top of page

Palavras de Edificação 03


(Revista bimestral editada entre 1980 e 1997)

 

ÍNDICE



 

AS ROSAS PREMIADAS


Que bom seria se vivêssemos mais ao calor da presença de Deus!

Deveríamos ser como aquela menina – coxa – que vivia num sítio pobre, numa aldeia, e ganhou um prêmio numa exposição de rosas.


– Como foi que te premiaram as tuas rosas? – perguntaram-lhe.


– Olhe, foi assim: A minha casa tem três janelas. Então de manhã ponho-as naquela que primeiro recebe o sol; depois quando o sol já está na outra janela, passo-as para lá, e pela tarde a mesma coisa. Assim estão sempre recebendo sol.


"Conservai-vos a vós mesmos na caridade de Deus" (Jd 21).

 

CITAÇÃO BÍBLICA:

"As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos; porque as Suas misericórdias não têm fim. Novas são cada manhã; grande é a Tua fidelidade" (Lm 3:22-23).


 

SOBRE O LIVRO DOS ATOS

Cap. 23:2324:16


"E, [o tribuno] chamando dois centuriões, lhes disse: Aprontai para as três horas da noite duzentos soldados, e setenta de cavalo, e duzentos arqueiros para irem a Cesaréia; e aparelhai cavalgaduras, para que pondo nelas a Paulo, o levem salvo ao presidente Félix" (vs.23-24).


O Tribuno sabendo que Paulo era Romano e que a sua vida estava em perigo, tomou todas as precauções para evitar que viesse a ser assassinado pelo grupo dos quarenta judeus (v.21), e mandou-o ao governador da província, a Félix, tratando-o muito humanamente. “E escreveu uma carta que continha isto:

Cláudio Lísias, a Félix, potentíssimo presidente, saúde.

Esse homem foi preso pelos judeus; e, estando já a ponto de ser morto por eles, sobrevim eu com a soldadesca, e o livrei, informado de que era romano. E querendo saber a causa por que o acusavam, o levei ao seu conselho. E achei que o acusavam de algumas questões da sua lei; mas que nenhum crime havia nele digno de morte ou de prisão. E, sendo-me notificado que os judeus haviam de armar ciladas a esse homem, logo to enviei, mandando também aos acusadores que perante ti digam o que tiverem contra ele. Passa bem" (vs.25-30).


Cláudio Lísias escreveu uma mentira ao governador Félix; disse que: "sobrevim eue o livrei, informado de que era romano". O tribuno, na verdade, perguntou a Paulo: "Não és tu porventura aquele egípcio"? (At 21:38). Contudo para se dar mérito aos olhos de Félix escreveu uma mentira. "Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso" (Jr 17:9).


"Tomando pois os soldados a Paulo, como lhe fora mandado, o trouxeram de noite a Antipatris. E no dia seguinte, deixando aos de cavalo irem com ele, tornaram à fortaleza. Os quais, logo que chegaram a Cesaréia, e entregaram a carta ao presidente, lhe apresentaram Paulo. E o presidente, lida a carta, perguntou de que província era; e sabendo que da Cilícia, ouvir-te-ei, disse, quando também aqui vierem os teus acusadores. E mandou que o guardassem no pretório de Herodes" (vs.31-35)


Foi assim que Paulo começou essa sua grande viagem que iria terminar em Roma. Iria comparecer perante "reis", conforme a profecia dada por Ananias, o discípulo em Damasco (At 9:15).


"E cinco dias depois o sumo sacerdote Ananias desceu com os anciãos, e um certo Tértulo, orador os quais compareceram perante o presidente contra Paulo. E, sendo chamado, Tértulo começou a acusá-lo, dizendo: Visto como por ti temos tanta paz e por tua prudência se fazem a este povo muitos e louváveis serviços, sempre e em todo o lugar, ó potentíssimo Félix, com todo o agradecimento o queremos reconhecer" (At 24:1-3).


Tértulo, se era judeu também mentiu, pois os judeus odiavam os romanos, seus opressores. Ou talvez fosse até um advogado romano contratado pelo Sinédrio. Em todo o caso usou de uma lisonja mentirosa.


"Mas, para que te não detenha muito, rogo-te que, conforme a tua equidade, nos ouças por pouco tempo" (v.4).

"Temos achado que este homem é uma peste, e promotor de sedições entre todos os judeus, por todo o mundo; e o principal defensor da seita dos nazarenos; o qual intentou também profanar o templo; e por isso o prendemos e conforme a nossa lei o quisemos julgar. Mas, sobrevindo o tribuno Lísias, no-lo tirou dentre as mãos, com grande violência, mandando aos seus acusadores que viessem a ti; e dele tu mesmo, examinando-o, poderás entender tudo o de que o acusamos. E também os judeus o acusavam, dizendo serem estas coisas assim" (vs.5-9)


Este discurso de Tértulo estava cheio de falsidades e acabou com uma queixa injusta dirigida a Félix, o governador, contra o seu subordinado, o tribuno Lísias; "Não calunies o servo diante do seu senhor" (Pv 30:10). E logo Félix lhe cortou a palavra, assim como ao sumo sacerdote Ananias, e ao resto dos judeus, e fez sinal a Paulo que falasse:


"Paulo, porém, fazendo-lhe o presidente sinal que falasse, respondeu: Porque sei que já vai para muitos anos que desta nação és juiz, com tanto melhor ânimo respondo por mim" (v.10). Paulo reconheceu a posição de Félix, mas não fez uso de lisonja. “Pois bem podes saber que não há mais de doze dias que subi a Jerusalém a adorar; e não me acharam no templo falando com alguém, nem amotinando o povo nas sinagogas, nem na cidade. Nem tão pouco podem provar as coisas de que agora me acusam. Mas confesso-te isto: que, conforme aquele caminho que chamam seita, assim sirvo ao Deus de nossos pais, crendo tudo quanto está escrito na lei e nos profetas. Tendo esperança em Deus, como estes mesmo também esperam, de que há de haver ressurreição dos mortos, assim dos justos como dos injustos” (vs.11-15).


“Aquele caminho” refere-se ao testemunho de nosso Senhor Jesus Cristo já então estabelecido no mundo. Fala-se dele sete vezes em Atos, ainda que nem sempre por meio da mesma palavra. Leiam-se as seguintes passagens: a fim de que, se encontrasse alguns daquela seita (literalmente: “daquele caminho” At 9:2); e lhe declararam mais pontualmente o caminho de Deus” (At 18:26); como alguns deles se endurecessem, falando mal do Caminho” (At 19:9); houve um não pequeno alvoroço acerca do Caminho” (At 19:23); “e persegui este Caminho” (At 22:4); “conforme aquele caminho que chamam seita” (At 24:14); e, “Havendo-me informado melhor deste caminho” (At 24:22).


É claro que os judeus com as suas acusações não podiam fazer uso das Escrituras; mas Paulo apoiava-se na Palavra de Deus: “crendo tudo quanto está escrito na lei e nos profetas” (At 24:14). Ele deu a saber que tinha “esperança em Deus” (At 24:15) uma esperança que os próprios fariseus afirmavam ter – de que os mortos ressuscitariam: "assim dos justos como dos injustos" (At 24:15).


O anúncio da ressurreição toca a consciência: “E por isso procuro sempre ter uma consciência sem ofensa, tanto para com Deus como para com os homens” (v.16). Os que não procuram manter “a fé, e a boa consciência”, fazem “naufrágio na fé” (1 Tm 1:19). Os que tornam atrás, “dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios; …falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência” (1 Tm 4:1-2). Para os incrédulos “nada é puro… antes o seu entendimento e consciência estão contaminados” (Tt 1:15). Como é importante manter sempre “uma boa consciência” sem remorsos, em relação a Deus e perante os homens!

(continua, querendo Deus)

 

TEXTO BÍBLICO:

“Bom é o Senhor para os que se atêm a Ele, para a alma que O busca. Bom é ter esperança, e aguardar em silêncio a salvação do Senhor. Bom é para o homem suportar o jugo na sua mocidade” (Lm 3:25-27).


 

PEQUENAS COISAS


– Que tens na mão, Abel?

– É só um cordeirinho do meu rebanho, mas o primeiro e o melhor. Vou oferecer-Te; é um sacrifício voluntário – respondeu ele a Deus.

E assim fez; o cheiro desse holocausto, desde então, perfuma o ar e chega até Deus tal como um sacrifício perpétuo de louvores, um sacrifício que tipifica o grande e único sacrifício de Jesus Cristo, o Filho de Deus, o Cordeiro de Deus.


– Que tens na mão Moisés?

– É só uma vara, meu Deus; com ela dirijo os meus rebanhos.

– Olha: daqui em diante vais empregá-la ao Meu serviço.

E assim foi; fez com ela as coisas mais surpreendentes que o Egito e o seu orgulhoso rei jamais tinham visto.


– Maria, que tens na mão?

– É só um recipiente com óleo perfumado porque quero derramá-lo sobre o Teu santo Filho Jesus.

Assim fez, e não só encheu toda a casa com um rico perfume, como também essa passagem do Evangelho se tornou para todos os que a lêem como um ato de amor a Deus, de um fragrante perfume.


– Que tens tu na mão, pobre viúva?

– Só duas moedas, Senhor. É muito pouco, mas é tudo quanto tenho. Trago-as para pô-las na caixa das ofertas.

Fez assim, e desde então esse relato, fez multiplicar essa ação em muitas outras, tendo estimulado assim muitos crentes a darem para Deus o que têm.


As coisas pequenas deixam de o ser, se são feitas com Deus ou para Deus.

 

PONTO DE REFLEXÃO:

Só poderemos desfrutar perfeita comunhão espiritual uns com os outros, quando todos andarmos em direta comunhão com Deus, verdadeiramente na Sua presença.


 

O NOME DO SENHOR JESUS CRISTO

No Apocalipse


“Reténs o Meu NOME, e não negaste a Minha fé” (2:13). É verdade que permanecemos fiéis a esse “Nome que é sobre todo o nome” (Fp 2:9) apesar da idolatria que reina no mundo?


"Guardaste a Minha Palavra, e não negaste o Meu NOME" (3:8). Se guardamos a Palavra do Senhor, certamente que não iremos negar a autoridade suprema do seu Nome, substituindo-O a outros nomes que nos iludam.

"A quem vencer, Eu o farei coluna no templo do Meu Deus… e escreverei sobre ele… o Meu novo NOME" (3:12). Cristo, como Homem e Vencedor, ganhou outro Nome, um digno Nome, supremo, novo. Escreverá esse Nome novo sobre todo aquele que vencer, dentre o Seu povo.


"o tempo de dares o galardão aos profetas, Teus servos, e aos santos, e aos que temem o Teu NOME" (11:18). Em Malaquias, o último livro do Velho Testamento, lemos também aqueles que temem ao Senhor, e… que se lembram do Seu Nome… serão para Mim particular tesouro” (Ml 3:16-17).


"Quem Te não temerá, ó Senhor, e não magnificará o Teu NOME? Porque só Tu és santo" (Ap 15:4).


"E os Seus olhos eram como chama de fogo; e sobre a Sua cabeça havia muitos diademas; e tinha um nome escrito, que ninguém sabia senão Ele mesmo. E estava vestido de uma veste salpicada de sangue; e o NOME pelo qual Se chama é a PALAVRA DE DEUS. …E no vestido e na coxa tem escrito este NOME: REI DOS REIS, E SENHOR DOS SENHORES". (Ap 19:12-13,16). Esta passagem trata da vinda do Senhor Jesus para julgar as nações rebeldes.


"E ali nunca mais haverá maldição contra alguém; e nela estará o trono de Deus e do Cordeiro, e os Seus servos O servirão. E verão o Seu rosto, e nas suas testas estará o Seu NOME" (22:3-4). É uma perfeita identificação! Cada remido pelo Cordeiro de Deus, Cristo, terá bem à vista o NOME do seu Salvador.

 

PONTO DE REFLEXÃO:

Eu sei que no coração do Senhor há lugar para cada uma das minhas ansiedades, das minhas preocupações.


 

VOCÊ ACEITA ESTAS VERDADES BÍBLICAS?


– Cristo morreu por nós

"Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras" (1 Co 15:3-4).

"Mas Deus prova o Seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores" (Rm 5:8).

"Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo, que morreu por nós, para que, quer vigiemos, quer durmamos, vivamos juntamente com Ele" (1 Ts 5:9-10).


– Somos remidos com o sangue de Cristo

" resgatados… com o precioso sangue de Cristo, como de um Cordeiro imaculado e incontaminado" (1 Pd 1:18-19).

" do Filho do Seu amor; em Quem temos a redenção pelo Seu sangue, a saber, a remissão dos pecados" (Cl 1:13-14).

" muito mais agora, sendo justificados pelo Seu sangue, seremos por Ele salvos da ira" (Rm 5:9).


– Jesus ressuscitou dos mortos

"Por que buscais o vivente entre os mortos? Não está aqui, mas ressuscitou" (Lc 24:5-6).


Estes três pontos referem-se a quem crê na Palavra de Deus e aproveitou as suas bênçãos que estão descritas em Jo 3:16; 5:24; 1:12; Ef 2:8 e Rm 10:9-10. Não deixem de ler todas estas passagens das Escrituras.

(continua, querendo Deus)

 

PENSAMENTO:

Todos aqueles que anunciam a Palavra de Deus, tanto como evangelistas, como na edificação da Igreja, devem apoiar-se contínua e exclusivamente no poder do Espírito Santo, pois só Ele sabe aquilo de que as almas precisam, e só Ele pode suprir tal necessidade.

 

A IGREJA DE DEUS Segundo as Escrituras


"Sobre esta pedra edificarei a Minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela" (Mt 16:18).


A "pedra", é o próprio Cristo, "o Filho de Deus vivo" (v.16); e não Pedro. "Edificarei"; Cristo é Quem a edifica e não o homem. "A Minha Igreja"; a Igreja é Sua propriedade e não propriedade de homens. Cristo pagou um grande preço por ela; esse preço foi o Seu "precioso sangue" (1 Pd 1:18-19; At 20:28). O diabo jamais poderá destruir a Igreja edificada por Cristo, mas pode evidentemente derrubar uma obra humana, espiritualmente morta, que o homem empreenda sem Deus.


Cristo começou a construção do edifício espiritual no dia de Pentecostes, quando enviou o Espírito Santo que reuniu os crentes, que antes tinham apenas uma relação individual com Deus, num corpo espiritual chamado a Igreja. Depois desse acontecimento, "todos os dias acrescentava o Senhor à Igreja aqueles que se haviam de salvar" (At 2:47). A obra de Cristo continua hoje. Cada pecador convertido e "selado com o Espírito Santo" (Ef 1:13), é acrescentado a esse edifício. Neste mesmo sentido escreveu também Pedro sobre Cristo e Sua Igreja: "E, chegando-vos para Ele – pedra viva, reprovada, na verdade, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa – Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual" (1 Pd 2:4-5). E Paulo também escreve: " Jesus Cristo é a principal pedra da esquina; no qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para templo santo no Senhor. No qual também vós juntamente sois edificados para morada de Deus em Espírito" (Ef 2:20-22). Esse edifício terminará quando a última pedra houver sido colocada por Cristo, vindo, então, Ele mesmo para recolher e levar do mundo aqueles que são Seus (1 Ts 4:16-18).


Deste conjunto de passagens das Escrituras do Novo Testamento fica bem clara a idéia de que a Igreja não é uma mera construção material e humana, e muito menos um edifício de mármores, pedras e ladrilhos, madeiramentos, ou outro qualquer material. Não! É um edifício espiritual, um templo santo composto de pecadores limpos e purificados pelo sangue precioso de Cristo, selados com o Espírito Santo e juntamente incorporados nessa morada de Deus.


Cristo não é apenas o construtor da Igreja, mas também a ama com um afeto infinito; e Ele ama-la-á para sempre. Por isso ela se chama também "a Esposa do Cordeiro". "Cristo amou a Igreja, e a Si mesmo Se entregou por ela" (Ef 5:25).

(continua, querendo Deus)

 

PONTO DE REFLEXÃO:

Não é reto apontarmos as faltas dos outros para com isso esquecermos das nossas.


 

CITAÇÕES DO VELHO TESTAMENTO FEITAS NO NOVO TESTAMENTO


O Senhor Jesus Cristo, Seus apóstolos e os escritores dos livros do Novo Testamento citaram muitíssimas passagens do Velho Testamento. De fato, nada menos do que 845 dessas citações se encontram em 22 dos Livros do Novo Testamento, segundo a seguinte lista:


Mateus – 96

Marcos – 34

Lucas – 58

João - 40

Atos – 57

Romanos – 74

1 Coríntios – 41

2 Coríntios – 13

Gálatas – 16

Efésios –11

Filipenses – 3

Colossenses –3

1 Tessalonicenses –2

2 Tessalonicenses –2

1 Timóteo – 6

2 Timóteo – 6

Hebreus – 86

Tiago – 16

1 Pedro – 20

2 Pedro –10

1 João – 6

Apocalipse – 249


O Senhor Jesus disse: "Examinais as Escrituras [as do Antigo Testamento, claro está, visto que o Novo Testamento ainda não havia sido escrito], porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de Mim testificam" (Jo 5:39).


E o anjo disse ao apóstolo João: "Sou teu conservo, e de teus irmãos, que têm o testemunho de Jesus: adora a Deus; porque o testemunho de Jesus é o espírito de profecia" (Ap 19:10).

 

A INSTITUIÇÃO DO MATRIMÔNIO


SACRIFÍCIOS CRISTÃOS

(continuação do número anterior)

Há um importante assunto, que merece toda a consideração, quando um jovem casal estabelece o seu lar; é a questão da doação segundo um espírito Cristão. Naturalmente, tanto o esposo como a esposa já tinham a sua própria maneira de doar antes de se casarem; mas agora, convém que façam este serviço em comunhão de propósitos, pois é um importante aspecto do sacrifício Cristão. Bem sabemos que, existe uma tendência de não mencionar este tema para não parecer que se está colocando os Santos de Deus sob o jugo de lei, tal como antes se obrigava na lei a dar o dízimo, quer quisesse ou não. Concordamos com tudo isso, mas não haverá atitude de gratidão com Deus por tudo quanto fez por nós? Desfrutaremos de todas as Suas bênçãos gratuitas, como a salvação, a vida eterna, tudo, sem nada Lhe oferecer de nossa parte; não para pagar, mas num espírito de reconhecimento, para Lhe mostrar o nosso agradecimento? Ou haveríamos de receber todas as abundantes bênçãos materiais que nos queira dar, e usufruir delas nós mesmos e em nossos lares? Responder "sim", a estas perguntas, seria colocar o Cristão numa posição menos digna do que o judeu de antigamente. Se o judeu tinha que dar dos seus bens ao Senhor, com muito mais razão é natural ao Cristão desejar fazê-lo.


No que diz respeito às ofertas Cristãs, há princípios expostos no Novo Testamento. O Cristão deve dar segundo o que Deus o tenha feito prosperar. "Porque, se há prontidão de vontade, será aceita segundo o que qualquer tem, e não segundo o que não tem" (2 Co 8:12). Se Deus nos deu muito, então convém sermos generosos para com outros filhos Seus que estejam necessitados, e para com as próprias necessidades da obra do Senhor. Deus não nos obriga a dar, porque o crente não está “debaixo da lei” (Rm 6:14). Mas a Deus agrada ver uma alma generosa: "A alma generosa engordará" (Pv 11:25). Paulo, escrevendo aos coríntios sobre este assunto, terminou com esta exclamação: "Graças a Deus pois pelo Seu dom inefável" (2 Co 9:15). Alguém se poderá comparar a Deus quanto a dar? De forma alguma! "Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber" (At 20:35), e Deus certamente é O mais bem-aventurado, porque deu a maior dádiva de sempre: o Seu próprio Filho!


Deus não quer "que os outros tenham alívio e vós [ou nós] opressão" (2 Co 8:13), quer dizer, oferecermos além das nossas possibilidades. Contudo, Paulo achou muito bom que " às igrejas da Macedônia; …houve abundância do seu gozo,… segundo o seu poder,… e ainda acima do seu poder,… que se fazia para com os santos" pobres da Judéia (2 Co 8:1-5). E o próprio Senhor Jesus louvou a viúva pobre que deitou " na arca do tesouro;… duas pequenas moedas; e disse: …da sua pobreza, deitou todo o sustento que tinha" (Lc 21:1-4). Ela poderia ter dado uma das moedas e guardar para si a outra, e já daria metade do que tinha. Mas não cremos que ela tenha passado necessidade como resultado da sua abnegação. Que bom seria que os Cristãos dessem mais de seus bens ao Senhor!


Para o crente, como despenseiro dos bens do Senhor, existe esta recomendação: "No primeiro dia da semana cada um de vós ponha de parte o que puder ajuntar, conforme a sua prosperidade, para que se não façam as coletas quando eu chegar" (1 Co 16:2). Porque no "primeiro dia da semana"? Na Bíblia não há palavras sem significado. Não é justamente, porque foi nesse dia que o Senhor ressuscitou dos mortos? A Sua ressurreição é o que nos garante a nossa justificação perante Deus. Foi também no primeiro dia da semana que os discípulos se juntavam para "partir o pão", quer dizer, para se lembrarem do Senhor e da Sua morte: "Fazei isto em memória de Mim" (At 20:7; Lc 22:19). Então o Cristão, tendo o seu coração e o seu entendimento entregues ao seu bondoso Senhor, “O qual Se deu a Si mesmo pelos nossos pecados” (Gl 1:4), nesse dia especial provavelmente estará mais sensível perante a grandeza dessa dívida que o Senhor Jesus pagou por ele, e assim mais disposto a dar com o seu coração agradecido.


Um irmão em Cristo disse certa vez que quando tomou à letra este versículo "no primeiro dia da semana cada um de vós ponha de parte" (1Co 16:2) e começou assim a reservar para o Senhor, nesse dia, parte dos seus recursos monetários, passou sensivelmente a receber do Seu Salvador muito mais do que antes! E esta experiência e este testemunho são muito freqüentes.


Assim, ao estabelecer um novo lar, num nível de vida proporcional aos rendimentos, não se deve esquecer a parte reservada ao Senhor. "Honra ao Senhor com a tua fazenda, e com as primícias de toda a tua renda" (Pv 3:9). Esta exortação do Velho Testamento está relacionada com as do Novo Testamento. Não terá realmente Deus o direito de reclamar as primícias dos nossos rendimentos? Tudo vem d'Ele e tudo é um dom da Sua parte, porque Quem foi que nos deu a capacidade e a força, a habilidade e a inteligência para trabalhar? Não devemos, então, demorar em reconhecer a Sua bondade devolvendo-Lhe as "primícias" daquilo que Ele, afinal, nos dá. E quando damos generosamente a Deus não ficaremos mais pobres por isso, porque o Senhor é suficientemente rico para nos dar largamente.


Mas há ainda outro aspecto: é que devemos ser justos antes de sermos generosos. Se um Cristão deve dinheiro a alguém convém que pague o que deve, antes ainda de dar ao Senhor. Deus não quer receber como oferta aquilo que não nos pertence, pois que estamos devendo a outros. Pois bem, existe uma dívida que todos nós temos. A Escritura diz: "A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros" (Rm 13:8).


Por vezes perguntamos: Devemos colocar na coleta, aos domingos, tudo o que queremos dar ao Senhor? É justo que ofereçamos coletivamente para a obra do Senhor ou para os crentes necessitados, mas há casos de emergência e outras categorias de ofertas que não cabem dentro da responsabilidade da assembléia Cristã. Se um Cristão colocar à parte regularmente em sua casa aquilo que pela graça de Deus estiver nas suas posses, assim terá sempre alguma coisa com que ajudar em casos especiais, da forma como o Senhor o orientar.


Dizem as Escrituras: "Que façam bem, enriqueçam em boas obras, repartam de boa mente, e sejam comunicáveis" (1 Tm 6:18).


Há ainda outro sacrifício que os Cristãos podem oferecer a Deus e que se acha mencionado em Romanos 12:1: "Rogo-vos pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional". Esta exortação, com base nas misericórdias de Deus e não na lei mosaica, impulsiona-nos ao sacrifício de nós próprios, à entrega de si mesmo, como também nos recomendou o Senhor mesmo: "Se alguém quiser vir após Mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-Me" (Mt 16:24). Podemos servir ao Senhor de mil maneiras diferentes. Não vivamos para nós mesmos.

(continua, querendo Deus)

 

PONTO DE REFLEXÃO:

A fé une Cristo e o pecador. Quando se encontram nunca mais se separarão.


 

SOBRE O EVANGELHO SEGUNDO MATEUS


Capítulo 3

No princípio do Evangelho segundo Lucas lemos os detalhes referentes à concepção e à chamada divina de João Batista (Lc 1:5-17), ao seu nascimento e ainda mais sobre a sua chamada (Lc 1:57-79); e que "o Menino crescia, e se robustecia em espírito. E esteve nos desertos até ao dia em que havia de mostrar-se a Israel" (Lc 1:80).


Mateus apresenta a João Batista quando este estava já no princípio do seu ministério, 30 anos depois de ter nascido: " apareceu João Batista pregando no deserto da Judéia. E dizendo: Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus" (Mt 3:1-2). Esse profeta de Deus tinha vivido na presença de Deus, enquanto estivera andando pelos desertos, longe de Jerusalém, cidade cheia de pecado e de hipocrisia religiosa. Ele sabia aquilo que devia pregar: "Arrependei-vos". A obra de Deus nos corações começa com o julgamento de si próprio; e é a "benignidade" de Deus que leva o pecador até ao "arrependimento" (Rm 2:4).


João Batista era uma figura austera, que convinha à sua solene missão: " tinha o seu vestido de pelos de camelos, e um cinto de couro em torno de seus lombos; e alimentava-se de gafanhotos e de mel silvestre" (v.4). Vestia-se e alimentava-se pois da forma mais simples. Os gafanhotos eram animais limpos e que podiam ser comidos por um israelita (Lv 11:21-22).


A missão de João Batista em Israel foi anunciada profeticamente por Isaías sete séculos antes do Senhor Jesus nascer: "Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor; endireitai no ermo vereda a nosso Deus" (Is 40:3). A referência que Isaías fez a Jeová nesta passagem, demonstra que Jesus é Jeová; e João Batista preparou-Lhe o caminho.


Muitos vinham ter com João e batizavam-se no Jordão, " confessando os seus pecados" (vs.5-6).


João disse-lhes: "E eu, em verdade, vos batizo com água, para o arrependimento" (v.11). No Velho Testamento não se faz menção de batismo na água. A própria palavra "batizar" quer dizer "mergulhar". Batizando-se, aqueles israelitas davam a conhecer assim o seu arrependimento. Era um batismo israelita e não Cristão.


Mas no que dizia respeito aos fariseus e aos saduceus não havia nenhuma espécie de arrependimento; vieram ali apenas para observar os atos desse desprezível João, como eles o consideravam. Este, por sua vez, chama-os "raça de víboras" (v.7) e avisou-os de que depois dele viria o Messias, o qual os batizaria "com o Espírito Santo, e com fogo" (v.11), quer dizer: ou em bênção ou em julgamento: “Em Sua mão tem a pá, e limpará a Sua eira, e recolherá no celeiro o Seu trigo, (símbolo da Sua bênção) e queimará a palha com fogo que nunca se apagará (o Seu juízo)” (v.12).


Mas quando Jesus foi batizado, esse batismo foi inteiramente diferente daquele que João Batista fazia, que era de arrependimento; "n'Ele não há pecado"; "não conheceu pecado"; "não cometeu pecado" (1 Jo 3:5; 2 Co 5:21; 1 Pd 2:22). Jesus foi batizado por João para "cumprir toda a justiça" (v.15). Ele era Justo, e convinha que Se identificasse com os arrependidos.


Nesse momento em que Jesus Se batizava " se Lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba e vindo sobre Ele. E eis que uma voz dos céus dizia: Este é o Meu Filho amado, em Quem Me comprazo" (vs.16-17). Aqui, também pela primeira vez, se manifestou a Trindade: o Filho, encarnado como Homem que era batizado, o Espírito que O selava, por esse ato, e o Pai que exprimiu o Seu agrado n'Ele.

 

O CASTIGO ETERNO


Há muitas passagens nas Escrituras que o afirmam, como por exemplo: Mc 9:43-48"E se a tua mão te escandalizar, corta-a; melhor é para ti entrares na vida aleijado do que, tendo duas mãos, ires para o inferno, para o fogo que nunca se apaga; onde o seu bicho não morre, e o fogo nunca se apaga. E, se o teu pé te escandalizar, corta-o; melhor é para ti entrares coxo na vida do que, tendo dois pés, seres lançado no inferno, no fogo que nunca se apaga; onde o seu bicho não morre, e o fogo nunca se apaga. E, se o teu olho te escandalizar, lança-o fora; melhor é para ti entrares no reino de Deus com um só olho do que, tendo dois olhos, ser lançado no fogo do inferno; onde o seu bicho não morre, e o fogo nunca se apaga".


"O seu bicho" simboliza a consciência; "o fogo" é o juízo de Deus. A consciência nunca mais deixará de moer, de condenar o pecador lançado "no fogo", quer dizer, sob o juízo de Deus. E por que? "Porque não receberam o amor da verdade para se salvarem" (2 Ts 2:10). Lemos em Apocalipse 20:10: "E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde está a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre".


A besta e o falso profeta são lançados vivos dentro do lago de fogo, antes do diabo, e contudo encontram-se ainda vivos no fim dos mil anos quando o diabo for lançado também no mesmo lago. Vemos assim que o lago de fogo não aniquila de forma alguma os que a ele são condenados. E os versículos seguintes (Ap 20:11-15) demonstram solenemente que todos os que morrem nos seus pecados, ou seja, aqueles cujos nomes não são achados escritos no livro da vida, serão lançados no lago de fogo, que é a "segunda morte". A primeira morte é unicamente a separação do espírito e do corpo (Tg 2:26), mas a segunda morte é a separação eterna entre o homem e o seu Deus, e o "lago de fogo" representa que se fica sob do juízo de Deus no lugar donde nunca mais se sairá.

 

PENSAMENTO:

Arrependimento na presença de Deus é, ver-me como Deus me vê, e julgar a mim mesmo de acordo com a Palavra de Deus.


 

A AERODINÂMICA DOS PÁSSAROS


Um pássaro é um verdadeiro "avião vivo". "Voa de acordo com os mesmos princípios aerodinâmicos com que voa um avião e utiliza muito do mesmo equipamento mecânico: asas, hélices, trem de aterrisagem, ranhuras, etc., que até lhes facilitam a decolagem e aterrisagem.


"Onde está a hélice de um pássaro? Ainda que pareça estranho cada uma tem um par delas… Os propulsores das aves, são as grandes penas ao final das asas. Eles são aerofólios perfeitos com bordas de ataque grossas e bordas de fuga finas. Quando o pássaro bate suas asas para baixo, as "penas da hélice" se separam, giram para assumir o "ângulo de ataque" adequado e agem como as pás da hélice. Eles geram uma força para a frente que puxa a asa para a frente e com ela o pássaro.


Eles podem ser melhor vistos em ação, em uma imagem em câmera lenta de um pássaro em vôo. Durante o bater das asas para baixo, as penas primárias nas pontas das asas ESTÃO QUASE NOS ÂNGULOS DIREITOS PARA O REPOUSO DA ASA E PARA A LINHA DE VÔO. Essas penas são as hélices, elas assumem essa forma distorcida por apenas uma fração de segundo durante cada batida de asa. Mas essa capacidade de mudar sua forma e posição é a chave para o vôo dos pássaros. Ao longo de toda a batida das asas, eles mudam constantemente de forma. AJUSTa AUTOMATICAMENTE À PRESSÃO DO AR E À MUDANÇA DOS REQUISITOS DA ASA; à medida que ela se move para cima e para baixo. Esse ajuste automático é possível devido aos recursos especiais do design da pena. A palheta dianteira de uma pena na ponta da asa é muito mais estreita do que a palheta traseira. Dessa diferença vem a força que torce a pena na forma de uma hélice. À medida que a asa bate para baixo contra o ar, a maior pressão contra a ampla palheta traseira em cada uma dessas penas torce essa palheta para cima até que a pena adquira a forma e o ângulo adequados para funcionar como uma hélice…. (Então) com seu design especializado, as penas primárias são perfeitamente adaptadas para atender às diversas demandas do vôo dos pássaros. "

(Storer, Dr. John H., "Bird Aerodynamics", in Scientific American, vol 18, nº 4, Abril 1952 pag. 24–29).


Esta transcrição dá a demonstração interessantíssima de um desenho anatômico que tem um propósito específico. A asa de um pássaro acomoda-se como se fosse uma máquina eletrônica muito complicada com reações da ordem de milésimos de segundo!


Não é possível que a asa e as penas sejam o resultado das "mutações" da teoria da evolução.


Não admire pois que o famoso ornitólogo (especialista estudioso dos pássaros) Elliot Coues tenha dito: "Para mim um pássaro é tão maravilhoso como as estrelas".


(Traduzido e impresso com licença de WHY WE BELIEVE IN CREATION, NOT IN EVOLUTION, “Porque cremos na criação e não na evolução”, de Fred John Meldau, pág. 152-153).


 

PONTO DE REFLEXÃO:

Todas as religiões dizem: "Conhece-te a ti mesmo". Só o Cristianismo diz: “Conhecer o amor de Cristo” (Ef 3:19).


 

151 visualizações

Posts recentes

Ver tudo
bottom of page