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Associação com o Mal Contamina?


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ÍNDICE


 

Associação com o Mal Contamina? 

Albert Edward Booth 

 

Introdução

 

Em resposta a esta pergunta, dizemos, sem hesitação, que sim. Nossas testemunhas são figuras, profecia e Escrituras do Novo Testamento. Daremos alguns exemplos.

 

O Testemunho das figuras 

Aqui temos um grande campo diante de nós. Começaremos com o povo de Deus no Egito, antes de eles deixarem aquela terra para irem em sua jornada para Canaã.

 

Fermento

 

O capítulo 12 do maravilhoso livro da Redenção – Êxodo – apresenta, por meio de uma figura, os fundamentos sobre os quais Deus poderia, com justiça, tomar aquele povo outrora culpado e começar com eles novamente como Seu povo. “Vendo Eu sangue, passarei por cima de vós” (Êx 12:13). Aqui começa a sua verdadeira história, e Deus está agora com eles. Isto foi pura graça soberana, e quando isto é manifestado e o povo colocado em relacionamento com Ele, começa a sua responsabilidade como Seu povo. Suas vidas e todas as suas associações são agora reguladas por Aquele que é Santo. Quando Ele fala, eles devem ouvir; quando Ele legisla, eles devem obedecer. Êxodo 12:1-14 dá-lhes a provisão de Deus – “o cordeiro”. Quando o cordeiro é trazido para dentro da casa, Deus diz ao Seu povo que todo o fermento deve ser eliminado (Êx 12:15-20). Ora, se estes versículos forem lidos com 1 Coríntios 5, não há dúvida quanto à aplicação. O fermento é uma clara figura do mal. Veja também que em Mateus 16:6, Marcos 8:15 e Gálatas 5:9 o princípio de Deus é sempre o mesmo, seja em Êxodo 12 ou nas Escrituras do Novo Testamento – “um pouco de fermento faz levedar toda a massa” (1 Co 5:6). Jeová não fala em vão quando diz: “tirareis o fermento das vossas casas” (Êx 12:15). Deus não permitirá que aquilo que é uma figura do mal habite com Seu povo, na mesma casa onde estava o cordeiro – figura de Cristo. E a negligência em seguir estas instruções era uma coisa tão séria, que Ele diz: “porque qualquer que comer pão levedado, desde o primeiro até ao sétimo dia, aquela alma será cortada de Israel (Êx 12:15). Observe as próprias palavras: a alma não seria cortada do Senhor, o que era verdade, mas cortada de Israel – do próprio povo de Deus – pois Deus estava lá. Ele procurava santidade e obediência de um povo associado a Ele. Não poderia haver qualquer ligação com o fermento, porque eles estavam ligados ao Senhor. Que verdade imensa é esta, e uma chave para desvendar grande parte da Palavra que nos ensina justamente as reivindicações de justiça e santidade de Deus, que se desenvolverão mais plenamente à medida que prosseguirmos.

 

Lepra

 

Nossa próxima lição será de Levítico 13 e 14. As instruções relativas a esta doença repugnante são mais longas e minuciosas do que aquelas relativas ao fermento. Jeová tinha libertado Seu povo do Egito. Eles estão agora no deserto e Ele habita no meio deles. “Sede santos, porque Eu Sou santo” (1 Pe 1:16) são Suas palavras para toda a assembleia. Todos deveriam ouvi-las; não havia desculpa para ninguém depois que as palavras do Senhor fossem lidas.

 

Agora, esses exemplos de surgimento da lepra, seja em uma pessoa, em uma veste ou em uma casa, estão todos escritos “para nosso ensino” (Rm 15:4). “Ora, tudo isso lhes sobreveio como figuras, e estão escritas para aviso nosso, para quem já são chegados os fins dos séculos” (1 Co 10:11).

 

Lepra numa pessoa (Lv 13:1-46)

Quando esse mal terrível aparecia numa pessoa, era necessário muito cuidado para que não houvesse pressa indevida, por um lado, nem negligência, por outro, permitindo assim que a doença se espalhasse e contaminasse outras pessoas. Se houvesse marcas exteriores em uma pessoa que causasse a menor suspeita de lepra, essa pessoa era levada ao sacerdote, e se houvesse alguma dúvida após o sacerdote tê-la examinado, ela era encarcerada por sete dias (Lv 13:1-4). Isso servia a um duplo propósito. Primeiro, cuidado, para que caso a praga não fosse a lepra, o homem não fosse levado para um lugar que o Senhor não tinha designado para ele – fora do arraial. A seguir, caso ele tivesse lepra, ou, mesmo enquanto houvesse dúvida, e fosse deixado livre para ir aonde quisesse e contaminar outros, a palavra de Deus era que ele deveria ser “encerrado... sete dias”. Ao final dos sete dias, o sacerdote examinava a pessoa novamente e, se ainda houvesse dúvida, o homem era encerrado por mais sete dias (Lv 13:5-8). Com que cuidado o Senhor os instrui – cuidado com Sua própria glória e com o bem de Seu povo. Ora acreditamos que há uma lição especial nisso para nós. Se houver suspeita entre aqueles reunidos ao nome do Senhor de que o mal se manifesta em um crente, deveria haver esta investigação sacerdotal e cuidado para que não sejamos demasiado precipitados ou negligentes na questão. Se parece que existe um pecado grave que justificaria disciplina, como em 1 Coríntios 5, porém o caso não está totalmente comprovado, acreditamos que o princípio cuidadoso que nos foi dado pelo Senhor, no caso o homem em quem havia suposta lepra, nos dá uma orientação. O homem fica encerrado por sete dias – negada a liberdade de comunhão pública e Cristã até que esteja livre de qualquer suspeita. Ele não é “tirado” como em 1 Coríntios. 5, mas simplesmente "encerrado” (isolado, fechado). Acreditamos que cada assembleia Cristã deve procurar agir de acordo com este princípio na graça de Cristo e cuidado da santidade da Casa de Deus.

 

Mas quando o sacerdote detecta a lepra, o homem é declarado imundo – não mais um suposto leproso, como no primeiro caso, mas um leproso declarado. Levítico 13:44-46 nos mostram que o homem agora é colocado fora do arraial – correspondendo à disciplina de 1 Coríntios 5:13: “tirai, pois, dentre vós a esse iníquo”.

 

Havia dois lugares em particular onde a lepra poderia aparecer: na carne e na cabeça ou na barba. O primeiro corresponde ao mal moral nos caminhos da pessoa, como em 1 Coríntios 5, e o segundo – lepra na cabeça ou na barba – ao mal doutrinal, como em 2 João 9-11 e 2 Pedro 2:1-3, falso ensino, "heresias de perdição [destruidoras – ARA]". Em ambos os casos, o único caminho é a remoção quando o mal fosse provado. Tal é o ensino da santa Palavra de Deus.

 

Lepra nas vestes 

2. Agora, quanto à lepra numa veste, o mesmo cuidado minucioso é manifestado em Levítico 13:47-59. Isso pode corresponder ao caráter, às circunstâncias ou aos hábitos de um homem. A lepra não deveria ser tolerada de nenhuma forma entre aqueles com quem Deus habitava. As próprias vestes deveriam ser queimadas com fogo se houvesse lepra nelas. O justo julgamento e o desagrado de Deus repousam sobre o mal, onde quer que ele seja encontrado. Que possamos aprender esta lição mais plenamente e procurar tomar o lado de Deus contra a lepra, não importa onde ou em quem ela possa ser encontrada.

 

Lepra numa casa 

3. Passaremos agora para Levítico 14 para aprender o que Deus ensina sobre associação com o mal. Levítico 14:33-57 nos dá lepra numa casa. Não temos dúvidas que a casa, apresenta-nos “a casa de Deus” – a assembleia do povo de Deus, onde Deus habita (1 Timóteo 3:15). Portanto, isso se refere mais à nossa comunhão corporativa. Em Levítico 13, temos lepra num indivíduo; em Levítico. 14, temos lepra entre um grupo de Cristãos – a casa. Assim, a partir desses versículos aprendemos, em figura, de forma mais completa o que o Novo Testamento ensina sobre casos de mal numa assembleia que precisa ser resolvido. Os princípios de santidade e justiça de Deus são sempre os mesmos, seja no Velho Testamento ou no Novo: “A santidade convém à tua casa, Senhor, para sempre” (Sl 93:5).

 

Vejamos, então, o que é ensinado sobre a lepra numa casa. Primeiro, “Quando... eu enviar [puser – TB] a praga da lepra a alguma casa” (Lv 14:34). Isto nunca é afirmado a respeito da lepra numa pessoa, ou numa veste, mas apenas da lepra numa casa. Será que isso não ilustra, de maneira especial, a fidelidade do Senhor para com aqueles entre os quais Ele habita? Se o mal existir, o fiel Senhor, pelo próprio fato de Sua presença entre eles, colocará a praga ali – manifestando àqueles que têm olhos para ver, que há algo seriamente errado e que requer investigação. Em segundo lugar, segue-se o exame sacerdotal. A casa deveria ser esvaziada onde houvesse suposta lepra, e isso também por uma dupla razão – no caso de haver lepra, para que "tudo o que está na casa não seja contaminado" (Lv 14:36), e para que deixar todas as partes da casa expostas para o exame sacerdotal. Nada deveria ser coberto, mas tudo exposto aos seus olhos. Se, após o exame, ainda houvesse dúvida, a casa deveria ser fechada por sete dias, assim como no caso do indivíduo. Esta é a maneira pela qual todos os israelitas verdadeiros e obedientes deveriam tratar uma casa onde supostamente havia lepra. Sim, tão rigoroso era o Deus de Israel que Lv 14:46 declara: "E o que entrar naquela casa, em qualquer dia em que estiver fechada, será imundo até à tarde". Um homem pode entrar nela por descuido, e outro por vontade própria e espírito de independência – para desafiar os outros. Em ambos os casos, Deus declara o homem imundo, e isso quando a casa ainda estava apenas "fechada".

 

Quais são então as lições para nós nisso? Há algumas? Certamente existem, e se a casa representa uma assembleia de Cristãos, então estamos munidos de princípios santos para nos guiar no exercício do cuidado santo entre uma reunião do povo de Deus. Além disso, estabelece a verdade de que associação com o mal contamina.

 

Se o mal moral surge numa assembleia, ou uma heresias de perdição [destruidoras – ARA], deve-se permitir que isso continue enquanto a assembleia não sente nenhum cuidado ou responsabilidade a esse respeito? Não precisamos responder a esta pergunta para aqueles que conhecem sua Bíblia. A assembleia deve agir de acordo com o ensino claro de 1 Coríntios 5 para que se purifique da questão. Se houver descuido quanto a isso, a assembleia deve ser tratada, assim como acontecia com a casa quando se suspeitava de lepra – "cerrará a casa [fechá-la-á – ACF]". Durante esse tempo, todo coração corretamente ensinado por Deus, e correto diante d’Ele, cuidadosamente se absteria de associar-se àquela assembleia. Se não, Levítico 14:46 é claro quanto a eles: “será imundo”. Isso significa que ele também é leproso? De forma alguma, mas associação com aqueles que se supõe serem leprosos tornava o homem imundo. Quão maravilhosa é a santidade do Deus de Israel – do nosso Deus. "Quem é semelhante a Ti, glorioso em santidade?" (Êx 15:11 – TB). Repetidas vezes o povo de Deus teve que agir de acordo com esta Escritura, onde as assembleias aparentemente estavam tolerando o mal. Elas foram "cerradas”, e embora em alguns casos isso tenha levado ao julgamento próprio, noutros manifestou o estado da assembleia como sendo tão baixo que poderia abertamente tomar partido do malfeitor e recusar-se a excluí-lo. Levítico 14:39-40 nos ensinam mais sobre isso. Quando os sete dias haviam transcorrido e o sacerdote examinava novamente a casa (mostrando que não havia pressa indevida), e foi manifesto que havia lepra em uma ou mais pedras, então as pedras eram retiradas e lançadas ”fora da cidade num lugar imundo". Foi assim que a assembleia de Corinto agiu depois de receber a carta apostólica – eles se purificaram tirando do seu meio aquele homem “iníquo” (1 Coríntios 5; 2 Coríntios 7).

 

Em ambos os casos, tratava-se de uma obra séria – séria para o dono da casa em Levítico 14, e séria para toda a assembleia em Corinto. Mas eles estavam seguindo as instruções do Senhor, que são tão necessárias para manter a santidade e a disciplina em Sua casa, assim como a bendita obra de proclamar as boas novas da salvação é necessária para os pecadores perdidos; é somente por meio da obediência à Palavra de Deus que uma assembleia é capacitada, aqui na Terra, a manifestar o carácter da Sua santidade ao expulsar o mal do seu meio.

 

Agora prossegue uma obra adicional: “o sacerdote... fará raspar a casa” (Lv 14:41). Cada pedra deve ser raspada após a remoção de qualquer pedra leprosa. Que exame de coração deve seguir cada caso de disciplina que exija excomunhão. Cada coração deve se curvar diante de Deus enquanto há uma pergunta individual: “Estou cometendo algum pecado que desagrada ao Senhor?” Assim, os erros são descobertos, a confissão é feita a Deus e os pecados – em todas as formas – são julgados desde sua raiz. Com que sucesso isso foi realizado em Corinto. Depois de tirar o mal, houve realmente uma raspagem na casa: "Porque quanto cuidado não produziu isso mesmo em vós que, segundo Deus, fostes contristados!... que indignação... que zelo, que vingança! Em tudo mostrastes estar puros neste negócio” (2 Co 7:11). Quem dera que esse resultado pudesse sempre seguir tais casos de disciplina. Prepararia o povo de Deus para o serviço futuro e para um novo trabalho, embora seja uma forma dolorosa de aprender as nossas lições que podem ser aprendidas em comunhão, se caminharmos com cuidado e oração. Levítico 14 também nos dá luz como uma nova obra. “Depois, tomarão outras pedras e as porão no lugar das primeiras pedras; e outro barro se tomará, e a casa se rebocará” (Lv 14:42).

 

Em todos esses exercícios, as almas devem obter uma apreensão mais profunda da graça, o que levará ao reavivamento do coração, a mais cuidado quanto à piedade de vida e a energia e poder renovados para tornar conhecido o evangelho; não meditando sobre os problemas do passado, mas recebendo-os das mãos de Deus e saindo entre os não convertidos e trazendo material novo. Será que o Senhor muitas vezes não permite que tais exercícios nos ensinem quão pouco nossas empatias têm ido nessa direção? Acreditamos que tempo tem sido perdido e que uma nova tristeza foi trazida entre nós pela tentativa de recuperar material antigo em que a lepra não tenha sido totalmente julgada. Nossa empatia nunca deve nos guiar nessas coisas, mas a mente de Deus deve ser apreendida e Sua Palavra seguida. Oh, que a importância deste princípio, “tomarão outras pedras e as porão no lugar das primeiras pedras”, fosse impressa mais plenamente no coração de cada um de nós todos!

 

Agora temos mais um ponto relacionado com a lepra numa casa: “Porém, se a praga tornar e brotar na casa... se derribará a casa, as suas pedras e a sua madeira, como também todo o barro da casa; e se levará tudo para fora da cidade, a um lugar imundo” (Lv 14:43-45). Esta foi a palavra do Senhor nos casos em que a lepra continuou ou reapareceu. A casa inteira era afastada, demolida e colocada em um lugar imundo (o mesmo que quando era o caso de uma pedra, só que aqui se trata de afastar uma casa inteira), representando o afastamento de uma assembleia contaminada.

 

Certamente ninguém deveria duvidar da sua aplicação. Se a casa representa uma assembleia onde o mal surge (seja moral, como em 1 Coríntios 5, ou doutrinal, como em 2 João), e a assembleia falha em se purificar afastando o mal, a graça pode esperar sete dias, como em o primeiro caso, e durante a quarentena ninguém deveria entrar (Levítico 14:38). Mas neste caso de reaparecimento da lepra, a casa é inteiramente afastada pelo Senhor e colocada num lugar imundo de acordo com Suas instruções. Assim, quando uma assembleia de professos Cristãos tolera tal mal, é dever daqueles que seguem a Palavra de Deus e que se preocupam com a honra de Cristo, recusarem-se a reconhecer tal reunião, mas dar-lhe o lugar que Deus lhe dá quando Ele diz que é imunda.

 

Até agora, todos podem concordar. “Mas”, diz alguém, “embora reconheçamos plenamente que pode haver lepra na casa, e a casa estar imunda, não vejo que isso afetaria qualquer pessoa que simplesmente entrasse e saísse dela”. Mas o Senhor disse bem o contrário: “E o que entrar naquela casa... será imundo (Lv 14:46). Não diz que se ele entrasse seria leproso, mas "será imundo" – provando assim que qualquer ligação com contaminação tornava uma pessoa imunda.

 

Lepra na cabeça 

Agora, se lermos 2 João 9-11, veremos que os princípios de Deus permanecem sempre os mesmos. 2 João 9 nos apresenta um homem não sadio quanto à doutrina de Cristo. Isso é lepra na cabeça. Agora, como devemos tratá-lo? Para ser verdadeiro a Cristo e ser fiel a tal pessoa (pois ela pode ser enganada), 2 João 10 nos ensina: "não o recebais em casa, nem tampouco o saudeis". Isto vai muito além da comunhão eclesiástica e inclui até mesmo a esfera social. Por que, perguntamos, Deus é tão cuidadoso? Porque Ele é o mesmo que fala em Levítico 13-14, e para ser verdadeiro a Si mesmo e a nós, Ele não pode diminuir Seu padrão de santidade para Se adequar aos deficientes pensamentos do homem sobre o quão abrangente é a contaminação. Por isso lemos: “Porque quem o saúda (o mestre contaminado) tem parte nas suas más obras” (2 Jo 11). Poderia haver algo mais claro? O apóstolo não diz que se alguém o receber, ele também será um falso mestre e não sadio, assim como o homem que entrou em uma casa leprosa não se tornou leproso por esse ato, mas Deus disse que ele estava imundo. Assim, Deus também diz que, ao receber um falso mestre, a pessoa “participa de suas más obras” (TB) – colocada no mesmo grupo de pessoas por ser descuidado com uma questão grave como essa que deveria despertar todo Cristão. E se existir esse espírito descuidado, aqueles que honram a Cristo teriam que tratá-los da mesma forma com que o mestre é tratado; a assembleia que os mantivesse seria, como uma casa leprosa, afastada, e nenhuma outra comunhão com ela seria permitida. Teremos essa atitude se a honra de Cristo for guardada e se for feito um esforço para impedir a propagação da contaminação entre o povo de Deus. Quão simples e clara é a Palavra se estivermos dispostos a ser guiados por ela!

 

Fluxo Contínuo

 

Até agora nos detivemos principalmente nos detalhes do cuidado do Deus de Israel quanto à lepra, que corresponde às formas mais graves do mal que podem se manifestar entre o povo do Senhor, e no tratamento de tais casos. Agora vamos nos voltar para Levítico 15 e observe o “fluxo” que vaza e a “associação com o mal como contaminação” estão aí ainda mais desenvolvidas. Em ambos os casos, “todo leproso e “todo o que padece fluxo eram colocados fora do arraial (Números 5:1-3). O fluxo que saía da carne representa o mal operando em um crente, mas de natureza menos séria que a lepra. No entanto, mesmo para isso, a pessoa deveria ser colocada fora do acampamento. Levítico 15:1-3 ensinam que o homem era imundo. Levítico 15:4-14 mostram que qualquer contato com ele também causava contaminação; "E qualquer que tocar a sua cama... será imundo... E aquele que se assentar sobre aquilo em que se assentou o que tem o fluxo... será imundo... E aquele que tocar a carne do que tem o fluxo... será imundo... Quando também o que tem o fluxo cuspir sobre um limpo... será imundo... Também toda sela em que cavalgar o que tem o fluxo será imunda. E qualquer que tocar em alguma coisa que estiver debaixo dele... será imundo... Também todo aquele em quem tocar o que tem o fluxo... será imundo... E o vaso de barro em que tocar o que tem o fluxo será quebrado; porém todo vaso de madeira será lavado com água".

 

Quão minuciosas são as instruções dadas neste capítulo, mas quão semelhantes a Deus, quando conhecemos as lições que o Senhor procura nos ensinar:

 

  1. O homem estava imundo.

  2. Tudo o que ele tocou era imundo.

  3. Toda pessoa que tocasse naquilo que o homem imundo tocava era imunda.


Com isso aprendemos que a contaminação continua até haja submissão à Palavra de Deus e a pessoa imunda se lave com água. E ainda assim, com todas essas figuras e a clara Escritura em 1 Coríntios 5 “um pouco de fermento faz levedar toda a massa" e 2 João: "tem parte nas suas más obras", muitos nos dizem que "associação com o mal não necessariamente contamina".

 

Contaminação por Mortos

 

Tendo traçado os principais pensamentos a respeito do cuidado nos casos de “fermento”, “lepra” e o “fluxo” contínuo (estes três em si se referem mais ao próprio mal operando), examinemos agora Números 19 e colhamos algumas lições a respeito da contaminação por mortos. Este capítulo nos leva a considerar o importante fato de que associação com o mal contamina[1]. O livro de Números é o livro do deserto, e nele precisamos do maior cuidado e cautela para seguir a Palavra do Senhor. Caso contrário, entrar em contato com muitas coisas contaminam. Mas o mesmo livro também nos fala de amor e graça; portanto, foi feita uma provisão para purificar o povo de Deus da contaminação, e assim capacitá-lo para permanecer e andar com Ele dia após dia. Agora observemos, primeiro, a contaminação em si e até que ponto vai essa contaminação. “Aquele que tocar a algum morto, cadáver de algum homem, imundo será sete dias” (Nm 19:11). “E todo aquele que sobre a face do campo tocar a algum que for morto pela espada, ou outro morto, ou aos ossos de algum homem, ou a uma sepultura, será imundo sete dias  (Nm 19:16). A partir destas Escrituras aprendemos quais são os pensamentos de Deus em relação à contaminação, e assim como Israel assentou-se aos pés do Senhor (Dt 33:2-3) e ouviram estas palavras, eles também aprenderam quais eram os Seus pensamentos a partir das próprias palavras dadas. E Jeová não falou palavras vãs. [1] Ainda assim. Dizem-nos que Números 19 não se refere à associação com doutrinas e práticas malignas, mas ao próprio malfeitor. Isto é completamente um equívoco. Essa é a lição que aprendemos com o leproso e com o que tem fluxo, mas em Números 19 não há doença no homem pessoalmente, mas o contato com o que era imundo e contaminante o contaminou.

 

Agora, a única maneira pela qual um homem sabia que estava imundo era pela Palavra. Para isso eles se voltaram em busca de direção, e quando, por meio daquela Palavra, foram informados de terem contraído contaminação, então o coração obediente se voltaria para a mesma Palavra em busca de luz sobre como tal contaminação deveria ser removida. E se houve alguma negligência nisso, os resultados seriam muito graves, como veremos. “Porém o que for imundo e se não purificar, a tal alma do meio da congregação será extirpada; porquanto contaminou o santuário do SENHOR; a água da separação sobre ele não foi espargida; imundo é” (Nm 19:20). “E tudo o que o imundo tocar também será imundo; e a alma que o tocar será imunda até à tarde” (Nm 19:22). “Porque tudo que dantes foi escrito para nosso ensino foi escrito, para que, pela paciência e consolação das Escrituras, tenhamos esperança” (Rm 15:4). Portanto, estamos plenamente autorizados a tomar este livro de Números, pois os princípios de Deus são os mesmos. Essas várias coisas que contaminariam – Números 19 – indicam certos males hoje que são de natureza tão séria que o contato – ou associação – com eles incapacita mesmo aqueles que são povo de Deus para a comunhão com o Senhor e com aqueles que andam de acordo com a Palavra. Indicaremos esses males como são dados no Novo Testamento.

 

Ser contaminado por algo “sobre a face do campo” pode sugerir um contato com um mal mais aberto; já uma sepultura seria um mal mais oculto, mas estando lá a corrupção e a morte, isso contaminava. Mesmo que os olhos do homem não pudessem ver isso, os olhos de Jeová o viam, e por isso deviam evitar até mesmo tocar numa sepultura. Aqui não havia margem para os pensamentos deficientes, mesmo no Israel de antigamente. Eles poderiam raciocinar e dizer: “Mas não podemos ver o corpo que está por baixo”, mas Deus responderia: “Embora vocês não possam ver, Eu o vejo, e isso é suficiente, e a Minha Palavra para guiar o Meu povo é ‘todo aquele que sobre a face do campo tocar... uma sepultura, será imundo sete dias'” Oh, como este solene princípio da verdade resolveria tantas dificuldades com o povo de Deus (mesmo que eles não pudessem ver o propósito completo) se eles buscassem a Palavra e seguissem seus ensinamentos quanto à separação do mal em suas várias formas hoje. O conhecimento de Deus sobre o mal é completo, é perfeito; Ele também sabe como esse mal corrompe e contamina, e, portanto, escreveu: "qualquer que profere o nome de Cristo [do Senhor – ARA] aparte-se da iniquidade” (2 Tm2:19).

 

É verdade que existem estágios de disciplina, e as pessoas não devem ser “tiradas” por qualquer motivo, mas a Escritura é muito clara quanto a isto: “admoesteis os desordeiros” (1 Ts 5:14), e “aos que pecarem, repreende-os na presença de todos” (1 Tm 5:20). No entanto, há outros que precisam de excomunhão e uma leitura cuidadosa de 1 Coríntios 5 nos informa sobre alguns desses males, bem como 2 Pedro 2:1 e 2 João 9, onde aprendemos sobre más doutrinas, os mais sérios de todos os males, pois atacam diretamente a Pessoa e a glória de nosso Senhor Jesus. Todos os casos em Números 19 referem-se àqueles que merecem a excomunhão por causa de associação com aqueles cujos ensinamentos ou maneiras são tão graves que contaminam outros.

 

Em Números 19:14 o Senhor acrescenta: “Esta é a lei, quando morrer algum homem em alguma tenda: todo aquele que entrar naquela tenda e todo aquele que estiver naquela tenda será imundo sete dias”. Ora, para preservar a pureza entre aqueles entre os quais Ele habitava, Deus deu essas instruções, e somente quando seguiram Sua Palavra é que preservaram essa pureza. Volte-se comigo, querido leitor, em pensamento, e contemple aquelas pessoas marchando pelas areias do deserto. Veja-os enquanto eles param em sua marcha e armam suas tendas. A nuvem agora repousa sobre os muitos milhares de Israel. Jeová, seu Deus, está no meio deles; suas tendas, como um cacho, estão reunidas ao redor de Sua habitação.

 

Logo após a parada, espalha-se a notícia de que alguém na Tenda nº 1 morreu, mas ainda assim pessoas são vistas entrando e saindo. Se Números 19 for lido com atenção, aprendemos que esses são “sete dias imundos” – para aqueles que estão na tenda e aqueles que entram na tenda. Nada poderia ser mais claro se fosse a Escritura que os guiasse. Agora imagine que você vê um homem saindo da Tenda nº 1 – a tenda contaminada. Ao ele se dirigir para as tendas nº 3 a nº 10, e as pessoas nessas tendas (omitimos a nº 2 propositalmente) o veem vindo em direção a elas, elas fecham suas portas como um só homem e se recusam a deixá-lo entrar. Ele, quando informado do motivo em Números 19, reclama, dizendo: "Mas eu não sou o homem morto, e sou tanto parte do povo do Senhor quanto você".

 

Eles poderiam responder: “É bem verdade que você não é o homem morto, e também sabemos que você faz parte do povo de Deus”. Não duvidamos dessas coisas, mas a Palavra do Senhor deve nos guiar. Você esteve na Tenda nº 1, onde está um homem morto. Agora, em Números 19:14, Jeová, nosso Deus, diz que você é imundo e, a menos que seja purificado com a água da purificação, você permanecerá imundo. Números 19:22 afirma além disso, tudo o que você toca é imundo e, portanto, nós o recusamos até que a contaminação que você contraiu na Tenda nº 1 seja removida. Números 19:17-19 nos dá a única maneira pela qual alguém pode ser purificado de tal contaminação. Portanto, aconselhamos que você siga este capítulo e aproveite a provisão de Deus – a água da purificação – e então, irmão, venha até nós depois do sétimo dia. Pois então, como diz Números 19:12, você ficará limpo e nós iremos recebê-lo de todo o coração. Podemos assegurar-lhe neste momento que o amamos, mas também desejamos a todo custo seguir a Palavra de Deus e manter a pureza em todas as nossas tendas, tanto quanto pudermos.

 

Ora, se for verdadeiramente submisso à Palavra de Deus, não seria esta instrução de Números 19 ser aclamada com grande gozo? E não é este o momento e o lugar para dar tais instruções, a fim de impedir a propagação da contaminação?

 

Mas suponhamos que, em vez de ficar agradecido, ele reclame ainda que eles são muito rígidos. No entanto, todas aquelas tendas do número 3 ao 10 permanecem firmes como um só homem. Mas agora ele percebe que a Tenda nº 2 (a mais próxima da contaminada) permaneceu independente de todas as outras e deixou sua porta aberta. Então ele se volta para eles com a esperança de que o recebam e o poupem de todo o trabalho de ter a água aspergida sobre ele e também da inconveniência de esperar sete dias. E quando ele se aproxima da Tenda nº 2, eles o cumprimentam. Ele expõe suas dificuldades. Eles respondem que todas essas tendas do número 3 ao 10 são "muito exclusivas" – excluem muitos do povo de Deus – "mas somos mais 'abertos' – não duvidamos que você seja do Senhor, e sabemos que você não é o homem morto, por isso estamos felizes em recebê-lo em nossa tenda." Agora, caro leitor, deixo que você decida, à luz de Números 19, quais destes agiram corretamente – aqueles que o recusaram porque Deus disse que ele era imundo, ou aqueles da Tenda nº 2 que o receberam enquanto ainda imundo. Não levantamos a questão de ele ser o homem morto, nem ainda negamos que ele seja do Senhor[2]. Mas o Senhor em Números 19 nos ensina que o homem era imundo, e onde quer que ele fosse, tornava o lugar imundo por seu contato com ele. Este homem representa hoje qualquer pessoa, seja ele filho de Deus ou não, que mantém qualquer ligação com o mal moral, como em 1 Coríntios 5, ou mal doutrinal como em 2 João. Fornece-nos o caminho de Deus para que uma pessoa seja purificada antes de ser recebida por aqueles que procuram manter a verdade e a santidade de acordo com as palavras de verdade. [2] Nem nos debruçamos sobre as graças pessoais de qualquer outra pessoa nas Tendas nºs 1 ou 2. Isto apenas cegaria os nossos olhos quanto aos princípios principais. Por outro lado, pode haver falha em detalhes nas Tendas nº 3 a 10, “pois nós muitas vezes ofendemos” (Tg 3:2 – JND), mas aqui insistimos nos princípios da verdade e da justiça.

 

Agora, o que acontece no caso do homem que recusou absolutamente o modo de purificação de Deus é:

 

  1. Ele permaneceu imundo.

  2. Ele contaminou aqueles com quem teve contato. (Veja a aplicação de Ageu 2:11-14 à nação num dia posterior).

  3. Ele foi privado da Páscoa (Nm 9:5-7), sem dúvida uma figura da mesa do Senhor.

  4. Ele foi colocado fora do arraial, onde estava o leproso, e o homem com fluxo contínuo (Nm 5:1-3), embora ele próprio não fosse nenhum dos dois, mas foi contaminado por associação com a tenda onde estava um homem morto.

     

No entanto, quão adorável é a graça de Deus vista em Números 9:9-12 para dar uma provisão extra àqueles que foram contaminados pelos mortos. Eles poderiam celebrar a Páscoa no segundo mês, dando-lhes assim tempo para cumprir Números 19 e serem purificado. Quão bonito é ver naqueles homens contaminados que eles eram sinceros e tão insistentes em sua causa, e conscienciosos, pois não esconderam o fato, mas confessaram: “Imundos estamos nós pelo corpo de um homem morto” (Nm 9:7). Não é de se admirar que Deus tenha feito uma provisão extra para tais. Meu caro leitor, se você é filho de Deus, medite seriamente sobre esses temas que desenvolvem a santidade e o cuidado de Deus pelo bem, sim, pelo bem permanente de Seu próprio povo entre os quais Ele habita.

 

Agora passaremos para a Tenda nº 2 e ver como devemos tratar com eles. Números 19:22 nos diz claramente que eles são imundos, e as últimas palavras deste capítulo nos informam que a alma que tocar nele (Tenda nº 2) “será imunda até à tarde”[3]. [3] Dizem que “Números 19 ensina que a responsabilidade recai inteiramente sobre o indivíduo contaminado, e não sobre a assembleia”. Deixe o leitor julgar pelo versículo 20, onde lemos: “a tal alma do meio da congregação será extirpada” (veja também Números 5:1-3 e Números 9:5-14). Não há dúvida de que o objetivo da declaração acima é negar a responsabilidade da assembleia.

 

Portanto, a Tenda nº 2 também ficaria em quarentena até que aqueles que se tivessem contaminado fossem purificados da sua contaminação. Se persistissem neste curso, aprendemos em Números 19:20: “Porém o que for imundo” pelo contato com um morto (ou mesmo com aqueles que se tornaram imundos por contato com um morto, veja Números 19:22), “e se não purificar, a tal alma do meio da congregação será extirpada". Números 5:1-3 ensina ainda que ele seria lançado “fora do arraial”. A verdade, portanto, aplica-se a um ou a cem da mesma forma. Acreditamos verdadeiramente que a Tenda nº 2 ocuparia uma posição muito séria ao tratar com indiferença a verdade de Números 19, baixando também o padrão de pureza na congregação quanto à associação, e também agindo na independência das Tendas nºs 3 a 10, que procuravam agir de acordo com Deus.

 

Reflita sobre essas coisas, querido leitor, e se estiver perplexo quanto a esse assunto, não descanse até que você obtenha da própria Palavra o “assim diz o Senhor” sobre essas coisas. Os homens no mundo entendem estes princípios, e o mesmo acontece com o povo de Deus na vida quotidiana. Se ocorrer varíola, difteria ou cólera (como essas coisas no Velho Testamento surgiram no acampamento), observe o cuidado que as pessoas exercem – elas não permitirão que ninguém com a doença entre em sua casa. Além disso, eles não permitirão a entrada de ninguém que tenha estado no local onde os pacientes com varíola estão, para que não a tragam em suas vestes ou de outra forma, embora não tenham a doença – portanto, a associação não é permitida. Estes são os princípios de cuidado pelos quais lutamos na vida espiritual e na associação, porque estão mais próximos do coração de Cristo e de todos os que são verdadeiramente leais a Ele. Qualquer violação destes princípios torna-se assim mais grave – especialmente quando Deus tem falado, e falado de forma tão clara.

 

Agora vamos fazer uma pausa e considerar brevemente o que esta provisão de Números 19 nos fala – Sua provisão para manter os Seus limpos.

 

A Novilha Vermelha Sem Mancha.

 

Ninguém poderia corresponder a isso, exceto Um – Jesus, nosso Senhor. A novilha morta – Jesus colocado na morte. A novilha queimada até as cinzas com madeira de cedro, hissopo e escarlate – Jesus, nosso adorável Senhor na morte, enfrentando toda a penalidade do pecado, suportando o julgamento do mal em todas as fases e formas, e estabelecendo uma base justa diante do trono de Deus, permitindo-O caminhar com Seu povo, já redimido, e mantê-lo limpo ao longo de todo o caminho. As cinzas guardaram a lembrança permanente de Cristo neste lugar de morte. A água corrente e as cinzas aspergidas sobre o imundo – o Espírito Santo pela da Palavra, trazendo ao coração e à consciência, quando somos contaminados, que essa mesma imundícia veio pelo pecado e causou, sim, a necessidade da morte de Cristo. Nós então, de acordo com a Palavra – a água – ficamos ao lado de Deus contra o mal em todas as formas que trazem contaminação, e nos purificamos de toda associação com tal. Que possamos aproveitar essas lições que nos ensinam a pureza e a santidade da morada de Deus!

 

Falsos Profetas e Idolatria

 

Passaremos agora para mais uma figura. Encontraremos isso em Deuteronômio 12 e 13 onde obtemos uma harmonia perfeita da verdade com tudo o que examinamos até agora. Aqui temos algumas fases mais desenvolvidas, mas o princípio é o mesmo. Em Deuteronômio 12 somos ensinados, à medida que o povo entra na terra (Dt 12:1-3), o seu caminho de separação daqueles que estavam lá, cujos modos e formas de adoração estavam contaminados.

 

Em Deuteronômio 12:4-32, o Senhor os instrui sobre sua adoração e seus sacrifícios: até mesmo seu local de adoração está marcado para eles. Eles não têm escolha, nenhum arranjo qualquer que fosse. A terra, o lugar onde Jeová colocou Seu Nome, tudo foi escolha e ordenado por Jeová.

 

“Guarda-te que não ofereças os teus holocaustos em todo lugar que vires; mas, no lugar que o SENHOR escolher numa das tuas tribos, ali oferecerás os teus holocaustos e ali farás tudo o que te ordeno” (Dt 12:13-14). Este capítulo oferece agora muitas instruções para o povo do Senhor, e foi para Israel no Velho Testamento da mesma forma que 1 Timóteo é para nós no Novo Testamento.

 

Em Deuteronômio 13 avançamos um passo adiante e instruções são dadas ao Seu povo sobre como lidar com o mal em suas diversas formas. É verdade que não se esperava que estivessem ocupados com o mal, e nós também não deveríamos estar, mas o Senhor achou por bem instruí-los, como faz com Seu povo agora, sobre como lidar com esses males sempre que surgirem. Certamente a ignorância dos fatos e dos princípios não é virtude. No Novo Testamento, 2 Timóteo e as epístolas posteriores são muito parecidas com o que o capítulo 13 de Deuteronômio foi para Israel. Deus não deixa Seu povo entregue aos seus pensamentos pobres, fracos e divididos sobre como devem agir em tempos de fracasso. Portanto, em Deuteronômio 13:1-5 o Senhor instrui Seu povo.

 

  1. 1.    Como lidar com um falso mestre. Se fosse verdade que tivesse surgido um profeta que procurava desviar o coração do Seu povo d’Aquele que os tirou do Egito e os redimiu – ele era morto (Dt 13:5). Isso era lei. Agora, sob a graça, ele é “tirado fora”, como em 1 Coríntios 5. Tal atitude seria tão séria, que seria errado saudar a ele (2 Jo 10-11).

  2. Em Deuteronômio 13:6-11 lhes é dada instrução sobre como lidar com amigos ou parentes. "Quando te incitar teu irmão... ou teu filho, ou tua filha, ou a mulher do teu amor, ou teu amigo, que te é como a tua alma, dizendo-te em segredo: Vamos e sirvamos a outros deuses... não consentirás com ele, nem o ouvirás; nem o teu olho o poupará, nem terás piedade dele, nem o esconderás, mas certamente o matarás; a tua mão será a primeira contra ele... com pedras o apedrejarás, até que morra, pois te procurou apartar do SENHOR, teu Deus, que te tirou da terra do Egito”. Essas linhas nos informam o quão sério é, mesmo para aqueles que estão ligados pelos laços da natureza, intervirem e desviar o povo de Deus dos caminhos que Ele traça para eles andarem. Os vínculos naturais têm o seu lugar, mas as pessoas só podem preencher esse lugar corretamente na proporção em que seguem a Palavra. Caso contrário, no final, será aprendida a lição de que, em vez de ajudar, eles têm sido um obstáculo para outros. Ansiamos por ver um despertar entre o povo de Deus a este respeito; ansiamos por ver consciência individual exercitada na presença de Deus (em vez de amigos seguirem amigos e parentes seguirem parentes), e uma verdadeira busca pela mente de Deus e um desejo de caminhar com Ele em caminhos de justiça. É verdade que as esposas devem obedecer aos seus maridos, e os filhos aos seus pais, mas acrescentaríamos: “no Senhor” (Ef 6:1), e “como convém no Senhor” (Cl 3:18). Quando essas coisas são mantidas em lembrança diante do coração, e a verdadeira sujeição ao Senhor é buscada primeiro, todo o resto se ajustará de acordo com Sua mente. Deuteronômio 13, Lucas 12:51-53 e 14:26-27 precisam ser bem ponderados por todos quando a pergunta “o que é a verdade?” surge e busca-se um caminho com Deus.

  3. Em Deuteronômio 13:12-18 obtemos informações sobre como lidar com o mal em uma cidade, e assim manter a ordem segundo Deus nas diversas cidades de Israel.

Se “ouvires dizer de alguma das tuas cidades... que uns homens, filhos de Belial, saíram do meio de ti, que incitaram os moradores da sua cidade, dizendo: Vamos e sirvamos a outros deuses que não conheceste, então inquirirás, e informar-te-ás, e com diligência perguntarás; e eis que, sendo esse negócio verdade, e certo” (Dt 13:12-14).

 

Aqui somos confrontados com a questão do governo nas cidades de Israel e com o elo que une todas – "em alguma das tuas cidades". A nação era uma só aos olhos de Deus e, embora o povo estivesse dividido em várias cidades, mesmo assim, um governo guiava todas – uma lei. Assim, embora houvesse muitas cidades, ainda havia um povo e um governo governando tudo; isso daria a cada uma o interesse pelo todo. E quando um mal sério surgia, como em Deuteronômio 13, cada um teria grande preocupação pela outra. É verdade que cada cidade era responsável por governar tudo dentro de seus muros e agir corretamente diante do Senhor. Quando todas fizeram isso, a mesma ordem prevaleceu em todo o Israel. Mas se uma cidade falhasse em manter a ordem de acordo com Deus, isso trazia uma responsabilidade adicional para as outras, porque era "alguma das tuas cidades". E se o mal surgisse, como neste capítulo, e após investigação sincera e paciente, fosse encontrado que era verdade que esta cidade havia falhado em governar aqueles dentro de suas divisas, a Palavra de Deus para eles era: "certamente ferirás ao fio da espada os moradores daquela cidade, destruindo ao fio da espada a ela e a tudo o que nela houver" (Dt 13:15). Eles não foram deixados à mercê de suas pobres empatias aqui. A obra deles agora não era de graça, mas de justiça, e nisso Deus não os levou a cometer um erro. “A cidade e todo o seu despojo queimarás totalmente” (Dt 13:16). A cidade era totalmente deixada de lado e tudo que estivesse dentro de suas divisas. Vemos uma bela exceção em 2 Samuel 20, onde havia um homem de Belial, “Seba, filho de Bicri”. Enquanto Joabe cerca a cidade para destruí-la, Deuteronômio 13:16-22 nos dá o ato de uma mulher fiel. O homem é julgado – é tratado – e isso satisfaz Joabe, e eles se retiram e a cidade é poupada.

 

Acreditamos que esses exemplos são cheios de proveito para nós agora. Vimos a contaminação numa tenda, a lepra numa casa e agora o mal numa cidade – mas todas têm de ser tratadas. E assim é no Novo Testamento com o mal em uma assembleia do povo de Deus. Acreditamos que a palavra "alguma das tuas cidades" dá uma chave para a sua unidade como era antigamente, bem como é para nós agora. Pode haver centenas e milhares de assembleias reunidas biblicamente em todo o mundo, mas como Israel, o povo é um, sim, um por um vínculo mais próximo do que Israel jamais foi. Eles eram as pessoas típicas; temos as bênçãos tipificadas. Se 1 Coríntios 12 e Efésios 4:4 são lidos cuidadosamente, não pode haver erros quanto a isso. Os tempos mudaram desde que estas linhas foram escritas, mas a verdade permanece até o fim para que possamos desfrutar e segui-la. Deus não tinha um governo separado para cada cidade, e nem tem para o Seu povo agora. Existe apenas um governo, uma ordem, uma disciplina, uma autoridade, um Livro. Oh, que isso fosse mais apreendido! Como isso alargaria nosso coração – nossas empatias, e nos daria cuidado e preocupação por todos.

 

Ora, se o mal fosse permitido em uma dessas cidades, ela seria colocada de lado, se não fosse julgado por eles mesmos. E o mesmo é verdade agora entre o povo de Deus. Se qualquer reunião de professos Cristãos permitir práticas ou doutrinas que sejam heréticas, ou vínculos de associação com elas, e se recusar a julgá-las e tirá-las de seu meio, os corações fiéis a Cristo em todos os lugares rejeitariam a tais e as recusariam como uma assembleia – colocá-las-iam de lado, como Israel fez com uma de suas cidades. A pergunta de anos posteriores foi feita: "Que Escritura você tem para colocar assembleias de lado?" A resposta foi bem dada: “Temos Escrituras para colocar o pecado de lado, seja em um indivíduo ou em mais”. Essas Escrituras em Deuteronômio 12 e 13, foram apenas brevemente mencionadas, mas confio que os próprios capítulos serão estudados de perto por todos os leitores, e temos certeza de que muito proveito será obtido com suas importantes lições.

 

O Testemunho da Profecia

 

Tendo encerrado nossas lições sobre as figuras, observaremos brevemente a profecia, principalmente a de Ageu. Este é um dos últimos três profetas e deve ser lido com os livros de Esdras e Neemias. Refiro-me propositalmente a esta profecia por causa de sua aplicação especial aos nossos dias e àqueles para quem escrevo. Também fez parte da última voz (Ageu, Zacarias e Malaquias) vinda do Senhor ao Seu povo antes da voz de João anunciar a chegada de Cristo.

 

Este remanescente a quem eles profetizam, tendo retornado da Babilônia, está mais uma vez em sua terra – mais uma vez no lugar do Altar (Sacrifício) e do Templo (o correto lugar de adoração). Deus agora pode encontrá-los e abençoá-los de acordo com Sua Palavra. Isto sem dúvida representa o retorno do povo de Deus naqueles últimos dias à ordem de Deus conforme dada na Palavra para o Seu povo, da qual a Igreja tão tristemente se afastou – um retorno ao verdadeiro terreno de comunhão e adoração Cristã, deixado, pelo grande Cabeça da Igreja até Seu retorno para levar Seu povo para casa.

 

Agora, se Esdras e Neemias forem lidos com cuidado, veremos que embora a obra tenha começado na energia do Espírito, o fracasso logo se manifestou entre esse povo em suas tendências à indiferença e ao descuido com as coisas de Deus. Daí a necessidade da voz do profeta para trazê-los à presença de Deus em exercício quanto ao seu andar e maneiras, e também quanto à necessidade de sempre manter firmemente a ordem e o bom governo, conforme estabelecido pelo Senhor para a bênção de Seu povo. Agora nos voltaremos para aquela maravilhosa profecia de Ageu – apenas dois capítulos, mas cinco mensagens distintas para Seu povo.

 

Ageu 1:1-11 – a primeira mensagem 

Aqui seus pecados são apontados – apresentados fielmente. Eles estavam morando em suas casas estucadas, e a casa do Senhor estava em ruínas, como o apóstolo escreveu mais tarde: “todos buscam o que é seu e não o que é de Cristo Jesus” (Fp 2:21). A vida doméstica, o conforto e a facilidade foram procurados e providos de antemão, mas a obra do Senhor – o interesse do Senhor aqui na Terra – era negligenciada. Não é de se admirar que se siga uma grande escassez: “Por isso, retêm os céus o seu orvalho, e a terra retém os seus frutos” (Ag. 1:10). Não temos visto o mesmo? Não temos sentido isso profundamente? Que Deus nos dê mais despertar em todos os lugares, como nos dias do profeta. Ageu 1:12 mostra como esta primeira mensagem afetou o remanescente: “todo o resto do povo atenderam à voz do SENHOR, seu Deus” (ARA).

 

Ageu 1:13 – a segunda mensagem 

A Palavra do Senhor é cheia de ânimo e encorajamento para um povo avivado: “Eu Sou convosco, diz o SENHOR”. Então eles retomaram mais uma vez o trabalho da casa do Senhor que haviam negligenciado por causa das dificuldades dos inimigos ao redor. “No mundo tereis aflições” é uma verdade sempre real até que nosso Senhor venha, “mas tende bom ânimo; Eu venci o mundo”, são Suas palavras ao Seu povo (Jo 16:33).

 

Agora em Ageu 2 aprendemos lições de outro caráter.

 

Ageu 2:1-9 – a terceira mensagem 

A glória passada da casa é apontada. A fraqueza atual também, em comparação com o passado, ainda assim eles não deviam temer por causa disso. "esforça-te... esforça-te... esforçai-vos... porque Eu Sou convosco, diz o Senhor dos Exércitos" (Ag 2:4) são as palavras de um Deus Fiel ao Seu povo em um tal momento. A glória futura era o que eles deveriam olhar: “A glória desta última casa será maior do que a da primeira” (Ag. 2:9). Esquecendo-se do passado, agora encorajados pela presença e pela Palavra do Senhor, eles deveriam olhar o fim – regozijar na esperança da glória derradeira.

 

Ageu 2:10-19 – a quarta mensagem 

Aqui aprendemos sobre o desejo adicional do Senhor – um reavivamento de santidade e pureza entre eles (este também é o testemunho de Malaquias 1 e 2). “Pergunta, agora, aos sacerdotes, acerca da lei, dizendo: Se alguém leva carne santa na aba da sua veste e com a sua aba tocar no pão, ou no guisado, ou no vinho, ou no azeite, ou em qualquer outro mantimento, ficará este santificado? E os sacerdotes, respondendo, diziam: Não” (Ag 2:11-12). Isto é, poderiam a santidade e a pureza ser transmitidas a outros por associação? A resposta é apenas uma, conforme dada aqui: Não. Seguindo ainda mais o mesmo princípio, se você colocar uma gota de água pura em um balde de veneno, a água o purificará? Certamente não.

 

"E disse Ageu: Se alguém, que se tinha tornado impuro pelo contato com um corpo morto, tocar nalguma destas coisas, ficará isso imundo? E os sacerdotes, respondendo, diziam: Ficará imunda. Então, respondeu Ageu e disse: Assim é este povo, e assim é esta nação diante do Meu rosto, disse o SENHOR” (Ag 2:13-14). Como o padrão de pureza de Deus, conforme dado em Números 19 permanece sempre o mesmo, seja no deserto – o início de sua história – ou entre o remanescente em Ageu! Esta passagem insiste nesta importante verdade, que associação com o mal contamina. Portanto, se em Ageu 1 temos um reavivamento da obra, em Ageu 2 aprendemos sobre o desejo de Deus de um reavivamento do andar e da associação de acordo com a Sua Palavra. Não nos deteremos mais nesta contaminação por mortos, tendo-o feito nas páginas anteriores de Números 19.

 

Ageu 2:20-23 – a quinta mensagem 

Esses versículos nos dão a mensagem final. Agora o profeta procura reavivar o interesse deles no futuro, quando todos os inimigos seriam derrotados. No entanto, naquele dia, o povo de Deus (como Zorobabel) teria um lugar seguro para habitar. Tudo isso será plenamente realizado na segunda vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.

 

O Testemunho do Novo Testamento

 

Iremos agora nos voltar para algumas passagens do Novo Testamento que requerem uma observação, embora já tenham sido feitas referências a elas repetidas vezes.

 

Males morais 

Em 1 Coríntios 5, apontamos os males morais e como eles devem ser tratados. Mas aqui não se trata de alguém que foi surpreendido por uma falha que precisa ser restaurado (como em Gálatas 6:1), nem de alguém simplesmente “desordeiro” que precisa de uma advertência (como em 1 Tessalonicenses 5:14), mas de alguém conhecido por seguir um caminho perverso, a quem a santidade de Deus exige que seja "tirado fora". Aqui o apóstolo se refere a um princípio de peso extraído do “fermento”, como em Êxodo 12 e em outros lugares: “um pouco de fermento faz levedar toda a massa” (1 Co 5:6). Esforços têm sido feitos para enfraquecer a força disso e para dizer que Corinto não estava levedada. Como poderiam tais males existir e ser conhecidos – “inchados” (1 Co 5:2), com “jactância” (1 Co 5:6) – sem serem contaminados? O que significa a linguagem: “Alimpai-vos [purificai-vos – JND], pois, do fermento velho, para que sejais uma nova massa” (1 Co 5:7), se eles já não tivessem ficado fermentados – contaminados? Isto não significa que todos eles eram fornicadores, mas ao permitirem um assim entre eles, eles – como aprendemos nas lições do Velho Testamento – foram contaminados. "Para que sejais uma nova massa" é uma prova clara de sua contaminação. Durante esse tempo, Apolo recusou-se a ir para lá até mesmo para ministrar (1 Co 16:12), e o apóstolo permanece afastado até que eles não apenas repudiassem o homem, mas também se arrependessem e julgassem toda a sua condição e assim se purificassem. Que exercício isso proporcionou ao apóstolo, sim, quantas orações e lágrimas foram derramadas em favor deles. Eles finalmente agiram e se purificaram, e a assembleia foi poupada, assim como foi com a cidade (2 Sm 20).

 

Mas qual é o significado de “assim como sois sem fermento” em 1 Coríntios 5:7 (TB)? Será que isso significa que, embora esses males existissem, não eram tão sérios a ponto de levedar os outros? Certamente todas as outras linhas do capítulo testemunhariam contra tal explicação. “Assim como sois sem fermento” tem um significado muito diferente; certamente é o apóstolo dando a visão de Deus sobre eles do cume das penhas, como fez com Israel em Números 23:9; 21. Em virtude de terem sido aceitos por meio de Cristo e de Sua obra, eles eram perfeitos; Ele não viu nenhuma iniquidade neles. Portanto, chamar a atenção deles para isso foi calculado para humilhá-los, porque sua prática – sua conduta – era oposta. Nós falhamos, sim, todos nós falhamos. Reconheçamos isto, confessemo-lo livremente, mas nunca baixemos o padrão de pureza e santidade de Deus e o efeito de longo alcance da associação com o mal: “um pouco de fermento faz levedar toda a massa”.

 

Males doutrinais 

Mas há um caráter de “fermento” ainda mais perigoso do que este que apontamos em 1 Coríntios 5 – o do ensino. Na segunda epístola de João recebemos instruções sobre isso, e também o mesmo cuidado com a associação – um sistema de ensino no qual vemos a astúcia de Satanás para manchar as glórias da Pessoa do Senhor Jesus. Pode ser que ele use para fazer seu trabalho aqueles que estão em posição e riqueza, homens de cultura e instrução, e muito mais para atrair o homem natural. Isso nos mostra ainda mais a sutileza do inimigo para enganar os incautos. A respeito deles, o apóstolo exorta a senhora eleita: “não o recebais em casa, nem tampouco o saudeis”. (2 Jo 1:10-11). Todos os Cristãos fiéis ao Senhor deveriam entender o "não o recebais", mas o que se segue é o que aqui queremos insistir: "Porque quem o saúda tem parte nas suas más obras”. Mesmo que um Cristão tenha tão pouca preocupação com o que é devido a Cristo, aprendemos que o menor vínculo de associação o torna um participante “nas suas más ações”. As palavras não dizem que, ao saudá-lo, ele também é um falso mestre, nem que ainda tenha absorvido seu falso ensino, mas ele "tem parte em suas más obras" – é o mesmo que tocar um "leproso". ou “aquele que tem fluxo”, ou um "morto" – ele se torna contaminado e incapacitado para a adoração do Senhor e para a companhia do povo do Senhor. Então também essa pessoa teria que ser tratada.

 

Agora, eu encerro. Que cada leitor pondere bem as linhas de pensamento seguidas nestas páginas e ore fervorosamente sobre cada referência à Palavra do Senhor. Que isso leve tanto o leitor quanto o escritor mais ao poder e à realidade das lições de justiça e santidade necessárias nestes dias finais para a santificação de todo o mal.

 

"Ora, Àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar e apresentar-vos irrepreensíveis, com alegria, perante a Sua glória, ao único Deus, Salvador nosso, por Jesus Cristo, nosso Senhor, seja glória e majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém!" (Jd 24).

 

A. E. Booth

 


 

 




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