absortos com o senso de Suas graças e belezas, deveríamos continuar, atraídos pelas Suas atrações, até o lugar onde Ele habita. Tendo parte com Ele ali, o cheiro de Suas excelências constituirá o gozo perpétuo e o regozijo da alma.


O cheiro suave da vida de Cristo era em primeiro lugar e acima de tudo para Deus, cujos olhos sempre repousavam sobre Ele com indizível complacência, observando com gozo a perfeição de todos os Seus pensamentos, palavras e ações. Isso extraiu do coração transbordante de Deus as palavras: “Este é o Meu Filho amado, em Quem Me comprazo”. E quanto mais Cristo foi provado – e Ele foi provado de todas as formas, até mesmo pelo fogo sagrado do próprio altar – mais abundantemente Seu cheiro suave subia para gratificar o coração de Seu Deus. Se nos é permitido participar do gozo do cheiro suave de Sua vida e nos alimentarmos das perfeições de toda a Sua dedicação à glória de Seu Deus, é somente porque Deus primeiro teve a Sua porção e porque, em Sua inefável graça, Ele nos chamou para compartilhar de Seu próprio deleite no caminho e Pessoa de Seu amado Filho.


Bendito Senhor, o cheiro de Teu bom unguento tinha se espalhado por todos os lados, tornando-Te conhecido em todos os lugares, de modo que Teu nome se tornou como a doce fragrância de unguento derramado para todos os que estavam sobrecarregados com aflição e tristeza, para os cansados e necessitados entre o Teu povo.


Sua preciosidade

É sempre por meio de nossas necessidades que inicialmente chegamos a Cristo e aprendemos o que Ele é em Seu amor e graça. Então, quando nossas necessidades forem atendidas e satisfeitas, estaremos livres, estabelecidos em liberdade de nós mesmos e em liberdade em Sua presença, para contemplá-Lo. O cheiro de Seus bons unguentos, na verdade, dificilmente penetra a alma com seu refrigério alegre até que todas as questões que afetam a nós mesmos e nosso relacionamento com Deus tenham sido resolvidas. Em casos raros, o próprio Cristo pode ser conhecido no começo da vida espiritual, mas, em geral, é uma consciência conturbada que tem que ser apaziguada pela eficácia do sangue de Cristo, antes de sermos livres para examinar Suas perfeições gloriosas. Então Seu nome, mesmo a própria menção dele, encherá nosso coração com a sensação de sua doçura e fragrância, e produzirá emoções que só podem ser expressas em adoração a Seus pés.


Cristo em nós

Outra coisa deve ser adicionada. O cheiro dos bons unguentos de Cristo pode fluir por meio da vida santa de Seu povo. Cada traço, toda perfeição exibida por Ele mesmo em Sua caminhada por este mundo pode ser reproduzida naqueles que são Seus. Cristo em nós e Cristo, nossa vida, como estabelecido em Colossenses, devem ser seguidos pela manifestação de Cristo por meio de nós, no poder do Espírito Santo. Para isso, precisamos estar muito em Sua companhia, pois quanto mais estamos com Ele e ocupados com Ele, mais seremos transformados à Sua semelhança e mais certamente o cheiro de Seus bons unguentos será espalhado por todos os lados. Este será um poderoso testemunho do que Ele é, pois neste caso Seu nome será, por meio de nós, como um unguento derramado – o cheiro suave do nome de Cristo brotará de nossa caminhada, bem como de nossas palavras. O apóstolo Paulo, falando de sua pregação, diz: “Porque para Deus somos o bom cheiro de Cristo”, e em um capítulo subsequente (2 Co 4), ele aponta que o testemunho está relacionado tanto com a vida quanto com o lábio. Quando meditamos sobre isso, não podemos dizer: “Que privilégio! Que missão, sermos enviados ao mundo para dar a conhecer o cheiro dos bons unguentos de Cristo, para que o Seu nome, por nosso intermédio, possa ser como um unguento derramado!”


As virgens

“Por isso, as virgens te amam” (Ct 1:3). A fragrância do nome de Jesus atrai os corações das virgens – não de todo o povo de Deus, observe, mas apenas das virgens. Um pensamento muito distinto está conectado na Escritura com a virgem. É caráter, o caráter moral, falando da ausência de contaminações, de não ser contaminado com as influências poluidoras do mundo (veja Apocalipse 14:4). As virgens representam nesta Escritura aqueles que foram capacitados, pela graça, a manter uma santa separação das contaminações do mundo pelo qual estão passando, aqueles cujos corações foram mantidos fiéis a Cristo e guardados em lealdade a Ele pela percepção das Suas reivindicações e do Seu amor. Um coração possuído por Cristo é fortalecido contra as seduções mais fortes do mundo. É a afeição mais cativante que sempre distingue a virgem, e tal afeição é sempre intensificada e aprofundada por toda nova descoberta da perfeição de Cristo. Em outras palavras, aqueles que participam do caráter virgem sempre respondem à manifestação da preciosidade de Cristo. Sendo Ele o único Objeto de seu coração, eles estão na condição de alma para entrar e desfrutar de Suas belezas. Eles detectarão Sua presença, a fragrância abençoada de Suas palavras e Seus atos, onde outros não observarão nada. Vivem em Sua presença, são inteiramente para Ele e, portanto, é o deleite de Cristo revelar-Se a eles de maneiras tão atraentes, a ponto de aumentar e suscitar suas afeições para Si mesmo.


O estado de nossa alma pode ser discernido pelo efeito que o nome de Jesus produz em nós. Se nosso coração está descuidado e indiferente quando Ele é o objeto da conversação ou está sendo apresentado, não podemos estar em comunhão com o coração de Deus. Ora, até mesmo o nome de um objeto amado na Terra produzirá emoções prazerosas. Quanto mais o nome de Cristo, o objeto do coração de Deus – e também o nosso, se O conhecermos – desperta em nós santos sentimentos de deleite, que só podem ser expressos em louvor e adoração!”


E. Dennett, adaptado de The Name Above Every Name

 

Pesquisa com Células-Tronco


Nos últimos cinco anos, a pesquisa com células-tronco tem sido um assunto controverso. Na América do Norte, o assunto foi noticiado em 9 de agosto de 2001, quando o presidente George Bush dos EUA permitiu a retomada das linhas existentes de células-tronco, mas colocou uma moratória na colheita de novas células-tronco embrionárias em laboratórios do governo. Outros países como Grã-Bretanha, França e Itália também aprovaram leis que regem a pesquisa com células-tronco. Entusiastas proponentes de tais pesquisas sentem que oferecem os maiores benefícios potenciais para a humanidade no tratamento de muitas doenças crônicas, incluindo câncer, diabetes, Parkinson e esclerose múltipla. O debate continua em muitas partes do mundo, e os Cristãos podem se perguntar qual deve ser sua atitude em relação a isso. Tal pesquisa simplesmente envolve o homem usando sua habilidade dada por Deus para aliviar alguns dos efeitos da queda, ou cruza uma linha moral em uma área que a Palavra de Deus proibiria?


Resumidamente, as células-tronco são células primitivas que têm o potencial de se desenvolver na maioria dos 220 tipos diferentes de células que compõem o corpo humano (por exemplo, células do músculo cardíaco, células cerebrais e células do sangue). Existem dois tipos básicos de células-tronco usadas em pesquisas, adultas e embrionárias. As células tronco adultas são retiradas de seres humanos adultos (por exemplo, células da medula óssea). Como a extração dessas células não causa danos ao indivíduo, não há uma controvérsia real sobre as pesquisas que as envolvem. No entanto, as células tronco adultas são limitadas na sua capacidade de se diferenciarem nos muitos tipos de células do corpo e, por isso, não são tão úteis como as células tronco embrionárias. Elas também são difíceis de remover e, portanto, são limitadas em quantidade. Células-tronco embrionárias podem se diferenciar em quase todas as células do corpo e, portanto, têm um potencial de pesquisa muito maior. Estas devem ser obtidos de embriões humanos, e a fonte mais comum é de embriões congelados excedentes produzidos por fertilização in vitro em clínicas de fertilidade.


O que os pesquisadores esperam

Ao experimentar essas células-tronco, os pesquisadores esperam ser capazes de desenvolver tecidos que, por exemplo, darão ao diabético um pâncreas normal ou a alguém com insuficiência renal um novo conjunto de rins. O objetivo final da pesquisa com células-tronco é criar um órgão substituto ou parte de um órgão. A pesquisa com células-tronco é semelhante ao que é conhecido como “clonagem terapêutica”, cujo objetivo é fazer um embrião que seja o “clone” exato de uma pessoa. Suas células-tronco seriam então extraídas e usadas para criar um órgão ou talvez um tipo de tecido. Quando isso fosse posteriormente transplantado no indivíduo, não haveria rejeição porque o transplante conteria o DNA do indivíduo. Embora isso não seja tecnicamente possível no momento, o potencial é realmente impressionante quando consideramos as doenças crônicas que afligem muitos indivíduos.


Podemos ter muita empatia com aqueles indivíduos que sofrem, às vezes por toda a vida, com uma doença crônica debilitante. Muitos de nós somos muito gratos pelos avanços na tecnologia médica que aliviaram o sofrimento e salvaram vidas. No entanto, quando as questões morais envolvem a pesquisa do homem em problemas envolvendo a vida e a morte, a Palavra de Deus deve ser o nosso guia. Temos a certeza de que Deus em Cristo “nos deu tudo o que diz respeito à vida e piedade” (2 Pe 1:3). Acredito que a Palavra de Deus responde à questão da pesquisa com células-tronco embrionárias para nós.


O coração da controvérsia

No coração da controvérsia das células-tronco está a questão de saber se um embrião é um ser humano com alma e espírito. A maioria das células-tronco embrionárias é extraída de embriões humanos muito jovens – normalmente com poucos dias de vida. A extração das células-tronco mata o embrião imediatamente. Seria isto homicídio aos olhos de Deus?


Tal como acontece com muitas outras questões morais, devemos lembrar que a Escritura é escrita para corações que querem fazer a vontade de Deus. Assim, podemos não encontrar uma resposta exata para cada pergunta que surge, mas o coração que quer fazer a vontade de Deus descobrirá que a Escritura deixa a mente de Deus clara no assunto.


Com referência à questão diante de nós, não conheço nenhuma Escritura que nos diga com absoluta certeza quando um embrião humano obtém uma alma e um espírito. No entanto, vamos nos referir a duas Escrituras que eu acredito que falam disso. Em primeiro lugar, em Êxodo, temos instruções quanto a uma lesão a uma mulher que carrega um feto em desenvolvimento. Os versículos são os seguintes:


“E se homens lutarem entre si e ferirem uma mulher grávida, fazendo com que ela dê à luz, e não houver nenhum dano, ele será, em qualquer caso, multado, conforme o marido da mulher impuser a ele, e dará isso conforme o estabelecido pelos juízes” (Êx 21:22-25 – JND).


Eu creio que esta Escritura nos mostra que um feto é visto por Deus como um ser humano. Se a criança nasceu (após o ferimento de sua mãe) sem qualquer problema, então apenas uma multa era imposta. Mas se a criança perdeu a vida, então quem causou a morte deveria perder sua vida. Se a lesão fosse menos grave, o indivíduo causador da lesão pagaria uma penalidade adequada de acordo com o grau da lesão.


O que Deus vê

Em segundo lugar, temos os comentários de Davi no Salmo 139:14-16 sobre seu próprio desenvolvimento no ventre. Aqui está o que ele disse por inspiração:


“Eu te louvarei, porque de um modo terrível e tão maravilhoso fui formado; maravilhosas são as Tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem. Os meus ossos não Te foram encobertos, quando no oculto fui formado e entretecido como nas profundezas da Terra. Os Teus olhos viram o meu corpo ainda informe, e no Teu livro todas estas coisas [os meus membros – JND] foram escritas, as quais iam sendo dia a dia formadas, quando nem ainda uma delas havia”.


Aqui vemos claramente que Deus tem Seu olhar sobre um ser humano em desenvolvimento desde o princípio e que Ele vê toda a sua substância, embora informe (Note que as Escrituras são muito precisas em dizer “informe” no sentido de ainda não totalmente formado, mas não diz “imperfeito”, o que implicaria algo defeituoso). Além disso, estas Escrituras nos dizem que todos esses membros foram escritos no livro de Deus, mostrando-nos que Deus tem um interesse intenso no desenvolvimento de Sua criatura.


A partir dessas Escrituras, fica claro que qualquer interferência adversa do homem com um embrião humano em desenvolvimento em qualquer ponto é um assunto sério. Eu prefiro acreditar que Deus vê um embrião em desenvolvimento desde a concepção como um ser humano com alma e espírito. Assim, tirar sua vida, na verdade, equivale a um homicídio. Sabemos que os abortos foram feitos legalmente a pedido por mais de trinta e cinco anos na América do Norte e em outras áreas do mundo, principalmente por uma questão de conveniência. Em alguns países do mundo (a China, por exemplo), os abortos são insistidos para limitar o tamanho das famílias. Os crentes sempre viram isso como sendo moralmente errado. Eu creio que a extração de células-tronco embrionárias e, assim, matar o embrião equivale à mesma coisa.


As ramificações de tudo isso são mais sérias e, além da questão da pesquisa com células-tronco, colocam em questão toda a ideia de fertilização in vitro. Embora este artigo não seja primariamente sobre fertilização in vitro, talvez alguns comentários sobre o assunto sejam validos, uma vez que ele está intimamente ligado à pesquisa com células-tronco. Podemos certamente ter empatia com casais que querem desesperadamente filhos e que, por várias razões, não conseguem tê-los da maneira normal. Uma coisa é passar por uma investigação razoável para ver se há algo que a ciência médica possa corrigir para tornar isso possível. E outra coisa inteiramente diferente é recorrer à fertilização in vitro, que quase sempre deixa embriões em excesso e os problemas que daí resultam. Se é moralmente errado usá-los para pesquisa com células-tronco, então se torna uma importante questão o que fazer com esses embriões.


Filhos – Um presente de Deus

Por toda a Palavra de Deus, as crianças são apresentadas como sendo um dom de Deus, e é claro que só Deus tem a prerrogativa de controlar se as crianças nascem ou não. O Salmo 127:3 nos diz que “os filhos são herança do SENHOR, e o fruto do ventre, o Seu galardão”. Em Gênesis 20:18 lemos que “o SENHOR havia fechado totalmente todas as madres da casa de Abimeleque”, enquanto em Gênesis 30:22 lemos que “lembrou-Se Deus de Raquel, e Deus a ouviu, e abriu a sua madre”. Em Rute 4:13, está registrado, concernente a Rute, que “o SENHOR lhe deu conceição, e ela teve um filho”. Muitas outras Escrituras poderiam ser citadas para mostrar que Deus mantém em Sua mão o dar ou não dar filhos. Todas estas considerações levantam a questão de se os crentes devem estar envolvidos nesta prática, em vista do que a Escritura diz sobre Deus dando a concepção.


Em conclusão, eu diria que extrair células-tronco de embriões humanos e matá-los no processo não é diferente do aborto. Os crentes não devem ter parte nisso. Que não nos envolvamos em áreas que as Escrituras nos mostram que estão além do domínio apropriado do homem. Lembremo-nos de que a raiz desses problemas é frequentemente o exercício da vontade do homem independente de Deus. Assim, ele procura manipular tudo neste mundo para seus próprios fins. O egocentrismo o impele a usar a tecnologia moderna para explorar até mesmo a reprodução humana sem levar em conta as reivindicações de Deus ou as crianças envolvidas. Que nós, que conhecemos o Senhor e reconheçamos Suas reivindicações, mantenhamo-nos bem longe de tal atitude e não sejamos seduzidos pela propensão do homem para colocar sua tecnologia em uma área que pertence somente ao Senhor.


W. J. Prost

 

E Lhe Porás o Nome de JESUS


O Príncipe da Paz

Deus Conosco

O Cristo

O Filho de Davi

Maravilhoso

O Filho de Deus

Conselheiro

Pão da Vida

Palavra de Deus

Alfa e Ômega

Luz do Mundo

Resplandecente Estrela da Manhã

Rei dos Reis

Cordeiro de Deus

Messias

Senhor dos Senhores

Poderoso Deus

Emanuel

Palavra Eterna

Rei da Glória

Salvador

O Ungido

Escolhido de Deus

Redentor

 

“O sangue de Jesus Cristo, Seu Filho, nos purifica de todo pecado”

1 João 1:7

 

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